Em Ester 8, somos apresentados a um momento crucial na narrativa do livro de Ester, um dos livros do Antigo Testamento da Bíblia. A introdução deste capítulo marca um ponto de viragem na história, onde a rainha Ester, influenciada por seu primo e tutor Mardoqueu, toma medidas decisivas para reverter o decreto do rei persa Assuero (também conhecido como Xerxes) que autorizava a destruição dos judeus em todo o império.
Neste ponto da narrativa, Ester se apresenta diante do rei para suplicar por sua intervenção. Ela demonstra grande coragem, pois, de acordo com a lei persa, se alguém se apresentasse diante do rei sem ser convidado, corria o risco de ser condenado à morte. No entanto, o rei estende seu cetro de ouro a Ester, indicando sua aceitação e disposição em ouvir seus pedidos.
Ester então pede ao rei que revogue o decreto anterior e emita um novo decreto permitindo que os judeus se defendam contra seus inimigos. O rei concorda com o pedido e dá a Ester e a Mardoqueu autoridade para escreverem o novo decreto, que é selado com o anel do rei e enviado a todas as províncias do império.
Esta reviravolta na história mostra como a intervenção divina e a coragem de Ester e Mardoqueu foram cruciais para a salvação do povo judeu da destruição iminente. O capítulo 8 de Ester é um exemplo de como a fé e a ação determinada podem mudar o curso dos eventos, garantindo a preservação de uma comunidade diante de grandes desafios.
Esboço de Ester 8
I. Pedido de Ester ao rei (Et 8:1-2)
A. Ester apresenta-se perante o rei (Et 8:1)
B. O rei estende o cetro a Ester (Et 8:2)
II. O pedido de Ester (Et 8:3-6)
A. Ester pede ao rei que revogue o decreto anterior (Et 8:3)
B. Ester suplica pela vida de seu povo (Et 8:4)
C. O rei e Ester elaboram um novo decreto (Et 8:5-6)
III. O novo decreto é escrito e selado (Et 8:7-8)
A. Mardoqueu escreve o decreto (Et 8:7)
B. O decreto é selado com o anel do rei (Et 8:8)
IV. A emissão do decreto (Et 8:9-14)
A. Mensageiros são enviados às províncias (Et 8:9)
B. O conteúdo do decreto é proclamado (Et 8:10-14)
V. A reação das províncias (Et 8:15-17)
A. Alegria e celebração entre os judeus (Et 8:15)
B. Muitos gentios tornam-se judeus (Et 8:16)
C. A paz e a segurança são restauradas (Et 8:17)
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I. Pedido de Ester ao Rei (Et 8:1-2)
Neste importante trecho do capítulo 8 do Livro de Ester, somos levados a uma cena crucial da narrativa. Ester, corajosa rainha judia, se encontra em um dilema que poderia resultar na tragédia de seu povo. O subtítulo “Pedido de Ester ao Rei” capta o momento em que Ester toma a iniciativa de interceder junto ao rei persa Assuero, também conhecido como Xerxes, em favor dos judeus.
A ousadia de Ester é notável e é importante compreender o contexto. De acordo com a lei persa, apresentar-se diante do rei sem ser previamente convidado era uma ação que poderia custar a vida do transgressor, a menos que o rei estendesse seu cetro de ouro como sinal de aceitação. Essa norma acrescenta um suspense dramático ao episódio, pois Ester, ciente do risco, toma uma decisão crucial em prol de seu povo.
Ester 8:1 nos diz: “Naquele mesmo dia o rei Assuero deu à rainha Ester a casa de Hamã, inimigo dos judeus; e Mardoqueu veio perante o rei, porque Ester lhe tinha declarado o parentesco deles.” Neste verso, vemos o rei cumprindo um gesto simbólico e significativo. Ele concede a Ester a casa de Hamã, o inimigo dos judeus, que havia sido condenado à morte no capítulo anterior. Isso demonstra o apoio e a confiança do rei em Ester.
