Em um vilarejo distante, havia um jardineiro conhecido por sua habilidade de cultivar as flores mais belas e vibrantes. Porém, sua maior conquista não veio de uma semente rara ou de uma técnica especial, mas de um encontro inesperado. Em uma de suas caminhadas, ele encontrou uma rosa selvagem, solitária, seus espinhos mais proeminentes do que suas pétalas, quase sufocada por ervas daninhas. Onde muitos viam uma flor sem esperança, o jardineiro enxergou potencial.
Com amor e dedicação, ele cuidou daquela rosa. Dia após dia, ele a regava, protegia-a das tempestades e do sol escaldante, e, com mãos gentis, retirava os espinhos que a feriam. Com o tempo, aquela rosa selvagem transformou-se na joia de seu jardim, radiante e cheia de vida.
O mesmo acontece com você cristão. Assim como o jardineiro viu beleza e potencial na rosa selvagem, Deus vê em cada um de nós. Em meio às adversidades da vida, às vezes nos sentimos como aquela rosa: espinhosos, feridos, esquecidos. Mas Deus, o grande Jardineiro, nos vê com olhos de amor e vê além de nossas imperfeições. Ele cuida, protege e, com paciência, trabalha em nosso caráter, moldando-nos à semelhança do caráter de Cristo.
Hoje, somos convidados a refletir sobre esse amor transformador, sobre o caráter inabalável de Jesus e como Ele vê o potencial em cada um de nós, mesmo quando nos sentimos perdidos e sem esperança.
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Deus é Fiel
“Por causa do grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se cada manhã; grande é a tua fidelidade.” – Lamentações 3:22-23
Em meio ao caos, quando o mundo parece desabar ao nosso redor, há uma verdade que brilha mais forte do que qualquer escuridão: a fidelidade de Deus. O profeta Jeremias, mesmo vendo a destruição de sua amada Jerusalém, proclamou com convicção a fidelidade de Deus.
Ele não fez isso da segurança de um palácio ou da tranquilidade de um templo, mas das ruínas de uma cidade devastada. E é exatamente aí que a fidelidade de Deus se torna mais evidente: nos momentos de nossa maior vulnerabilidade.
Quantas vezes nos sentimos consumidos pelas circunstâncias? Seja uma doença, uma perda, uma traição ou qualquer outra adversidade que a vida nos apresente.
Em muitos desses momentos, podemos nos perguntar: “Onde está Deus? Por que Ele permite isso?”. Mas Jeremias nos lembra que, mesmo nos momentos mais sombrios, não somos consumidos.
E por quê?
Por causa do grande amor do Senhor.
O amor de Deus não é um amor comum. É um amor que vai além de nossa compreensão, um amor que é inesgotável. E é esse amor que nos sustenta, que nos dá força para enfrentar mais um dia, que nos levanta quando caímos.
A cada amanhecer, somos presenteados com novas misericórdias. Não importa o quão profundo tenha sido o vale da sombra da morte pelo qual passamos no dia anterior, a misericórdia de Deus se renova a cada manhã.
Sobre isso, A.W. Tozer disse o seguinte: “O que vem à nossa mente quando pensamos em Deus é a coisa mais importante sobre nós.” – A.W. Tozer
E é aqui que encontramos esperança. Porque, mesmo quando falhamos, mesmo quando nos desviamos, mesmo quando nosso coração se enche de dúvidas, Deus permanece fiel. Sua fidelidade não depende de nossas ações, de nossos méritos ou de nossa capacidade de manter a fé. Ela é inabalável, constante, eterna.
Sendo assim, quando a vida lhe pressionar, quando as circunstâncias lhe derrubarem, lembre-se das palavras de Jeremias. Lembre-se de que, por causa do grande amor do Senhor, você não será consumido. E a cada novo dia, permita-se ser renovado, renovada por Suas misericórdias. Porque grande é a fidelidade de Deus!
A Justiça Divina em um Mundo Injusto
“A justiça e o direito são os alicerces do teu trono; o amor e a fidelidade vão à tua frente.” – Salmos 89:14
Vivemos em um mundo onde a justiça, muitas vezes, parece ser uma miragem. Diariamente, somos bombardeados por notícias de corrupção, violência e desigualdades. A sensação é de que a balança da justiça está desequilibrada, pendendo para o lado da impunidade. Mas, o Salmo 89 nos lembra de uma verdade reconfortante: a justiça e o direito são os alicerces do trono de Deus.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Cristã Global, mais de 245 milhões de cristãos enfrentam perseguição em todo o mundo. Estes são irmãos e irmãs que, por causa de sua fé, enfrentam discriminação, violência e até mesmo a morte. Em muitos desses casos, a justiça humana falha miseravelmente em protegê-los.
