Em Ezequiel 41, somos transportados a uma visão do profeta dentro do Templo do Senhor, onde ele nos descreve as dimensões e a disposição dos aposentos que rodeavam o santuário.
A medida que Ezequiel sobe as escadas, ele percebe a diminuição do tamanho de cada porta, possivelmente refletindo a restrição do acesso do homem à presença sagrada de Deus. Enquanto o anjo mede o santuário interno, Ezequiel fica restrito ao santuário externo, deixando claro o limite de acesso aos locais mais santos.
Descobrimos, também, a existência de salas adjacentes ao Templo, que serviam como depósito do equipamento do Templo e armazenamento das ofertas e dízimos da população.
Além disso, Ezequiel nos descreve as decorações do Templo, que incluem esculturas de querubins e palmeiras, representando, respectivamente, a proteção de Deus e a fertilidade que Ele oferece. A introdução deste estudo nos oferece um vislumbre da beleza e complexidade do Templo de Deus, ao mesmo tempo em que nos lembra da santidade e limites do acesso à Sua presença.
Esboço de Ezequiel 41:
Ez 41.1-4: A entrada no Templo e a restrição do acesso à presença de Deus
Ez 1.5-11: As salas adjacentes ao Templo e a importância da oferta e da generosidade
Ez 1.12-26: A importância da beleza, da excelência e da ordem na adoração a Deus
Reflexão de Ezequiel 41 para os nossos dias
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Ezequiel 41.1-4: A entrada no Templo e a restrição do acesso à presença de Deus
Depois o homem me levou ao santuário externo e mediu os batentes; a largura dos batentes era de três metros em cada lado. 2 A entrada tinha cinco metros de largura, e as paredes salientes em cada lado tinham dois metros e meio de largura. Ele mediu também o santuário externo; e ele tinha vinte metros de comprimento e dez de largura. 3 Depois entrou no santuário interno e mediu os batentes da entrada; cada um tinha um metro de largura. A entrada tinha três metros de largura, e as paredes salientes em cada lado dela tinham três metros e meio de largura. 4 E ele mediu o comprimento do santuário interno; tinha dez metros, e sua largura era de dez metros até o fim do santuário externo. Ele me disse: “Este é o Lugar Santíssimo”. (Ez 41.1–4)
Ezequiel 41.1-4 descreve a entrada de Ezequiel no Templo do Senhor, onde ele testemunha a diminuição progressiva das portas que conduzem ao santuário mais interno. Esse detalhe pode ser interpretado como um reflexo da santidade do lugar e da restrição do acesso humano à presença de Deus.
Essa restrição é um tema comum nas Escrituras, que enfatizam a necessidade de pureza e santidade para se aproximar de Deus. O livro de Levítico, por exemplo, detalha as exigências que os sacerdotes deviam cumprir para entrar no Tabernáculo e oferecer sacrifícios. O acesso ao lugar mais santo, o Santo dos Santos, era permitido somente uma vez por ano, no Dia da Expiação, e somente pelo sumo sacerdote.
A restrição do acesso humano à presença de Deus não é uma questão de exclusividade ou elitismo, mas sim um reflexo da santidade e da majestade de Deus. Ele é o Criador do universo, o juiz justo e santo, e aqueles que se aproximam Dele devem fazê-lo com humildade, reverência e submissão.
O Templo descrito em Ezequiel 41 representa a presença de Deus no meio do Seu povo, e sua descrição detalhada indica a importância da adoração a Deus e a necessidade de uma compreensão clara do caráter santo de Deus. As esculturas de querubins e palmeiras representam a proteção e a fertilidade que Deus oferece ao Seu povo, e a presença do altar sugere a importância da oferta de sacrifícios em adoração a Deus.
Além disso, a visão de Ezequiel do Templo indica a necessidade de obediência e santidade na vida dos crentes. O acesso à presença de Deus é um privilégio que deve ser tratado com reverência e cuidado, e aqueles que se aproximam de Deus devem fazê-lo com um coração humilde e contrito.
Em resumo, Ezequiel 41 nos oferece um vislumbre da beleza e complexidade do Templo de Deus, ao mesmo tempo em que nos lembra da santidade e limites do acesso à Sua presença. Essa restrição deve ser entendida não como uma negação de acesso a Deus, mas como um convite a uma maior santidade e submissão a Ele.
