Ezequiel 25 nos apresenta uma série de profecias dadas pelo profeta Ezequiel contra as nações vizinhas de Israel. Essas nações haviam se alegrado com a destruição de Jerusalém e do Templo, e agora estavam prestes a experimentar o julgamento divino por sua arrogância e maldade.
Deus dirige Sua Palavra às nações vizinhas a Israel. Isto ocorreu porque elas se alegram com a ruína de Israel e Judá. Com efeito o Senhor Deus dirige Ezequiel a profetizar contra elas.
Embora Deus estivesse jugando Seu povo, isso não o alegrava. Com isso, ao ver as nações inimigas zombando deles, ficou indignado.
Isso nos mostra o quanto ele nos ama e tem cuidado de nós. Não devemos cair na tentação de achar que não somos amados, que Deus não se importa, que esqueceu-se de nós.
Isso tudo é mentira do Diabo!
Deus nos ama profunda e intimamente e não fica feliz em nos ver sofrer.
Embora essas profecias tenham sido dirigidas a povos específicos há milhares de anos atrás, elas têm implicações importantes para nós hoje em dia. Ao estudarmos essas palavras proféticas, somos lembrados da santidade e justiça de Deus, bem como de sua misericórdia e graça para com aqueles que se voltam para Ele.
Vamos mergulhar nesta passagem e descobrir como podemos aplicar seus ensinamentos em nossas vidas hoje.
Esboço de Ezequiel 25:
Ez 25.1,2: O Julgamento de Amon pela Mão de Deus
Ez 25.3-7: O Castigo de Moabe por sua Arrogância
Ez 25.8-11: A Condenação de Edom por sua Ira e Violência
Ez 25.12-14: O Juízo sobre Tiro pela sua Inimizade contra Israel
Ez 25.15-17: A Vingança contra Filístia por sua Desprezo pela Aliança com Deus
Reflexão de Ezequiel 25 para os nossos dias
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Ezequiel 25.1-2: O Julgamento de Amon pela Mão de Deus
Esta palavra do Senhor veio a mim: 2 “Filho do homem, vire o rosto contra os amonitas e profetize contra eles. (Ez 25.1–2)
Ezequiel 25:1-2 inicia uma nova seção do livro de Ezequiel, na qual o profeta pronuncia juízo sobre as nações vizinhas de Judá. O capítulo anterior (Ezequiel 24) concluiu com a destruição de Jerusalém e do Templo, e agora o foco muda para as nações que cercavam Judá.
A primeira nação a receber o juízo de Deus é Amom, uma nação ao leste de Judá que historicamente havia sido um inimigo de Israel. Ezequiel já havia pronunciado juízo sobre Amom em Ezequiel 21:28-32, mas agora ela é destacada como a primeira na lista de nações a serem julgadas.
O motivo para o juízo sobre Amom é o fato de que ela havia se regozijado com a queda de Jerusalém e a deportação de seu povo para a Babilônia. Em vez de se compadecer de Judá em sua desgraça, Amom se alegrava com sua queda e esperava obter vantagem territorial com sua destruição.
A lição teológica que podemos aprender desse trecho é que Deus é um Deus justo que julga as nações por seus pecados. Mesmo que as nações não sejam parte do povo de Deus, elas ainda são responsáveis perante Ele por suas ações. O pecado de Amom foi sua malícia contra Judá, e Deus a julgou de acordo com seus pecados.
Além disso, podemos aprender que o juízo de Deus não é limitado a uma única nação ou povo. Deus julga todas as nações da terra e as responsabiliza por seus pecados. Isso deve nos lembrar que, como cristãos, também somos responsáveis perante Deus por nossas ações e devemos viver em obediência a Ele.
