Em Esdras 7, somos introduzidos a um momento crucial na história do povo de Israel. Esta seção da Bíblia desempenha um papel fundamental na compreensão da restauração de Jerusalém após o exílio babilônico, bem como no estabelecimento das bases para a preservação da fé judaica.
A introdução deste capítulo nos apresenta a Esdras, um escriba habilidoso e sacerdote que é descendente de Arão. Ele é um personagem central neste livro e desempenha um papel vital na reorganização religiosa e política da comunidade judaica. A sua chegada a Jerusalém marca um período de transição na vida do povo de Israel, que estava lutando para preservar sua identidade e fé após anos de cativeiro.
Uma das informações mais importantes deste capítulo é a concessão de autoridade real a Esdras por parte do rei Artaxerxes da Pérsia. Esdras recebe permissão para liderar uma expedição de volta a Jerusalém e para ensinar e aplicar a lei de Deus entre o povo. Essa autorização real é um marco crucial, pois demonstra a providência divina e a influência que um líder religioso poderia exercer mesmo em um contexto político complexo.
Além disso, Esdras 7 nos fornece informações detalhadas sobre a genealogia de Esdras e destaca a sua dedicação ao estudo e ensino da Lei de Moisés. Isso enfatiza a importância da Palavra de Deus na vida do povo judeu e sua disposição em seguir os princípios e mandamentos divinos.
Esboço de Esdras 7
I. Introdução de Esdras e sua genealogia (Ed 7:1-6)
A. Esdras, filho de Seraías (Ed 7:1-2)
B. Descendente de Arão, o sumo sacerdote (Ed 7:3)
C. Sua missão em Jerusalém (Ed 7:4-6)
II. A concessão de autoridade real por Artaxerxes (Ed 7:7-10)
A. A carta de Artaxerxes a Esdras (Ed 7:7-9)
B. A missão de Esdras (Ed 7:10)
III. A preparação de Esdras para a jornada (Ed 7:11-16)
A. Os tesouros e ofertas para o Templo (Ed 7:11-15)
B. Os sacerdotes e levitas que acompanhariam Esdras (Ed 7:16)
IV. A importância do conhecimento da Lei (Ed 7:17-26)
A. Instruções de Artaxerxes sobre a Lei de Deus (Ed 7:17-20)
B. A dispensação da Lei e autoridade para julgar (Ed 7:21-26)
V. A dedicação de Esdras ao ensino da Lei (Ed 7:27-28)
A. O compromisso de Esdras com o ensino da Lei de Deus (Ed 7:27)
B. A bênção real sobre Esdras e sua missão (Ed 7:28)
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I. Introdução de Esdras e sua genealogia (Ed 7:1-6)
O capítulo 7 do livro de Esdras começa com uma introdução crucial para o personagem central deste livro e para a história da restauração de Jerusalém após o exílio babilônico. Esta seção, que abrange os versículos de 1 a 6, é fundamental para a compreensão do contexto histórico e genealógico do escriba Esdras e lança as bases para a missão que ele receberá posteriormente.
A genealogia de Esdras (Ed 7:1-2)
O versículo 1 nos apresenta a genealogia de Esdras de forma concisa, começando com seu nome: “Depois destas coisas, no reinado de Artaxerxes, rei da Pérsia, Esdras, filho de Seraías, filho de Azarias, filho de Hilquias”. Aqui, a linhagem de Esdras é traçada até seu bisavô Hilquias, um nome que carrega significado histórico significativo. Hilquias foi o sumo sacerdote que descobriu o Livro da Lei no templo durante o reinado de Josias (2 Reis 22:8), um evento que teve um profundo impacto na história religiosa de Israel.
A descendência sacerdotal de Esdras (Ed 7:3)
O versículo 3 destaca que Esdras era um sacerdote, pertencente à descendência de Arão, o irmão de Moisés e o primeiro sumo sacerdote da história de Israel. Isso é de extrema importância, pois indica a autoridade sacerdotal de Esdras e seu papel como líder religioso entre o povo de Israel.