Ezequiel 41.5-11: As salas adjacentes ao Templo e a importância da oferta e da generosidade
5 Depois mediu a parede do templo; tinha três metros de espessura, e cada quarto lateral em torno do templo tinha dois metros de largura. 6 Os quartos laterais, sobrepostos uns aos outros, ficavam em três andares, havendo trinta em cada andar. Havia saliências em torno de toda a parede do templo para servirem de pontos de apoio para os quartos laterais, para que não fossem incrustados na parede do templo. 7 As paredes laterais em torno de todo o templo eram mais largas em cada andar superior. A estrutura em torno do templo foi construída em plataformas ascendentes, de modo que os quartos ficavam mais largos à medida que se subia. Uma escada subia do andar inferior até o andar superior, servindo também o andar do meio. 8 Vi que ao redor de todo o templo fora construída uma base, formando o alicerce dos quartos laterais. Era do comprimento da vara de medir, ou seja, três metros. 9 A parede externa dos quartos laterais era de dois metros e meio de espessura. A área aberta entre os quartos laterais do templo 10 e os quartos dos sacerdotes era de dez metros de largura ao redor de todo o templo. 11 Havia entradas para os quartos laterais a partir da área aberta, uma ao norte e outra ao sul; e a base vizinha à área aberta era de dois metros e meio ao redor de todo o templo. (Ez 41.5–11)
Ezequiel 41.5-11 descreve as salas adjacentes ao Templo do Senhor, que serviam como depósito do equipamento do Templo e armazenamento das ofertas e dízimos da população. A presença dessas salas é um lembrete da importância da oferta e da generosidade na vida dos crentes.
A Bíblia frequentemente enfatiza a importância da oferta e da generosidade como uma expressão da nossa adoração a Deus. Em Malaquias 3:8-10, Deus repreende o povo de Israel por não trazer seus dízimos e ofertas completos para o Templo, e promete abençoá-los abundantemente se eles obedecerem. Paulo também incentiva os crentes em Corinto a dar generosamente, lembrando-os de que Deus ama quem dá com alegria e gratidão (2 Coríntios 9:6-7).
As salas adjacentes ao Templo descritas em Ezequiel 41 indicam que a oferta e a generosidade são uma parte essencial da adoração a Deus. A oferta de dízimos e ofertas é uma forma prática de expressar nossa gratidão e dependência de Deus, reconhecendo que tudo o que temos vem Dele. Além disso, a oferta também é uma forma de investir no reino de Deus e apoiar a obra da igreja.
A descrição detalhada das salas também sugere a importância da organização e da gestão financeira na vida dos crentes. As salas adjacentes ao Templo serviam como um lugar para armazenar e gerenciar os recursos que foram oferecidos a Deus. Isso implica que os crentes devem ser responsáveis e sábios na administração do dinheiro e dos recursos que Deus lhes confiou.
Em resumo, Ezequiel 41.5-11 nos lembra da importância da oferta e da generosidade na adoração a Deus e na obra da igreja. Devemos ser responsáveis e sábios na administração dos recursos que Deus nos confiou, e reconhecer que tudo o que temos vem Dele. Que possamos dar com alegria e gratidão, investindo no reino de Deus e apoiando a obra da igreja.
Ezequiel 41.12-26: A importância da beleza, da excelência e da ordem na adoração a Deus
12 O prédio em frente do pátio do templo no lado oeste media trinta e cinco metros de largura. A parede do prédio tinha dois metros e meio de espessura em toda a sua volta, e o seu comprimento era de quarenta e cinco metros. 13 Depois ele mediu o templo; tinha cinquenta metros de comprimento, e o pátio do templo e o prédio com suas paredes também tinham cinquenta metros de comprimento. 14 A largura do pátio do templo no lado oeste, inclusive a frente do templo, era de cinquenta metros. 15 A seguir ele mediu o comprimento do prédio que ficava em frente do pátio, na parte de trás do templo, inclusive suas galerias em cada lado; era de cinquenta metros. O santuário externo, o santuário interno e o pórtico que dava para o pátio, 16 bem como as soleiras, as janelas estreitas e as galerias em volta dos três, tudo o que estava do lado de fora, inclusive a soleira, fora revestido de madeira. Igualmente estavam revestidos o piso, a parede até a altura das janelas, e as janelas. 17 No espaço acima do lado externo da entrada do santuário interno e nas paredes, a intervalos regulares, em volta de todo o santuário interno e externo, 18 havia querubins e tamareiras em relevo. As tamareiras alternavam com os querubins. Cada querubim tinha dois rostos: 19 o rosto de um homem virado para a tamareira de um dos lados, e o rosto de um leão virado para a tamareira do outro lado. Estavam em relevo ao redor de todo o templo. 20 Desde o chão até a área acima da entrada havia querubins e tamareiras em relevo na parede do santuário externo. 21 O santuário externo tinha batentes retangulares, e o que ficava em frente do Santo dos Santos era semelhante. 22 Havia um altar de madeira com um metro e meio de altura e um metro em cada lado; seus cantos, sua base e seus lados eram de madeira. O homem me disse: “Esta é a mesa que fica diante do Senhor”.23 Tanto o santuário externo quanto o Santo dos Santos tinham portas duplas. 24 Cada porta tinha duas folhas articuladas. 25 E nas portas do santuário externo havia querubins e tamareiras esculpidos em relevo, como os que havia nas paredes, e havia também uma saliência de madeira na frente do pórtico. 26 Nas paredes laterais do pórtico havia janelas estreitas com tamareiras em relevo em cada lado. Os quartos laterais do templo também tinham saliências. (Ez 41.12–26)
Ezequiel 41.12-26 descreve as dimensões e as decorações do Templo do Senhor, incluindo o edifício situado a oeste do Templo, cuja função não é explicada claramente. As decorações incluem esculturas de querubins e palmeiras, que representam a proteção e a fertilidade que Deus oferece, e um altar de madeira que pode ser interpretado como o altar de incenso na sala santa.
