Em 8 de julho de 1741, em Enfield, Connecticut, Jonathan Edwards ministrou um dos sermões mais conhecidos da História da Igreja: “Pecadores nas Mãos de um Deus Irado”.
Isso aconteceu durante um período conhecido como o Grande Despertar, um movimento de avivamento que varreu os Estados Unidos.
O sermão de Edwards foi baseado no texto bíblico de Deuteronômio 32:35, que diz: “Minha é a vingança e a recompensa, ao tempo que o seu pé vacilar; porque o dia da sua calamidade está próximo, e as coisas que lhe hão de suceder se apressam a chegar.” Edwards usou esse texto para descrever a ira de Deus contra os pecadores e como eles estão em perigo de condenação eterna se não se arrependerem.
O sermão de Edwards foi marcado por uma linguagem forte e imagens vívidas, que descreviam a ira de Deus contra os pecadores e o perigo iminente deles caírem no inferno. Ele alertou que a ira de Deus é como um grande rio que flui rapidamente e que os pecadores estão pendurados sobre ele por um fio frágil, pronto para serem tragados a qualquer momento.
Edwards também enfatizou que a salvação só pode ser encontrada através da graça de Deus e do arrependimento dos pecados. Ele encorajou seus ouvintes a se arrependerem e a buscar a misericórdia de Deus enquanto ainda havia tempo, para evitar a condenação eterna.
O sermão de Edwards teve um impacto profundo e imediato em seus ouvintes, muitos dos quais choravam e clamavam por misericórdia enquanto ele pregava. O sermão também teve um impacto mais amplo, ajudando a alimentar o Grande Despertar e influenciando a teologia e a pregação nos Estados Unidos.
Mas, o sermão também foi alvo de críticas por sua abordagem dura e assustadora. Muitos argumentaram que ele enfatizou demais a ira e não falou o suficiente sobre o amor e a misericórdia de Deus.
Uma das coisas que mais me chama a atenção no sermão de Edwards, é a clareza com que ele nos mostra que existe uma batalha constante em nosso interior, uma que leva a vontade de Deus e outra que nos leva a nossa própria vontade.
Escolhendo o caminho da paz e alegria em Cristo (em vídeo)
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A importância de buscar a vontade de Deus
Veja o que está escrito em Efésios 4.17,18:
Assim, eu lhes digo, e no Senhor insisto, que não vivam mais como os gentios, que vivem na futilidade dos seus pensamentos. Eles estão obscurecidos no entendimento e separados da vida de Deus por causa da ignorância em que estão, devido ao endurecimento dos seus corações. (Efésios 4:17,18 NVI)
Essa passagem nos mostra que precisamos deixar de lado o padrão deste mundo, que muitas vezes nos leva a seguir nossas próprias vontades e desejos, e buscar a vontade de Deus em nossas vidas.
Mas, isso não é uma tarefa fácil. O mundo em que vivemos está repleto de distrações, tentações e pressões que nos levam a buscar coisas que não são importantes para o Reino de Deus. Precisamos nos esforçar para renovar a nossa mente e transformá-la, para que possamos compreender o que é a vontade de Deus e como podemos segui-la em nossas vidas.
Uma das formas de renovar a nossa mente é através da oração e meditação na Bíblia Sagrada. Quando nos conectamos com Deus em oração, somos capazes de ouvir a Sua voz e compreender os Seus desejos para as nossas vidas.
Outra forma de renovar a nossa mente é através da comunhão com outros cristãos. Quando nos reunimos com outros irmãos e irmãs em Cristo, podemos compartilhar nossas experiências, aprender uns com os outros e ser encorajados a seguir a vontade de Deus. A comunhão com outros cristãos é uma das formas mais poderosas de renovar a nossa mente e nos aproximar de Deus.
Sobre isso, Lysa TerKeurst disse o seguinte: “Buscar a vontade de Deus é uma jornada que requer coragem, fé e humildade. É um processo contínuo de renovação da nossa mente e de abandono das nossas próprias vontades. Mas quando abraçamos essa jornada, somos capazes de experimentar a bondade, a alegria e a paz que só podem ser encontradas na vontade de Deus.”
Ao buscar a vontade do Senhor em nossas vidas, devemos estar dispostos a abandonar as nossas próprias vontades e desejos. Muitas vezes, a vontade de Deus pode nos levar a caminhos que não esperávamos ou que não são fáceis. Mas é importante lembrar que a vontade de Deus é sempre melhor do que a nossa vontade, pois Ele sabe o que é melhor para nós e tem um propósito maior em mente.
