Ao chegar em Josué 7, vemos que até esse ponto da Conquista, o exército liderado por Josué havia experimentado apenas vitórias, mas inesperadamente, Israel sofre sua primeira derrota. A possibilidade de uma derrota militar era a coisa mais distante da mente dos israelitas, principalmente depois do triunfo sobre Jericó.
No entanto, o povo de Deus nunca está mais vulnerável e em maior perigo do que logo após uma grande vitória. Ai era o próximo objetivo na trajetória de conquista de Israel. Embora menor do que Jericó, Ai era estrategicamente importante, localizado em uma junção natural de duas rotas que ascendiam de Jericó para a região montanhosa ao redor de Betel.
Derrotar Ai também levaria ao controle final da principal “rota da crista” que corria de norte a sul ao longo das terras altas centrais. Embora haja algumas questões sobre a localização de Ai, a importância dos acontecimentos lá pode ser vista pela quantidade de material bíblico dedicado a uma discussão sobre a derrota de Israel (capítulo 7) e sua vitória nesse local (capítulo 8).
Neste capítulo, veremos como a desobediência de um homem levou à derrota de Israel em Ai, a importância da dependência contínua de Deus e como lidar com o pecado em nosso meio.
Esboço de Josué 7
Js 7.1-3: Israel sofre consequências por um pecado oculto
Js 7.4-5: A reação desesperada diante da derrota
Js 7.6-9: Josué busca respostas da parte de Deus
Js 7.10-12: A revelação do pecado de Acã
Js 7.13-15: Acã confessa seu pecado e suas consequências
Js 7.16-18: A punição de Acã e sua família
Js 7.19-21: A recuperação do que foi roubado
Js 7.22-26: O memorial da punição de Acã
Reflexão de Josué 7 para os nossos dias
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Josué 7.1-3: Israel sofre consequências por um pecado oculto
Mas os israelitas foram infiéis com relação às coisas consagradas. Acã, filho de Carmi, filho de Zinri, filho de Zerá, da tribo de Judá, apossou-se de algumas delas. E a ira do Senhor acendeu-se contra Israel. Sucedeu que Josué enviou homens de Jericó a Ai, que fica perto de Bete-Áven, a leste de Betel, e ordenou-lhes: “Subam e espionem a região”. Os homens subiram e espionaram Ai. Quando voltaram a Josué, disseram: “Não é preciso que todos avancem contra Ai. Envie uns dois ou três mil homens para atacá-la. Não canse todo o exército, pois eles são poucos”. (Josué 7:1-3)
Josué 7:1-3 nos apresenta uma lição importante sobre a obediência a Deus e seus mandamentos. Embora Israel tenha experimentado grandes vitórias até esse ponto, sua derrota em Ai foi o resultado da desobediência de um homem, Acã. Esse capítulo nos ensina que Deus leva a sério a obediência à sua palavra e que a desobediência tem consequências graves.
No verso 1, vemos que a palavra “mas” é usada para indicar uma mudança abrupta de eventos. O capítulo anterior nos descreveu a vitória de Israel sobre Jericó, mas agora a nação sofreu uma derrota em Ai. Esse contraste nos mostra como a obediência é fundamental para a vitória na vida cristã.
A desobediência de Acã ocorreu porque ele cobiçou e tomou alguns dos despojos de guerra que deveriam ter sido dedicados ao Senhor. Embora apenas um homem tenha pecado, a ira de Deus foi inflamada contra toda a nação (verso 1). Isso mostra que o pecado não é uma questão individual, mas afeta toda a comunidade. Nós, como cristãos, somos chamados a viver em santidade e obediência à vontade de Deus para evitar que nossos pecados afetem aqueles ao nosso redor.
No verso 2, vemos que Josué enviou espiões para Ai para investigar o tamanho do exército inimigo. Quando eles retornaram, relataram que a cidade poderia ser conquistada facilmente com apenas alguns milhares de homens (verso 3). No entanto, essa avaliação foi equivocada, pois Ai era uma cidade bem fortificada e possuía um grande exército (verso 5). Isso mostra que não podemos confiar em nossa própria sabedoria e julgamento, mas devemos confiar em Deus e buscar Sua orientação em todas as coisas.
Em resumo, Josué 7:1-3 nos ensina sobre a importância da obediência a Deus e sua palavra, a gravidade da desobediência e como ela afeta a comunidade, a necessidade de confiar em Deus em vez de nossa própria sabedoria e julgamento e a importância de viver em santidade e dependência contínua de Deus.