As decorações do Templo indicam a importância da beleza e da excelência na adoração a Deus. Os querubins e as palmeiras representam a presença de Deus e Sua bênção sobre Seu povo. O altar de madeira é uma peça central do Templo e é usada para queimar incenso e ofertas a Deus. Essas decorações e a disposição do Templo são um reflexo da santidade e da majestade de Deus, bem como da importância da adoração a Ele.
Além disso, a descrição detalhada do Templo sugere a importância da organização e da ordem na adoração a Deus. O Templo é um lugar ordenado e preciso, onde tudo é feito de acordo com o plano de Deus. Isso implica que os crentes devem se esforçar para manter a ordem e a organização em suas próprias vidas e em suas igrejas.
A presença do edifício a oeste do Templo, cuja função não é explicada claramente, pode ser vista como uma metáfora para a presença misteriosa de Deus em nossas vidas. Há aspectos da natureza e da obra de Deus que não podemos entender completamente, mas que ainda devemos reconhecer e respeitar.
Em resumo, Ezequiel 41.12-26 nos lembra da importância da beleza, da excelência e da ordem na adoração a Deus. As decorações do Templo representam a presença e a bênção de Deus, enquanto a organização e a precisão do Templo sugerem a importância da ordem e da organização em nossas próprias vidas e em nossas igrejas. Que possamos reconhecer e respeitar a presença misteriosa de Deus em nossas vidas, buscando sempre a santidade e a adoração em todas as áreas de nossas vidas.
Reflexão de Ezequiel 41 para os nossos dias
Ao ler a descrição detalhada do Templo do Senhor em Ezequiel 41, somos lembrados da importância da santidade, da adoração e da ordem em nossas vidas e em nossas igrejas.
O Templo é um lugar sagrado, onde tudo é feito de acordo com o plano e a vontade de Deus. É um lugar onde as pessoas podem experimentar a presença e a bênção de Deus. Da mesma forma, nossas vidas e nossas igrejas também devem ser santas, ordenadas e orientadas para a vontade de Deus.
Devemos buscar sempre a santidade em todas as áreas de nossas vidas, oferecendo a Deus nossas melhores ofertas e sendo generosos com nossos recursos. Devemos nos esforçar para manter a ordem e a organização em nossas igrejas, garantindo que tudo seja feito com excelência e de acordo com a vontade de Deus.
Também devemos reconhecer a presença misteriosa de Deus em nossas vidas, sabendo que há aspectos de Sua natureza e de Sua obra que não podemos entender completamente. Devemos respeitar a santidade e a majestade de Deus em nossas vidas e em nossas igrejas, buscando sempre a adoração verdadeira e sincera.
Que o Senhor nos ajude a buscar sempre a santidade, a ordem e a adoração verdadeira em todas as áreas de nossas vidas e em nossas igrejas. Que possamos experimentar a presença e a bênção de Deus em nossas vidas, vivendo para a Sua glória e para o Seu louvor.
Motivos de oração em Ezequiel 41
- Santidade na adoração: Ao ler a descrição detalhada do Templo do Senhor em Ezequiel 41, somos lembrados da importância da santidade e da adoração verdadeira em nossas vidas. Podemos orar para que Deus nos ajude a buscar sempre a santidade em todas as áreas de nossas vidas e a oferecer a Ele nossa melhor adoração. Podemos orar para que Deus nos ajude a manter nossas igrejas ordenadas e orientadas para a Sua vontade, buscando sempre a excelência e a adoração verdadeira.
- Generosidade e administração financeira: A descrição das salas adjacentes ao Templo em Ezequiel 41.5-11 nos lembra da importância da oferta e da generosidade na adoração a Deus, bem como da responsabilidade e da sabedoria na administração dos recursos que Ele nos confiou. Podemos orar para que Deus nos ajude a ser generosos em nossas ofertas e a administrar nossos recursos com sabedoria, investindo no reino de Deus e apoiando a obra da igreja.
- Reconhecimento da presença de Deus: A presença misteriosa do edifício a oeste do Templo, cuja função não é explicada claramente em Ezequiel 41, pode ser vista como uma metáfora para a presença misteriosa de Deus em nossas vidas. Podemos orar para que Deus nos ajude a reconhecer Sua presença em todas as áreas de nossas vidas, mesmo em momentos de dificuldade e incerteza. Podemos orar para que Deus nos ajude a confiar em Sua sabedoria e em Seu amor em todas as circunstâncias da vida.
A versão bíblica utilizada neste estudo é a Nova Versão Internacional (São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001)