Em 2 Samuel 18 vemos que apesar de todo o empenho de Davi em salvar Absalão, ele acabou morrendo. Na atitude do rei, vemos o tipo do esforço que Deus faz para resgatar a alma do pecador, mas que muitas vezes por seu coração endurecido, acaba se perdendo.
No campo de batalha, enquanto cavalgava, Absalão acabou sendo presa de sua maior vaidade. Seus cabelos ficaram presos nos galhos de uma árvore e ele ficou pendurado e exposto, sem nenhuma defesa.
Quando Joabe, capitão de Davi, soube, foi até o lugar onde ele estava e o matou, desobedecendo a ordem direta do rei para que Absalão fosse poupado.
A morte de Absalão marcou o fim da batalha e a vitória de Davi, que quando soube que seu filho estava morto, lamentou profundamente.
Esta provavelmente foi a vitória mais amarga da vida deste grande guerreiro de Deus. Ele derrotou vários inimigos de maneira implacável e impiedosa, mas batalhar contra o próprio filho e tirar-lhe a vida, é muito até para ele.
Devemos estar cientes de que Davi ainda estava colhendo o fruto de seu pecado com Bate-Seba, mas mesmo assim a humanidade nos leva a sentir o pesar deste homem de Deus.
Que esta história sirva de exemplo, e que nos dê sabedoria para evitar erros como os dele.
Esboço de 2 Samuel 18:
18.1 – 8: A derrota de Absalão
18.9 – 18: A morte de Absalão
18.19 – 33: O lamento de Davi por Absalão
Estudo de 2 Samuel 18 em vídeo
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2 Samuel 18.1-5: É hora de delegar
Davi passou em revista o exército e nomeou comandantes de batalhões de mil e de cem. 2 Depois dividiu o exército em três companhias: uma sob o comando de Joabe, outra sob o comando de Abisai, irmão de Joabe, filho de Zeruia, e outra sob o comando de Itai, o giteu. Disse então o rei ao exército: “Eu também marcharei com vocês”. 3 Mas os homens disseram: “Não faças isso!…4 O rei respondeu: “Farei o que acharem melhor”…5 O rei ordenou a Joabe, a Abisai e a Itai: “Por amor a mim, tratem bem o jovem Absalão!” E todo o exército ouviu quando o rei deu essa ordem sobre Absalão a cada um dos comandantes. (2 Sm 18.1–5 NVI).
Davi, agora em segurança e com seus suprimentos reabastecidos, rapidamente tomou medidas para reorganizar suas tropas e prepará-las para o inevitável encontro com Absalão.
Ele as dividiu em três batalhões: um liderado por Joabe, outro por Abisai, irmão de Joabe, e outro por Itai, o filisteu.
Davi decidiu que lideraria o ataque pessoalmente, mas seus soldados lhe convenceram a ficar. Ele valia por 10.000 deles, disseram. Se metade deles morresse, todos continuariam. Mas se o rei morresse, toda a causa estaria perdida.
Mesmo sem querer, Davi concordou em ficar para trás, mas ordenou a seus oficiais que não fizessem mal a Absalão na batalha.
Isso me ensina algumas coisas.
Há batalhas, que em algum momento – por mais difíceis que sejam – se tornam inevitáveis. É aquela conversa onde precisamos liberar perdão, o fim de uma sociedade ou mesmo de um relacionamento que não tem a bênção de Deus.
Há muitas batalhas que são cansativas e emocionalmente esmagadoras. Pode parecer que não importa o quanto tentemos, nada muda.
Mas apesar de tudo isso, sabemos que Deus é soberano e está no controle, trabalhando constantemente para que todas as coisas cooperem para o nosso bem.
Podemos ter certeza de que, embora batalhas como a que aconteceu entre Davi e seu filho Absalão, cruzem o nosso caminho, o Senhor está disposto a nos ajudar. Ele é um Deus bom!
2 Samuel 18.6-17: Uma decisão difícil
6 O exército saiu a campo para enfrentar Israel, e a batalha aconteceu na floresta de Efraim, 7 onde o exército de Israel foi derrotado pelos soldados de Davi. Houve grande matança naquele dia, elevando-se o número de mortos a vinte mil. 8 A batalha espalhou-se por toda a região e, naquele dia, a floresta matou mais que a espada. 9 Durante a batalha, Absalão, montado em sua mula, encontrou-se com os soldados de Davi. Passando a mula debaixo dos galhos de uma grande árvore, Absalão ficou preso nos galhos pela cabeça. Ficou pendurado entre o céu e a terra, e a mula prosseguiu. 10 Um homem o viu e informou a Joabe: “Acabei de ver Absalão pendurado numa grande árvore”. 11 “Você o viu?”, perguntou Joabe ao homem. “E por que não o matou ali mesmo? Eu teria dado a você dez peças de prata e um cinturão de guerreiro!” 12 Mas o homem respondeu: “Mesmo que fossem pesadas e colocadas em minhas mãos mil peças de prata, eu não levantaria a mão contra o filho do rei. Ouvimos o rei ordenar a ti, a Abisai e a Itai: ‘Protejam, por amor a mim, o jovem Absalão’ . 13 Por outro lado, se eu tivesse atentado traiçoeiramente contra a vida dele, o rei ficaria sabendo, pois não se pode esconder nada dele, e tu mesmo ficarias contra mim”. 14 E Joabe disse: “Não vou perder mais tempo com você”. Então pegou três dardos e com eles traspassou o coração de Absalão, quando ele ainda estava vivo na árvore. 15 E dez dos escudeiros de Joabe cercaram Absalão e acabaram de matá-lo. 16 A seguir Joabe tocou a trombeta para que o exército parasse de perseguir Israel, e assim deteve o exército. 17 Retiraram o corpo de Absalão, jogaram-no num grande fosso na floresta e fizeram um grande monte de pedras sobre ele. Enquanto isso, todos os israelitas fugiam para casa. (2 Sm 18.6–17 NVI).