Josué 7.4-5: A reação desesperada diante da derrota
Por isso cerca de três mil homens atacaram a cidade; mas os homens de Ai os puseram em fuga, chegando a matar trinta e seis deles. Eles perseguiram os israelitas desde a porta da cidade até Sebarim, e os feriram na descida. Diante disso o povo desanimou-se completamente. (Josué 7:4,5)
O versículo 4 começa dizendo que “eles subiram”, referindo-se aos homens de Israel que foram enviados para lutar contra Ai. No entanto, a expressão “eles subiram” também pode indicar um tom de arrogância e autoconfiança que os israelitas possivelmente tinham naquele momento. Eles haviam acabado de vencer uma grande batalha em Jericó e talvez se sentissem invencíveis. Infelizmente, eles estavam prestes a experimentar a derrota.
Em vez de buscar a orientação de Deus, os israelitas confiaram em sua própria força e sabedoria para a batalha em Ai. Eles enviaram apenas 3.000 homens para lutar contra uma cidade que, segundo os espias, era menos fortificada e menos populosa do que Jericó. Aparentemente, os israelitas achavam que a conquista de Ai seria uma tarefa fácil.
No entanto, as coisas não saíram como eles esperavam. Os homens de Ai os derrotaram e perseguiram-nos até que 36 soldados israelitas foram mortos. A derrota foi humilhante e desconcertante para os israelitas, que talvez tenham questionado a presença de Deus em suas vidas. Eles provavelmente também estavam confusos sobre o que havia dado errado.
Este episódio nos ensina que não devemos confiar em nossa própria sabedoria e força, mas sim buscar a orientação e a ajuda de Deus. Deus é o único que sabe o caminho que devemos seguir e a única fonte de poder que precisamos para superar os desafios que encontramos. Além disso, devemos aprender com os erros de Israel e evitar subestimar nossos inimigos espirituais. Nossos adversários são poderosos, e somente com a ajuda de Deus podemos superá-los.
Josué 7.6-9: Josué busca respostas da parte de Deus
Então Josué, com as autoridades de Israel, rasgou as vestes, prostrou-se, rosto em terra, diante da arca do Senhor, cobrindo de terra a cabeça, e ali permaneceu até à tarde. Disse então Josué: “Ah, Soberano Senhor, por que fizeste este povo atravessar o Jordão? Foi para nos entregar nas mãos dos amorreus e nos destruir? Antes nos contentássemos em continuar no outro lado do Jordão! Que poderei dizer, Senhor, agora que Israel foi derrotado por seus inimigos? Os cananeus e os demais habitantes desta terra saberão disso, nos cercarão e eliminarão o nosso nome da terra. Que farás, então, pelo teu grande nome?” (Josué 7:6-9)
O relato em Josué 7:6-9 descreve a reação de Josué e dos líderes de Israel diante da notícia da derrota em Ai. Eles ficaram extremamente desanimados e perplexos diante do fracasso, caindo prostrados com seus rostos em terra diante da arca do Senhor até o entardecer. O questionamento de Josué à Deus é um sinal de sua angústia e desespero, pois ele não conseguia entender como Deus havia permitido a derrota de seu povo.
Este trecho destaca a importância da confiança em Deus, mesmo diante de circunstâncias difíceis. Josué e os líderes de Israel deveriam ter procurado o Senhor em oração antes de empreender a batalha, buscando Sua direção e força para a batalha. No entanto, eles confiaram em sua própria força e subestimaram o poder do inimigo.
A resposta de Deus a Josué (versículos 10-15) mostra que a derrota em Ai foi causada pelo pecado de um indivíduo entre o povo, Acã, que havia desobedecido às ordens de Deus ao se apropriar de bens que deveriam ser consagrados a Deus. A partir disso, podemos aprender que o pecado não afeta apenas o indivíduo, mas também a comunidade e a nação como um todo.
Essa passagem também destaca a importância da disciplina divina como um meio de lidar com o pecado e promover a santidade entre o povo de Deus. Deus não tolera o pecado e requer que Seu povo viva de acordo com Sua vontade. A punição de Acã serve como um lembrete severo de que Deus leva a sério a obediência e a santidade de Seu povo.
Portanto, o relato de Josué 7:6-9 nos ensina a confiar em Deus em todas as situações, buscar Sua direção em oração e não subestimar o poder do pecado. Também nos lembra da importância da disciplina divina na vida do crente e da necessidade de vivermos em obediência e santidade diante de Deus.
