Após um tempo com seus discípulos, Jesus quer saber como eles se sairiam sozinhos. Daí Ele lhes concede poder e autoridade para anunciar o Reino de Deus, curar enfermos e expulsar demônios.
O propósito de Jesus fica bem claro: “poder para anunciar o Reino”. Muitos cristãos desejam o poder de Deus, apenas para benefício próprio. Para que outros vejam o quanto ele é bom e piedoso.
Este não é o propósito de Jesus. Ele quer nos conceder poder para que sejamos frutíferos.
Herodes e João Batista
Ao ouvir sobre os milagres e ensinamentos de Jesus, Herodes fica intrigado.
A princípio ele acha que João Batista teria voltado dos mortos, mas descarta a possibilidade (Lucas 9.7 – 9).
Herodes age como muitas pessoas.
O que há nelas é apenas uma curiosidade sobre quem é Jesus Cristo. Quando confrontadas com seu ensino e maneira de viver, rapidamente elas esquecem dele.
A primeira multiplicação de pães e peixes
Este milagre de Jesus sempre me estimulou a crer em suas promessas, especialmente porque cresci em um contexto de muita escassez (Lucas 9.10 – 17).
Na primeira multiplicação de pães e peixes o Senhor Jesus me mostra que nem mesmo a escassez pode nos impedir de viver a vontade de Deus pra nossa vida.
Quando Jesus faz parte do nosso dia a dia, da nossa vida, da nossa rotina aquilo que é pouco se torna o suficiente.
A confissão de Pedro
Com o ministério bem desenvolvido e bem conhecido, o Senhor Jesus faz uma reunião particular com seus discípulos e lhes pergunta: “Quem as multidões dizem que eu sou?” (Lucas 9.18 – 22).
Bem, elas o viam de diversas maneiras. Os relatos dos discípulos mostram que elas achavam que ele era “reencarnação” e tudo mais.
Isso fez com que ele lançasse a segunda pergunta: “Quem vocês dizem que eu sou?”. Não é mais uma pergunta genérica, é particular. Pedro é o único que tem coragem de responder: “O Cristo de Deus”.
A declaração de Pedro exigia convicção. Ele estava dizendo em um contexto judaico, rígido que reconhecia que Jesus Cristo era o Salvador prometido.
Parece fácil, mas não é. De qualquer forma o que fica muito claro é que o Senhor Jesus exige que o conheçamos. Ele quer que tenhamos claro quem ele é e qual a sua importância para a humanidade.
O discípulo deve levar a cruz
Conhecer Jesus Cristo e ser seu discípulo exige prioridade, isso consequentemente gera renúncia (Lucas 9.23 – 27).
Muitas pessoas se colocam a disposição para seguir ao Senhor. Porém, quando é o momento em que elas devem fazer as escolhas, desistem.
Jesus não nega a necessidade de crucificação diária. Uma vida de “morte” e renúncia marca a nossa jornada até o céu.
Mas isso não significa que não pode ser divertido!
A transfiguração
Jesus está em um momento de revelação progressiva de sua divindade. Ele chama Pedro, Tiago e João para um monte com o propósito de orar (Lucas 9.28 – 36).
Mas algo profundo aconteceu. Jesus transfigurou-se e parte de sua glória foi revelada. Suas vestes ficaram brancas e Moisés e Elias apareceram, para conversar com ele.
Os discípulos ficaram maravilhados. Pedro queria ficar ali. Um misto de emoções tomou o coração deles, e de repente uma voz do céu disse: “Este é o meu Filho, o Escolhido; ouçam-no!”.
Embora, Moisés e Elias estivessem ali, a voz de autoridade de agora em diante pertence a Jesus Cristo. A ele devemos ouvir e seguir.
A cura de um jovem possesso
Há muitas pessoas oprimidas em todo o mundo e apenas a mensagem do Evangelho pode proporcionar uma experiência de libertação real e profunda em suas vidas (Lucas 9.37 – 43).
Neste episódio, um pai havia procurado os discípulos para que orassem por seu filho e ele fosse liberto, mas eles não conseguiram.
O pai foi procurar Jesus e lhe contou o que estava acontecendo. Ao saber que os discípulos não conseguiram expulsar o espírito maligno, o Senhor ficou muito irritado e os acusou de incredulidade. Em seguida, ele orou pelo jovem e ele foi curado.
Jesus Cristo exige que na condição de discípulos, sejamos frutíferos. Isso significa que os cativos ao terem contato conosco devem ser libertos.
De novo Jesus prediz sua morte
Jesus Cristo começa a preparar seus discípulos sobre o seu sofrimento em favor da humanidade. A princípio eles não compreendem muito, mas em breve tudo fará sentido (Lucas 9.44 – 45)
Nem sempre compreenderemos os “planos trágicos” de Deus como uma benção, mas com o tempo percebemos que até mesmo as nossas maiores dores, eram necessárias.
O Senhor faz literalmente com que todas as coisas contribuam para o nosso bem.
O maior no Reino dos Céus
Em algum momento os discípulos começaram a discutir sobre qual deles seria o “maior” (Lucas 9.46 – 48).
Foi quando Jesus Cristo pegou uma criança, colocou entre eles e lhes disse:
“Quem recebe esta criança em meu nome, está me recebendo; e quem me recebe, está recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que entre vocês for o menor, este será o maior”.
Ou seja, a grandeza não está na notoriedade, popularidade ou posição. A grandeza do discípulo está no servir.
Jesus ensina a tolerância e o amor
Certo dia João foi até Jesus com a seguinte queixa: “Mestre, vimos um homem expulsando demônios em teu nome e procuramos impedi-lo, porque ele não era um dos nossos”.
A resposta do Senhor foi a seguinte: “Não o impeçam”!
Esse episódio me ensina muito sobre a diversidade (Lucas 9.49,50).
O desconforto de João se deu porque o homem que expulsava demônios não era da mesma “denominação” que eles.
Eles achavam que eram os únicos que podiam anunciar a verdade e manifestar o poder de Deus. Jesus nos ensina amor, tolerância e de quem é a autoridade.
Não somos senhores de nada. Somos servos. Não temos condições de julgar ministério “A” ou “B”. Nosso dever é cuidar de nós mesmos.
Afinal, o Senhor do Reino é poderoso para cuidar dele.
Os samaritanos não recebem Jesus
O apóstolo João foi até Samaria anunciar as boas novas, mas eles não creram. Isso o deixou furioso e ele foi até Jesus com a seguinte proposta: “Senhor, queres que façamos cair fogo do céu para destruí-los?”
O Senhor foi incisivo na resposta: “Vocês não sabem de que espécie de espírito vocês são, pois o Filho do homem não veio para destruir a vida dos homens, mas para salvá-los” (Lucas 9.51 – 56).
Não devemos apoiar a pregação do Evangelho por meio da força ou imposição. Devemos estar abertos a discussão sadia e saber respeitar a individualidade e o momento de cada pessoa.
Ao pregar o Evangelho não devemos fazer as pessoas terem medo dele, mas fé. Sendo assim, o Senhor Jesus reforça o discurso do amor ao próximo na pregação.
Jesus testa os querem segui-Lo
Muitas pessoas acham que seguir a Jesus ou seus ensinos é algo facultativo, mas enganam-se (Lucas 9.57 – 62).
Ao seguir Jesus todas as áreas da nossa vida se tornam secundárias. Família, trabalho, diversão e até mesmo a “religião” deixam de ser prioridades.
O Senhor deve ocupar todo o espaço!