Ezequiel 40 traz uma visão detalhada do novo templo que o profeta teve em uma visão divina. Esta visão ocorreu durante o exílio de Ezequiel, no início do ano e no décimo dia do mês, no décimo quarto ano após a queda de Jerusalém, aproximadamente em 573 a.C.
Ezequiel foi guiado por um ser angelical por uma “turnê” do futuro templo, que foi registrado com grande precisão pelo profeta. A visão começa com a descrição do muro que rodeia o templo e segue para a entrada principal do templo, onde são detalhadas as medidas e dimensões do templo e seus portões.
A visão também mostra as salas adjacentes aos portões e sua finalidade, incluindo a presença de mesas para sacrifícios. Algumas pessoas podem questionar a ideia de sacrifícios de animais durante o milênio, mas o estudo deste capítulo deve levar em conta o contexto histórico e teológico.
A visão de Ezequiel é importante para entendermos o simbolismo e a esperança messiânica do Antigo Testamento.
Esboço de Ezequiel 40
Ez 40.1-5: A visão do novo templo
Ez 40.6-16: A descrição da porta leste do templo
Ez 40.17-19: Os aposentos no pátio externo
Ez 40.20-27: A descrição das portas do pátio externo
Ez 40.28-37: A medição do pátio interno e suas portas
Ez 40.38-43: As mesas para o abate de sacrifícios
Ez 40.44-47: A entrada do templo e a porta do Santo Lugar
Ez 40.48-49: O Simbolismo da Entrada do Templo
Reflexão de Ezequiel 40 para os nossos dias
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Ezequiel 40.1-5: A visão do novo templo
No início do vigésimo quinto ano do exílio, no início do ano, no décimo dia do mês, no décimo quarto ano depois da queda da cidade, naquele exato dia a mão do Senhor esteve sobre mim e ele me levou para lá. 2 Em visões de Deus ele me levou a Israel e me pôs num monte muito alto, sobre o qual, no lado sul, havia alguns prédios que tinham a aparência de uma cidade. 3 Ele me levou para lá, e eu vi um homem que parecia de bronze; ele estava em pé junto à entrada, tendo em sua mão uma corda de linho e uma vara de medir. 4 E ele me disse: “Filho do homem, fixe bem os olhos e procure ouvir bem, e preste atenção a tudo o que vou lhe mostrar, pois para isso você foi trazido aqui. Conte à nação de Israel tudo o que você vai ver”. 5 Vi um muro que cercava completamente a área do templo. O comprimento da vara de medir na mão do homem era de seis medidas longas, cada uma com meio metro. Ele mediu o muro, que tinha três metros de espessura e três de altura. (Ez 40.1–5)
O capítulo 40 de Ezequiel começa com uma visão detalhada do novo templo que o profeta teve em uma visão divina. Esta visão ocorreu durante o exílio de Ezequiel, no início do ano e no décimo dia do mês, no décimo quarto ano após a queda de Jerusalém, aproximadamente em 573 a.C.
A data precisa desta visão é importante para entendermos o contexto histórico e teológico em que ela ocorreu. O exílio de Ezequiel e do povo de Israel foi uma punição divina pelo pecado da nação, mas também um momento de esperança e renovação da aliança com Deus. A visão do novo templo mostra a restauração da adoração e do serviço divino no centro da vida de Israel.
A visão começa com a descrição do muro que rodeia o templo, que é medido com precisão pelo ser angelical que guia Ezequiel na visão. A medida do muro, assim como de outras partes do templo, mostra a perfeição e a ordem divina que serão restauradas no futuro milênio.
O fato de que a visão ocorreu no início do ano, no décimo dia do mês, é significativo porque indica um novo começo, um tempo de renovação e restauração. A data também pode ter sido escolhida para enfatizar a importância do Dia da Expiação, que ocorria no mesmo dia em alguns anos do calendário judaico.
A visão do novo templo é um símbolo da esperança messiânica do Antigo Testamento, que aponta para a vinda do Messias e a restauração do povo de Israel. A visão mostra a perfeição e a ordem divina que serão restauradas no futuro milênio, quando Deus estabelecerá seu reino na terra.