Josué 7.10-12: A revelação do pecado de Acã
O Senhor disse a Josué: “Levante-se! Por que você está aí prostrado? Israel pecou. Violaram a aliança que eu lhes ordenei. Eles se apossaram de coisas consagradas, roubaram-nas, esconderam-nas, e as colocaram junto de seus bens. Por isso os israelitas não conseguem resistir aos inimigos; fogem deles porque se tornaram merecedores da sua destruição. Não estarei mais com vocês, se não destruírem do meio de vocês o que foi consagrado à destruição. (Josué 7:10-12)
Neste trecho, encontramos a resposta de Deus para a oração de Josué após a derrota de Israel em Ai. Em vez de oferecer consolo ou explicações, Deus repreende Josué e o povo de Israel por sua falta de obediência. Deus lembra a Josué que Ele não está mais com eles devido ao pecado que ainda não foi purificado.
Essa passagem nos lembra que o pecado tem consequências e que não podemos esperar que Deus nos ajude se não estamos dispostos a viver de acordo com a Sua vontade. Quando permitimos o pecado em nossa vida, afastamos a presença de Deus e abrimos espaço para a derrota e a destruição. A santidade é uma exigência para a presença e ajuda de Deus em nossa vida.
Devemos ser diligentes em nosso esforço para seguir a vontade de Deus e viver uma vida de obediência, para que possamos desfrutar da Sua presença e ajuda em todas as áreas de nossa vida. Quando nos encontramos em dificuldades, devemos buscar a Deus em arrependimento e confissão de pecados, para que possamos restaurar a nossa comunhão com Ele. A obediência é a chave para a bênção e a vitória em nossa vida.
Josué 7.13-15: Acã confessa seu pecado e suas consequências
“Vá, santifique o povo! Diga-lhes: Santifiquem-se para amanhã, pois assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Há coisas consagradas à destruição no meio de vocês, ó Israel. Vocês não conseguirão resistir aos seus inimigos enquanto não as retirarem. “Apresentem-se de manhã, uma tribo de cada vez. A tribo que o Senhor escolher virá à frente, um clã de cada vez; o clã que o Senhor escolher virá à frente, uma família de cada vez; e a família que o Senhor escolher virá à frente, um homem de cada vez. Aquele que for pego com as coisas consagradas será queimado no fogo com tudo o que lhe pertence. Violou a aliança do Senhor e cometeu loucura em Israel! ” (Josué 7:13-15)
No verso 13, Deus deu instruções para Josué purificar o acampamento de Israel. A purificação era necessária antes de eles enfrentarem seus inimigos. O pecado de Acã havia trazido derrota e desonra ao povo de Deus. Antes que a nação pudesse avançar em vitória, eles precisavam se arrepender e se purificar.
Deus ordenou que o povo se santificasse, o que significa que deveriam se separar de todas as coisas impuras. Eles precisavam se purificar, purificar suas roupas e seus utensílios, e se dedicar completamente a Deus. Essa é uma imagem do que significa ser santo. A santidade envolve separação, purificação e dedicação a Deus. A santidade é um processo contínuo de nos separar do pecado e nos dedicar a Deus.
Deus também ordenou que o povo reunisse todos para identificar o culpado. Isso é um exemplo da responsabilidade mútua que Deus espera de Seu povo. Somos chamados a ajudar uns aos outros a crescer na santidade e no amor. Devemos estar dispostos a confrontar o pecado em nossas próprias vidas e na vida daqueles ao nosso redor. Isso requer coragem e humildade.
Deus é santo e Ele exige santidade de Seu povo. O pecado é uma ofensa contra a santidade de Deus e traz consequências graves. Mas Deus é misericordioso e gracioso, e Ele oferece uma solução para o pecado. Através do arrependimento e da purificação, podemos nos reconciliar com Deus e ser restaurados à comunhão com Ele. Devemos buscar a santidade em nossas vidas e ajudar outros a fazer o mesmo, para que possamos experimentar a plenitude da vida em Cristo.
Josué 7.16-18: A punição de Acã e sua família
Na manhã seguinte Josué mandou os israelitas virem à frente segundo as suas tribos, e a de Judá foi a escolhida. Os clãs de Judá vieram à frente, e ele escolheu os zeraítas. Fez o clã dos zeraítas vir à frente, família por família, e o escolhido foi Zinri. Josué fez a família de Zinri vir à frente, homem por homem, e Acã, filho de Carmi, filho de Zinri, filho de Zerá, da tribo de Judá, foi o escolhido. (Josué 7:16-18)
No versículo 16, Josué segue o procedimento divinamente prescrito de identificação do transgressor. Provavelmente usando um método de sorteio, as tribos, clãs, famílias e indivíduos são eliminados até que Acã seja revelado como o culpado. Embora Deus soubesse quem havia pecado, ele permitiu que o processo fosse executado para que a seriedade da desobediência fosse impressa no povo e para dar a Acã a oportunidade de se arrepender e confessar seu pecado.