A batalha das vontades
Veja o que está escrito em Gálatas 5.17:
“Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que quereis.”
Essa passagem nos mostra que existe uma luta constante entre a nossa carne, que representa os nossos desejos carnais e egoístas, e o Espírito Santo, que nos guia e nos fortalece para resistir às tentações e seguir a vontade de Deus. Essa luta é uma realidade para todos os cristãos e pode ser uma fonte de frustração e desânimo.
A nossa carne é fraca e tende a nos levar para caminhos que não são agradáveis a Deus. Ela nos leva a buscar prazeres passageiros, a ceder às tentações e a seguir os nossos próprios desejos. Ao contrário dela, o Espírito Santo nos guia para seguir a vontade de Deus e nos fortalece para resistir às tentações e ao pecado.
Essa luta pode ser difícil e muitas vezes nos sentimos impotentes diante da força da nossa carne. Mas é importante lembrar que temos um Espírito Santo que nos ajuda nessa luta e nos dá forças para vencer as tentações. Precisamos nos esforçar para ouvir a Sua voz e seguir a Sua orientação, mesmo quando isso significa ir contra os nossos próprios desejos.
Além disso, a luta contra a nossa carne é um processo contínuo de santificação. À medida que buscamos a vontade de Deus em nossas vidas e nos submetemos à Sua orientação, Ele nos transforma e nos torna mais parecidos com Cristo. A luta pode ser difícil, mas é uma oportunidade para crescermos em nossa fé e nos tornarmos mais fortes em nosso relacionamento com Deus.
Sobre isso, Charles Stanley disse o seguinte: “O conflito entre a vontade de Deus e a vontade do ser humano é uma realidade em nossas vidas. Mas quando escolhemos seguir a vontade de Deus, estamos escolhendo o caminho da vida, da paz e da alegria que só podem ser encontrados em Cristo.”
Por fim, é importante lembrar que a vitória sobre a nossa carne não é algo que conseguimos sozinhos. Precisamos da ajuda de outros cristãos e da graça de Deus para vencer essa luta. Precisamos nos esforçar para manter a comunhão com Deus e com outros irmãos e irmãs em Cristo, buscando a ajuda que precisamos para vencer as tentações e seguir a vontade de Deus.
A recompensa de seguir a vontade de Deus
Veja o que está escrito em João 6:38:
“Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.”
Jesus Cristo veio ao mundo não para fazer a Sua própria vontade, mas para cumprir a vontade do Pai. Ele foi o maior exemplo de alguém que seguiu a vontade de Deus, mesmo quando isso significou sacrifício e sofrimento.
Ao seguir o exemplo de Cristo e buscar a vontade de Deus em nossas vidas, somos recompensados com a paz, alegria e amor de Deus. A vontade de Deus para as nossas vidas é sempre boa e perfeita, mesmo que não pareça assim no momento. Quando escolhemos seguir a vontade de Deus, estamos escolhendo o caminho da vida, da paz e da alegria que só podem ser encontrados em Cristo.
Essa recompensa não é algo que recebemos apenas no futuro, mas é uma realidade em nossas vidas hoje. Quando escolhemos seguir a vontade de Deus, experimentamos a paz que excede todo o entendimento, a alegria que transcende as circunstâncias e o amor que nos transforma. Não importa as dificuldades que enfrentamos, a vontade de Deus para as nossas vidas é sempre a melhor escolha.
Além disso, seguir a vontade de Deus nos permite cumprir o propósito que Ele tem para as nossas vidas. Cada um de nós tem um propósito único e especial que só pode ser cumprido ao seguir a direção de Deus. Quando escolhemos seguir as nossas próprias vontades, podemos nos afastar desse propósito e perder a oportunidade de cumprir o plano que o Senhor tem para nós.
Seguir a Jesus nos permite experimentar a vida abundante que ele nos prometeu. Como está escrito em João 15:10-11: “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor. Tenho-vos dito estas coisas para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa.”
Sobre isso, Beth Moore disse o seguinte: “Seguir a vontade de Deus não é apenas uma questão de obediência, mas de amor. Quando amamos a Deus, buscamos a Sua vontade em todas as áreas das nossas vidas.”
Ao seguir a vontade de Deus, experimentamos a plenitude da vida em Cristo, a alegria que só pode ser encontrada nEle. É uma alegria que transcende as circunstâncias e que nos permite viver em paz e felicidade, mesmo nas dificuldades da vida.