Havia uma pequena árvore em meio a um vasto campo. Apesar das estações adversas, das tempestades violentas e do sol ardente, a árvore se mantinha forte. Às vezes, ela perdia suas folhas, suas flores murchavam, mas sempre resistia.
Um dia, um homem caminhando pelo campo observou a árvore. Ele viu a determinação e a perseverança dela, mesmo diante das adversidades. Maravilhado, o homem colocou a mão em seu tronco forte e casca dura, e perguntou: “Como você continua a crescer e a florescer, mesmo diante de tais desafios?”
A árvore, sussurrando através das folhas, respondeu: “A minha força não vem de mim. Ela vem de minhas raízes que se aprofundam no solo. Não importa o quão forte seja a tempestade ou quão quente seja o sol, enquanto minhas raízes estiverem firmes, eu continuarei a crescer.”
Essa palavra é para mim e pra você meu irmão, minha irmã. Hoje, somos essa árvore. Todos nós enfrentamos tempestades em nossas vidas. A dor da doença física e emocional pode ser uma tempestade violenta que nos deixa desnorteados. Mas assim como a árvore, temos uma fonte de força à qual podemos nos apegar. Nossas raízes estão plantadas na fé em nosso Deus, e é dessa fé que tiramos nossa força.
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A angústia de Jó
“Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.” (Jó 19:25)
Dor e sofrimento são experiências universais. Todos nós, em diferentes momentos da vida, somos afligidos por elas. No entanto, é a nossa reação diante desses desafios que define quem somos e onde está nossa fé. Para ilustrar isso, voltemos ao antigo livro de Jó, uma história que tem fascinado e confundido leitores por séculos.
Jó era um homem de fé incomensurável que foi submetido a provações que testaram os limites de sua resistência. Ele perdeu sua riqueza, seus filhos, foi afligido com uma doença mortal e ainda assim manteve sua fé. Ele disse no meio de sua dor, “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.”
Essas palavras não foram proferidas em um momento de alegria ou paz, mas em um de dor aguda e perda inimaginável. Mesmo assim, Jó escolheu crer na bondade de Deus, na Sua soberania e no Seu poder redentor.
A fé de Jó não estava baseada em suas circunstâncias, mas em sua confiança absoluta em quem Deus é. Mesmo diante de uma adversidade sem precedentes, mesmo com um conhecimento muito limitado sobre Deus, em comparação com os nossos dias, ele escolheu se apegar à verdade de que nosso Redentor vive e que, no final, Ele se levantará.
Sobre isso, Elisabeth Elliot disse: “Não é a ausência de sofrimento, mas a presença de Deus, que traz conforto”. – Elisabeth Elliot
Que, como Jó, possamos enfrentar nossas provações com fé e confiança, nos agarrando à certeza de que nosso Redentor vive. Que, mesmo em meio à dor e à doença, possamos escolher a fé, o conforto e a esperança que vêm de nosso Deus. Ele é nosso refúgio nas tempestades, a cura para nossas dores e a luz que brilha no meio das trevas.
A cura do cego de nascença
E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado). Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo. – João 9:7
Este homem, cego desde o nascimento, não desistiu da esperança em Deus, na minha opinião. Quando Jesus o encontrou, ele estava no lugar dos milagres, embora estivesse desanimado. Ele demonstrou sua fé, seguindo a instrução de Jesus para lavar-se no tanque de Siloé. E ao fazê-lo, ele recebeu sua visão.
Por que essa história é tão importante? Porque ilustra de forma vívida o poder da fé, não apenas para confortar, mas também para transformar e curar. Quantas vezes, o cristão é confrontado pelo desânimo ao longo da jornada com Jesus? Inúmeras.
Alguns de nós, desistem, saem da Igreja e voltam para a vida de pecado, colocando a culpa em todo mundo. Outros não. Suportam as aflições, muitas vezes em silêncio, sem entender. Sofrem a humilhação, a indiferença, o abandono. Mas assim como o cego, não abandonam o lugar do milagre.
A sociedade atual está cheia de doenças e enfermidades. Segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2021, em todo o mundo foram diagnosticadas com diabetes, e a cada ano, cerca de 1,6 milhões de pessoas morrem devido a essa doença. Mais alarmante ainda, 17,9 milhões de pessoas morrem anualmente de doenças cardiovasculares, representando 31% de todas as mortes em todo o mundo.
