A parábola do fariseu e o publicano é carregada de um conhecimento da vontade de Deus que continua surpreendendo ainda hoje.
Muitos grupos religiosos sempre quiseram atrair a atenção de Deus por suas próprias forças e desempenho, e aqui, Jesus nos mostra que Deus não se deixa impressionar pela aparência humana.
Neste estudo sobre a parábola do fariseu e o publicano, quero analisar com você alguns princípios do relacionamento com Deus que vão nos ajudar a ter a compreensão correta sobre o que Deus espera de nós.
Dois Homens de Oração
Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. (Lucas 18:10)
Era uma prática comum da seita dos fariseus ir ao Templo para praticar devocionais, isto é, passar um tempo de oração a sós com Deus.
Na verdade, muitas pessoas piedosas faziam isso naqueles dias. O Templo era bastante movimentado todos os dias, por causa dos muitos sacríficios e ofertas que eram regluramente o oferecidos.
Por isso, não deve nos surpreender um fariseu se dirigir ao Templo para orar. A surpresa está na presença do publicano, visto que em sua maioria eles eram apaixonados pelo dinheiro, corruptos e alvo do preconceito dos judeus de maneira geral.
Além disso, os publicanos não eram conhecidos por uma vida piedosa, mas por sua ganância.
A Oração do Fariseu
O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. (Lucas 18:11,12)
Os fariseus são relatados nos Evangelhos como um grupo religioso que gosta de “aparecer”. Consideravam a si mesmos mais santos e espirituais que todos.
Perceba que no relato de Jesus ele está orando em pé e em voz alta noo Templo, provavelmente com o intuito de que todos os que passam ali, o vejam orando.
A oração do fariseu não glorifica a Deus, mas a si mesmo. Perceba que ele “é grato a Deus” por não ser como os outros homens, ele é superior.
Isso porque, ora, jejua e é dizimista.
Não há em sua oração um pedido de perdão ou expressão de arrependimento. Em sua análise de si mesmo, não há necessidade.
A Oração do Publicano
O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! (Lucas 18:13)
Ao contrário do fariseu, que provavelmente estava próximo ao Santo dos Santos, o publicano está no Templo, mas a distância. Em um lugar mais reservado.
Suas expressões corporais revelam seus sentimentos. Ele não se considera digno, nem ao menos, de olhar para cima, para o céu.
Ele estava envergonhado!
Batia no peito, como sinal de humilhação, confessando a Deus que era pecador e que preccisava de misericórdia.
Ao contrário do fariseu, ele não se sente melhor, ao contrário, se vê como o mais indigno.
Jesus e o Fariseu e o Cobrador de Impostos
Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado. (Lucas 18:14)
O parecer de Jesus (Deus) sobre a oração dos dois homens, é a de que o publicano foi por Deus, declarado justo e o fariseu, não.
Ou seja, o publicano teve os seus pecados apagados, enquanto o fariseu, acumulou ira para si no dia do juízo.
Enquanto o publicano volta para casa sentido alegria e paz em seu coração, o fariseu retorna vazio de Deus, e ainda mais cheio de si mesmo.
Conclusão
A parábola do fariseu e do publicano nos mostra uma realidade presente em nossos dias, infelizmente. Muitos criistãos que se acham melhor do que outras pessoas, por seu estilo de vida e escolhas.
Há inclusive grupos de cristãos que se acham melhor do que outros, por causa da denominação que fazem parte, pela forma que se vestem, pelos dons espirituais que desenvolvem, enfim.
Estão orando e se comportando como o fariseu da parábola, louvam a Deus por sua superioridade.
Leia Também:
A Filha de Jairo e a Soberania de Deus
Caracteríticas da Oração do Pai Nosso
As 6 caracteríticas de uma oração poderosa
No publicano, no entanto, Jesus nos mostra como Deus quer nos ver. Humilhados, dependentes, sem olhar para as outras pessoas, apenas, para nós mesmos.
O conselho de Paulo a Timóteo foi: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem”. (1 Timóteo 4:16)
Devemos não apenas cuidar de praticar a sã doutrina, mas perseverar nisto. Como resultado, outras pessoas serão atraídas a Cristo.
Obrigada! Me ajudou muito!