Neste estudo vamos estudar sobre as duas primeiras bem-aventuranças: os pobres de espírito e os que choram. Vamos juntos entender o que o Senhor Jesus quis dizer com isso. Será que todas as pessoas pobres agradam a Deus? Será que todo choro é um choro que Deus está disposto a consolar?
Essas são algumas das perguntas que vamos tentar responder, com base nesta porção que é o ensino mais profundo do Senhor Jesus, que é o Sermão da Montanha.
Então, vamos lá!
Em Mateus capítulo 5: 3 e 4 discorre sobre os pobres em espírito e os que choram. De acordo Com D. A. Carson o que o Senhor Jesus quis dizer com pobres de espírito é o reconhecimento da Falência espiritual. É como Gideão se sente diante do chamado.
Sempre que nós estamos à frente de desafios maiores do que nós a nossa própria natureza, nossas impossibilidades vem à tona. E logo somos tentados a desistir.
A comparação que D. A. Carson faz com Gideão falou muito ao meu coração. Pois, como vemos em Juízes, quando Gideão é chamado ele vai dizer a Deus, que ele é o menor dos menores. E, é exatamente esse tipo de pobreza espiritual que Jesus quer que tenhamos.
Que sejamos dependentes Dele. É o reconhecimento da Falência espiritual. Ou seja, é o reconhecimento de alguém que é pecador e está diante do chamado de um Deus todo poderoso, maravilhoso.
Sser pobre de espírito é reconhecer que você não consegue resolver tudo sozinho. que você precisa da ajuda de Deus e das orações dos irmãos.
O Senhor Jesus inicia o sermão do Monte falando sobre o caráter do cidadão do reino. Nesse ponto, é interessante que você tenha em mente que as bem-aventuranças são exatamente o reflexo daquilo que o Senhor Jesus espera de mim e de você enquanto cidadãos do reino.
Por isso, não podemos ser altivos espirituais. Precisamos ser pobres de espírito!
Outro ponto que me chama atenção é esse antagonismo de você ser pobre em espírito e herdar a riqueza do Reino dos Céus Senhor. Jesus está nesse momento falando aos seus discípulos e não as grandes multidões, falava a um grupo que de fato o seguia com regularidade.
Isso nos mostra que quanto mais próximo de Jesus mais segredos nós recebemos de sua parte Senhor Deus. Ele quer revelar verdades profundas a você e a mim. Desde que o relacionamento com Ele se torne constante e profundo.
A segunda bem-aventurança é abençoados são os que choram porque eles serão consolados. Sobre isso, D. A. Carson, no seu livro Sermão do Monte diz que bem-aventurados os que choram é a tristeza de alguém que começa a reconhecer o negrume de seu pecado, quanto mais toma conhecimento da pureza de Deus.
Sendo assim, não é qualquer choro, não é por qualquer motivo. Perceba que as bem-aventuranças estão diretamente ligadas uma a outra.
De forma que, a medida que somos pobres de espírito e conhecemos a nossa falência espiritual, reconhecemos que precisamos de Deus e também das pessoas. E, isso nos aproxima do Senhor Deus, afirma Carson.
Quanto mais próximo de Deus mais nós vemos quem nós somos.
A comparação que ele utiliza é a experiência que teve Isaías no capítulo 6 quando viu a glória de Deus. Isaías já profetizava, já denunciava o pecado dos outros, já era um promotor da justiça com suas palavras.
Mas, diante de Deus ele reconhece a sua impureza. E, essa lamentação de Issías é exatamente o que o Senhor Deus espera de nós.
É a tristeza de alguém que começa a reconhecer o negrume de seu pecado a medida que toma mais conhecimento da pureza de Deus. É você chorar por suas próprias iniquidades, é lamentar pelo próprio pecado, é olhar para si mesmo e olhar para Deus e ver a falência espiritual e o quanto precisamos Dele.
Então, não é qualquer choro que vai ser consolado, não é por qualquer motivo. É por causa da lamentação. É a tristeza de alguém que começa a reconhecer o pecado ao mesmo tempo que toma mais conhecimento da pureza e Santidade do Senhor.