O mundo moderno, com suas muitas inovações e avanços, criou uma ilusão de autossuficiência que nunca antes vimos. Estamos cercados por mensagens diárias que glorificam o individualismo, a independência e a autossuficiência. Nos dizem, muitas vezes, que não precisamos de ninguém, que podem viver sozinhos, governando nossas vidas de acordo com nossos próprios termos.
Mas esta cultura da autossuficiência tem se tornado uma fonte de descontentamento e separação. Ao acreditar que podemos fazer tudo sozinhos, nos distanciamos uns dos outros, e pior, nos distanciamos de Deus. Começamos a idolatrar nosso ego, nossa capacidade, nossa inteligência, e nos esquecemos que tudo que temos e somos vem dele. O ego e a autossuficiência começam a tomar o lugar que pertence somente a Jesus, e começamos a viver como se fôssemos pequenos deuses em nossos próprios universos.
Este engano sutil do ego e da autossuficiência é perigoso, porque leva à solidão, ao orgulho, à falta de amor e a compaixão, além de nos distanciar da nossa essência como filhos e filhas de Deus. Na busca por sermos autossuficientes, corremos o risco de perder o que é mais essencial em nossas vidas – nosso relacionamento com Jesus e com os outros.
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A dependência de Deus
“Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. (João 15:5)
Nossa cultura moderna valoriza a independência acima de tudo. Nos diz que devemos ser autosuficientes, que devemos ser capazes de fazer tudo sozinhos. E isso tem criado uma sociedade cada vez mais individualista e solitária.
As estatísticas são preocupantes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, os índices de solidão têm aumentado de forma alarmante em todo o mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, uma pesquisa recente mostrou que quase 50% dos americanos se sentem solitários ou isolados. Na Europa, estima-se que um em cada quatro adultos se sinta solitário.
E sabem por que isso acontece? Porque esquecemos que somos, em essência, seres interdependentes, criados para viver em comunidade e em constante conexão com o nosso Criador. Em João 15:5, Jesus deixa isso muito claro. A videira e os ramos, interligados, interdependentes.
Mas, a ideologia da autossuficiência está nos levando a viver como ramos que tentam sobreviver longe da videira. E como resultado, nos sentimos cada vez mais isolados, ansiosos e vazios. Tentamos preencher esse vazio com diversas coisas – sucesso profissional, bens materiais, relacionamentos superficiais – mas nada disso consegue satisfazer o anseio mais profundo de nossas almas.
Precisamos nos reconectar à Videira. Precisamos entender que, sem Deus, não podemos fazer coisa alguma. Que a nossa vida, a nossa existência, tudo o que temos e somos, depende totalmente de Jesus. E quando admitimos isso, quando aceitamos essa verdade, a solidão e o isolamento começam a dar lugar a uma profunda sensação de pertencimento, de conexão, de plenitude.
Sobre isso, Philip Yancey disse o seguinte: “Quando admitimos a nossa incapacidade de viver sozinhos, nos tornamos capazes de viver com Deus, pela graça e misericórdia Dele.” – Philip Yancey
Você tem buscado a autossuficiência em vez de reconhecer sua dependência de Deus? Lembre-se das palavras de Jesus e volte para Ele. Sem Ele, não podemos fazer coisa alguma. Mas com Ele, podemos dar muitos frutos.
Admitir nossa necessidade de Deus
“Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus…” (Mateus 5:3)
Aqui, Jesus não está falando de pobreza material, mas de um espírito humilde que reconhece sua necessidade espiritual, que sabe que precisa de Deus.
E hoje, quero compartilhar a história de um homem que viveu essa verdade de maneira profunda e me inspira muito – Irmão André, fundador da missão Portas Abertas.
Nascido em 1928 na Holanda, o Irmão André era um jovem rebelde, até que um dia, durante a Guerra da Coréia, foi profundamente tocado por Jesus. Ele entendeu sua necessidade de Deus e entregou sua vida a Cristo. Pouco depois, André sentiu o chamado para servir aos cristãos perseguidos por trás da Cortina de Ferro durante a Guerra Fria.
Em um tempo em que era ilegal possuir uma Bíblia em muitos países comunistas, o Irmão André começou a contrabandear Bíblias. Ele colocava sua vida em risco, passando por postos de controle altamente vigiados, confiando totalmente em Deus. Ele dependia de Deus não apenas para sua proteção, mas também para orientá-lo sobre para onde ir e o que fazer.
André compartilhou várias vezes que antes de cada viagem, ele passava um tempo significativo em oração, reconhecendo sua total dependência de Deus. Ele admitiu sua necessidade de Deus não apenas em palavras, mas em ações, colocando sua vida em risco para servir ao Reino de Deus.
E sabe qual era o seu segredo? Ele frequentemente dizia: “O medo não impede a morte. Impede a vida.” E, por confiar em Deus, experimentou uma vida de milagres e provisões extraordinárias, vendo o poder de Deus trabalhar de maneiras incríveis.
A vida do Irmão André nos ensina uma lição valiosa. Reconhecer nossa necessidade de Deus não nos enfraquece; pelo contrário, abre portas para a infinita força, sabedoria e graça de Deus. Admitir nossa necessidade de Deus é humildemente aceitar que somos seres limitados, que precisamos do Seu amor, graça e orientação.
Sobre isso, o Irmão André disse: “Não há portas fechadas capazes de resistir a oração.” – André André, fundador da Missão Portas Abertas.
Vocês está dispostos, ou disposta a admitir sua necessidade de Deus em suas, como o Irmão André fez? Há disposição em você para depender totalmente Dele? Lembre-se das palavras de Jesus em Mateus 5:3: “Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos Céus.”
Dependentes da graça
Mas ele me disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. (2 Coríntios 12:9)
A graça e a misericórdia de Deus são o nosso sustento, nosso conforto e nossa segurança. Sem a graça de Deus, estaríamos perdidos. Mas graças a Deus, que em sua infinita misericórdia, nos deu Jesus Cristo para que, através Dele, pudéssemos experimentar a plenitude de Sua graça.
Em 2 Coríntios 12:9, Paulo registra o que Deus lhe disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” A graça de Deus não apenas preenche nossas fraquezas, mas também nos capacita a fazer tudo o que Ele nos chamou para fazer.
A graça de Deus é o que nos dá força quando estamos fracos, é o que nos dá esperança quando estamos desesperados, é o que nos dá paz em meio à tempestade. A graça de Deus é o que nos permite enfrentar os desafios da vida, não com nossas próprias forças, mas com o poder de Deus trabalhando em nós e através de nós.
E o que é ainda mais maravilhoso é que a graça de Deus não é algo que temos que merecer, conquistar. É um presente gratuito de Deus, dado por causa de Seu grande amor por nós.
Eu lhe encorajo a viver na graça e na misericórdia de Deus. Quando você sentir que está falhando, que está lutando, que está cansado, lembrem-se da graça de Deus. Lembre-se de que a graça de Deus é suficiente para você. Lembrem-se de que, na fraqueza, o poder de Deus se aperfeiçoa.
Deixe a graça de Deus transformar sua vida. Deixe a graça encher você de esperança, de força, de paz. Deixe a graça de Deus lhe guiar e capacitar a fazer tudo o que Deus o chamou para fazer.
Sobre isso, Charles Stanley disse: “A graça é a força de Deus disponível para atender às nossas necessidades, quando admitimos nossos limites.” – Charles Stanley
Dependa da graça e misericórdia de Deus, pois nelas encontramos a verdadeira liberdade e o verdadeiro propósito para nossas vidas. Como Paulo, alegre-se em suas fraquezas e permita que o poder de Cristo repouse em você.