Sua missão em Jerusalém (Ed 7:4-6)
Os versículos 4 a 6 nos fornecem detalhes adicionais sobre a missão de Esdras: “Este Esdras subiu da Babilônia. Era escriba hábil na lei de Moisés, outorgada pelo SENHOR, Deus de Israel. O rei lhe concedeu tudo o que ele pedira, pois a mão do SENHOR, seu Deus, estava sobre ele. Alguns dos israelitas, sacerdotes, levitas, cantores, porteiros e servidores do templo também subiram para Jerusalém com ele.”
Aqui, vemos que Esdras não apenas tinha um conhecimento profundo da Lei de Moisés, mas também que o rei Artaxerxes o apoiou e concedeu tudo o que ele pediu. Isso ressalta a providência divina, já que a mão do SENHOR estava sobre ele, o que significa que Deus estava guiando e abençoando a missão de Esdras. Além disso, Esdras não estava sozinho em sua jornada; ele foi acompanhado por outros israelitas, incluindo sacerdotes, levitas, cantores, porteiros e servidores do templo. Isso indica a importância da cooperação e unidade entre o povo de Deus na restauração de Jerusalém e na observância da Lei.
Em resumo, a introdução de Esdras e sua genealogia nos apresentam a um personagem central que desempenhará um papel fundamental na restauração de Jerusalém e na preservação da fé judaica. Sua genealogia destaca a importância de sua descendência sacerdotal, enquanto sua missão é marcada pela providência divina e pelo apoio real. Esses elementos fornecem as bases essenciais para o desenvolvimento do enredo e das ações subsequentes de Esdras ao longo do livro.
II. A concessão de autoridade real por Artaxerxes (Ed 7:7-10)
O capítulo 7 do livro de Esdras é marcado por um evento de grande importância histórica e religiosa: a concessão de autoridade real a Esdras por parte do rei Artaxerxes da Pérsia. Este ato real tem implicações significativas na restauração de Jerusalém e na preservação da fé judaica após o exílio babilônico. A passagem que abrange os versículos 7 a 10 detalha esse ato de concessão de autoridade e revela a mão providencial de Deus na missão de Esdras.
A carta de Artaxerxes a Esdras (Ed 7:7-9)
A passagem começa com a apresentação de uma carta escrita por Artaxerxes a Esdras, que concede a ele uma série de privilégios e autoridade real. A carta é datada do “sétimo ano do reinado de Artaxerxes”, e seu conteúdo é de extrema relevância. Nela, o rei autoriza Esdras a viajar a Jerusalém junto com outros exilados judeus que desejam retornar. Além disso, o rei concede a Esdras a autoridade para nomear magistrados e juízes na terra de Judá, desde que sejam “homens sábios e entendidos na lei de Deus”.
Essa autorização para nomear magistrados e juízes é uma medida crucial para a reorganização política e legal de Jerusalém e suas regiões circundantes. Ela demonstra a confiança que Artaxerxes tinha em Esdras e sua fé na capacidade de Esdras de aplicar a Lei de Deus para governar o povo. Isso reflete a importância da Lei na vida do povo judeu e a influência que um líder religioso poderia exercer mesmo em um contexto político.
A missão de Esdras (Ed 7:10)
O versículo 10 destaca a missão central de Esdras e o motivo pelo qual ele foi comissionado por Artaxerxes: “Pois Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a lei do Senhor, praticá-la e ensiná-la em Israel, bem como para administrar e julgar em Israel todo aquele que conhecesse a lei do Senhor, que tinha sido outorgada por meio de Moisés”.
Aqui, vemos a dedicação de Esdras à Lei do Senhor. Ele não apenas a estudou e praticou, mas também estava comprometido em ensiná-la ao povo de Israel. Sua missão incluía administrar e julgar com base nos princípios da Lei de Moisés, garantindo assim que a justiça e a retidão prevalecessem na comunidade. Esse compromisso de Esdras com a Lei e sua disposição em compartilhá-la com outros são características que o destacam como um líder espiritual exemplar.
Além disso, a missão de Esdras era abrangente, pois visava a todos que conheciam a Lei do Senhor. Isso demonstra sua preocupação com a disseminação do conhecimento e da observância da Lei em toda a comunidade judaica. Esdras estava comprometido em assegurar que a fé e a prática religiosa fossem restauradas e fortalecidas entre o povo.