Além disso, a visão do templo é uma imagem do próprio Cristo, que é o verdadeiro templo de Deus (João 2:19-21) e que habita no meio de seu povo (Apocalipse 21:3). O novo templo que Ezequiel vê é, portanto, uma figura da igreja de Cristo, que é o corpo de Cristo e o lugar onde Deus habita pelo Espírito Santo.
Assim, a visão de Ezequiel 40 é um lembrete da fidelidade de Deus em cumprir suas promessas e um convite para os crentes de todas as épocas a se alegrarem na esperança da restauração final e da presença eterna de Deus entre seu povo.
Ezequiel 40.6-16: A descrição da porta leste do templo
6 Depois ele foi até a porta que dá para o oriente. Subiu os seus degraus e mediu a soleira da porta, que tinha três metros de extensão. 7 As salas dos guardas tinham três metros de comprimento e três metros de largura, e as paredes entre elas tinham dois metros e meio de espessura. A soleira da porta junto ao pórtico, defronte do templo, tinha três metros de extensão. 8 Depois ele mediu o pórtico, 9 que tinha quatro metros de extensão e seus batentes tinham um metro de espessura. O pórtico estava voltado para o templo. 10 Da porta oriental para dentro havia três salas de cada lado; as três tinham as mesmas medidas, e as faces das paredes salientes de cada lado tinham as mesmas medidas. 11 A seguir ele mediu a largura da porta, à entrada; era de cinco metros, e seu comprimento era de seis metros e meio. 12 Defronte de cada sala havia um muro de meio metro de altura, e os nichos eram quadrados, com três metros em cada lado. 13 Depois ele mediu a entrada a partir do alto da parede do fundo de uma sala até o alto da sala oposta; a distância era de doze metros e meio, da abertura de um parapeito até a abertura do parapeito oposto. 14 E mediu ao longo das faces das paredes salientes por toda a parte interna da entrada; eram trinta metros. A medida era até o pórtico que dá para o pátio.15 A distância desde a entrada da porta até a extremidade do seu pórtico era de vinte e cinco metros. 16 As salas e as paredes salientes dentro da entrada eram guarnecidos de estreitas aberturas com parapeito ao redor, como o pórtico; as aberturas que os circundavam davam para a parte interna. As faces das paredes salientes eram decoradas com tamareiras. (Ez 40.6–16)
O capítulo 40 de Ezequiel continua com a descrição detalhada do novo templo que o profeta viu em sua visão divina. Após medir o muro que rodeia o templo, o ser angelical guia Ezequiel pela porta leste do templo, que é descrita em grande detalhe.
A porta leste era considerada a mais importante das portas do templo, pois era por ela que o sol nascente entrava no templo. A porta é descrita com seus degraus, soleira, alcovas dos guardas e um pórtico decorado com palmeiras. O simbolismo da porta leste pode ser interpretado como uma representação da vinda do Messias, que trará a luz da salvação e a restauração final de Israel.
A porta leste também pode ser vista como um lembrete da importância da adoração e do serviço a Deus. A entrada para o templo simboliza a entrada para a presença de Deus e a necessidade de se aproximar dele com humildade e reverência. A presença das alcovas dos guardas também pode ser vista como uma lembrança da responsabilidade dos líderes religiosos de proteger e defender a adoração pura a Deus.
A descrição detalhada da porta leste e do pórtico decorado com palmeiras também pode ser vista como uma expressão da beleza e da glória do templo de Deus. O templo é uma representação da perfeição e da ordem divina que serão restauradas no futuro milênio, quando Deus estabelecerá seu reino na terra.
A visão de Ezequiel também pode ser interpretada como uma figura da igreja de Cristo. Assim como a porta leste é a entrada para a presença de Deus no templo, Jesus é a porta para a presença de Deus na igreja (João 10:9). Além disso, o pórtico decorado com palmeiras pode ser visto como um símbolo da vitória de Cristo sobre o pecado e a morte.