O fato de Ester revelar seu parentesco com Mardoqueu é crucial, pois estabelece um vínculo pessoal entre ela e o tutor de Mardoqueu. Isso pode ter influenciado a disposição do rei em estender o cetro a Ester. Além disso, é importante lembrar que Mardoqueu havia desempenhado um papel crucial na revelação de uma conspiração contra o rei, o que certamente aumentou sua credibilidade.
O verso 2 continua: “E o rei tirou o seu anel, que tinha tomado de Hamã, e o deu a Mardoqueu. E Ester constituiu a Mardoqueu sobre a casa de Hamã.” Esse gesto do rei Assuero é um momento de grande significado. Ao retirar o anel que pertencera a Hamã e entregá-lo a Mardoqueu, o rei está transferindo autoridade e poder. O anel era um símbolo de autoridade real, frequentemente usado para selar decretos reais. Dessa forma, Mardoqueu agora detém uma autoridade significativa no reino, tornando-se uma figura de destaque.
Além disso, Ester nomeia Mardoqueu como o responsável pela casa de Hamã. Isso não apenas confirma a desgraça do traidor Hamã, mas também coloca Mardoqueu em uma posição de influência e controle sobre os recursos anteriormente associados ao inimigo dos judeus. Essa mudança sinaliza uma virada na fortuna dos judeus na Pérsia.
Em resumo, a cena que vemos em Ester 8:1-2 é um ponto de viragem na história. Ester, corajosa e determinada, apresenta-se diante do rei e obtém sua aceitação. O rei, por sua vez, demonstra seu apoio ao conceder a casa de Hamã a Ester e entregar seu anel a Mardoqueu. Esses eventos marcam o início de uma série de ações que levarão à reversão do terrível decreto de extermínio dos judeus e à sua sobrevivência. Ester, Mardoqueu e o rei Assuero desempenham papéis cruciais nesse momento crucial da narrativa, mostrando como a coragem e a intervenção divina podem mudar o curso da história.
II. O Pedido de Ester (Et 8:3-6)
Nesta seção essencial do capítulo 8 do Livro de Ester, intitulada “O Pedido de Ester”, somos testemunhas de um momento de extrema importância na história. Após a aceitação da rainha Ester pelo rei Assuero, ela aproveita essa oportunidade preciosa para interceder em favor de seu povo, os judeus, que estavam sob a ameaça de um decreto devastador de extermínio. Este momento é um exemplo notável de coragem e liderança por parte de Ester.
Ester 8:3 nos diz: “E tornou Ester, e falou ao rei, e lançou-se aos seus pés, e chorou, e lhe rogou que revogasse a maldade de Hamã, o agagita, e o intento que tinha projetado contra os judeus.” Aqui, vemos Ester agindo com humildade e devoção ao lançar-se aos pés do rei e chorar diante dele. Ela não apenas pede a revogação do decreto de Hamã, mas também descreve a maldade que estava por trás desse intento. Ester compreende a gravidade da situação e busca a misericórdia do rei para o seu povo.
O pedido de Ester revela não apenas sua preocupação com a preservação dos judeus, mas também sua habilidade de persuasão. Ela não acusa o rei diretamente, mas apela à sua compaixão e sensibilidade à injustiça. Este é um exemplo de como a liderança pode ser exercida com empatia e sabedoria, mesmo em circunstâncias difíceis.
O verso 4 continua: “Então o rei estendeu para Ester o cetro de ouro, e Ester se levantou, e pôs-se em pé diante do rei.” Este é um momento de alívio e triunfo. O rei Assuero, ao estender o cetro de ouro para Ester, demonstra sua disposição de ouvir seu pedido e considerá-lo favoravelmente. A morte iminente que pairava sobre Ester por seu ato de comparecimento não se concretiza, e ela pode se posicionar diante do rei com confiança.
Ester 8:5-6 registra as palavras de Ester ao rei: “E disse: Se bem parecer ao rei, e se eu tenho alcançado a sua graça, e se este negócio é reto diante do rei, e se eu sou agradável aos seus olhos, escreva-se que se revoguem as cartas projetadas por Hamã, filho de Hamedata, o agagita, as quais ele escreveu para destruir os judeus, que estão em todas as províncias do rei.”
