Em um mundo tão cheio de ruído, onde a agitação, o descontentamento e a dor muitas vezes ofuscam a doce melodia da fé, é fácil se perder. É fácil esquecer quem somos, a quem pertencemos, e a quem amamos.
Mas, então, somos inspirados pela bela história de Maria Madalena, cuja ligação com o nosso Senhor era tão intensa, tão profunda, que ela reconheceu Sua voz em meio ao tumulto.
Não foi apenas a familiaridade que a guiou, mas o amor, um amor que nasceu no fundo de sua alma, um amor que a guiou através da escuridão em direção à luz. Jesus a libertou de sete demônios, por isso também ela o amava.
É esse amor que devemos procurar em nossas vidas. É esse amor que devemos cultivar em nossos corações. Amor não como o mundo o conhece, mas amor como Jesus nos mostrou.
Um amor que nos chama pelo nome, um amor que nos busca quando estamos perdidos, um amor que sacrificou tudo para nos redimir.
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O Amor Familiar
“Os minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.” (João 10:27)
Esta é uma afirmação poderosa. É uma verdade fundamental que fortalece a nossa fé.
Imagine, por um momento, Maria – uma mulher de fé profunda, esperança inabalável e amor incondicional. Maria, que passou tempo com Jesus, ouviu Suas palavras, presenciou Seus milagres.
Ela compartilhou risos e lágrimas com Ele, andou a Seu lado, sentiu a verdade de Sua presença. Maria, cujo coração estava tão intimamente ligado a Jesus, que ela pôde reconhecer Sua voz entre todas as outras, vozes.
Pense por um momento na intimidade desse relacionamento. Imagine a profundidade do amor que deve ter habitado o coração de Maria para que ela pudesse discernir a voz de Jesus, mesmo quando seus olhos naturais o confundiram com um jardineiro na manhã da ressurreição.
Esse é o tipo de amor que Jesus deseja de nós, esse é o tipo de relacionamento que Ele quer ter conosco.
Como cristãos, estamos ligados a Jesus da mesma forma que Maria estava. Ele conhece nossos nomes. Ele conhece nossos corações. Ele conhece nossas alegrias e nossas dores, nossos triunfos e nossas derrotas.
E em todos os momentos, em cada passo da jornada, Ele está lá, nos chamando para segui-Lo, nos chamando para amá-Lo, nos chamando para conhecê-Lo mais profundamente.
Mas, como cultivamos esse amor familiar, esse amor íntimo? Como alimentamos esse relacionamento com Jesus?
É passando tempo em Sua presença, buscando-o em todos os momentos, permitindo que Ele entre em nossas vidas e transforme nossos corações.
Este é o segredo. Este amor não é um produto de nossos esforços. É um presente de Deus, um presente dado a todos os que buscam a Jesus. Nós só precisamos abrir nossos corações e receber.
Sobre isso, C.S Lewis disse: “Deus, que precisa de nada, ama ao invés de querer. Nós amamos de maneira inadequada e queremos demais. (C.S. Lewis)
Essa frase lembra que nosso amor humano é imperfeito, mas Deus, em Sua perfeição, ama plenamente e incondicionalmente. O amor de Deus não é baseado em necessidade ou desejo, mas é um ato puro de Sua vontade e caráter. É esse tipo de amor que somos chamados a cultivar como cristãos.
O Amor como Motivação
“Jesus respondeu: ‘Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento.'” (Mateus 22:37)
Maria, ao reconhecer a voz de Jesus, nos mostrou que o amor é uma força poderosa no relacionamento com Deus.
Um amor que desvenda mistérios, que atravessa a cortina entre o natural e o sobrenatural, que não se satisfaz com nada menos que a poderosa presença de Deus.
Este é o tipo de amor que Jesus deseja de nós, um amor que não é baseado em obrigações ou conveniências, mas um amor que flui das profundezas de nossos corações, de todo o nosso ser.