Em resumo, a descrição da porta leste e do pórtico decorado com palmeiras no capítulo 40 de Ezequiel é um lembrete da importância da adoração e do serviço a Deus, da beleza e da glória do templo de Deus e da esperança da restauração final de Israel. Também é uma figura da igreja de Cristo e da vitória de Cristo sobre o pecado e a morte.
Ezequiel 40.17-19: Os aposentos no pátio externo
17 Depois ele me levou ao pátio externo. Ali eu vi alguns quartos e um piso que havia sido construído ao redor de todo o pátio; nele havia trinta quartos ao longo de todo o piso. 18 Este era adjacente às laterais das entradas e sua largura era igual ao comprimento; esse era o piso inferior. 19 A seguir ele mediu a distância da parte interna da entrada inferior até a parte externa do pátio interno, o que deu cinqüenta metros, tanto no lado leste como no lado norte. (Ez 40.17–19)
O capítulo 40 de Ezequiel continua com a descrição detalhada do novo templo que o profeta viu em sua visão divina. Após medir a porta leste do templo, o ser angelical guia Ezequiel ao redor do pátio externo, que é descrito em grande detalhe.
Ezequiel descreve um pavimento de pedra que cerca o pátio externo, com trinta salas adjacentes ao pavimento. Embora o uso dessas salas não seja especificado, é possível que elas tenham sido usadas para armazenamento ou para abrigar os sacerdotes e levitas envolvidos no serviço do templo.
A presença dessas salas adjacentes ao pátio externo do templo pode ser vista como uma expressão da importância do serviço a Deus e da necessidade de organização e preparação para esse serviço. Os sacerdotes e levitas envolvidos no serviço do templo precisavam estar prontos e equipados para desempenhar suas funções com habilidade e reverência.
A descrição do pavimento de pedra também pode ser vista como um lembrete da solidez e da estabilidade do templo de Deus. O templo é uma representação da perfeição e da ordem divina que serão restauradas no futuro milênio, quando Deus estabelecerá seu reino na terra.
A presença dessas salas adjacentes ao pátio externo do templo também pode ser vista como uma figura da igreja de Cristo. Assim como as salas podem ter sido usadas para abrigar os sacerdotes e levitas envolvidos no serviço do templo, a igreja é uma comunidade de crentes que se reúnem para adorar a Deus e servir uns aos outros. A organização e preparação para o serviço também são importantes na vida da igreja, assim como eram no templo de Deus.
Em resumo, a descrição do pavimento de pedra e das salas adjacentes no pátio externo do templo no capítulo 40 de Ezequiel é um lembrete da importância do serviço a Deus e da necessidade de organização e preparação para esse serviço. Também é uma figura da igreja de Cristo e da importância da comunidade e do serviço na vida da igreja.
Ezequiel 40.20-27: A descrição das portas do pátio externo
20 Mediu depois o comprimento e a largura da porta que dá para o norte, e para o pátio externo. 21 Seus compartimentos, três de cada lado, suas paredes salientes e seu pórtico tinham as mesmas medidas dos compartimentos da primeira entrada. Tinham vinte e cinco metros de comprimento e doze metros e meio de largura. 22 Suas aberturas, seu pórtico e sua decoração com tamareiras tinham as mesmas medidas dos da porta que dava para o oriente. Sete degraus subiam até ela, e o seu pórtico ficava no lado oposto a eles. 23 Havia uma porta que abria o pátio interno e que dava para a porta norte, como também uma que dava para a porta leste. Ele mediu de uma porta à que lhe ficava oposta; eram cinqüenta metros. 24 Depois ele me levou para o lado sul, e eu vi uma porta que dava para o sul. Ele mediu seus batentes e seu pórtico, e eles tinham as mesmas medidas das outras portas. 25 A entrada e o pórtico tinham aberturas estreitas ao seu redor, como as aberturas das outras. Tinham vinte e cinco metros de comprimento e doze metros e meio de largura. 26 Sete degraus subiam até ela, e o seu pórtico ficava no lado oposto a eles; havia uma decoração de tamareiras nas faces das paredes salientes em cada lado. 27 O pátio interno também tinha uma porta que dava para o sul, e ele mediu desde essa porta até a porta externa no lado sul; eram cinqüenta metros. (Ez 40.20–27)
No capítulo 40 de Ezequiel, o profeta descreveu uma visão divina do novo templo de Deus. Após medir a porta leste e o pátio externo do templo, Ezequiel foi guiado através das portas norte e sul do templo. As portas norte e sul eram idênticas à porta leste em design e dimensão.
