Em Provérbios 26 o sábio nos aconselha, dentre outras coisas, a não nos desgastar de maneira desnecessária com o tolo. Debates longos com pessoas muito apaixonadas por seu tema, quando estão sob efeito do álcool, ou mesmo em momentos e circunstâncias inconvenientes é na maioria das vezes improdutivo.
Não somos aconselhados a ser omissos ou covardes, mas à prudência. Devemos lembrar que as palavras ditas a seu tempo, são benção. Enquanto que as palavras certas no momento errado podem ser grande maldição.
Neste assunto, precisamos orar a Deus, pedindo que Ele nos conceda sabedoria e força, para saber quando calar e quando falar.
De qualquer forma, nossa oração constante deve ser, para que nossas palavras sejam sempre para a glória de Deus. E que quando for necessário sofrer o dano por causa disso, que o Senhor nos fortaleça e capacite.
Vemos essa atitude de maneira constante na vida dos apóstolos na pregação do Evangelho. Estevão, por exemplo, mesmo diante de grande ameaça não deixou de anunciar aos judeus que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus.
Por causa de suas palavras ele foi apedrejado até a morte, mas viu a glória de Deus, que o nosso objetivo final.
Esboço de Provérbios 26:
26.1 – 9: O tratamento apropriado aos tolos
26.10 – 12: O comportamento dos tolos
26.13 – 16: A desgraça da preguiça
26.17 – 28: Ódio e contenda
Provérbios 26.1 – 9: O tratamento apropriado aos tolos
1 Como neve no verão ou chuva na colheita, assim a honra é imprópria para o tolo.
2 Como o pardal que voa em fuga, e a andorinha que esvoaça veloz, assim a maldição sem motivo justo não pega.
3 O chicote é para o cavalo, o freio, para o jumento, e a vara, para as costas do tolo!
4 Não responda ao insensato com igual insensatez, do contrário você se igualará a ele.
5 Responda ao insensato como a sua insensatez merece, do contrário ele pensará que é mesmo um sábio.
6 Como cortar o próprio pé ou beber veneno, assim é enviar mensagem pelas mãos do tolo.
7 Como pendem inúteis as pernas do coxo, assim é o provérbio na boca do tolo.
8 Como amarrar uma pedra na atiradeira, assim é prestar honra ao insensato.
9 Como ramo de espinhos nas mãos do bêbado, assim é o provérbio na boca do insensato.
Provérbios 26.10 – 12: O comportamento dos tolos
10 Como o arqueiro que atira ao acaso, assim é quem contrata o tolo ou o primeiro que passa.
11 Como o cão volta ao seu vômito, assim o insensato repete a sua insensatez.
12 Você conhece alguém que se julga sábio? Há mais esperança para o insensato do que para ele.
Provérbios 26.13 – 16: A desgraça da preguiça
13 O preguiçoso diz: “Lá está um leão no caminho, um leão feroz rugindo nas ruas!”
14 Como a porta gira em suas dobradiças, assim o preguiçoso se revira em sua cama.
15 O preguiçoso coloca a mão no prato, mas acha difícil demais levá-la de volta à boca.
16 O preguiçoso considera-se mais sábio do que sete homens que respondem com bom senso.
Provérbios 26.17 – 28: Ódio e contenda
17 Como alguém que pega pelas orelhas um cão qualquer, assim é quem se mete em discussão alheia.
18 Como o louco que atira brasas e flechas mortais,
19 assim é o homem que engana o seu próximo e diz: “Eu estava só brincando!”
20 Sem lenha a fogueira se apaga; sem o caluniador morre a contenda.
21 O que o carvão é para as brasas e a lenha para a fogueira, o amigo de brigas é para atiçar discórdias.
22 As palavras do caluniador são como petiscos deliciosos; descem saborosos até o íntimo.
23 Como uma camada de esmalte sobre um vaso de barro, os lábios amistosos podem ocultar um coração mau.
24 Quem odeia disfarça as suas intenções com os lábios, mas no coração abriga a falsidade.
25 Embora a sua conversa seja mansa, não acredite nele, pois o seu coração está cheio de maldade.
26 Ele pode fingir e esconder o seu ódio, mas a sua maldade será exposta em público.
27 Quem faz uma cova, nela cairá; se alguém rola uma pedra, esta rolará de volta sobre ele.
28 A língua mentirosa odeia aqueles a quem fere, e a boca lisonjeira provoca a ruína.