A batalha entre o exército de Davi e Absalão, aconteceu na floresta de Efraim, um lugar deserto nas proximidades de Maanaim. Por mais terríveis que tenham sido as perdas de Absalão pelas espadas dos heróis de Davi, elas foram ainda maiores por causa da floresta.
O texto Sagrado diz que ela matou mais que a espada.
O próprio Absalão, em uma tentativa frenética de escapar da batalha em sua mula, ficou preso pelos cabelos em um grande carvalho.
Um soldado de Davi o encontrou, mas como o rei havia ordenado a seus homens que não machucassem Absalão, o soldado se recusou a tocar nele.
Mas Joabe, o assassino do rei, não teve a mesma compaixão e acertou Absalão no coração com três dardos. Imediatamente 10 de seus soldados golpearam Absalão para garantir que ele morreria.
Joabe o enterrou em uma cova na floresta e empilhou sobre ela um memorial.
A morte de Absalão é uma história incrivelmente trágica, e que pode nos ensinar uma série de lições importantes. Ela nos lembra de considerar as consequências de nossas escolhas.
Absalão se rebelou contra seu pai Davi e procurou usurpar o trono de Israel e Judá, e tudo isso foi construído sobre assassinato, traição e mentira.
Absalão pagou o preço final por suas atitudes quando Joabe o matou na floresta de Efraim, apesar da ordem de Davi para que ele fosse poupado.
A ambição errada de Absalão o colocou nessa situação, e nós devemos prestar atenção no preço que ele pagou.
Veja como ele era diferente de seu pai.
Saul perseguiu a Davi por anos e quis matá-lo. O próprio Deus já havia rejeitado a Saul e mesmo assim, em todas as oportunidades que teve, Davi não levantou a mão contra o rei.
Já Absalão, estava disposto a matar o próprio pai, que era o rei, porque estava ressentido. Ele ignorou completamente a Lei e ao próprio Deus, porque estava dominado pela ambição e amargura.
A história dele, é um lembrete para ficarmos atentos às nossas próprias ambições e escolhas. Precisamos guardar bem o nosso coração, para que não caíamos nessa tentação.
2 Samuel 18.24-33: A tragédia
24 Davi estava sentado entre a porta interna e a externa da cidade. E quando a sentinela subiu ao terraço que havia sobre a porta, junto à muralha, viu um homem que vinha correndo sozinho…31 Então o etíope chegou e disse: “Ó rei, meu senhor, ouve a boa notícia! Hoje o Senhor te livrou de todos os que se levantaram contra ti”. 32 O rei perguntou ao etíope: “O jovem Absalão está bem?” O etíope respondeu: “Que os inimigos do rei, meu senhor, e todos os que se levantam para te fazer mal acabem como aquele jovem!” 33 Então o rei, abalado, subiu ao quarto que ficava por cima da porta e chorou. Foi subindo e clamando: “Ah, meu filho Absalão! Meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera ter morrido em seu lugar! Ah, Absalão, meu filho, meu filho!” (2 Sm 18.24–33).
Entre os versículos 19–23, Aimaás, o mensageiro do rei, diz a Joabe que vai até Davi para dar as notícias sobre a vitória do exército sobre Absalão, mas Joabe o proibiu de fazê-lo, tanto para poupar o rei da trágica notícia, como para poupar o próprio Aimaás, caso o rei reagisse com violência a noticia da morte de Absalão.
Sendo assim, ele enviou um etíope que não é identificado na Bíblia, mas que era conhecido de Davi para dar a notícia ao rei. Mas após muita insistência de Aimaás, Joabe acabou lhe enviando também.
Os dois mensageiros foram vistos à distância, e quando Davi percebeu que o mais próximo era Aimaás, ele concluiu que a mensagem era boa porque o próprio Aimaás era um homem bom.
Na verdade, o rei estava otimista, porque quando Aimaás finalmente conseguiu transmitir sua mensagem, tudo o que pôde fazer, foi falar que o exército de Davi havia vencido o de Absalão.
Os detalhes foram deixados para o etíope que logo chegou e compartilhou com o rei a terrível notícia de que Absalão estava morto.
Emocionalmente destruído, Davi retirou-se para um cenáculo, onde em particular derramou seu coração diante de Deus, em dor incessante.
As profundezas de seu amor por seu filho rebelde estão expressas em seu lamento: “…Quem me dera ter morrido em seu lugar!”
Dois dos filhos de Davi, Amnom (2 Samuel 13:28–29) e Absalão, tiveram mortes violentas como consequência do pecado de Davi (2 Samuel 12:10). Deus lhe disse, que a espada não se apartaria de sua casa por causa do que ele fez com Urias.
A morte de Absalão pelas mãos dos próprios homens de Davi é uma tragédia que serve como um lembrete das consequências do pecado e o ciclo de tristeza que ele pode trazer.
Apesar de ser um grande líder, o Rei Davi, que também era ser humano, pecou contra Deus e aos poucos, estava colhendo o fruto de suas escolhas.
Tragédia, após tragédia, deixam claro que por mais tentador que seja, o pecado não compensa. Nesse caso, o que nos resta fazer, é clamar a Deus por misericórdia, até que ele mude a nossa sorte.
VAMOS ORAR!
Motivos de oração em 2 Samuel 18:
Oro para que:
- Deus nos ajude a liderar, nas mais diversas áreas da vida;
- Na hora das decisões difíceis, o Espírito Santo dirija o nosso coração;
- No dia da tragédia o Senhor fortaleça o nosso coração;