Ezequiel 25.3-7: O Castigo de Moabe por sua Arrogância
3 Diga-lhes: Ouçam a palavra do Soberano, o Senhor. Assim diz o Soberano, o Senhor: Visto que vocês exclamaram: ‘Ah! Ah!’ quando o meu santuário foi profanado, quando a terra de Israel foi arrasada e quando a nação de Judá foi para o exílio, 4 vou entregá-los como propriedade do povo do oriente. Eles instalarão seus acampamentos e armarão suas tendas no meio de vocês; comerão suas frutas e beberão seu leite. 5 Farei de Rabá um cercado para camelos e de Amom um local de descanso para ovelhas. Então vocês saberão que eu sou o Senhor. 6 Porque assim diz o Soberano, o Senhor: Visto que vocês bateram palmas e pularam de alegria com o coração cheio de maldade contra Israel, 7 por essa razão estenderei o meu braço contra vocês e os darei às nações como despojo. Eliminarei vocês do meio das nações e os exterminarei do meio dos povos. Eu os destruirei, e vocês saberão que eu sou o Senhor. (Ez 25.3–7)
Deus pronuncia juízo sobre as nações vizinhas de Israel. Essas nações haviam se alegrado com a queda de Jerusalém e com a destruição do Templo, considerando isso como um sinal da fraqueza de Deus e de seu povo. No entanto, Deus se revela como juiz soberano e determina que as nações também sofrerão consequências por seu pecado e por terem se alegrado com a desgraça de Israel.
No verso 3, Deus se dirige diretamente à nação de Amom, que havia zombado de Israel em sua desgraça. Deus acusa Amom de ter insultado Israel e de ter se regozijado com sua queda, mas avisa que ela mesma se tornará uma desolação, sendo conquistada por seus inimigos e seu povo levado para o exílio.
No verso 4, Deus se volta para a nação de Moabe, que havia menosprezado a santidade de Deus e profanado seu nome. Moabe havia se rebelado contra Israel e agora sofreria as consequências por sua arrogância e desobediência. Assim como Amom, Moabe seria conquistada por seus inimigos e seu povo levado para o exílio.
No verso 5, Deus se volta para a nação de Edom, que havia se alegrado com a queda de Israel e com a destruição do Templo. Edom havia sido um povo próximo a Israel e tinha relações comerciais e familiares com ele. No entanto, Edom havia se tornado um inimigo de Israel e agora sofreria as consequências por sua traição. Edom seria conquistada por seus inimigos e seu povo levado para o exílio.
No verso 6, Deus se volta para a nação de Filístia, que havia se alegrado com a queda de Jerusalém e com a destruição do Templo. Filístia havia sido um inimigo constante de Israel e agora sofreria as consequências por sua hostilidade. Assim como as outras nações, Filístia seria conquistada por seus inimigos e seu povo levado para o exílio.
No verso 7, Deus declara que a sua mão se estenderá sobre essas nações, e que elas se tornarão um objeto de espanto e horror para todas as nações ao redor. Esse juízo sobre as nações vizinhas de Israel mostra que Deus é um juiz justo e soberano, que não permite que o pecado e a injustiça prevaleçam impunemente. Além disso, essa profecia também mostra que Deus não abandonou Israel, mas que ele ainda tinha um plano para seu povo e que o juízo sobre as nações vizinhas fazia parte desse plano.
Ezequiel 25.8-11: A Condenação de Edom por sua Ira e Violência
8 “Assim diz o Soberano, o Senhor: Uma vez que Moabe e Seir disseram: ‘Vejam, a nação de Judá tornou-se como todas as outras nações’, 9 por essa razão abrirei o flanco de Moabe, começando por suas cidades fronteiriças, Bete-Jesimote, Baal-Meom e Quiriataim, que são a glória dessa terra. 10 Darei Moabe e os amonitas como propriedade ao povo do oriente. Os amonitas não serão lembrados entre as nações, 11 e a Moabe trarei castigo. Então eles saberão que eu sou o Senhor. (Ez 25.8–11)
Ezequiel anuncia que Deus trará julgamento sobre Moabe por causa de sua arrogância e orgulho. O povo de Moabe se vangloriava de sua força e poder, mas eles esqueceram que tudo o que tinham vinha de Deus. Eles também haviam zombado do povo de Israel em sua hora de necessidade, e isso não seria tolerado por Deus.
O versículo 9 declara que Deus trará devastação sobre as cidades de Moabe, incluindo sua cidade mais famosa, Quir-Heres. A palavra hebraica usada aqui para “devastação” é “shamem”, que indica uma destruição total e completa. Moabe seria completamente destruída como uma nação, e sua glória e poder seriam reduzidos a nada.
