Em nosso mundo, o desânimo se tornou uma doença do coração, uma névoa cinzenta que obscurece a alegria que Jesus nos prometeu. Seja por circunstâncias pessoais, lutas internas ou a constante enxurrada de notícias desanimadoras, muitos de nós sentimos o peso deste desânimo.
Há um famoso sermão de Charles Spurgeon que fala sobre isso. O título é: “O Homem Louco”. Neste sermão, Spurgeon conta a história de um homem que foi levado à loucura pelo peso de sua culpa e do pecado. Ele sentiu as sombras da desesperança engolindo-o, obscurecendo a luz da graça e da misericórdia de Deus.
Este homem, na história de Spurgeon, é um espelho de muitos de nós hoje, lutando contra a loucura do desânimo. Spurgeon usou essa história para apontar para a esperança e a redenção em Cristo.
O Espírito Santo nos convida a meditar na melhor notícia de todos os tempos – o nascimento de Jesus Cristo – e a alegria que ele trouxe ao mundo. E, mesmo no meio do desânimo, somos convidados a olhar para essa boa notícia e encontrar em Jesus a fonte de nossa alegria.
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A profecia e a esperança
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” (Isaías 9:6)
Neste versículo, o profeta Isaías traz a primeira boa notícia: a promessa da vinda do nosso Salvador. Ele fala do nascimento de um menino que trará paz, assumirá o governo e será conhecido como Deus Forte. Esta promessa é uma âncora de esperança para todos nós.
Mas, olhando ao redor, podemos nos perguntar: Por que há tantos cristãos desanimados apesar desta promessa magnífica?
Vivemos em um mundo repleto de desafios e tribulações. Doenças, perdas, problemas financeiros, conflitos de relacionamento, injustiças sociais, cada um destes problemas pode parecer uma montanha intransponível, muitas vezes gerando o sentimento de desamparo e solidão. O cansaço pode nos fazer sentir que a promessa de Deus está distante ou nunca iremos vivê-la.
Além disso, o nosso entendimento humano limitado pode, às vezes, ter dificuldade para conectar a realidade de nossas vidas com a promessa de um Deus amoroso. Em diversos momentos nos perguntamos: Por que Ele permitiria tanta dor? Onde está a ajuda?
Essas perguntas podem criar um véu de desesperança que impede a luz da promessa de Deus.
A fé é uma jornada e, como qualquer jornada, tem seus altos e baixos. A vida de fé não é livre de dificuldades ou dúvidas. Muitos cristãos, ao enfrentarem as tempestades da vida, podem achar difícil manter o ânimo e a fé em Jesus.
Mas é importante lembrar que a promessa de Deus não é uma promessa de uma vida sem problemas, mesmo na Igreja teremos muitas dificuldades. Mas podemos nos refugiar em Sua presença constante e amor inabalável.
A profecia de Isaías sobre o nascimento de Jesus é uma promessa de esperança e alegria. A vinda de Jesus é a promessa de que Deus está conosco, “Emanuel”. Quando enfrentamos dificuldades e desafios, devemos voltar nossos corações para essa promessa, lembrando que Deus é nosso Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Sobre isso, C.S Lewis disse o seguinte: “Deus sussurra em nossos ouvidos pelas alegrias, fala na consciência pelo desconforto, mas grita em nossa dor: este é o seu megafone para despertar um mundo adormecido.” – C.S Lewis
Sobre o desânimo, é fundamental que lembremos de que a luz de Jesus brilha mais forte nas trevas. É nas dificuldades que encontramos a verdadeira força de nossa fé, e é na noite mais escura que a estrela da esperança brilha mais intensamente. A boa notícia, a grande alegria, não é que nunca enfrentaremos problemas, mas que em meio a eles, temos um Salvador que venceu o mundo.
O nascimento
A notícia da chegada de Jesus, proclamada pelos anjos aos pastores, foi um momento de grande alegria e renovação de esperança. Foi a manifestação visível e material da promessa de Deus.
