Em uma interessante cidade à beira-mar, vivia Alberto, um chef renomado por sua habilidade ímpar na culinária e pelo restaurante que atraía visitantes de todos os cantos. Contudo, um revés financeiro levou ao fechamento inesperado de seu estabelecimento. Sem seu restaurante, Alberto viu-se perdido em meio à tempestade da vida, seu sonho parecia ter sido arrancado de suas mãos.
Numa noite fria, enquanto caminhava sem rumo pelas ruas da cidade, ele se deparou com um grupo de desabrigados buscando abrigo sob uma ponte. Movido por um impulso, Alberto retornou à sua antiga cozinha, pegou o que restava de ingredientes e preparou refeições quentes. Sob aquela ponte, ele serviu cada prato com carinho e cuidado, observando os olhos daqueles desconhecidos brilharem de gratidão e esperança.
E naquele momento, algo transformador aconteceu no coração de Alberto. Ele percebeu que, mais do que os elogios dos críticos ou a fama de seu restaurante, a verdadeira essência da culinária estava na conexão humana, na capacidade de tocar a alma através dos sabores. O reconhecimento e os aplausos que o mundo oferece podem ser efêmeros e vazios, mas a satisfação de fazer o bem, de servir ao próximo com amor e dedicação, é a verdadeira recompensa que permanece eternamente.
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O Chamado para Servir
“Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; assim como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” – Mateus 20:26-28
Vivemos em um mundo que constantemente nos ensina a buscar as primeiras posições, a desejar os holofotes, a querer o reconhecimento. Essa corrida incessante por notoriedade frequentemente nos deixa exaustos e, em muitos casos, até mesmo desiludidos. E a razão é simples: essa não é a vocação que o Senhor destinou para nós. O verdadeiro chamado de Deus para nossas vidas é completamente oposto ao que o mundo prega.
Em Mateus 20:26-28, somos confrontados com a revolucionária perspectiva de Jesus sobre grandeza e serviço. Ele nos diz que a verdadeira grandeza não se encontra em ser o primeiro, mas em ser o último; não em ser servido, mas em servir. Estas palavras de Cristo são contrárias à lógica humana. Mas, elas carregam o peso da verdade divina.
Imagine o quão radical foi esse ensino para os discípulos! Eles, como muitos de nós, estavam envolvidos na cultura que valorizava a honra, o reconhecimento e o status. Mas, Jesus os desafia a reconsiderar o que realmente importa no Reino de Deus. E Ele não fez isso apenas com palavras, mas com a própria vida. Jesus, o Filho do Deus vivo, o Criador do universo, veio não para ser servido, mas para servir. Ele lavou os pés de Seus discípulos, abraçou os marginalizados e, finalmente, deu Sua vida em resgate por muitos.
Sobre isto, Billy Graham disse o seguinte: “Deus não nos chama para sermos bem-sucedidos. Ele nos chama para sermos Seus.”
O exemplo é o que deve impactar nossos corações! Se o próprio Deus não buscou posição ou honra, mas humildemente se fez servo, quem somos nós para buscar qualquer outra coisa que não seja servir? O verdadeiro chamado para grandeza no Reino de Deus não está em ser elevado, mas em abaixar-se; não está em receber, mas em dar.
Nossa cultura pode não entender ou valorizar essa perspectiva, mas no Reino de Deus, o maior é aquele que serve. Que nossos corações sejam transformados por essa verdade e que possamos viver, não em busca de reconhecimento, mas em amoroso serviço ao próximo e, acima de tudo, ao nosso Deus.
Aprovação que Importa
“Acaso busco agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse tentando agradar a homens, não seria servo de Cristo.” – Gálatas 1:10
Em um mundo hiperconectado, onde estamos constantemente expostos a avaliações, likes e comentários, a necessidade de aprovação parece ser uma epidemia. Segundo uma pesquisa da Sociedade Real de Saúde Pública (Royal Society for Public Health) do Reino Unido em 2017, as redes sociais, como Instagram e Facebook, têm efeitos negativos na saúde mental, principalmente devido à comparação social e à busca incessante de aprovação.