No versículo 10, Ezequiel anuncia que Moabe seria alvo de insultos e zombarias de todos os lados. Os povos vizinhos que antes temiam Moabe agora o desprezariam e o escarneceriam. Esse seria o resultado da arrogância de Moabe e de sua falta de temor a Deus.
Finalmente, no versículo 11, Ezequiel declara que o julgamento de Deus sobre Moabe seria um sinal para todas as nações ao redor de Israel. Eles veriam que o Deus de Israel é um Deus justo e que Ele julga todas as nações com equidade. A destruição de Moabe seria um lembrete de que Deus é soberano sobre todas as nações e que nenhuma delas está acima de Sua autoridade.
Em resumo, Ezequiel 25:8-11 é uma profecia de julgamento sobre Moabe por causa de sua arrogância, orgulho e zombaria de Israel. Deus traria devastação sobre Moabe e faria com que fosse alvo de insultos e zombarias de todos os lados. A destruição de Moabe seria um sinal para todas as nações ao redor de Israel de que Deus é soberano e justo em Seus julgamentos.
Ezequiel 25.12-14: O Juízo sobre Tiro pela sua Inimizade contra Israel
12 “Assim diz o Soberano, o Senhor: Visto que Edom vingou-se da nação de Judá e com isso trouxe grande culpa sobre si, 13 assim diz o Soberano, o Senhor: Estenderei o braço contra Edom e matarei os seus homens e os seus animais. Eu o arrasarei, e desde Temã até Dedã eles cairão à espada. 14 Eu me vingarei de Edom pelas mãos de Israel, o meu povo, e este lidará com Edom de acordo com a minha ira e a minha indignação; Edom conhecerá a minha vingança. Palavra do Soberano, o Senhor. (Ez 25.12–14)
De acordo com o texto, a punição divina sobre Edom seria uma retribuição pelos males que eles haviam causado a Israel. A passagem começa afirmando que Edom havia se alegrado com a queda de Jerusalém e havia se aproveitado da desgraça do povo de Deus para enriquecer.
No entanto, a alegria de Edom seria passageira, pois Deus promete destruir as suas cidades e reduzi-las a escombros. Além disso, Deus promete fazer com que os seus habitantes sejam mortos pela espada e que a sua terra se torne um lugar desolado.
Esse trecho da Bíblia é uma demonstração do caráter justo e retributivo de Deus. Ele não permite que o mal fique impune e age em defesa daqueles que o amam. Além disso, a passagem nos ensina sobre a importância de não nos alegrarmos com o sofrimento alheio e de não nos aproveitarmos das desgraças dos outros para benefício próprio.
Em última análise, Ezequiel 25.12-14 nos ensina que Deus é justo e age em defesa do seu povo. Ele não permitirá que o mal prevaleça e que aqueles que causam sofrimento a outros fiquem impunes. Essa passagem deve nos lembrar da importância de agir com justiça e misericórdia, em todos os aspectos da nossa vida, para que não venhamos a sofrer a punição divina.
Ezequiel 25.15-17: A Vingança contra Filístia por sua Desprezo pela Aliança com Deus
15 “Assim diz o Soberano, o Senhor: Uma vez que a Filístia agiu por vingança e com maldade no coração, e com antiga hostilidade buscou destruir Judá, 16 assim diz o Soberano, o Senhor: Estou a ponto de estender meu braço contra os filisteus. Eliminarei os queretitas e destruirei os que restarem no litoral. 17 Executarei neles grande vingança e os castigarei na minha ira. Então, quando eu me vingar deles, saberão que eu sou o Senhor”. (Ez 25.15–17)
No versículo 15, o profeta pronuncia a sentença contra a cidade de Tiro: “Assim diz o Senhor Deus: Porquanto os filisteus se houveram vingativamente, e tomaram vingança com desprezo de coração, para destruírem de contínuo com inimizade perpétua”.
Tiro era uma cidade costeira localizada ao norte de Israel, conhecida por sua riqueza e poder marítimo. No entanto, os tirianos haviam se envolvido em conflitos com os filisteus, um povo que habitava a região costeira vizinha a Tiro. De acordo com Ezequiel, os filisteus haviam se comportado com ódio e desdém em relação a Tiro, buscando destruí-la constantemente e mantendo uma inimizade perpétua contra a cidade.