As palavras de Ester refletem sua habilidade diplomática e sua compreensão das formalidades da corte real. Ela não faz exigências, mas pede com humildade e respeito. Ester solicita que o rei revogue as cartas escritas por Hamã, que eram instrumentos de morte para os judeus em todas as províncias do império persa. Ela não só aborda a injustiça do decreto, mas também destaca o caráter maligno do autor, Hamã, o agagita.
Este pedido de Ester é um ponto de viragem na história. A aceitação do rei Assuero e sua disposição em considerar o pedido de Ester lançam as bases para a salvação dos judeus. Ester se revela não apenas como uma rainha de beleza exterior, mas como uma líder corajosa, compassiva e determinada, disposta a arriscar sua própria vida para proteger seu povo. Sua oração e súplica são um exemplo notável de como a fé, a humildade e a ação podem influenciar os acontecimentos e moldar o destino de uma nação.
III. O Novo Decreto é Escrito e Selado (Et 8:7-8)
Neste segmento fundamental do capítulo 8 do Livro de Ester, intitulado “O Novo Decreto é Escrito e Selado”, testemunhamos o desenrolar dos eventos que conduzem à revogação do terrível decreto de extermínio dos judeus, emitido anteriormente por Hamã. Este é um momento crucial na história, marcando a vitória da justiça sobre a injustiça, graças à coragem e determinação da rainha Ester, bem como à benevolência do rei Assuero.
Ester 8:7 nos diz: “Então o rei Assuero disse à rainha Ester e ao judeu Mardoqueu: Eis que dei a Ester a casa de Hamã, e a ele penduraram num madeiro, porquanto estendera a mão contra os judeus.” Neste verso, o rei Assuero reitera a concessão da casa de Hamã a Ester e relembra o castigo imposto a Hamã, que foi pendurado em um madeiro. Isso serve para estabelecer um contraste nítido entre a punição de Hamã, um inimigo dos judeus, e a recompensa concedida a Ester, que demonstrou grande coragem em sua busca pela justiça.
Em seguida, Ester 8:8 prossegue: “Agora, pois, escrevei vós aos judeus, como bem vos parecer, em nome do rei, e selai-o com o anel do rei; porque um decreto que se escreve em nome do rei e se sela com o anel do rei não se pode revogar.” Neste ponto, o rei Assuero concede a Ester e a Mardoqueu a autoridade para escreverem um novo decreto em nome do rei, selando-o com o anel real. Isso é de extrema importância, uma vez que um decreto real, selado com o anel do rei, era considerado irrevogável de acordo com a lei persa.
O ato de selar um documento com o anel real era uma demonstração de aprovação e autoridade absoluta do rei. O selo real representava a palavra final e a vontade incontestável do monarca. Portanto, o novo decreto que seria emitido, autorizando os judeus a se defenderem contra seus inimigos, teria um poder legal imutável e absoluto em todo o império persa.
Este momento é uma virada crucial na narrativa, pois representa a revogação do decreto anterior que ameaçava a vida dos judeus. A concessão de autoridade a Ester e Mardoqueu para emitir um novo decreto revela a confiança do rei em sua capacidade de liderança e justiça. É também um testemunho da influência de Ester como rainha e da influência positiva de Mardoqueu como conselheiro.
Além disso, a ação do rei Assuero em conceder a autoridade para a elaboração de um novo decreto revela sua disposição de corrigir a injustiça e proteger os súditos de seu reino. Isso mostra uma faceta de seu caráter que está disposta a reconhecer e retificar erros anteriores.
Em resumo, a seção “O Novo Decreto é Escrito e Selado” em Ester 8:7-8 representa um ponto culminante na história. A concessão de autoridade para escrever e selar um novo decreto em nome do rei marca o início da salvação do povo judeu da ameaça de extermínio. É um exemplo poderoso de como a justiça e a determinação podem prevalecer sobre a opressão e a injustiça quando aliados à influência correta e à autoridade real. Este momento é uma virada na trama que leva ao desfecho triunfante da história de Ester.