Em resumo, a concessão de autoridade real a Esdras por parte do rei Artaxerxes é um momento crucial em Esdras 7. Isso destaca a confiança do rei em Esdras como líder religioso e a importância da Lei de Deus na vida do povo judeu. A missão de Esdras, centrada na busca, prática e ensino da Lei, define o tom para a restauração espiritual e legal que ocorrerá em Jerusalém sob sua liderança. Essa passagem ressalta a providência divina na escolha de Esdras para essa missão e a relevância contínua da Lei na fé judaica.
III. A preparação de Esdras para a jornada (Ed 7:11-16)
A seção que compreende os versículos 11 a 16 do capítulo 7 de Esdras nos fornece detalhes cruciais sobre a preparação de Esdras para sua jornada a Jerusalém. Essa preparação não se limita apenas à autorização real, mas abrange aspectos logísticos, financeiros e religiosos, todos os quais são fundamentais para a missão de Esdras na restauração da fé e da comunidade judaica após o exílio babilônico.
A generosidade do rei Artaxerxes (Ed 7:11-12)
O versículo 11 inicia essa seção mencionando a carta de Artaxerxes a Esdras, que é detalhada com mais profundidade aqui. O rei autoriza Esdras a levar consigo qualquer judeu que deseje voltar para Jerusalém. Isso é significativo, pois mostra o apoio real ao retorno dos exilados e à restauração de Jerusalém como centro religioso e cultural para o povo judeu.
Além disso, o versículo 12 destaca a generosidade do rei ao conceder recursos significativos para essa empreitada. Ele fornece uma quantidade substancial de prata, ouro e utensílios para o Templo em Jerusalém. Esses recursos financeiros seriam essenciais para a reconstrução e o sustento da cidade e do Templo. A generosidade de Artaxerxes demonstra não apenas seu apoio político, mas também seu respeito pela fé e cultura judaicas.
O compromisso dos líderes judeus (Ed 7:13-15)
Os versículos 13 a 15 enfocam o papel dos líderes judeus na preparação da jornada de Esdras. Ele menciona que alguns líderes, juntamente com Esdras, foram designados pelo rei para supervisionar a distribuição dos recursos e para garantir que tudo fosse feito de acordo com a Lei de Deus. Essa colaboração entre Esdras e os líderes locais mostra a importância da unidade e do envolvimento da comunidade na restauração de Jerusalém.
Além disso, o versículo 14 enfatiza a disposição de Esdras e dos líderes em recolherem voluntariamente recursos adicionais para o Templo e seu serviço. Isso demonstra o compromisso deles com a restauração do culto e da adoração a Deus em Jerusalém. É importante notar que essa iniciativa não se limitou apenas aos recursos fornecidos pelo rei, mas também envolveu a contribuição voluntária da comunidade judaica.
A contagem dos utensílios do Templo (Ed 7:15-16)
O versículo 15 menciona que Esdras e os líderes judeus foram encarregados de recolherem utensílios para o Templo. Esses objetos eram de extrema importância para o culto e o serviço religioso, e sua contagem e entrega cuidadosa eram necessárias para garantir a restauração apropriada do Templo.
O versículo 16 fornece uma lista detalhada dos tipos de utensílios que foram entregues para a reconstrução do Templo, incluindo recipientes de ouro e prata. Essa lista destaca a riqueza e a importância dos objetos do Templo, que desempenhavam um papel vital nas cerimônias religiosas e culto a Deus.
Em resumo, a preparação de Esdras para a jornada a Jerusalém é uma parte fundamental da narrativa do capítulo 7 de Esdras. Isso não se limitou apenas à autorização real, mas também abrangeu a generosidade do rei Artaxerxes, o compromisso dos líderes judeus e a coleta de recursos financeiros e utensílios para o Templo. Essa preparação meticulosa e a colaboração entre Esdras e a comunidade judaica foram cruciais para o sucesso da missão de restauração de Jerusalém e para a preservação da fé e da identidade judaicas após o exílio babilônico.