A pergunta, é: Como cultivamos esse amor? Como fazemos do nosso amor por Jesus a motivação principal para buscá-lo, para ouvi-lo, para servi-lo?
A resposta é simples, mas profundamente desafiadora. Devemos amá-lo não pelo que Ele pode fazer por nós, mas pelo que Ele é. Ele é nosso Senhor, Salvador, nosso Redentor, nosso Conselheiro, nosso Amigo mais íntimo.
Ele é a encarnação do amor divino, a fonte inesgotável de misericórdia, a expressão suprema de graça incondicional.
Este amor não é algo que possamos produzir. Não é um produto de nossos esforços humanos. É um presente de Deus, um tesouro escondido que podemos descobrir quando entregamos nossos corações a Jesus.
E quando fazemos isso, quando deixamos de lado nossos medos e inseguranças, nossas dúvidas e incertezas, e simplesmente amamos a Jesus pelo que Ele é, uma coisa incrível acontece. Nosso amor por Ele se torna o fundamento de nossas vidas.
Sobre isso, Thomas à Kempis, autor do clássico devocional “A Imitação de Cristo”, disse: “O amor é uma grande coisa, uma coisa boa sem comparação… Só o amor pode realizar grandes coisas.” – Thomas à Kempis
Essa frase nos lembra que é o amor – o amor por Cristo e o amor que recebemos Dele – que nos capacita a realizar grandes coisas em nossa jornada cristã.
Vamos fazer do nosso amor por Jesus o nosso maior objetivo. Vamos amá-lo de todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de todo o nosso entendimento.
E à medida que o fazemos, vamos descobrir uma alegria que vai além de nossa compreensão, uma paz que transcende todas as circunstâncias, e uma vida que reflete a glória de nosso amado Senhor.
O Verdadeiro Amor
“Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.” (Romanos 5:8)
O mundo pode nos oferecer muitas versões distorcidas do amor. Amor baseado em condições, amor baseado em conveniência, amor que é fácil de abandonar quando os tempos ficam difíceis.
Mas, esse não é o tipo de amor que nosso Senhor demonstrou para nós. Não, o amor de Deus é diferente. É um amor que desafia toda a lógica, que desafia toda a compreensão humana. É um amor que não conhece limites, não conhece barreiras, não conhece fim.
Pense no Calvário. Imagine a cena, nosso Senhor Jesus, pendurado na cruz. O sol escurece, a terra treme, os corações se partem. Mas mesmo naquele momento de agonia incompreensível, o amor de Deus brilha mais brilhantemente.
Jesus, o Filho de Deus, dá Sua vida, não por justos, não por heróis, mas por pecadores. Por nós. É a maior representação do amor sacrificial, o exemplo máximo de um amor que vai além do compreensível.
Esse é o amor que somos chamados a cultivar. Um amor que não se baseia em nossos méritos, mas na misericórdia de Deus. Um amor que não se baseia em nossas forças, mas na força de Deus. Um amor que não se baseia em nossas possibilidades, mas nas promessas de Deus.
Cultivar esse amor é a jornada de toda uma vida. É um desafio, sem dúvida. Mas é também a mais bela das aventuras.
Porque, à medida que aprendemos a amar a Deus, à medida que permitimos que esse amor transforme nossos corações, passamos a ver o mundo através dos olhos de Deus.
Passamos a ver as pessoas como Deus as vê. E passamos a amar a Deus como Ele sempre nos amou: de maneira incondicional, sacrificial e eterna. E isso muda tudo.
Sobre isso, D.L Moody disse: “Deus não nos amou porque somos valiosos, mas somos valiosos porque Deus nos amou.” – D.L Moody
Esta citação nos lembra que o nosso valor não é derivado de nossos feitos ou de quem somos, mas do fato incontestável de que somos amados por Deus. É este amor divino que nos dá valor e propósito.