As portas norte e sul do templo podem ser vistas como um símbolo da universalidade do plano de salvação de Deus. O fato de que as portas eram idênticas à porta leste sugere que a salvação está disponível para todos, independentemente da direção de onde eles vêm. Deus deseja que todos venham a ele e experimentem a salvação que ele oferece através de Cristo (João 3:16).
Além disso, a descrição detalhada das portas norte e sul também pode ser vista como uma expressão da beleza e da glória do templo de Deus. O templo é uma representação da perfeição e da ordem divina que serão restauradas no futuro milênio, quando Deus estabelecerá seu reino na terra.
A presença das portas norte e sul também pode ser vista como um lembrete da importância da justiça e da equidade no serviço a Deus. As portas são acessíveis a todos, independentemente da sua posição ou status social. O serviço a Deus deve ser caracterizado pela justiça e equidade, tratando a todos com igualdade e dignidade.
A visão de Ezequiel também pode ser interpretada como uma figura da igreja de Cristo. Assim como as portas norte e sul do templo são acessíveis a todos, Jesus é o caminho para a salvação e a entrada para a presença de Deus na igreja (João 14:6). A beleza e a glória do templo de Deus também podem ser vistas como uma figura da beleza e da glória da igreja, que é a noiva de Cristo (Apocalipse 21:2).
Em resumo, a descrição das portas norte e sul no capítulo 40 de Ezequiel é um lembrete da universalidade do plano de salvação de Deus e da importância da justiça e equidade no serviço a Deus. Também é uma figura da igreja de Cristo e da beleza e glória que serão restauradas na consumação final.
Ezequiel 40.28-37: A medição do pátio interno e suas portas
28 A seguir ele me levou ao pátio interno pela porta sul e mediu a porta sul; suas medidas eram iguais às outras. 29 Suas salas, suas paredes salientes e seu pórtico tinham as mesmas medidas dos outros. A entrada e seu pórtico tinham aberturas ao seu redor. Tinham vinte e cinco metros de comprimento e doze metros e meio de largura. 30 (Os pórticos das entradas ao redor do pátio interno tinham doze metros e meio de largura e dois metros e meio de extensão.) 31 Seu pórtico dava para o pátio externo; tamareiras decoravam seus batentes, e oito degraus subiam até a porta. 32 Depois ele me levou ao pátio interno no lado leste, e mediu a entrada; suas medidas eram iguais às outras. 33 Suas salas, suas paredes salientes e seu pórtico tinham as mesmas medidas dos outros. A entrada e seu pórtico tinham aberturas ao seu redor. Tinham vinte e cinco metros de comprimento e doze metros e meio de largura. 34 Seu pórtico dava para o pátio externo; tamareiras decoravam os batentes em cada lado, e oito degraus subiam até ela. 35 Depois ele me levou à porta norte e a mediu; suas medidas eram iguais às outras, 36 como também as medidas de suas salas, suas paredes salientes e seu pórtico, e tinha aberturas ao seu redor. Tinha vinte e cinco metros de comprimento e doze metros e meio de largura. 37 Seu pórtico dava para o pátio externo; tamareiras decoravam os batentes em ambos os lados, e oito degraus subiam até ela. (Ez 40.28–37)
O capítulo 40 de Ezequiel continua com a descrição detalhada do novo templo que o profeta viu em sua visão divina. Após medir as portas norte e sul do templo, Ezequiel foi guiado através da porta sul do pátio interno.
A descrição detalhada da porta sul do pátio interno pode ser vista como uma figura da entrada para a presença de Deus. A porta é descrita como tendo o mesmo design e dimensão das portas do pátio externo e do templo, sugerindo a continuidade e a integridade do plano de salvação de Deus. A porta é a entrada para o lugar mais sagrado do templo, onde a presença de Deus é mais evidente.