IV. A importância do conhecimento da Lei (Ed 7:17-26)
A seção que abrange os versículos 17 a 26 do capítulo 7 do livro de Esdras destaca a importância central da Lei de Deus na missão de Esdras e na restauração da fé e da comunidade judaica em Jerusalém. Nessa parte da narrativa, encontramos instruções específicas dadas por Artaxerxes a Esdras sobre como ele deveria usar os recursos concedidos pelo rei. Essas instruções enfatizam a relevância contínua da Lei de Deus na vida do povo judeu e na governança da comunidade.
Instruções reais sobre o uso dos recursos (Ed 7:17-20)
A passagem começa com Artaxerxes ordenando que uma quantidade significativa de prata e ouro seja retirada dos tesouros reais e entregue a Esdras, juntamente com os sacerdotes, levitas, cantores, porteiros e servidores do Templo, que estão em sua companhia. A razão dada pelo rei para essa ação é expressa no versículo 18: “Para que faças com isso segundo a tua sabedoria e segundo a sabedoria do teu Deus, que está na tua mão”.
Essa instrução real é crucial, pois reconhece a importância do conhecimento e da sabedoria de Esdras na administração dos recursos fornecidos. No entanto, o aspecto mais notável dessa passagem é a ênfase na “sabedoria do teu Deus”, ou seja, na orientação divina. Artaxerxes reconhece que o Deus de Esdras desempenha um papel essencial na utilização adequada desses recursos e que a sabedoria de Deus está disponível para orientar as ações de Esdras.
A dispensação da Lei e autoridade para julgar (Ed 7:21-26)
Os versículos 21 a 26 detalham ainda mais as instruções de Artaxerxes a Esdras. Ele é instruído a nomear magistrados e juízes em toda a região do além do rio Eufrates, ou seja, na província oeste do império persa. O critério para a seleção desses líderes é claramente definido: “homens sábios e entendidos na lei de Deus”. Esta ênfase na Lei de Deus como critério principal para liderança destaca a importância da Lei na vida e governança da comunidade judaica.
Além disso, Artaxerxes concede a Esdras a autoridade para julgar todos os que não conhecem a Lei de Deus e para punir aqueles que a desobedecem, incluindo prisão, confisco de bens e até pena de morte. Isso demonstra o reconhecimento da autoridade divina de Esdras e sua capacidade de administrar justiça com base na Lei de Deus. A Lei não era apenas uma referência religiosa, mas também um código legal que governava a vida da comunidade judaica.
A centralidade da Lei na missão de Esdras
Esta passagem enfatiza a centralidade da Lei na missão de Esdras e na vida da comunidade judaica. A Lei de Deus não era apenas um conjunto de regras e regulamentos, mas o fundamento da identidade religiosa e da governança do povo judeu. Esdras, como líder espiritual e civil, tinha a responsabilidade de ensinar, aplicar e fazer cumprir a Lei de Deus.
Além disso, a ênfase na sabedoria divina disponível para Esdras mostra que a observância da Lei não era uma tarefa meramente humana, mas também uma busca espiritual que envolvia a orientação e a graça de Deus. A missão de Esdras não era apenas administrativa, mas também espiritual, pois ele buscava conduzir o povo de volta à retidão e à fidelidade à Lei de Deus.
Em resumo, a seção que abrange os versículos 17 a 26 do capítulo 7 de Esdras enfatiza a importância central da Lei de Deus na missão de Esdras e na vida da comunidade judaica. Essas instruções reais demonstram o reconhecimento do valor da Lei na governança e na justiça, bem como a disponibilidade da sabedoria divina para orientar a aplicação da Lei. Essa ênfase na Lei destaca a continuidade da fé e da identidade judaicas após o exílio babilônico e o papel essencial de Esdras como líder espiritual e civil na restauração de Jerusalém.
V. A dedicação de Esdras ao ensino da Lei (Ed 7:27-28)
A conclusão do capítulo 7 do livro de Esdras, nos versículos 27 e 28, destaca a dedicação profunda e o compromisso de Esdras com a Lei de Deus. Esses versículos servem como um epílogo poderoso que resume a missão e a paixão de Esdras pela preservação e ensino da Lei de Moisés.