A sentença divina contra Tiro envolve um julgamento justo pelos seus pecados. Ezequiel anuncia que Deus trará “os mais terríveis dos povos” contra a cidade, que a devastarão e a reduzirão a um monte de escombros. Ainda assim, a sentença não é final, pois no capítulo 26, o profeta anuncia uma nova palavra de julgamento contra Tiro, desta vez por causa de sua arrogância e orgulho.
A mensagem teológica presente em Ezequiel 25.15-17 é que Deus é justo e age com justiça em relação aos pecados das nações. Mesmo que a cidade de Tiro tenha se envolvido em conflitos com os filisteus, sua resposta de ódio e desdém foi considerada inaceitável por Deus, e ela teve que arcar com as consequências de seus atos. No entanto, o julgamento divino também é uma oportunidade para o arrependimento e a restauração, como pode ser visto em outros capítulos do livro de Ezequiel.
Reflexão de Ezequiel 25 para os nossos dias
Embora Ezequiel 25 tenha sido escrito há cerca de 2.500 anos atrás, ainda podemos encontrar lições importantes para os nossos dias. Uma das principais mensagens deste capítulo é que Deus é justo e que ele julgará as nações por suas ações.
Hoje em dia, muitas pessoas tendem a pensar que podem agir como quiserem sem consequências. No entanto, Ezequiel 25 nos lembra que Deus está ciente de tudo o que fazemos e que Ele irá julgar nossas ações.
Além disso, este capítulo nos ensina sobre a importância do arrependimento. Quando as nações se arrependeram de suas ações más, Deus se mostrou disposto a perdoar e restaurar o relacionamento. Isso é um lembrete para nós de que, independentemente do que tenhamos feito no passado, sempre há esperança de redenção se nos arrependermos e buscarmos a Deus.
Também podemos aplicar as lições de Ezequiel 25 às nossas relações com outras pessoas. Como cristãos, devemos sempre nos esforçar para tratar os outros com bondade e respeito, independentemente de quem sejam ou do que tenham feito. Da mesma forma, devemos ter cuidado para não julgar os outros com base em suposições ou preconceitos.
Por fim, Ezequiel 25 nos lembra da soberania de Deus sobre todas as nações. Embora vivamos em um mundo dividido e caótico, podemos encontrar conforto na certeza de que Deus está no controle e que Ele tem um plano para todas as coisas.
Em resumo, Ezequiel 25 é um lembrete importante de que Deus é justo e que Ele julgará todas as nações. Também nos ensina sobre a importância do arrependimento, a necessidade de tratar os outros com bondade e respeito, e a soberania de Deus sobre todas as coisas.
Motivos de oração em Ezequiel 25
- Arrependimento: Podemos orar por arrependimento por nossos próprios pecados e também pelos pecados da nossa nação e do mundo. Como vimos em Ezequiel 25, a falta de arrependimento levou a consequências graves para as nações ao redor de Israel. Podemos pedir a Deus que nos ajude a reconhecer nossos próprios pecados e a nos arrependermos, e também pedir que a nação e o mundo reconheçam suas transgressões e se voltem para Deus.
- Misericórdia: Enquanto vimos a justiça de Deus sendo executada em Ezequiel 25, também podemos orar por Sua misericórdia. Podemos pedir a Deus que tenha misericórdia de nós e do mundo, que nos perdoe e nos salve da destruição que merecemos. Podemos orar para que Deus tenha misericórdia das nações que estão sofrendo por causa de seus pecados e que Ele lhes conceda a oportunidade de se arrependerem e voltarem-se para Ele.
- Intercessão: Podemos orar por outras pessoas, nações e situações que precisam da intervenção de Deus. Assim como Ezequiel orou por Judá e pelas nações ao redor de Israel, podemos orar pelos nossos vizinhos, amigos, familiares, líderes, nações em conflito e muitas outras situações em que precisamos da intervenção de Deus. Podemos pedir a Deus que intervenha em suas vidas e situações, trazendo salvação, cura, justiça e paz.
A versão bíblica utilizada neste estudo é a Nova Versão Internacional (São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001)