Gastar mais do que se ganha é uma realidade para muitas pessoas, principalmente no Brasil, onde há uma cultura de consumo exacerbado e a tentação de adquirir bens e viver uma vida aparentemente plena e cheia de prazer. No entanto, essa forma de viver pode ter consequências graves e duradouras, como o endividamento, a falta de poupança e a impossibilidade de realizar sonhos e metas financeiras.
A vontade de manter um padrão de vida elevado, mesmo que isso signifique gastar mais do que se ganha, pode ser um grande obstáculo para o equilíbrio financeiro e para a realização de objetivos importantes. Além disso, esse hábito pode levar a uma vida cheia de preocupações financeiras e de incertezas quanto ao futuro. É importante lembrar que gastar mais do que se ganha pode criar uma bola de neve de dívidas, onde se paga juros sobre juros, e a liberdade financeira torna-se cada vez mais distante.
Por outro lado, é possível mudar esse cenário e alcançar uma vida financeira equilibrada e realizadora. Isso começa com a conscientização sobre o valor do dinheiro e sobre as prioridades na vida. É preciso ter clareza sobre o que é importante e o que é supérfluo, e fazer escolhas conscientes sobre as despesas e investimentos. Além disso, é fundamental aprender a poupar e a investir, a fim de construir uma reserva de emergência e alcançar metas financeiras de longo prazo.
A escravidão moderna
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Veja o que está escrito em Provérbios 22:7
O rico domina sobre o pobre; quem toma emprestado é escravo de quem empresta. (Provérbios 22:7 NVI)
De acordo com estatísticas recentes, 70% das famílias brasileiras estão endividadas, e um dos maiores responsáveis por esse endividamento é o uso excessivo do cartão de crédito.
A situação de endividamento pode ser facilmente comparada à escravidão, pois quem vive nesse estado se encontra debaixo de julgo e dependente dos credores. Ao usar o cartão de crédito ou tomar dinheiro emprestado, sem planejamento, estamos nos submetendo a uma dívida que, muitas vezes, é difícil de pagar e que nos limita em nossas escolhas e decisões financeiras. A dívida se torna uma carga pesada e constante, e a sensação de estar sempre devendo pode afetar negativamente a saúde mental e emocional das pessoas.
Além disso, a sociedade atual incentiva o consumismo e o endividamento, tornando ainda mais difícil para as pessoas saírem dessa situação. Há uma pressão constante para ter coisas e viver acima das nossas possibilidades financeiras. Porém, a verdade é que, quanto mais consumimos, mais endividados ficamos, e mais difícil se torna pagar nossas dívidas.
A questão é: essa é a vontade de Deus para nossa vida? A resposta é não. A Bíblia ensina que devemos administrar bem nossos recursos financeiros e evitar dívidas desnecessárias. Além disso, devemos buscar a contentamento com o que temos e não nos preocuparmos com o que não possuímos.
Sobre isso, Dave Ramsey, autor cristão e especialista em finanças pessoais, disse o seguinte: “A escravidão moderna é a escravidão financeira, onde a gente é escravo das dívidas e do dinheiro que deve.”
Para mudarmos nossa situação financeira e sair dessa escravidão moderna, precisamos mudar nossos hábitos e nossa mentalidade em relação ao dinheiro. É importante aprender a poupar, a controlar nossos gastos e a viver dentro das nossas possibilidades financeiras. Além disso, é necessário buscar ajuda se estivermos endividados e não hesitar em procurar aconselhamento financeiro.
A importância do contentamento
Veja o que está escrito em 1 Timóteo 6:6-8
De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos. (1 Timóteo 6:6-8 NVI)
Nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar, e é importante lembrarmos disso ao nos preocuparmos com nossos bens e situação financeira.
Infelizmente, muitos cristãos se endividam por causa da insatisfação constante em suas vidas. Eles estão sempre buscando algo que os preencha, satisfaça ou traga mais status. Mas, a verdade é que, mesmo com todas as coisas que possuímos, não há nada que realmente possa nos preencher a não ser a presença de Deus em nossas vidas.
Lembrar que a vida aqui é passageira e que nada disso realmente nos pertence é fundamental para alcançarmos o verdadeiro contentamento. Devemos buscar satisfação em coisas eternas, como a relação com Deus, a comunhão com nossos entes queridos e a satisfação em servir aos outros.
Não há nada de errado em buscar uma vida confortável e trabalhar duro para alcançá-la. Porém, não devemos permitir que nossas posses e status financeiro sejam a fonte de nossa felicidade e satisfação. Devemos aprender a viver com o que temos e a ser agradecidos por isso.
Sobre isso, o evangelista Billy Graham disse o seguinte: “Contentamento é a chave para a paz de espírito e a felicidade eterna. Sem ele, sempre estaremos insatisfeitos e procurando algo mais.”
Em resumo, a piedade com contentamento é uma grande fonte de lucro, pois nos lembra da verdadeira natureza da vida e nos incentiva a buscar a satisfação em coisas eternas. Devemos buscar o contentamento em Deus e em sua presença em nossas vidas, e não em nossas posses e status financeiro.
É preciso poupar
Veja o que está escrito em Provérbios 13:11
O dinheiro ganho com desonestidade diminuirá, mas quem o ajunta aos poucos terá cada vez mais. (Provérbios 13:11 NVI)
Este princípio é fundamental para o controle financeiro e ajuda a evitar o endividamento. Um dos problemas enfrentados pelo povo brasileiro é a tendência de antecipar prazer. Muitas vezes, é comum ver o brasileiro gastando em viagens, roupas caras e outros bens supérfluos, quando deveriam estar poupando e montando uma reserva de emergência.
O princípio de Provérbios 13:11 é o de que, ajuntando aos poucos, teremos mais. Isso significa que precisamos ter uma postura consciente em relação ao nosso dinheiro e fazer escolhas financeiras inteligentes. Devemos priorizar o estabelecimento de uma reserva de emergência e o pagamento de nossas dívidas antes de gastarmos com coisas supérfluas.
Além disso, é importante lembrarmos de que dinheiro ganho com desonestidade não trará satisfação e felicidade a longo prazo. Por isso, é importante buscar fontes de renda honestas e trabalhar duro para alcançar nossas metas financeiras.
Sobre isso, Gary Chapman, autor cristão e especialista em relacionamentos disse o seguinte: “Gaste menos do que ganha, viva abaixo de seus meios, guarde alguma coisa para amanhã, e você terá uma vida financeira saudável.”
Em resumo, ajuntar aos poucos é fundamental para o controle financeiro e ajuda a evitar o endividamento. Devemos ter uma postura consciente em relação ao nosso dinheiro e priorizar a poupança e o pagamento de nossas dívidas antes de gastarmos com coisas supérfluas. Buscar fontes de renda honestas e trabalhar duro também é importante para alcançarmos nossas metas financeiras de forma saudável e satisfatória.