IV. A Emissão do Decreto (Et 8:9-14)
Nesta seção crucial do capítulo 8 do Livro de Ester, intitulada “A Emissão do Decreto”, assistimos à execução do plano que visa a revogação do decreto de extermínio dos judeus emitido anteriormente por Hamã. Este é o ponto culminante da narrativa, onde a ação decisiva é tomada para garantir a segurança e a justiça para o povo judeu no vasto império persa.
Ester 8:9 inicia este processo vital com as palavras: “Então foram chamados os escrivães do rei, naquele mesmo tempo, no terceiro mês, que é o mês de Sivã, aos vinte e três dias; e se escreveu conforme a tudo quanto ordenou Mardoqueu, aos judeus, e aos sátrapas, e aos governadores, e aos príncipes das províncias, que se estendem da Índia até Etiópia, cento e vinte e sete províncias, a cada província segundo seu modo de escrever, e a cada povo conforme sua língua, como também aos judeus conforme sua escrita e sua língua.”
Neste verso, somos informados sobre o meticuloso planejamento e execução do novo decreto. Os escribas do rei, funcionários encarregados de redigir e oficializar documentos, são convocados para preparar o decreto em conformidade com as instruções de Mardoqueu. O texto do decreto é elaborado com grande cuidado, garantindo que seja preciso e aplicável em todas as províncias do vasto império persa, que se estendiam da Índia à Etiópia e compreendiam 127 províncias. Este detalhe ressalta a magnitude da ação que está sendo tomada para corrigir a injustiça.
Ester 8:10-12 continua a descrição do processo de emissão do decreto: “E foram dados os despachos, por intermédio dos correios montados, que cavalgavam sobre cavalos rápidos, criados do rei, e que saíam apressadamente, conforme a palavra do rei; e a lei se publicava na cidade de Susã.” Aqui, vemos a celeridade com que o decreto é disseminado. Correios montados em cavalos rápidos são enviados com urgência para proclamar a nova lei, assegurando que a ordem seja espalhada com eficiência e rapidez por toda a cidade de Susã, a capital do império persa.
Ester 8:13-14 destacam a essência do decreto: “E Mardoqueu saiu da presença do rei com vestes reais de azul e branco, e com uma grande coroa de ouro, e com um manto de linho fino e púrpura. E a cidade de Susã se alegrava e se regozijava. Os judeus tinham luz, e alegria, e gozo, e honra.” Aqui, Mardoqueu, que havia sido exaltado pelo rei e agora detinha grande autoridade, é retratado saindo da presença do rei com vestes reais e símbolos de poder. Sua posição como autoridade judaica e alegria da cidade de Susã demonstram a mudança dramática que ocorreu, de uma ameaça iminente para um estado de celebração e alívio.
Essa seção é essencial porque representa a concretização do plano de Ester e Mardoqueu para garantir a segurança dos judeus no império persa. O novo decreto, emitido em nome do rei Assuero e selado com seu anel real, revoga o decreto anterior de Hamã e autoriza os judeus a se defenderem contra seus inimigos. A rapidez com que o decreto é disseminado e a alegria que ele traz à cidade de Susã ilustram a mudança dramática na situação dos judeus, de uma ameaça mortal para uma vitória e segurança garantidas.
Em resumo, a seção “A Emissão do Decreto” em Ester 8:9-14 representa o ponto alto da narrativa, onde a justiça prevalece sobre a injustiça e a ação decisiva é tomada para garantir a segurança do povo judeu. A elaboração, disseminação e celebração do novo decreto destacam a importância da coragem, liderança e determinação de personagens como Ester e Mardoqueu na defesa dos direitos e da justiça de seu povo. Esta é uma lição poderosa sobre como a ação e a perseverança podem levar à vitória em face das adversidades.