O uso do método de sorteio também demonstra que Deus não é arbitrário em seus julgamentos, mas usa um processo justo e imparcial. Além disso, a revelação do pecado de Acã por meio do sorteio destaca a importância da transparência e da honestidade em nossas vidas. Acã poderia ter escondido seu pecado para sempre se não tivesse sido exposto por meio do processo de seleção.
No versículo 17, Josué exorta Acã a confessar seu pecado, para que possa glorificar a Deus por meio da confissão pública e do arrependimento. A revelação do pecado de Acã mostra que Deus leva o pecado muito a sério e que a santidade é uma questão importante para ele. O pecado não pode ser ocultado ou ignorado, mas deve ser tratado de acordo com a vontade de Deus.
Finalmente, no versículo 18, Acã confessa seu pecado e assume total responsabilidade por suas ações. Embora Acã tenha se arrependido, ele ainda sofre as consequências de seu pecado. Isso mostra que o arrependimento não é uma licença para evitar as consequências de nossas ações. No entanto, o arrependimento é a primeira etapa na direção de um relacionamento restaurado com Deus.
Em resumo, Josué 7:16-18 destaca a importância da transparência, honestidade, justiça, confissão e arrependimento na vida de um crente. Deus leva o pecado a sério e espera que seus filhos sejam santos. Quando pecamos, devemos enfrentar nossos pecados e arrepender-nos diante de Deus para que possamos ter um relacionamento restaurado com Ele.
Josué 7.19-21: A recuperação do que foi roubado
Então Josué disse a Acã: “Meu filho, para a glória do Senhor, o Deus de Israel, diga a verdade. Conte-me o que você fez; não me esconda nada”. Acã respondeu: “É verdade que pequei contra o Senhor, contra o Deus de Israel. O que fiz foi o seguinte: quando vi entre os despojos uma bela capa feita na Babilônia, dois quilos e quatrocentos gramas de prata e uma barra de ouro de seiscentos gramas, eu os cobicei e me apossei deles. Estão escondidos no chão da minha tenda, com a prata por baixo”. (Josué 7:19-21)
No texto de Josué 7:19-21, encontramos a confissão de Acã, o pecador que havia desobedecido ao mandamento divino em relação aos despojos de guerra. Acã reconhece o seu erro e confessa o seu pecado, relatando todos os detalhes do que havia feito. A sua confissão foi um passo crucial no processo de purificação e restauração da comunhão de Israel com Deus.
Esse trecho nos ensina a importância da confissão e do arrependimento quando cometemos erros e pecados diante de Deus. Acã não tentou justificar as suas ações ou minimizar o seu erro, mas reconheceu a sua culpa diante de Deus e diante do povo de Israel. É importante ressaltar que a confissão não é apenas uma admissão de culpa, mas um ato de arrependimento sincero, que leva à mudança de comportamento e à busca por restauração da comunhão com Deus.
A confissão é uma parte fundamental do processo de purificação e restauração espiritual, tanto individual quanto coletivamente. Quando somos honestos diante de Deus e confessamos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de toda injustiça (1 João 1:9). Além disso, a confissão também é um ato de humildade, reconhecendo que precisamos da ajuda de Deus para vencer as nossas fraquezas e pecados.
Por fim, é importante destacar que a confissão não é um fim em si mesma, mas um passo em direção à restauração e renovação espiritual. A confissão deve ser acompanhada de uma mudança de comportamento e de uma busca por uma vida mais íntima com Deus. Que possamos aprender com o exemplo de Acã e sermos sinceros diante de Deus em nossas confissões, buscando sempre a restauração da nossa comunhão com Ele.
Josué 7.22-26: O memorial da punição de Acã
Josué enviou alguns homens que correram à tenda de Acã; lá estavam escondidas as coisas, com a prata por baixo. Retiraram-nas da tenda e as levaram a Josué e a todos os israelitas, e as puseram perante o Senhor. Então Josué, junto com todo o Israel, levou Acã, bisneto de Zerá, e a prata, a capa, a barra de ouro, seus filhos e filhas, seus bois, seus jumentos, suas ovelhas, sua tenda e tudo o que lhe pertencia, ao vale de Acor. Disse Josué: “Por que você nos causou esta desgraça? Hoje o Senhor lhe causará desgraça”. E todo o Israel o apedrejou, e depois apedrejou também os seus, e os queimou no fogo. Sobre Acã ergueram um grande monte de pedras, que existe até hoje. Então o Senhor se afastou do fogo da sua ira. Por isso foi dado àquele lugar o nome de vale de Acor, nome que permanece até hoje. (Josué 7:22-26)
O relato de Josué 7.22-26 descreve a punição divina sobre Acã e sua família devido à desobediência dele em relação ao banimento imposto por Deus sobre os despojos de guerra em Jericó. Embora essa punição possa parecer severa, é importante notar que a desobediência de Acã teve consequências graves para toda a comunidade de Israel.