Essas estatísticas podem parecer desanimadoras, mas nos lembram da urgente necessidade de cura física em nosso mundo. Mas além da cura física, também precisamos de cura emocional, mental e espiritual.
A história do cego de nascença nos mostra que a fé pode abrir caminho para essa cura em todas as suas formas. A fé não é uma solução rápida ou uma promessa de uma vida sem dor, mas é um meio através do qual podemos experimentar o poder de restauração de Deus.
A fé é como um canal que conecta o finito ao infinito, o humano ao divino, permitindo que o poder de Deus opere em nossas vidas. Isso não significa que todos aqueles que têm fé nunca ficarão doentes ou que todos serão curados fisicamente. Mas significa que, através da fé, podemos experimentar a presença, a paz e o poder de Deus em meio a nossas lutas.
Sobre isso, C.S Lewis disse o seguinte: “A fé é a arte de se agarrar a coisas que sua razão já aceitou, apesar das suas mudanças de humor.” – C.S Lewis
Essa frase destaca a fé do cego de nascença que, apesar de sua condição desafiadora, escolheu acreditar em Jesus e seguir suas instruções, evidenciando a fé como uma escolha intencional que podemos fazer, independentemente das circunstâncias.
A fé, como demonstrada pelo cego de nascença, nos convida a confiar em Deus, a seguir Seus caminhos e a crer em Seu poder para curar e restaurar. Que, como esse homem, possamos ter fé suficiente para “ir e lavar”, para dar os passos de obediência que Deus coloca diante de nós, confiando em Sua habilidade para nos restaurar.
Fé que toca a Cristo
“E uma mulher que havia doze anos vinha sofrendo de hemorragia… veio por trás dele e tocou em seu manto, porque dizia consigo mesma: ‘Se eu apenas tocar em seu manto, serei curada.'” (Mateus 9:20-21)
Esta mulher tinha lutado contra sua condição por doze longos anos. Ela havia esgotado suas posses procurando cura, mas só piorou. Mas ao ouvir sobre Jesus, ela acreditou e declarou: “Se eu apenas tocar em seu manto, serei curada.”
Ela não só acreditou, mas também agiu. Ela ousou alcançar e tocar o manto de Jesus, mesmo em meio à multidão. E essa fé audaciosa a transformou completamente. Ela foi curada, não apenas fisicamente, mas também espiritualmente e emocionalmente.
Essa história nos ensina uma lição profunda sobre o que significa ter fé. Fé não é algo distante, nem uma ideia vaga. Fé é uma força viva, vibrante e dinâmica que move montanhas, rompe barreiras e nos conecta diretamente à fonte de todo poder e amor: nosso Senhor Jesus Cristo.
Agora, gostaria que você pensasse em sua própria vida. Pense nas lutas que está enfrentando, nas dores que carrega, nas doenças que está lutando para superar. E lembre dessa mulher e de sua fé ousada.
Não importa o quão profunda seja a sua dor, o quão severa seja a sua doença, ou o quão impossível pareça a sua situação, saiba disso: Jesus está perto. Ele está entre a multidão, e Ele está ao alcance. Ele é acessível a você, agora mesmo. E Ele está esperando que você O alcance com fé.
Assim como a mulher do fluxo de sangue, ouse tocar o manto de Jesus com fé, na intimidade. Ele te vê. Ele conhece a tua dor. Ele entende a tua luta. E Ele tem o poder de te curar, de te restaurar, de te fazer inteiro novamente.
Sobre isso, Charles Spurgeon disse: “Um pouco de fé levará sua alma ao céu, mas muita fé trará o céu para sua alma.” – Charles Spurgeon
A impressão que tenho, é que nós cristãos brasileiros estamos cada vez mais céticos. Querendo estar cada vez mais no controle do rumo da nossa vida, da sociedade, a sensação que tenho é a de que estamos usando cada vez melhor as nossas armas naturais, e abrindo mão das armas espirituais.
Mas isso não está certo. Tome a decisão de viver pela fé, não importa o que você esteja enfrentando. Lembre-se, a melhor versão da sua vida, é vivida na direção de Deus.