Vivemos em um mundo em constante mudança, onde a autonomia e o individualismo são tão idolatrados quanto os deuses de ouro e prata dos antigos.
Somos ensinados desde criança que o sucesso, a felicidade e a liberdade nascem do poder de escolher o nosso próprio caminho, de seguir os nossos próprios desejos, de estabelecer os nossos próprios padrões.
Aos nossos ouvidos, a palavra “obediência” pode soar como uma campainha desafinada no concerto da vida moderna, trazendo imagens de servidão e restrição.
Mas e se eu lhe disser que a obediência é a chave para a verdadeira liberdade?
E se eu lhe disser que, ao ouvir e obedecer à voz de Deus, não estamos nos submetendo à escravidão, mas nos abrindo para um amor insondável e uma alegria indizível? E se eu lhe disser que a obediência pode ser a ponte que nos leva da solidão e do desespero para o coração de um Pai celestial que nos ama mais do que podemos imaginar?
A obediência a Deus é, na verdade, um ato de amor e confiança. É o reconhecimento de que o nosso Criador, que nos gerou no útero de nossas mães, que conhece o número de cabelos em nossas cabeças, que sabe de nossos sonhos e medos mais íntimos, deseja apenas o melhor para nós.
E o melhor para nós vem ao caminhar no caminho que Ele aponta, viver de acordo com Seus mandamentos, aceitar Seu amor incondicional e Sua misericórdia sem fim.
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O chamado para obedecer
“Vejam que hoje ponho diante de vocês a bênção e a maldição. Vocês terão bênção, se obedecerem aos mandamentos do Senhor, o seu Deus, que hoje lhes dou; maldição, se desobedecerem aos mandamentos do Senhor, o seu Deus, e se afastarem do caminho que hoje lhes ordeno, seguindo outros deuses, que vocês não conhecem.” (Deuteronômio 11:26-28)
Deus, em Sua infinita sabedoria e amor, coloca diante de nós um caminho de vida e um caminho de destruição.
O caminho da bênção é trilhado tendo a obediência aos mandamentos de Deus, como fundamento, enquanto que o caminho da maldição é fundamentado na desobediência, pelo desvio do caminho ordenado pelo Senhor, e pela adoração a deuses desconhecidos.
Esses “outros deuses” podem não ser ídolos de pedra ou metal como eram nos tempos antigos. Hoje, eles podem assumir a forma de bens, poder, status, prazeres passageiros ou qualquer outra coisa que coloquemos no lugar de Deus em nossas vidas.
Quando essas coisas se tornam nosso foco principal, quando começamos a viver para elas ao invés de viver para Deus, estamos essencialmente nos desviando do caminho da obediência e caminhando em direção à maldição.
Mas, a promessa de Deus é clara.
Se formos obedientes, se andarmos em Seus caminhos, seremos abençoados. Essa bênção não é necessariamente material, embora possa incluir provisão material. Mas a verdadeira bênção de Deus é espiritual.
Mas a essência da presença da bênção de Deus é a paz, mesmo em meio à tempestade. É uma alegria que vai além das circunstâncias. É uma segurança que vem do conhecimento de que somos amados e cuidados por um Deus todo-poderoso.
A obediência não é fácil. Exige renúncia, humildade e fé. Mas, quão doce é a sua recompensa! Porque a obediência nos conecta com o coração de Deus. Nos sintoniza com Sua vontade e seus planos para as nossas vidas. E não há lugar melhor para estar do que no centro da vontade de Deus.
Sobre isso, Dietrich Bonhoeffer: “A primeira etapa da obediência leva à fé, e a fé leva à obediência… a obediência é um ato que se torna uma atitude, e a fé é uma atitude que se torna um ato.” – Dietrich Bonhoeffer
Essa citação reforça a íntima relação entre fé e obediência. Uma não pode existir sem a outra. A fé nos move à obediência, e a obediência fortalece nossa fé.
Obediência e amor
“Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos. (João 14:15)
Imagine por um momento um mundo onde o amor é a força que motiva as escolhas e ações das pessoas. Um mundo onde cada palavra falada, cada ação tomada, é motivada pelo amor puro e incondicional.
Imaginou?
Esse é o mundo que Jesus nos convida a criar através de nossa obediência.
Amar a Jesus significa aceitá-lo como ele é, como o Filho de Deus, como nosso Salvador. Significa aceitar a Sua obra na cruz, a Sua ressurreição e a Sua promessa de vida eterna. Significa acreditar em Suas palavras e em Seus ensinamentos.
E aqui está o belo mistério: ao amar Jesus, ao obedecer aos Seus mandamentos, encontramos uma alegria e uma paz que são incomparáveis a qualquer coisa que o mundo possa oferecer.
Obedecer a Jesus é como caminhar em um jardim florido, onde cada passo revela uma nova flor, uma nova beleza, um novo sinal do amor de Deus.
Não se enganem, meus queridos irmãos e irmãs, a obediência aos mandamentos de Jesus não é uma tarefa fácil. Requer auto-negação. Requer sacrifício. Requer coragem. Mas também requer amor. E quando obedecemos a Jesus por amor, descobrimos que o jugo é suave e o fardo é leve.
Sobre isso, Elisabeth Elliot disse: “A obediência a Deus é sempre possível. É uma questão de amor.” – Elisabeth Elliot
Deixe o amor ser a sua bússola. Deixe o amor ser o vento que enche as suas velas. Deixe o amor ser o fogo que aquece o seu coração. E no relacionamento entre o amor e a obediência, você encontrará a verdadeira liberdade, a verdadeira alegria, e a verdadeira vida, em Jesus.
O fruto da obediência
Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço. (João 15:10)
O fruto da obediência é a permanência no amor de Deus. Isso não é uma promessa vazia, mas uma afirmação poderosa de uma verdade imutável. A obediência nos aproxima de Deus, nos conecta a Ele, e nos permite desfrutar da plenitude de Seu amor.
A obediência não é um padrão exterior ou uma religiosidade cega. É um ato de alinhamento do nosso coração, mente e vontade… com o coração, mente e vontade de Deus.
E quando nossos corações estão alinhados com o coração de Deus, experimentamos o doce calor de Sua presença, o calor reconfortante de Seu amor e a profundidade insondável de Sua paz.
Esta é a beleza e a recompensa da obediência.Ela nos dá tudo o que precisamos. Dá-nos uma comunhão íntima com Deus, um relacionamento que é mais precioso do que o ouro ou as pedras preciosas. Dá-nos a satisfação e a plenitude que o mundo não pode oferecer.
Vivemos em um mundo que valoriza a autonomia e a autossuficiência. Mas o reino de Deus opera de maneira diferente. No reino de Deus, a verdadeira liberdade e a verdadeira satisfação são encontradas não na busca egoísta de nossos próprios desejos, mas na humilde obediência à vontade de Deus.
Sobre isso, Oswald Chambers disse: “A obediência é o fruto de uma fé que se entrega completamente a Deus.” – Oswald Chambers
Que possamos desejar viver por essa obediência, que possamos desejar essa intimidade com Deus. Que possamos perceber que a obediência não é um fardo, mas um privilégio, um convite para entrar no amor de Deus e permanecer lá.