A descrição das portas também pode ser vista como um lembrete da necessidade de santidade e pureza na presença de Deus. As portas do pátio interno eram protegidas por alcovas que abrigavam as mesas para o abate dos sacrifícios. O abate dos sacrifícios era um ato sagrado e reverente, que exigia pureza e santidade dos sacerdotes envolvidos. Da mesma forma, aqueles que se aproximam de Deus devem fazê-lo com um coração puro e uma atitude de reverência e adoração (1 Pedro 1:15-16).
A presença da porta sul do pátio interno também pode ser vista como uma figura da singularidade de Cristo como a única porta para a salvação. Jesus disse: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, será salvo” (João 10:9). A porta do pátio interno é um lembrete da exclusividade da salvação através de Cristo e da necessidade de vir a ele para encontrar a salvação.
A descrição das portas do pátio interno também pode ser vista como um lembrete da importância da justiça e equidade na presença de Deus. A porta sul era idêntica em design e dimensão às portas norte e leste, sugerindo que todos têm acesso igual à presença de Deus. A justiça e equidade são características importantes do reino de Deus, onde todas as pessoas são tratadas com igualdade e dignidade (Salmo 33:5).
Em resumo, a descrição da porta sul do pátio interno no capítulo 40 de Ezequiel é uma figura da entrada para a presença de Deus, a necessidade de santidade e pureza na presença de Deus, a singularidade de Cristo como a única porta para a salvação, e a importância da justiça e equidade na presença de Deus.
Ezequiel 40.38-43: As mesas para o abate de sacrifícios
38 Um quarto com sua entrada ficava junto do pórtico de cada uma das entradas internas, onde os holocaustos eram lavados. 39 No pórtico da entrada havia duas mesas de cada lado, em que os holocaustos, as ofertas pelo pecado e as ofertas pela culpa eram abatidos. 40 Junto à parede externa do pórtico da entrada, perto dos degraus da porta norte, ficavam duas mesas, e do outro lado dos degraus havia duas mesas. 41 Havia, pois, quatro mesas num lado da entrada e quatro no outro, onde os sacrifícios eram abatidos. Eram oito mesas ao todo. 42 Também havia quatro mesas de pedra lavrada para os holocaustos, cada uma com setenta e cinco centímetros de comprimento e de largura, e cinqüenta centímetros de altura. Nelas colocavam-se os utensílios para o abate dos holocaustos e dos outros sacrifícios. 43 E ganchos de duas pontas, cada um com quatro dedos de comprimento, estavam presos à parede, em toda a sua extensão. As mesas destinavam-se à carne das ofertas. (Ez 40.38–43)
O capítulo 40 de Ezequiel continua com a descrição do novo templo de Deus. Depois de medir as portas e o pátio interno, Ezequiel viu que havia mesas para o abate dos sacrifícios colocadas ao lado das portas do pátio interno. Quatro mesas foram colocadas em cada lado da porta, totalizando oito mesas.
A presença dessas mesas pode ser vista como uma figura da importância do sacrifício na adoração a Deus. Os sacrifícios eram uma parte vital da adoração no templo de Deus, uma vez que forneciam um meio de restaurar a relação entre o povo e Deus após o pecado. No entanto, a importância desses sacrifícios não está no próprio sacrifício, mas no fato de que eles apontavam para o sacrifício perfeito de Jesus Cristo na cruz, que foi o sacrifício final e completo pelo pecado (Hebreus 10:12).
Além disso, a presença das mesas para o abate dos sacrifícios também pode ser vista como um lembrete da necessidade de justiça e retidão na adoração a Deus. Os sacerdotes que abatiam os sacrifícios eram responsáveis por fazê-lo de forma justa e equitativa, seguindo as leis e instruções divinas. Da mesma forma, aqueles que se aproximam de Deus devem fazê-lo com um coração justo e uma atitude de retidão, vivendo de acordo com os mandamentos de Deus (1 João 3:7).
