Em Ezequiel 29, veremos a sétima e última nação que Ezequiel profetizou contra: o Egito. Essa profecia é, na verdade, uma série de sete oráculos direcionados ao Egito e ao seu Faraó, sendo que cada um deles é introduzido pela frase: “Veio a mim a palavra do Senhor”. Seis desses sete oráculos são datados, mas um deles é colocado fora de ordem cronológica.
No capítulo 29, veremos a primeira profecia que inclui três seções que se encerram com as palavras: “Então saberão que eu sou o Senhor”. Na primeira seção, veremos Ezequiel comparar o faraó a um monstro do rio do Egito e anunciar a destruição do país.
Deus começa a julgar o Egito. Isto porque Israel depositou sua confiança no rei egípcio e esqueceu-se da aliança com o Senhor.
A nossa confiança deve estar em Deus. Nosso coração deve ser completamente dele. Nada de governos, nações, moedas, posições, enfim. Tudo pertence ao Senhor. Todas estas estruturas são frágeis, mas a Palavra de Deus permanece para sempre.
Na segunda seção, será discutido o pecado básico do Egito: sua falta de confiabilidade como aliado. E, na terceira seção, veremos a extensão do julgamento de Deus sobre o Egito. Em seguida, veremos a segunda profecia que anuncia a derrota do Egito por Babilônia e a restauração de Israel.
Esboço de Ezequiel 29:
Ez 29.1-6: O julgamento de Deus sobre a arrogância do Egito
Ez 29.7-9: A falsa confiança do Egito e suas consequências
Ez 29.10-16: O castigo de Deus e a restauração futura do Egito
Ez 29.17-21: A derrota do Egito pelas mãos de Babilônia e o cumprimento da profecia
Reflexão de Ezequiel 29 para os nossos dias
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Ezequiel 29.1-6: O julgamento de Deus sobre a arrogância do Egito
No décimo segundo dia do décimo mês do décimo ano do exílio, esta palavra do Senhor veio a mim: 2 “Filho do homem, vire o rosto contra o faraó, rei do Egito, e profetize contra ele e contra todo o Egito. 3 Diga-lhe: Assim diz o Soberano, o Senhor: “Estou contra você, faraó, rei do Egito, contra você, grande monstro deitado em meio a seus riachos. Você diz: ‘O Nilo é meu; eu o fiz para mim mesmo’. 4 Mas porei anzóis em seu queixo e farei os peixes dos seus regatos se apegarem às suas escamas, ó Egito. Puxarei você para fora dos seus riachos, com todos os peixes grudados em suas escamas. 5 Deixarei você no deserto, você e todos os peixes dos seus regatos. Você cairá em campo aberto e não será recolhido nem sepultado. Darei você como comida aos animais selvagens e às aves do céu. 6 “Então todos os que vivem no Egito saberão que eu sou o Senhor. “Você tem sido um bordão de junco para a nação de Israel. (Ez 29.1–6)
Essa é a primeira das sete profecias dirigidas ao Egito e ao seu Faraó. Nessa profecia, Deus declara o julgamento sobre o Egito, que havia prometido ajuda a Judá, mas falhou em cumprir sua palavra. A comparação de Faraó com um monstro do rio simboliza a força e a ferocidade do Egito, mas Deus promete arrancá-lo de sua posição de proteção e deixá-lo no deserto para morrer.
A frase “então saberão que eu sou o Senhor” é repetida três vezes nesta profecia e demonstra que o objetivo do julgamento de Deus é levar o Egito a reconhecer sua soberania. Deus declara que Ele é o verdadeiro Criador e Senhor do universo, e que todas as nações devem reconhecer a Sua autoridade.
O pecado do Egito é sua falta de confiabilidade como aliado. Israel havia confiado no Egito para ajudá-la a se rebelar contra Babilônia, mas o Egito falhou em cumprir sua promessa de ajuda. Essa falta de confiabilidade se estende a todas as nações que confiam em si mesmas ou em outros países em vez de confiar em Deus. A lição para nós é que devemos confiar em Deus em todas as situações, e não em nossas próprias forças ou em outros que podem nos decepcionar.