Além disso, o World Vision Institute relata que mais de 385 milhões de crianças vivem em extrema pobreza. Estas são crianças que, por circunstâncias além de seu controle, enfrentam fome, falta de acesso à educação e saúde, e são frequentemente vítimas de exploração.
Em meio a esta realidade, pode ser tentador questionar onde está a justiça de Deus. Mas, é importante lembrar que a justiça divina opera em uma escala eterna. Enquanto a justiça humana é falha e limitada, a justiça de Deus é perfeita e abrangente. Ele vê cada lágrima, conhece cada dor e promete que, no final, toda injustiça será corrigida.
Um excelente exemplo de alguém que entendeu esta verdade é Watchman Nee. Nascido em 1903 na China, foi um influente líder cristão e escritor, cuja profunda espiritualidade e ensinamentos impactaram inúmeras vidas.
Convertido ao cristianismo aos 17 anos, dedicou sua vida à fundação de igrejas e ao discipulado, estabelecendo mais de 400 congregações. Seus escritos, como “O Homem Espiritual”, tornaram-se referências teológicas. No entanto, sua influência não passou despercebida pelo governo comunista chinês.
Em 1952, Nee foi preso por sua fé e passou os últimos 20 anos de sua vida na prisão, onde veio a falecer em 1972. Mesmo em cativeiro, sua fé permaneceu inabalável, e seu legado continua inspirando cristãos ao redor do mundo com sua paixão pelo Evangelho e sua devoção a Cristo.
Sobre isso, ele disse o seguinte: “A razão de muitos dos problemas dos cristãos é que eles têm o centro de sua vida fora de Deus.” – Watchman Nee
Confiar na justiça de Deus não significa ser passivo diante da injustiça. Como cristãos, somos chamados a ser sal e luz, a defender os oprimidos e a buscar justiça. Mas, também somos lembrados de que nossa esperança não está nas instituições humanas, mas no Deus justo e amoroso que governa o universo.
Em um mundo onde a injustiça prevalece, que possamos nos apegar à promessa de que a justiça e o direito são os alicerces do trono de Deus. E que essa verdade nos inspire a agir com coragem, compaixão e esperança.
O Amor Eterno que Transforma Vidas
“E assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.” – 1 João 4:16
Em um mundo repleto de superficialidades, onde o amor muitas vezes é confundido com sentimentos passageiros ou interesses egoístas, a Palavra de Deus nos apresenta uma definição revolucionária e eterna de amor. Deus é amor.
Ele não possui amor ou demonstra amor, Ele é a própria essência do amor. Não existiria amor, se não existisse Deus.
Este amor não é baseado em nossos méritos, em nossas ações ou em nossa capacidade de retribuir. É um amor incondicional, que nos escolhe mesmo em nossos momentos mais sombrios, que nos vê além de nossas falhas e imperfeições. É um amor que se manifestou de forma suprema quando Jesus, o Filho de Deus, se entregou na cruz por cada um de nós.
Quando compreendemos a profundidade desse amor, nossa perspectiva sobre a vida muda radicalmente. As tempestades podem vir, as adversidades podem nos desafiar, mas temos a certeza de que estamos envoltos em um amor que nunca falha. Este amor nos dá segurança, nos dá propósito e nos dá esperança.
E o mais maravilhoso é que, ao nos permitirmos ser transformados por esse amor, nos tornamos instrumentos dele no mundo. Passamos a amar não porque esperamos algo em troca, mas porque fomos profundamente amados. Passamos a ver o próximo não como um estranho, mas como alguém que também é digno desse amor eterno.
Sobre isso, Agostinho de Hipona disse o seguinte: “Deus ama cada um de nós como se houvesse apenas um de nós.” – Agostinho de Hipona
Eu quero lhe convidar a mergulhar nesse amor. A deixar de lado as máscaras, as defesas e os medos, e a se permitir ser amado, amada por Deus. E, ao experimentar esse amor, que você possa compartilhá-lo, espalhá-lo e vivê-lo em cada aspecto de sua vida.
Porque, no final das contas, é o amor de Deus que dá sentido à nossa existência, que nos guia em meio às incertezas e que nos promete uma eternidade ao Seu lado. E assim, confiantes nesse amor, podemos enfrentar cada dia com esperança, coragem e gratidão.