Deus havia ordenado que os despojos de guerra em Jericó fossem destruídos e que nada fosse tomado como despojo pessoal (Josué 6.18-19). No entanto, Acã desobedeceu a essa ordem e tomou alguns itens para si. Como resultado, Deus não permitiu que Israel vencesse na batalha contra Ai (Josué 7.5).
Quando a desobediência de Acã foi revelada, ele confessou seu pecado e foi julgado de acordo com a lei de Deus (Deuteronômio 13.12-18; 17.2-7). O julgamento e execução de Acã e sua família foram uma demonstração do zelo de Deus pelo cumprimento de Sua lei e do fato de que o pecado não pode ser tolerado na comunidade de Deus.
Essa história nos ensina sobre a seriedade do pecado e a importância da obediência a Deus. Acan desobedeceu a uma ordem clara de Deus e sua desobediência teve consequências graves para ele e sua família, bem como para toda a comunidade de Israel. A punição de Acan nos lembra que o pecado não pode ser tolerado e que, como crentes, devemos buscar constantemente a obediência a Deus em todas as áreas de nossas vidas. Além disso, a história de Acã nos lembra que nossas ações individuais podem afetar toda a comunidade de crentes, e devemos ser cuidadosos para não permitir que nossos pecados prejudiquem outros membros do Corpo de Cristo.
Reflexão de Josué 7 para os nossos dias
O relato de Acã, que desobedeceu à ordem de Deus e roubou objetos sagrados de Jericó, resultou na derrota do exército de Israel diante da pequena cidade de Ai. Como consequência, 36 homens perderam a vida e todo o povo de Israel ficou abalado, questionando a presença e ajuda de Deus.
Assim como Acã, muitos de nós podemos ceder às tentações do pecado e desobedecer aos mandamentos de Deus, achando que nossas ações são secretas e sem consequências. Mas a história de Acã nos mostra que Deus vê todas as nossas ações e que o pecado não é uma questão trivial, mas séria e grave.
Além disso, a história de Josué 7 também nos ensina sobre a importância da confissão e arrependimento diante de Deus. Acã foi descoberto e, ao confessar sua culpa, trouxe a tona a verdade sobre sua desobediência e pecado. Somente assim, Israel pôde lidar com a questão do pecado e buscar a reconciliação com Deus.
Portanto, devemos aprender com a história de Josué 7 a importância da obediência aos mandamentos de Deus e a gravidade do pecado. Se cairmos em tentação e pecado, devemos ter a coragem de confessar nossas culpas e buscar o arrependimento diante de Deus. Somente assim, podemos desfrutar da paz e da bênção que vem de viver em obediência à vontade de Deus. Que esta história nos inspire a buscar a santidade e a obediência aos mandamentos divinos em todos os momentos de nossa vida.
Motivos de oração em Josué 7
Com base no capítulo 7 de Josué, podemos identificar três motivos de oração importantes:
- Confissão de pecados: A história de Acã nos lembra da seriedade do pecado e de como ele pode afetar não só a vida individual, mas também a comunidade. A oração de confissão é uma oportunidade de reconhecermos nossos erros e nos arrependermos diante de Deus. Devemos pedir a Deus a sua graça e misericórdia, bem como a sua ajuda para resistir à tentação e seguir seus caminhos.
- Busca pela vontade de Deus: Quando Josué se prostrou diante de Deus, ele estava buscando a orientação divina sobre o que fazer diante do fracasso em Ai. Da mesma forma, devemos buscar a vontade de Deus em todas as áreas de nossas vidas, confiando que ele tem um plano para nós. Isso pode envolver pedir a Deus direção em nossas decisões e orar para que ele nos revele sua vontade.
- Intercessão pelos outros: No versículo 6, Josué rasgou suas roupas e se prostrou diante do Senhor, juntamente com os anciãos de Israel. A oração pode ser uma oportunidade de interceder pelos outros, especialmente quando eles enfrentam dificuldades ou desafios. Devemos lembrar-nos de nossos irmãos e irmãs em Cristo, bem como de todas as pessoas que precisam do amor e da misericórdia de Deus, e orar por elas regularmente.
A versão bíblica utilizada neste estudo é a Nova Versão Internacional (São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001)