Hoje, vamos mergulhar em uma passagem desafiadora e reveladora: Mateus 19:1-9. Neste trecho, vemos Jesus confrontado por fariseus com perguntas sobre o divórcio. Este encontro nos oferece uma janela para entendermos não apenas as leis que regem o casamento, mas também as intenções do coração humano.
Portanto, preparem-se para explorar como as palavras de Jesus podem transformar nossa compreensão e nossa prática do compromisso matrimonial. Com isso, vamos desvendar as camadas desta conversa, buscando aplicar seus ensinamentos em nossas vidas. Vamos lá?
Estudo de Mateus 19:1-9 em vídeo
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A Pergunta dos Fariseus (Mateus 19:1-3)
“Ao passar para a região da Judeia, além do Jordão, grandes multidões o seguiram, e ele as curou ali. Alguns fariseus vieram a ele para pô-lo à prova. E perguntaram-lhe: ‘É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer motivo?'” – Mateus 19:1-3
Essa passagem de Mateus nos revela uma interação significativa entre Jesus e os fariseus, que nos traz uma lição valiosa sobre as intenções por trás das perguntas que fazemos. Os fariseus se aproximaram de Jesus não em busca de sabedoria ou esclarecimento, mas para testá-lo, na esperança de fazê-lo tropeçar nas próprias palavras e, assim, desacreditá-lo diante do povo.
Essa abordagem não é isolada. Frequentemente, nos Evangelhos, vemos os fariseus utilizando perguntas como armadilhas, tentando envolver Jesus em uma teia de legalismos e interpretações técnicas da Lei de Moisés. É crucial entender que, mais do que respostas, as intenções por trás de nossas perguntas revelam o estado de nosso coração.
No Livro de Provérbios, aprendemos que “o crisol prova a prata e o forno, o ouro, mas o Senhor prova os corações” (Provérbios 17:3). O coração dos fariseus, revelado em suas palavras, não buscava a verdade ou entendimento. Eles buscavam uma oportunidade para acusar.
Apesar das provocações, Jesus mantém-se firme, oferecendo não apenas respostas, mas lições profundas sobre a sinceridade e a busca pela verdade. Em João 8:32, Ele nos ensina: “E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará.” Esta passagem nos chama a refletir sobre nossas próprias motivações ao questionarmos e ao sermos questionados.
Resposta de Jesus (Mateus 19:4-6)
“Ele respondeu: ‘Vocês não leram que, no princípio, o Criador ‘os fez homem e mulher’ e disse: ‘Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne’? Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe.'” – Mateus 19:4-6
Na resposta de Jesus, vemos a afirmação do propósito original de Deus para o casamento: uma união permanente e indissolúvel. Citando Gênesis, Jesus nos lembra que o casamento é uma instituição divina, estabelecida desde o começo da humanidade.
Deus desenhou o casamento não como um contrato temporário ou conveniente, mas como um pacto sagrado, onde “o que Deus uniu, ninguém separe.” Este princípio não é apenas uma norma para manter a ordem social; é uma expressão do caráter sagrado com que Deus vê a união conjugal.
O respeito pelo casamento é, fundamentalmente, um respeito a Deus. Como nos ensina Hebreus 13:4, “O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal, mantido puro, pois Deus julgará os imorais e os adúlteros.” Portanto, em nossa fidelidade conjugal, honramos a Deus e refletimos Seu amor e Sua fidelidade para conosco.
Explicação Sobre Divórcio e Exceção (Mateus 19:7-9)
“Perguntaram-lhe: ‘Então, por que Moisés ordenou que se desse à mulher um certificado de divórcio e que a mandasse embora?’ Jesus respondeu: ‘Moisés permitiu que vocês se divorciassem de suas mulheres por causa da dureza de seu coração, mas não foi assim desde o princípio. Eu lhes digo que qualquer que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, e casar-se com outra, estará cometendo adultério.'” – Mateus 19:7-9
Aqui, os fariseus mencionam uma concessão dada por Moisés sobre o divórcio, tentando, mais uma vez, encontrar uma brecha nas palavras de Jesus. Jesus, porém, esclarece que a permissão de Moisés foi uma medida temporária devido à dureza do coração humano, não uma parte do desígnio original de Deus para o casamento.
A concessão de Moisés, citada em Deuteronômio 24:1, reflete uma adaptação à realidade humana falha, mas não altera a visão de Deus sobre a indissolubilidade do matrimônio. Jesus, ao reafirmar a permanência do casamento, também destaca a seriedade do compromisso conjugal e as raras exceções que não devem ser vistas como regras gerais.
Este ensinamento é crucial: embora Deus compreenda nossas falhas, Ele nos chama a viver de acordo com padrões elevados de fidelidade e pureza. Em Malaquias 2:16, somos lembrados: “Pois o homem que não ama sua mulher mas a repudia, diz o Senhor, o Deus de Israel, enche de violência as suas vestes, diz o Senhor dos Exércitos. Tenham cuidado, portanto, e não sejam infiéis.”
Portanto, como seguidores de Cristo, temos o dever de respeitar e honrar o casamento como um símbolo sagrado do amor e da fidelidade de Deus, seguindo os princípios estabelecidos desde a criação e reafirmados por Jesus.
Conclusão do estudo de Mateus 19:1-9
Chegamos ao fim deste estudo sobre Mateus 19:1-9, onde aprendemos sobre a seriedade do casamento aos olhos de Deus. Vimos como Jesus ressalta a importância da fidelidade e da pureza no relacionamento conjugal. Com isso, nosso chamado é refletir sobre nossas próprias relações e a buscar viver segundo os princípios divinos que nos foram revelados.
Portanto, convido a todos para continuarem explorando o Evangelho de Mateus. Vamos aprofundar nosso entendimento e aplicar essas verdades em nossas vidas, começando pelo próximo capítulo. Que tal se juntar a nós nessa jornada de descoberta e transformação?