Finalmente, essa profecia também mostra a soberania de Deus sobre todas as nações. Ele não se limita apenas a Israel, mas é o Senhor de todo o universo e controla o destino de todas as nações. Essa verdade nos lembra que Deus está no controle de todas as coisas e que podemos confiar Nele em todas as situações.
Em resumo, Ezequiel 29:1-6 é uma profecia sobre o julgamento do Egito por sua falta de confiabilidade como aliado e sua arrogância em pensar que pode resistir ao poder de Deus. Essa profecia nos ensina a confiar em Deus em todas as situações e reconhecer Sua soberania sobre todas as nações.
Ezequiel 29.7-9: A falsa confiança do Egito e suas consequências
7 Quando eles o pegaram com as mãos, você rachou e rasgou os ombros deles; quando eles se apoiaram em você, você se quebrou, e as costas deles sofreram torção. 8 “Portanto, assim diz o Soberano, o Senhor: Trarei uma espada contra você e matarei os seus homens e os seus animais. 9 O Egito se tornará um deserto arrasado. Então eles saberão que eu sou o Senhor. “Visto que você disse: ‘O Nilo é meu; eu o fiz’. (Ez 29.7–9)
Esta é a segunda seção da profecia contra o Egito e seu Faraó. Nessa parte, Deus revela o pecado fundamental do Egito, que era sua falha como aliado de Israel. O Egito havia se comprometido a ajudar Judá contra a invasão de Babilônia, mas falhou em cumprir sua promessa. Esse fracasso deixou Judá vulnerável ao ataque babilônico e resultou na destruição de Jerusalém.
Deus usa a imagem de um cajado de junco para ilustrar a fragilidade da aliança entre Judá e Egito. O cajado de junco é um símbolo de fraqueza e instabilidade, e assim é a aliança que o Egito ofereceu a Judá. Quando a pressão aumentou, o cajado quebrou, deixando Judá sozinha e vulnerável. Essa falha de confiabilidade era um problema crônico do Egito como aliado, e os líderes de Judá deveriam ter percebido que o Egito não era um aliado confiável.
A lição para nós é que devemos ter cuidado ao escolher nossos aliados e nossas fontes de ajuda. Não podemos confiar em nossas próprias forças ou na ajuda de outras pessoas para nos salvar, mas devemos confiar em Deus em todas as circunstâncias. Isso não significa que não podemos ter aliados ou buscar ajuda de outras pessoas, mas devemos lembrar que nossa confiança final deve estar em Deus.
Além disso, essa profecia também nos lembra da importância de cumprir nossas promessas e compromissos. Deus espera que Seu povo seja confiável e fiel em suas palavras e ações. Se prometermos ajudar alguém, devemos cumprir essa promessa, assim como Deus cumpre Suas promessas para conosco.
Em resumo, Ezequiel 29:7-9 é uma profecia que destaca a falha do Egito como aliado confiável de Judá. Essa profecia nos ensina a confiar em Deus em todas as circunstâncias e a sermos fiéis em nossas promessas e compromissos.
Ezequiel 29.10-16: O castigo de Deus e a restauração futura do Egito
10 estou contra você e contra os seus regatos, e tornarei o Egito uma desgraça e um deserto arrasado desde Migdol até Sevene, chegando até a fronteira da Etiópia.11 Nenhum pé de homem ou pata de animal o atravessará; ninguém morará ali por quarenta anos. 12 Farei a terra do Egito arrasada em meio a terras devastadas, e suas cidades estarão arrasadas durante quarenta anos entre cidades em ruínas. Espalharei os egípcios entre as nações e os dispersarei entre os povos. 13 “Contudo, assim diz o Soberano, o Senhor: Ao fim dos quarenta anos ajuntarei os egípcios dentre as nações nas quais foram espalhados. 14 Eu os trarei de volta do cativeiro e os farei voltar ao alto Egito, à terra dos seus antepassados. Ali serão um reino humilde.15 Será o mais humilde dos reinos, e nunca mais se exaltará sobre as outras nações. Eu o farei tão fraco que nunca mais dominará sobre as nações. 16 O Egito não inspirará mais confiança a Israel, mas será uma lembrança de sua iniquidade por procurá-lo em busca de ajuda. Então eles saberão que eu sou o Soberano, o Senhor”. (Ez 29.10–16)
A terceira seção da profecia contra o Egito e seu Faraó. Nesta parte, Deus revela a extensão do julgamento que o Egito enfrentaria devido à sua falha como aliado de Judá e sua arrogância e pecado em relação a Deus.