V. A Reação das Províncias (Et 8:15-17)
Nesta última seção do capítulo 8 do Livro de Ester, intitulada “A Reação das Províncias”, somos levados a testemunhar as repercussões do novo decreto emitido por Ester e Mardoqueu, que autoriza os judeus a se defenderem contra seus inimigos. Esta parte final da narrativa é de grande importância, pois revela como as províncias do vasto império persa reagem à notícia da revogação do decreto anterior de Hamã e à garantia de segurança aos judeus.
Ester 8:15 começa nos informando: “E Mardoqueu saiu da presença do rei com vestes reais de azul e branco, e com uma grande coroa de ouro, e com um manto de linho fino e púrpura; e a cidade de Susã se alegrava e se regozijava.” Esta passagem retoma a descrição anterior da saída de Mardoqueu da presença do rei, enfatizando sua exaltação e autoridade, representada por suas vestes reais e coroa de ouro. Além disso, a alegria e o regozijo que enchem a cidade de Susã destacam a mudança dramática que ocorreu, de uma ameaça iminente para uma atmosfera de celebração.
Ester 8:16 nos revela a reação das províncias: “Os judeus tinham luz, e alegria, e gozo, e honra.” Aqui, a narrativa enfatiza a reação do povo judeu à notícia da revogação do decreto de extermínio. Eles experimentam uma transformação de sua situação, simbolizada pela “luz” que agora os ilumina. A “alegria” e o “gozo” refletem a sensação de alívio e felicidade que permeia a comunidade judaica. Além disso, a “honra” sugere um novo nível de respeito e dignidade para os judeus em todas as províncias do império persa.
Ester 8:17 continua: “E em toda a província, e em toda a cidade, aonde chegava a palavra do rei, havia entre os judeus alegria, e gozo, banquetes e solenidades; e muitos, de entre os povos da terra, se faziam judeus, porque o temor dos judeus caíra sobre eles.” Este versículo é de grande significado, pois mostra que a notícia da revogação do decreto de Hamã não apenas trouxe alegria aos judeus, mas também influenciou muitos de outros povos a se converterem ao judaísmo.
A celebração se espalha por todas as províncias e cidades, à medida que a palavra do rei chega a todos os cantos do império. Banquetes e solenidades marcam a ocasião, enfatizando a natureza festiva e jubilante desses eventos. A conversão de muitos estrangeiros ao judaísmo destaca o respeito e o temor que os judeus agora inspiram, uma vez que a ameaça de extermínio foi revogada. Isso ilustra como a justiça e a coragem de Ester e Mardoqueu tiveram um impacto profundo não apenas na comunidade judaica, mas também em outras partes do império.
Em resumo, a seção “A Reação das Províncias” em Ester 8:15-17 encerra a narrativa com uma nota de triunfo e celebração. A revogação do decreto de extermínio por meio do novo decreto emitido por Ester e Mardoqueu transforma a situação dos judeus, trazendo alegria, gozo e honra. Além disso, a conversão de muitos estrangeiros ao judaísmo demonstra como a justiça e a coragem podem ter um impacto duradouro na história e na vida das pessoas. Esta conclusão da história de Ester nos ensina a importância da perseverança, da coragem e da justiça na luta contra a adversidade e na busca pela segurança e liberdade. É um lembrete de que, mesmo nas circunstâncias mais sombrias, a esperança e a determinação podem levar à vitória e à alegria.
Uma Reflexão de Ester 8 para os Nossos Dias
Assim como Ester intercedeu diante do rei Assuero em favor de seu povo, Jesus Cristo é nosso Suplicante Celestial que intercede incessantemente por nós diante do Pai. O rei Assuero, ao estender o cetro de ouro a Ester, representa a graça divina que nos é concedida por meio de Cristo. Assim como Ester encontrou graça diante do rei, nós, pecadores, encontramos graça diante de Deus por meio da fé em Jesus.
A revogação do decreto de extermínio dos judeus, mediante o novo decreto emitido por Ester e Mardoqueu, é uma imagem poderosa da obra redentora de Cristo na cruz. O decreto anterior de condenação, que pairava sobre a humanidade devido ao pecado, foi anulado pelo sacrifício vicário de Jesus. Como está escrito em Colossenses 2:14, “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, cravando-o na cruz.”