A disposição de Esdras para ensinar a Lei (Ed 7:27)
O versículo 27 começa com uma declaração marcante sobre a dedicação de Esdras: “Bendito seja o SENHOR, Deus de nossos pais, que pôs isso no coração do rei para embelezar a casa do SENHOR, que está em Jerusalém”. Aqui, Esdras expressa sua gratidão a Deus por ter tocado o coração do rei Artaxerxes, levando-o a patrocinar a restauração e embelezamento do Templo em Jerusalém.
Essa disposição de Esdras para reconhecer a mão de Deus na obra é significativa. Ele não atribui o sucesso ao seu próprio mérito, mas reconhece que a providência divina estava agindo por trás das cenas. Isso reflete a humildade e a fé de Esdras, que entendia que sua missão e sucesso estavam intrinsecamente ligados à vontade de Deus.
A missão de ensinar e aplicar a Lei (Ed 7:28)
O versículo 28 encerra o capítulo com um foco notável na missão de Esdras: “Ele veio a Jerusalém na primeira quinzena do quinto mês do sétimo ano do reinado do rei.” Essa data específica destaca a importância da missão de Esdras e seu compromisso com a Lei de Deus.
Esdras não apenas veio a Jerusalém para restaurar o Templo e a cidade, mas também para ensinar e aplicar a Lei. A missão de ensino era uma parte essencial de seu papel como líder espiritual e civil. Ele estava comprometido em garantir que o povo de Israel conhecesse, compreendesse e obedecesse à Lei de Moisés.
Além disso, a menção da data específica de sua chegada é significativa. O quinto mês do sétimo ano do reinado de Artaxerxes destaca a precisão e o compromisso de Esdras com a missão que Deus lhe confiou. Ele não procrastinou nem adiou a tarefa; ele agiu prontamente, demonstrando sua determinação em cumprir sua missão.
A importância do ensino da Lei de Deus
Os versículos finais do capítulo 7 de Esdras enfatizam a relevância do ensino da Lei de Deus. Esdras entendia que o conhecimento e a observância da Lei eram essenciais para a identidade, a fé e a conduta do povo de Israel. Ele via a Lei como a fundação da vida religiosa, moral e legal da comunidade judaica.
Esse compromisso de Esdras com o ensino da Lei tinha implicações profundas. Ele não apenas ensinava a Lei, mas também a aplicava. Sua missão incluía a nomeação de magistrados e juízes que governariam com base nos princípios da Lei de Deus. Esse aspecto prático do ensino de Esdras garantia que a justiça e a retidão prevalecessem na comunidade judaica.
Os versículos 27 e 28 do capítulo 7 de Esdras nos mostram um líder dedicado e apaixonado pela Lei de Deus. Esdras reconhecia a mão de Deus em sua missão e estava comprometido em ensinar e aplicar a Lei para o bem-estar espiritual e moral do povo de Israel. Sua humildade, fé e determinação servem como um exemplo inspirador de liderança baseada na verdade divina e no compromisso com os princípios éticos e morais. Essa dedicação à Lei de Deus desempenhou um papel crucial na restauração da fé e da comunidade judaica após o exílio babilônico e continua a ser um exemplo poderoso de como a Palavra de Deus pode guiar e transformar vidas.
Reflexão de Esdras 7 para os nossos dias
Ao examinarmos o capítulo 7 do livro de Esdras à luz do evangelho e considerando sua relevância para os nossos dias, encontramos lições profundas que ecoam através das eras, e que podem enriquecer nossa jornada de fé. Neste capítulo, vemos a figura de Esdras, um líder comprometido com a Lei de Deus e com a restauração do povo judeu em Jerusalém após o exílio. Mas permita-me conduzi-lo a uma reflexão cristocêntrica, na qual encontraremos Jesus como o cumprimento supremo da Lei e como o modelo definitivo de liderança e compromisso com a vontade de Deus.