Deus declara que a destruição do Egito seria total e abrangente, afetando a nação desde Migdol até Asuã, na fronteira de Cuxe. O Egito seria desolado por quarenta anos e seus habitantes seriam dispersos entre as nações. Essa punição era uma retribuição pelo pecado do Egito em tentar assumir o lugar de Deus como o governante e senhor do rio Nilo, a fonte de sua riqueza e poder.
Embora a punição de Deus pareça severa, ela foi justa. O Egito havia se afastado de Deus e adotado uma postura arrogante e orgulhosa em relação a Ele. Deus, em Sua sabedoria, sabia que o Egito precisava ser disciplinado e purificado para que pudesse se voltar novamente para Ele e se arrepender de seus pecados.
Essa profecia nos ensina a importância de não nos afastarmos de Deus e de não permitirmos que a arrogância e o orgulho nos afastem Dele. Devemos lembrar que Deus é o nosso Senhor e o governante de todas as coisas. Devemos confiar Nele em todas as circunstâncias e reconhecer Sua soberania sobre nossas vidas.
Além disso, a punição do Egito também nos lembra da importância da obediência a Deus. Se não seguirmos os caminhos Dele, podemos enfrentar consequências graves e duradouras. Devemos sempre lembrar que a obediência a Deus é a melhor escolha e nos conduzirá à vida eterna.
Em resumo, Ezequiel 29:10-16 é uma profecia que revela a extensão do julgamento do Egito devido à sua falha como aliado de Judá e sua arrogância e pecado em relação a Deus. Essa profecia nos lembra da importância de confiar em Deus e de ser obediente a Ele, para que possamos evitar as consequências negativas da desobediência e seguir o caminho da vida eterna.
Ezequiel 29.17-21: A derrota do Egito pelas mãos de Babilônia e o cumprimento da profecia
17 No primeiro dia do primeiro mês do vigésimo sétimo ano do exílio, esta palavra do Senhor veio a mim: 18 “Filho do homem, o rei Nabucodonosor, da Babilônia, conduziu o seu exército numa dura campanha contra Tiro; toda cabeça foi esfregada até não ficar cabelo algum e todo ombro ficou esfolado. Contudo, ele e o seu exército não obtiveram nenhuma recompensa com a campanha que ele conduziu contra Tiro. 19 Por isso, assim diz o Soberano, o Senhor: Vou dar o Egito ao rei Nabucodonosor, da Babilônia, e ele levará embora a riqueza dessa nação. Ele saqueará e despojará a terra como pagamento para o seu exército. 20 Eu lhe dei o Egito como recompensa por seus esforços, por aquilo que ele e o seu exército fizeram para mim. Palavra do Soberano, o Senhor. 21 “Naquele dia farei crescer o poder da nação de Israel, e abrirei a minha boca no meio deles. Então eles saberão que eu sou o Senhor”. (Ez 29.17–21)
A segunda profecia contra o Egito e seu Faraó. Nesta seção, Deus revela que Ele usaria Nabucodonosor, rei da Babilônia, para punir o Egito. A profecia foi dada no 27º ano de exílio de Ezequiel, cerca de seis anos após a queda de Jerusalém.
Deus declara que Nabucodonosor invadiria o Egito e devastaria a terra, fazendo dela um deserto por quarenta anos. No entanto, após esse tempo de julgamento, Deus restauraria o Egito, mas com a condição de que nunca mais exercesse poder sobre as nações.