As mesas para o abate dos sacrifícios também podem ser vistas como um lembrete da importância da comunhão com Deus. Os sacrifícios eram oferecidos como uma forma de comunhão com Deus, permitindo que os crentes experimentassem sua presença e restaurassem sua relação com ele. Da mesma forma, aqueles que desejam ter comunhão com Deus devem estar dispostos a oferecer sacrifícios de louvor, adoração e obediência (Hebreus 13:15).
Em resumo, a presença das mesas para o abate dos sacrifícios no capítulo 40 de Ezequiel é uma figura da importância do sacrifício na adoração a Deus, da necessidade de justiça e retidão na adoração a Deus, e da importância da comunhão com Deus. Essas mesas são um lembrete de que, para ter comunhão com Deus, é necessário oferecer sacrifícios de louvor, adoração e obediência, apontando sempre para o sacrifício perfeito de Jesus Cristo na cruz.
Ezequiel 40.44-47: A entrada do templo e a porta do Santo Lugar
44 Dentro do pátio interno havia dois quartos antes da porta interna; um ficava ao lado da porta norte que dava para o sul, e outro ao lado da porta sul que dava para o norte. 45 Ele me disse: “O quarto que dá para o sul é para os sacerdotes encarregados do templo, 46 e o quarto que dá para o norte é para os sacerdotes encarregados do altar. São eles os filhos de Zadoque, os únicos levitas que podem aproximar-se do Senhor para ministrarem diante dele”. 47 Depois ele mediu o pátio: era quadrado, medindo cinqüenta metros de comprimento e cinqüenta de largura. E o altar ficava em frente do templo. (Ez 40.44–47)
O capítulo 40 de Ezequiel continua com a descrição do novo templo de Deus. Depois de medir as portas e o pátio interno, Ezequiel viu duas salas localizadas ao lado das portas do pátio interno, uma ao norte e outra ao sul. A sala ao norte era para os sacerdotes encarregados do templo, enquanto a sala ao sul era para os sacerdotes encarregados do altar.
A presença dessas salas pode ser vista como uma figura da importância do sacerdócio na adoração a Deus. O sacerdócio era uma parte vital da adoração no templo de Deus, pois era responsável por realizar os sacrifícios e outras atividades de adoração. Os sacerdotes eram escolhidos e consagrados para servir a Deus e ao povo de Deus (Êxodo 28:41). Eles eram responsáveis por garantir que a adoração a Deus fosse realizada de forma adequada e de acordo com as leis e instruções divinas.
Além disso, a presença dessas salas também pode ser vista como um lembrete da importância da liderança espiritual na adoração a Deus. Os sacerdotes eram líderes espirituais do povo de Deus, responsáveis por conduzi-los na adoração e na vida de piedade. Eles eram chamados a liderar o povo de Deus em santidade e justiça (Malaquias 2:7).
As salas para os sacerdotes encarregados do templo e do altar também podem ser vistas como um lembrete da necessidade de ordem e organização na adoração a Deus. Os sacerdotes eram designados para funções específicas no templo e no altar, garantindo que a adoração fosse realizada de forma ordenada e organizada.
Em resumo, a presença das salas para os sacerdotes encarregados do templo e do altar no capítulo 40 de Ezequiel é uma figura da importância do sacerdócio e da liderança espiritual na adoração a Deus, bem como da necessidade de ordem e organização na adoração. Essas salas são um lembrete de que a adoração a Deus deve ser realizada de forma adequada, de acordo com as leis e instruções divinas, e que a liderança espiritual é essencial para a vida de piedade e adoração do povo de Deus.
Ezequiel 40.48-49: O Simbolismo da Entrada do Templo
48 A seguir levou-me ao pórtico do templo e mediu os seus batentes; eles tinham dois metros e meio de largura em ambos os lados. A largura da entrada era de sete metros, e suas paredes salientes tinham um metro e meio de largura em cada lado. 49 O pórtico tinha dez metros de largura e seis metros da frente aos fundos. Havia um lance de escadas que dava acesso a ele, e três colunas em cada lado dos batentes. (Ez 40.48–49)
Ezequiel 40:48-49 descreve a entrada do templo, também conhecida como pórtico ou vestíbulo. É um espaço amplo que serve como a primeira parte do templo que os adoradores encontram ao entrarem. A entrada do templo é descrita com colunas que ficam dos dois lados da entrada, com uma escada que leva até o interior do templo.