A verdade é que esta necessidade de ser reconhecido e aplaudido não é apenas um produto da era digital. Desde os tempos antigos, o ser humano tem ansiado por validação e reconhecimento. Mas, o Espírito Santo nos desafia em Gálatas 1:10, fazendo-nos refletir sobre quem estamos verdadeiramente tentando agradar. Esta pergunta é crucial, porque a quem buscamos agradar determina a direção e o propósito de nossas vidas.
As estatísticas são claras e alarmantes. De acordo com uma pesquisa realizada pela Pew Research Center em 2018, 70% dos jovens entre 18 e 24 anos sentem pressão para que sua aparência seja perfeita, enquanto 50% sentem a necessidade de ser bem-sucedidos. Mas a pergunta que devemos nos fazer é: de acordo com quais padrões? Padrões de um mundo que muda suas definições de sucesso, beleza e valor a cada estação?
Paulo nos lembra que, se nossa motivação é agradar aos outros ou buscar reconhecimento humano, estamos perdidos. Estamos construindo nossa vida sobre a areia movediça da opinião pública. E é exatamente por isso que muitos se sentem vazios e insatisfeitos, mesmo quando recebem os aplausos que tanto desejam.
Sobre isso, Corrie ten Boom disse o seguinte: “Se você olhar para dentro, ficará deprimido. Se olhar ao redor, ficará distraído, mas se olhar para Cristo, ficará em repouso.”
Quando buscamos a aprovação de Deus, encontramos uma rocha sólida sobre a qual construir nossas vidas. Deus, em Sua infinita sabedoria e amor, não nos avalia pelo que temos, como nos parecemos ou pelas nossas conquistas. Ele olha diretamente para o nosso coração, para a motivação por trás de nossas ações. Se nosso desejo sincero é servi-Lo e glorificá-Lo em tudo o que fazemos, então encontramos a verdadeira liberdade e propósito.
Em vez de se perder na infinita busca pela aprovação humana, que é efêmera e inconstante, que possamos fixar nossos olhos no eterno, no imutável, no Deus que nos chama não para sermos bem-sucedidos aos olhos do mundo, mas para sermos fiéis a Ele. Essa é a aprovação que realmente importa e que traz verdadeira satisfação e alegria ao coração.
Servir na Sombra do Mestre
“Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo.” – Colossenses 3:23-24
Muitas vezes, nos encontramos atraídos pelo brilho e glamour que o mundo nos oferece. A promessa de reconhecimento, aplausos e admiração é sedutora. Mas, para aqueles que escolheram seguir os passos de Jesus, há uma chamada diferente, uma chamada para servir na sombra do Mestre, longe dos holofotes, mas perto do coração de Deus.
O apóstolo Paulo, em sua carta aos colossenses, apresenta um princípio inspirador sobre como devemos abordar nossas ações e serviço. Ele não nos chama a servir com meia vontade ou com uma atitude relutante, mas com todo o coração. E não é um serviço direcionado aos homens, mas a Deus. Este é um paradigma poderoso que transforma completamente a maneira como vemos nossa jornada e nossos esforços diários.
Ao reconhecer que é a Cristo que servimos, cada ação, cada sacrifício, cada momento de nosso dia adquire um propósito eterno. Não estamos mais presos à busca vazia por reconhecimento humano. Em vez disso, encontramos alegria e satisfação no simples, mas profundo, conhecimento de que estamos agradando ao nosso Mestre.
E há uma promessa ainda mais bela anexada a essa perspectiva: a recompensa da herança. Ao passo que o mundo nos oferece recompensas temporárias, que se desvanecem e perdem o brilho com o tempo, Deus nos promete algo duradouro, uma herança que não pode ser manchada ou roubada.
Sobre isso, D.L. Moody disse o seguinte: “O nosso maior medo não deve ser o fracasso, mas ser bem-sucedidos em algo que não importa.”
Então, diante desse chamado celestial, que possamos abraçar a alegria de servir na sombra do Mestre. Que nossos corações estejam sempre voltados para agradar a Ele, para fazer tudo com amor e dedicação, independentemente de quem vê ou reconhece. Pois no final, a voz que realmente ansiamos ouvir é a do nosso amado Salvador, dizendo: “Bem está, servo bom e fiel.”
Esta é a verdadeira recompensa, a alegria de saber que estivemos, a cada passo, na perfeita vontade de nosso Deus.