A profecia de Ezequiel 29:17-21 mostra a soberania de Deus sobre todas as nações e reis. Deus usou Nabucodonosor para punir o Egito por sua arrogância e pecado, demonstrando que nenhum reino ou império está acima de Sua vontade e autoridade.
Essa profecia também nos ensina que a justiça de Deus é infalível. Embora possa parecer que os injustos prosperem, Deus tem um tempo e uma maneira de trazer justiça e punir o pecado. O julgamento que Deus trouxe ao Egito é uma lembrança de que Ele é justo e que todos os pecados serão punidos.
Por fim, essa profecia também nos lembra da importância de obedecer a Deus e viver de acordo com a Sua vontade. O Egito foi punido por sua rebelião contra Deus e sua arrogância em pensar que poderia se exaltar acima do Senhor. Devemos lembrar que Deus é o nosso Criador e Senhor, e que nossa obediência a Ele é a chave para uma vida plena e bem-sucedida.
Em resumo, Ezequiel 29:17-21 é uma profecia que revela a soberania de Deus sobre todas as nações e reis, e nos ensina que a justiça de Deus é infalível. Devemos lembrar da importância de obedecer a Deus e viver de acordo com a Sua vontade, para que possamos evitar a punição por nossa rebelião e arrogância.
Reflexão de Ezequiel 29 para os nossos dias
A profecia de Ezequiel 29 pode nos ensinar algumas lições importantes para os nossos dias.
Em primeiro lugar, essa profecia nos lembra da soberania de Deus sobre todas as nações e governos. Embora possamos viver em um mundo incerto e turbulento, devemos lembrar que Deus está no controle e tem um plano para todas as coisas.
Além disso, essa profecia nos alerta sobre a importância de não confiar em nossa própria força ou poder. O Egito foi punido por sua arrogância em pensar que poderia se exaltar acima do Senhor, e nós também podemos cair na armadilha de pensar que somos auto-suficientes e podemos fazer tudo por conta própria. Devemos lembrar que nossa verdadeira força vem de Deus e da obediência a Sua vontade.
Por fim, essa profecia nos lembra da importância da justiça e da punição pelo pecado. Embora possa parecer que os injustos prosperem, Deus tem um tempo e uma maneira de trazer justiça e punir o pecado. Devemos lembrar que nossas ações têm consequências e que a justiça de Deus é infalível.
Em resumo, a profecia de Ezequiel 29 nos ensina sobre a soberania de Deus, a importância de não confiar em nossa própria força, e a necessidade de justiça e punição pelo pecado. Essas lições são atemporais e ainda são relevantes para os nossos dias.
Motivos de oração em Ezequiel 29
Com base no capítulo 29 de Ezequiel, aqui estão três motivos de oração:
- Ore para que possamos reconhecer a soberania de Deus sobre todas as nações e governos. Peça a Deus que nos ajude a não cair na armadilha de pensar que somos auto-suficientes e que possamos confiar em Sua vontade soberana em nossas vidas e na vida de nossas nações.
- Ore pela humildade e arrependimento de nossos pecados. Assim como o Egito foi punido por sua arrogância e confiança em sua própria força, ore para que possamos reconhecer nossa necessidade de Deus e pedir perdão pelos nossos pecados.
- Ore pela justiça e compaixão em nossa sociedade. À medida que o profeta Ezequiel denuncia a opressão e injustiça do Egito em relação a outras nações, podemos orar para que Deus nos ajude a lutar contra a injustiça e promover a compaixão em nossas próprias comunidades. Ore para que a justiça prevaleça e que possamos ser instrumentos de paz e amor em nossos relacionamentos e no mundo ao nosso redor.
A versão bíblica utilizada neste estudo é a Nova Versão Internacional (São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001)
Obrigado André!
Boa noite.
Parabéns Diego pelo belo trabalho,estou muito satisfeito com o estudo.
Gratidão.
Att.