Em 1 Reis 17:1-7, Elias entra em cena de forma surpreendente. Ele não vem com títulos, mas com uma palavra viva da parte de Deus. Isso me chamou atenção. Porque muitas vezes esperamos estar prontos para obedecer, quando Deus só quer que confiemos.
O que mais me impactou nesse texto é como o Senhor dirige cada passo de Elias, mesmo nas estações de silêncio. O mesmo Deus que envia para confrontar, também sustenta no esconderijo. E, quando o recurso parece acabar, Ele já preparou o próximo passo. Vamos mergulhar juntos nesse trecho e aprender a confiar de verdade no nosso Deus.
Estudo de 1 Reis 17:1-7 em formato de vídeo
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O Chamado para Confrontar o Rei (1 Reis 17:1)
Elias aparece em 1 Reis 17:1-7 como um raio em meio à tempestade. Ele surge do nada. Não tem sobrenome nobre. Não vem cercado de soldados. Mas carrega algo poderoso: uma palavra de Deus. Isso me faz pensar. O que nos move? A opinião dos outros? O medo do fracasso? Ou a direção do Senhor?
Acabe e Jezabel promoviam idolatria em Israel. Baal, o deus da chuva, era adorado como se tivesse poder. Mas Deus envia Elias com uma mensagem direta: “Não vai chover até que eu diga.” Isso era mais que uma profecia. Era um confronto espiritual. Era como dizer: “O seu deus não manda em nada. O verdadeiro Deus controla tudo.”
Quando leio isso, lembro dos “deuses” modernos. O dinheiro, que pode sumir de um dia para o outro. A aceitação dos outros, que muda com o tempo. O conforto, que desaparece nas crises. Mas Elias confiava em outra fonte. Ele servia ao Deus vivo.
Romanos 8:31 diz: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Elias não tinha garantias humanas. Não tinha um plano B. Mas tinha uma certeza: Deus o havia enviado. Isso bastava.
A coragem dele me lembra Moisés, Jeremias e Gideão. Todos inseguros, mas obedientes. O segredo da ousadia não é se sentir preparado. É saber que Deus está com você. E, às vezes, isso é tudo que a gente precisa.
Você está esperando as condições perfeitas para agir? A fé não espera. Ela age. Elias falou e o céu se fechou. O impossível aconteceu. Se Deus ainda fecha o céu, Ele também continua abrindo portas. Mas antes, é preciso obedecer.
O Isolamento no Riacho de Querite (1 Reis 17:2-6)
Logo após essa ousadia, Elias recebe outra direção. Agora Deus diz: “Vá e esconda-se no riacho de Querite.” (1 Reis 17:3). Parece contraditório. Ele foi corajoso, falou com fé… e agora precisa se esconder? Mas o Senhor sabe o que faz. Às vezes, Ele nos leva ao anonimato para nos preparar.
Queremos ação. Mas Deus, muitas vezes, age no silêncio. Moisés passou 40 anos no deserto. José ficou preso. Paulo passou um bom tempo esquecido na Arábia. E agora Elias, no riacho. O isolamento de Elias não era punição. Era treinamento.
No riacho não havia fartura. Não havia supermercado. Mas havia cuidado de Deus. Ele disse: “Você beberá do riacho, e os corvos te alimentarão.” (1 Reis 17:4). Corvos são impuros para os judeus. Animais que roubam, não que entregam. Mas Deus os usou para servir ao profeta.
Isso me ensina algo: a provisão de Deus nem sempre vem por caminhos previsíveis. Às vezes, ela vem por meios que a gente não espera. O povo no deserto teve maná. A viúva de Sarepta sustentou Elias. Jesus alimentou multidões com poucos pães.
Na minha vida, o Senhor tem sustentado o ministério Jesus e a Bíblia de formas que nunca imaginei. Não foi como eu pensava, mas foi do jeito de Deus. Elias obedeceu e ficou no riacho. Não por dias. Por um bom tempo.
1 Reis 17:6 diz que os corvos traziam pão e carne duas vezes por dia. Nada além. Nada a mais. Apenas o suficiente. Isso me lembra a oração de Jesus: “O pão nosso de cada dia nos dá hoje.” (Mateus 6:11). Deus quer que confiemos um dia de cada vez.
Quando o Riacho Seca (1 Reis 17:7)
Mas então algo inesperado acontece em 1 Reis 17:1-7: o riacho seca. O mesmo lugar para onde Deus o enviou, agora não tem mais água. E isso nos ensina algo profundo. Às vezes, a fonte que Deus usou no passado seca. E não porque Ele falhou. Mas porque Ele quer nos mostrar que a fonte verdadeira é Ele.
Elias não correu. Ele ficou até o último instante. Isso é fé. Permanecer mesmo quando os recursos acabam. Isso já aconteceu comigo. Um mês após deixar meu trabalho para me dedicar ao canal, nosso site saiu do ar. A receita caiu. E eu entrei em desespero.
Mas foi ali que aprendi: o Google não é minha fonte. O YouTube não é minha fonte. Deus é minha fonte. Paulo entendeu isso. Ele disse: “O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês.” (Filipenses 4:19). A provisão muda. Mas a fonte é eterna.
Deus já sabia que o riacho ia secar. E antes que Elias pedisse socorro, Ele já tinha preparado o próximo passo. Disse: “Vá para Sarepta. Já ordenei a uma viúva que cuide de você.” (1 Reis 17:9). O que parecia o fim era apenas uma transição.
Talvez você esteja vendo o riacho secar. Mas não entre em pânico. Deus não foi pego de surpresa. Ele já preparou um novo cenário. Às vezes, o fim de uma estação é o início de um propósito ainda maior.
Confie. Porque se Deus te sustentou até aqui, Ele vai continuar sustentando. A fonte nunca seca.