Essa descrição detalhada da entrada do templo é significativa porque simboliza a importância da preparação adequada para a adoração a Deus. A entrada representa o início do processo de adoração e a importância de se preparar adequadamente para estar na presença de Deus. As colunas que sustentam a entrada simbolizam a estabilidade e a força necessárias para adorar a Deus. As escadas simbolizam a necessidade de se esforçar para entrar na presença de Deus e se preparar adequadamente para a adoração.
Além disso, a entrada do templo também é um lembrete da importância da humildade na adoração a Deus. As escadas representam a necessidade de se humilhar e reconhecer a nossa dependência de Deus. Somente quando nos humilhamos e reconhecemos nossa dependência de Deus podemos adorá-lo verdadeiramente e agradá-lo.
Em última análise, a entrada do templo é um símbolo da nossa entrada na presença de Deus. Ela nos lembra da importância de nos prepararmos adequadamente, de sermos humildes e de reconhecermos a nossa dependência de Deus. Como adoradores de Deus, devemos nos esforçar para entrar em sua presença com humildade e reverência, sabendo que só podemos fazê-lo por meio do sacrifício de Jesus Cristo, que nos permite nos aproximar de Deus com confiança e ousadia (Hebreus 4:16).
Reflexão de Ezequiel 40 para os nossos dias
Quão maravilhoso é contemplar a visão que foi dada a Ezequiel no capítulo 40 de sua profecia! Uma visão de um templo novo, um lugar de adoração e comunhão com Deus. Mas não apenas um templo, um templo com detalhes tão precisos e minuciosos que somente a mão do próprio Deus poderia ter projetado.
E assim como Ezequiel recebeu essa visão de um templo novo e glorioso, nós também somos chamados a contemplar a glória de Deus em nossas próprias vidas. Deus tem um plano e um propósito para cada um de nós, e é nosso dever buscá-lo e segui-lo com diligência e fervor.
Mas assim como o templo descrito por Ezequiel foi um lugar de adoração e comunhão, também devemos estar constantemente buscando essa mesma comunhão com Deus em nossas próprias vidas. Devemos estar sempre buscando Sua presença, buscando Sua sabedoria e direção em nossas vidas, e oferecendo a Ele nossa adoração e louvor sinceros.
Que possamos ser como os sacerdotes descritos por Ezequiel, dedicados a servir a Deus em pureza e santidade. Que possamos encontrar tempo para descansar e renovar nossas energias espirituais, para que possamos continuar a servir a Deus com zelo e dedicação.
Que a visão do templo descrito por Ezequiel nos inspire a buscar a Deus de todo o coração, a adorá-Lo com sinceridade e a servi-Lo com alegria e devoção. Pois somente quando estamos em comunhão com Ele é que podemos experimentar a verdadeira paz e alegria que só Ele pode dar.
Motivos de oração em Ezequiel 40
- Gratidão por um Deus detalhista: A descrição minuciosa do novo templo em Ezequiel 40 nos lembra que temos um Deus que se importa com os detalhes. Podemos orar agradecendo a Ele por Sua fidelidade e cuidado em todos os aspectos de nossas vidas, grandes e pequenos.
- Busca por pureza e santidade: O templo descrito em Ezequiel 40 era um lugar de pureza e santidade, onde apenas aqueles que estavam limpos e santos podiam entrar na presença de Deus. Podemos orar pedindo a Deus que nos ajude a buscar a pureza e a santidade em nossas próprias vidas, para que possamos nos aproximar Dele em adoração e comunhão.
- Busca pela presença de Deus: O templo em Ezequiel 40 era um lugar de adoração e comunhão com Deus. Podemos orar pedindo a Deus que nos ajude a buscar Sua presença em nossas próprias vidas, para que possamos experimentar Sua paz, alegria e amor em nossos corações. Que possamos buscar a Ele de todo o nosso coração, oferecendo a Ele nossa adoração e louvor sinceros.
A versão bíblica utilizada neste estudo é a Nova Versão Internacional (São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001)