Assim como o novo decreto trouxe luz, alegria e honra aos judeus, a redenção em Cristo traz a luz do Evangelho, a alegria da salvação e a honra de sermos chamados filhos de Deus. Em 1 Pedro 2:9, somos lembrados de que somos “raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus.” Isso é um reflexo da honra e do privilégio que temos em Cristo Jesus.
Além disso, a conversão de muitos estrangeiros ao judaísmo após a revogação do decreto de extermínio nos lembra que o evangelho de Cristo é para todas as nações. Em Mateus 28:19, Jesus nos deu a Grande Comissão de fazer discípulos de todas as nações. Assim como muitos se voltaram para o Deus dos judeus na história de Ester, muitos voltarão para o Deus de Israel por meio de Cristo, o Messias prometido.
No entanto, esta história também nos alerta sobre a realidade do mal e da oposição que enfrentamos como cristãos. Hamã, o inimigo dos judeus, é um retrato do inimigo de nossas almas, Satanás, que busca destruir a fé e a vida espiritual dos crentes. Mas, assim como Hamã foi derrotado, sabemos que, em Cristo, temos a vitória sobre o inimigo espiritual. Romanos 8:37 nos assegura que “em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.”
Portanto, amados irmãos, que ao meditarmos sobre Ester 8, possamos ver a beleza e a profundidade das verdades cristocêntricas que ela contém. Que possamos reconhecer a graça de Deus em Cristo, a vitória sobre o pecado e o inimigo espiritual, e o chamado para compartilhar o evangelho com todas as nações. Que possamos nos inspirar na coragem de Ester e Mardoqueu, enquanto confiamos plenamente em nosso Suplicante Celestial, Jesus Cristo, o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Que Ele seja exaltado em nossas vidas e que Sua luz brilhe através de nós, atraindo outros para a salvação que só Ele pode oferecer. Amém!
3 Motivos de oração em Ester 8
1. Gratidão pela intervenção divina: O primeiro motivo de oração ao contemplarmos Ester 8 é expressar nossa profunda gratidão a Deus pela Sua intervenção providencial na vida dos personagens deste livro. Assim como Ester e Mardoqueu enfrentaram momentos de extrema adversidade e perigo, também nós enfrentamos desafios em nossa jornada. Podemos orar para agradecer a Deus por Sua graça e misericórdia, que se manifestaram na revogação do decreto de extermínio e na restauração da esperança para o povo judeu. Que nossa gratidão seja uma resposta sincera ao amor de Deus por nós, lembrando-nos de que Ele é o mesmo Deus que age em nossas vidas, guiando-nos e protegendo-nos em meio às nossas próprias lutas.
2. Sabedoria para agir com coragem e justiça: Outro motivo de oração em relação a Ester 8 é buscar a sabedoria divina para agir com coragem e justiça em nossos próprios desafios. Ester e Mardoqueu demonstraram grande coragem ao enfrentar o rei Assuero em favor de seu povo. Eles agiram com sabedoria e discernimento, confiando em Deus para guiar suas ações. Da mesma forma, podemos orar para que Deus nos conceda sabedoria em nossas decisões e coragem para enfrentar as adversidades que encontramos em nossa vida cotidiana. Que possamos ser instrumentos de justiça e misericórdia, refletindo o caráter de Deus em nossas ações.
3. Intercessão pelos oprimidos e necessitados: Ester 8 nos lembra da importância da intercessão pelos oprimidos e necessitados ao nosso redor. Assim como Ester intercedeu pelo povo judeu, podemos orar fervorosamente por aqueles que enfrentam dificuldades, injustiça e sofrimento em nossa sociedade e em todo o mundo. Podemos interceder por aqueles que estão sob a opressão do pecado, por aqueles que enfrentam perseguição religiosa e por todos os que precisam do toque da graça de Deus em suas vidas. Que nossa oração seja um ato de compaixão e amor ao próximo, buscando a restauração e a redenção daqueles que estão em necessidade.