Mas, hoje em dia, observamos que muitos cristãos estão desanimados. Vários estudos têm apontado para a crescente sensação de desânimo entre os seguidores de Jesus. Segundo um estudo realizado pela Barna Group em 2021, 38% dos cristãos entrevistados relataram sentimentos de desânimo. Outra pesquisa da LifeWay Research revelou que quase 45% dos pastores regularmente lutam contra a depressão.
Este cenário levanta a questão: Como pode existir tanto desânimo, mesmo quando temos a boa notícia do nascimento de Jesus, nossa fonte de alegria?
Vivemos em um mundo onde as taxas de depressão e ansiedade estão aumentando. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a depressão é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui de forma significativa para a carga global de doenças.
Os cristãos não estão isentos desses desafios. Eles enfrentam as mesmas pressões e estresses da vida que qualquer outra pessoa. Além disso, eles podem enfrentar expectativas e pressões adicionais de suas comunidades de fé. Isto pode, em alguns casos, levar a sentimentos de desânimo ou mesmo depressão.
Mas, é importante lembrar o que o anjo disse aos pastores naquela noite estrelada: “Mas o anjo lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo.” – Lucas 2:10.
A chegada de Jesus é a fonte de alegria verdadeira, uma alegria que vai além das nossas circunstâncias temporais e nos conecta à eternidade de Deus. Apesar dos desafios que enfrentamos, a mensagem de esperança e alegria no nascimento de Jesus é a boa notícia que precisamos para combater o desânimo.
Precisamos nos apegar a essa verdade, nutrindo nossa fé através da oração, da meditação na Palavra de Deus e do companheirismo com outros crentes. A boa notícia do nascimento de Jesus traz alegria não apenas em momentos de felicidade, mas também nos momentos de luta, dando-nos a força para enfrentar os desafios da vida.
Sobre isso, o Pastor Rick Warren disse o seguinte: “Deus não promete ausência de problemas na vida. Não há imunidade contra o sofrimento. Mas Ele promete estar conosco e nos ajudar a atravessar os momentos difíceis.” – Rick Warren
Com relação ao que mostram as estatísticas e o desânimo que pode nos cercar, a mensagem do anjo aos pastores serve como um lembrete constante de que temos uma fonte de alegria que supera todas as dificuldades: Jesus, o Salvador do mundo.
A alegria do mundo
“Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” – João 16:33
Neste texto, Jesus nos oferece a fonte definitiva de alegria e encorajamento. Ele nos lembra que, apesar das aflições deste mundo, Ele é nossa paz e nosso triunfo. Ele venceu o mundo, e através Dele, nós também vencemos.
É fácil sentir-se sobrecarregado ou sobrecarregada pelo peso do mundo. As demandas da vida, os desafios do cotidiano, as injustiças que vemos ao nosso redor – todas essas coisas podem nos desgastar e nos desanimar.
Mas hoje, eu quero lhe encorajar com estas palavras: Jesus venceu o mundo! Não importa quão grande seja a tempestade, quão escuro seja o vale, quão forte seja o vento contrário – Jesus venceu o mundo!
Essa verdade deve inflamar nossos corações com esperança e alegria. Porque, se somos Dele, então somos mais do que vencedores. Se pertencemos a Ele, então a vitória já é nossa.
Cada batalha que você está enfrentando, cada montanha que você está escalando, cada vale que você está atravessando – Jesus já venceu. E Ele lhe diz: “Tende bom ânimo; eu venci o mundo”.
Tome posse dessa promessa, e não permita que o desânimo tome conta de você. Não permita que as aflições do mundo roubem sua alegria. Olhe para Jesus, o autor e consumador de nossa fé. Olhe para o vencedor do mundo.
Sobre isso, o pastor Max Lucado disse o seguinte: “Lembre-se, você é especial porque Deus lhe fez. E Ele não comete erros.” – Max Lucado
Pegue esta verdade hoje e segure-a firmemente. Permita que ela lhe eleve acima das ondas tumultuadas, acima da tempestade violenta. Permita que a verdade da vitória de Jesus lhe inspire a enfrentar cada novo dia com fé, esperança e alegria.
Jesus venceu o mundo. E porque Ele venceu, nós também vencemos. E isso, é a verdadeira fonte de nossa alegria.