Primeiramente, reconhecemos que Esdras, descendente de Arão, foi sacerdote e escriba, o que nos lembra do papel dos sacerdotes no Antigo Testamento como mediadores entre Deus e o povo. No entanto, como cristãos, sabemos que Jesus é nosso Sumo Sacerdote por excelência. Ele não apenas mediou, mas se tornou o sacrifício perfeito que removeu de uma vez por todas o pecado e nos reconciliou com Deus. Assim, em nossos dias, não precisamos de intermediários humanos para nos achegarmos a Deus, pois Jesus é o único mediador entre Deus e os homens (1 Timóteo 2:5).
Em segundo lugar, a autoridade real concedida a Esdras por Artaxerxes nos lembra da soberania divina. Foi Deus quem tocou o coração do rei para permitir que Esdras liderasse a restauração de Jerusalém. Da mesma forma, em nossos dias, devemos reconhecer que Deus está no controle de todas as coisas. Ele dirige os corações dos governantes e soberanos para cumprir Seus propósitos. É por isso que podemos confiar em Deus, mesmo quando enfrentamos desafios e oposições em nossa jornada de fé.
Em terceiro lugar, a missão de Esdras de ensinar e aplicar a Lei de Deus reflete o desejo de Deus de que Sua Palavra seja central em nossas vidas. Em Cristo, temos a Palavra viva e encarnada. Ele é a personificação da Lei e dos Profetas. Jesus nos ensinou a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, resumindo toda a Lei em dois grandes mandamentos (Mateus 22:37-40). Em nossos dias, somos chamados a seguir o exemplo de Jesus, colocando a Palavra de Deus no centro de nossas vidas, permitindo que ela nos guie em nossas ações e relacionamentos.
Por fim, a dedicação de Esdras ao ensino da Lei nos desafia a sermos discípulos de Jesus, que nos chamou para fazer discípulos de todas as nações, ensinando-lhes a obedecer a tudo o que Ele nos ordenou (Mateus 28:18-20). Assim como Esdras se dedicou ao ensino da Lei em sua época, devemos nos dedicar ao ensino das verdades eternas do evangelho em nossos dias. Devemos ser testemunhas fiéis de Cristo, compartilhando Sua graça e verdade com aqueles ao nosso redor.
Em conclusão, o capítulo 7 de Esdras nos convida a refletir sobre Jesus como nosso Sumo Sacerdote, a soberania de Deus sobre todas as coisas, a centralidade da Palavra de Deus em nossas vidas e nosso chamado para ensinar e fazer discípulos. Que possamos olhar para Cristo como o cumprimento perfeito de todas essas verdades e permitir que Ele guie nossos passos em nossa jornada de fé nos dias de hoje. Que o Senhor nos abençoe e nos capacite a viver de acordo com Seu propósito eterno. Amém.
3 Motivos de oração em Esdras 7
- Oração pela liderança espiritual e civil: No capítulo 7, vemos Esdras sendo comissionado por Artaxerxes para liderar o retorno do exílio e para ensinar e aplicar a Lei de Deus em Jerusalém. Podemos orar por líderes espirituais e civis em nossos dias, pedindo que sejam capacitados por Deus para liderar com sabedoria, justiça e integridade. Oremos para que esses líderes sejam comprometidos com a vontade de Deus e busquem a orientação divina em suas decisões.
- Oração pela restauração espiritual e moral: Esdras tinha como objetivo restaurar a fé e a obediência à Lei de Deus entre o povo de Israel. Da mesma forma, podemos orar pela restauração espiritual e moral em nossa sociedade e em nossas comunidades. Oremos para que as pessoas voltem seus corações para Deus, se arrependam de seus pecados e se comprometam a viver de acordo com os princípios da Palavra de Deus.
- Oração pela disseminação da Palavra de Deus: Esdras tinha a missão de ensinar a Lei de Deus ao povo. Em nossos dias, podemos orar pela disseminação da Palavra de Deus, para que ela alcance aqueles que ainda não a conhecem. Oremos para que haja oportunidades para compartilhar o evangelho e que a Palavra de Deus seja pregada e ensinada de maneira clara e eficaz. Peçamos a Deus que abençoe aqueles que estão envolvidos na tradução, distribuição e ministério de ensino da Bíblia.