Imagine por um momento se cada sonho que tivéssemos fosse uma semente plantada pelo Criador do Universo – uma visão profética, um lampejo daquilo que pode vir a ser. Será que estamos diante de uma realidade oculta que, uma vez revelada, é capaz de transformar nossas vidas e o mundo ao nosso redor?
No rico enredo das Escrituras, os sonhos surgem como pontos de virada – momentos em que o divino toca o terreno humano e sussurra os segredos do que está por vir. José sonhou com estrelas e feixes de trigo, e veja onde ele chegou! Daniel interpretou sonhos que desvendaram impérios e tempos ainda não nascidos. E se eu lhes disser que cada um de nós pode estar segurando, neste exato momento, uma peça desse mosaico celestial?
Eu, proponho a você uma jornada para além do véu do comum, um convite a olhar para dentro de nossos sonhos mais profundos não como meras ilusões, mas como possíveis revelações e mapas para o futuro que Deus deseja desenrolar em nossas vidas.
Abra seu coração e permita-se questionar: quais sonhos tenho carregado que podem ser o início de algo divinamente extraordinário?
Estudo no formato de vídeo:
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Em Habacuque 2:2-3 não está apenas uma instrução, mas um convite ao ato de fé que pode moldar o futuro. Deus fala a Habacuque em tempos de incerteza, e o mesmo Deus se dirige a nós hoje. O Senhor conhece a fragilidade dos nossos sonhos quando deixados à mercê da memória ou das distrações do dia a dia. Ele sabe que os sonhos não ancorados na fé podem ser levados pelas ondas do esquecimento.
Quando Deus diz “escreva a visão”, Ele está nos encorajando a dar o primeiro passo na jornada de fé. Este é um ato intencional de confiança, uma declaração de que acreditamos no plano de Deus. Escrever é materializar o imaterial, é conversar com o futuro, é profetizar sobre a própria vida. Não se trata apenas de registrar letras em um papel, mas de gravar em tábuas, ou seja, em algo duradouro e visível.
Ao tornar a visão clara, tornamo-nos responsáveis por ela. A clareza de um sonho é o seu desenho, são suas cores, suas formas, sua essência capturada para que possa ser compreendida “por quem passa correndo”. O profeta nos ensina que a visão deve ser tão evidente que mesmo aqueles que não se detêm, aqueles que estão ocupados com seus próprios afazeres, possam compreender a mensagem. Isto nos fala de testemunho, de compartilhar o que Deus colocou em nosso coração, para que outros também possam ser inspirados ou até mesmo envolvidos na concretização daquilo que sonhamos.
Sobre isso, Joyce Meyer disse o seguinte: “Deus planta sonhos no coração humano para nos chamar à ação; a fé é o primeiro passo, mas é na caminhada que os milagres acontecem.”
Portanto, ao nos aproximarmos do Altíssimo com os sonhos que ele colocar em nossos corações, façamos isso com o coração aberto e as mãos ativas. Vamos enxergar com a fé que transforma, e escrevamos com a determinação daqueles que creem no Deus do impossível.
O Mapa da Fé
“Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão bem-sucedidos.” – Provérbios16:3
A consagração é a entrega total dos nossos projetos nas mãos do Criador, é o reconhecimento de que sem a Sua bênção e direção, nossos esforços são como folhas ao vento. O planejamento, por outro lado, é a fé em atitude. Não é menos espiritual; é a fé em ação, é a sabedoria em prática, é a diligência que honra o Deus a quem servimos.
É interessante observar que, segundo uma pesquisa da Universidade de Scranton, apenas 8% das pessoas conseguem efetivamente alcançar seus objetivos de Ano Novo. Essa triste estatística reflete a dificuldade humana em seguir planos a longo prazo. Mas, quando aliamos nossos planos à vontade de Deus, entramos nesse pequeno percentual que não apenas sonha, mas realiza.
Um estudo do Harvard Business Review apontou que pessoas que têm metas específicas e claras são 10 vezes mais bem-sucedidas do que aquelas sem essas metas. Se isso é verdade no mundo empresarial, quanto mais no reino espiritual, onde nosso Deus opera além de toda e qualquer estatística humana!
Nossos planos, quando consagrados ao Senhor, são carregados com um propósito celestial que supera a nossa compreensão. Planejar com Deus não é simplesmente listar desejos; é buscar no íntimo a Sua voz, é alinhar nossas intenções com os Seus eternos desígnios, é preparar o terreno para que o milagre da realização se manifeste.
Sobre isso, Mark Batterson disse o seguinte: “A oração é onde começa o planejamento. Quando planejamos sob a orientação de Deus, nossos sonhos têm o alicerce da eternidade.”
Como podemos, então, aliar planejamento à consagração de forma prática? Primeiro, começamos com a oração, convidando Deus para o processo de planejamento. Em seguida, estabelecemos metas claras e mensuráveis, sempre abertos à direção do Espírito Santo. Por fim, criamos um plano de ação, dividindo os objetivos em passos realizáveis, lembrando sempre que “os planos de diligentes tendem à abundância”, como diz Provérbios 21:5.
Meu irmão, minha irmã, ao nos aproximarmos do trono da graça com nossos planos, façamos isso com humildade e confiança. Com nossos corações alinhados ao coração de Deus, e nossas mãos preparadas para a obra, porque através de mim e de você, Deus deseja tornar Seus sonhos, realidade.
A Coragem de Dar o Salto
“Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.” (Tiago 2:17)
Fé sem obras é como um coração que não pulsa. A fé verdadeira nos chama à ação; ela nos impele a dar o salto corajoso em direção à materialização dos sonhos de Deus para a nossa vida. Não basta apenas planejar; o planejamento deve se encontrar com a ação, tal como as mãos se encontram em oração.
Este é o momento, em que cada um de nós deve se levantar e dizer: “Aqui estou, Senhor, usa-me!” É a hora de colocar as mãos no arado e não olhar para trás. Nossa jornada não é medida pela distância percorrida, mas pela coragem de dar cada passo em fé. O mundo está cheio de sonhadores, mas o Reino de Deus é edificado por aqueles que, além de sonhar, ousam vivenciá-los.
Lembre-se de que nosso Pai celestial honra a coragem e tem prazer na nossa disposição em servir e agir. A cada passo que damos, o Senhor vai à nossa frente, preparando o caminho. Ele é o vento sob nossas asas e a força em nossas pernas. Cada ação que realizamos em fé é uma oração viva, um louvor que se move, uma adoração que respira.
Sobre isso, Phillips Brooks disse o seguinte: “Não ore por tarefas iguais aos seus poderes. Ore por poderes iguais às suas tarefas.”
Eu quero encerrar dizendo, não seja um cristão de boas intenções, apenas, seja alguém que acredita e age com base nisso. Que cada um de nós possa, ter não apenas sonhos escritos em tábuas, mas com obras gravadas na história. Que nossos passos sejam firmes em Jesus, nosso trabalho seja sólido e nosso amor pelo Senhor e pelo próximo seja a força que transforma sonhos em realidade.