Muitas vezes nos perguntamos por que Deus permite tragédias. Essa é uma dúvida real, especialmente quando a dor nos alcança. Olhamos para o céu e queremos respostas. Em momentos assim, parece que Deus se calou ou se esqueceu de nós. No entanto, à medida que caminhamos com Ele, descobrimos que há um propósito, mesmo no sofrimento.
Neste estudo, quero compartilhar a história de pessoas que passaram por perdas profundas, mas encontraram esperança. Deus não ignora nossa dor. Ele caminha conosco através dela. Vamos entender, juntos, como a fé pode florescer mesmo quando tudo ao nosso redor parece ter sido destruído.
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A JORNADA INICIAL E O CONTEXTO DE VIDA
Em maio de 2023, comunidades cristãs na região de Mangu, no estado de Plateau, Nigéria, viveram uma tragédia que mudou tudo. Extremistas do povo fulani invadiram vilas e mataram centenas de cristãos. Além disso, dezenas de milhares ficaram sem casa. Entre os atingidos estava o pastor Zachariah.
Quando ele chegou à vila, viu pessoas correndo para longe. A maioria estava coberta de lama, com expressão de desespero. Foi então que entendeu: uma enchente tinha atingido o lugar. As casas estavam destruídas. Móveis boiavam. A paz havia sido levada pela água.
Enquanto caminhava pelas ruas alagadas, ele viu uma mulher sentada no chão, segurando uma criança. Ela parecia paralisada pela dor. Quando ele perguntou se precisava de ajuda, ela disse: “Não há mais nada a fazer. Perdemos tudo.”
Naquele momento, algo dentro dele quebrou. Ao chegar em casa, não encontrou sua esposa e filho. Vasculhou os cômodos até que, fora da cozinha, viu os dois. Sem vida. “Fiquei devastado”, contou. Chorou como nunca antes. Aquilo doeu mais do que qualquer coisa. Ele lembrou dos momentos juntos. Do ministério compartilhado. Das igrejas que plantaram lado a lado. Tudo parecia ter acabado.
É nesse tipo de cenário que começamos a fazer perguntas difíceis. Por que Deus permite tragédias? À primeira vista, parece que Ele não se importa. Que virou o rosto. Mas será que é isso mesmo?
A verdade é que Deus enxerga mais longe do que nós. Ele conhece o fim desde o começo. Como diz em Jeremias 29.11: “Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês’, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano…” Ele não é indiferente. Ele está presente. Mesmo quando tudo parece perdido.
A TRANSFORMAÇÃO E O ENCONTRO COM A FÉ
Depois dos ataques, a vida na vila virou cinzas. As famílias perderam suas casas, plantações e esperança. Muitos ainda lutam para recomeçar. A maioria depende da agricultura, e agora estão sem nada. Inclusive, muitos estão sem fé.
O Pastor Zachariah, mesmo sendo firme em Cristo, confessou: “Desde o incidente, não importa o que estou fazendo, sempre lembro do que passamos.” Até mesmo durante a oração, sua mente voltava para aquele dia. A dor era constante.
Mas apesar disso, ele não desistiu. Continuou servindo a Deus e encorajando os outros. Ele procurava reunir a igreja para momentos de comunhão. No entanto, alguns pareciam desmotivados. Perguntavam: “Se Deus se importa, por que permitiu isso?”
Foi nesse momento que a Missão Portas Abertas entrou em ação. Eles ofereceram apoio psicológico, cuidado pós-trauma e, acima de tudo, amor cristão. O pastor compartilhou que esse apoio mudou tudo. Ele aprendeu que Deus permite algumas atrocidades, mas nunca nos abandona nelas.
Esse ensinamento foi libertador. Pela primeira vez, ele conseguiu orar pelos que os atacaram. Pediu a Deus que os perdoasse. Que os alcançasse. Que eles não morressem em seus pecados. Ele disse: “Antes, eu não conseguia dormir. Mas agora, minha mente está em paz.”
Perdoar não é esquecer. É confiar que Deus escreverá o final da história. Ele usa pessoas para nos curar. É por isso que a igreja é tão importante. É através dela que Ele age. Deus não impediu a dor, mas trouxe restauração no meio dela. E isso é poderoso.
O IMPACTO E O LEGADO DURADOURO
Meses se passaram. A vila de Mangu já não era a mesma. Mas não por ter voltado ao que era antes. Ela havia se tornado algo ainda melhor. Com a ajuda do pastor Zachariah e da igreja, a reconstrução começou.
Casas foram erguidas. Crianças voltaram a brincar nas ruas. Famílias começaram a sorrir novamente. Mas o maior milagre não foi o material. Foi espiritual. A esperança, que parecia enterrada, floresceu.
O pastor não tinha um plano. Ele apenas disse “sim” a Deus. E esse sim fez toda a diferença. A igreja virou um ponto de apoio. Gente ferida encontrou cura. Vidas recomeçaram.
Um dia, aquela mesma mulher que ele encontrou sentada, com o olhar perdido, voltou a procurá-lo. Mas agora seus olhos tinham brilho. Ela disse: “Pastor, obrigada. Achei que nunca mais teria um lar, mas Deus me mostrou que, mesmo na perda, Ele está no controle.”
Essas palavras marcaram o coração do pastor. Ele entendeu, então, que o verdadeiro impacto não está no que construímos com as mãos, mas no que edificamos nos corações.
A paz não vem da ausência de tragédias, mas da presença de Cristo. Onde o mundo só vê ruínas, Deus vê o início de um novo lar. A dor pode ser grande, mas o poder de Deus é maior. E é por isso que, mesmo quando não entendemos, confiamos. Porque Ele continua sendo bom. Mesmo quando Deus permite tragédias.
Conclusão do Estudo
Mesmo quando não entendemos por que Deus permite tragédias, podemos confiar que Ele continua no controle. A história do pastor Zachariah e da vila de Mangu mostra isso. Deus não impediu o sofrimento, mas também não os abandonou. Ele usou a dor para construir algo novo.
E o mesmo pode acontecer conosco. Às vezes, o que parece ser o fim é apenas o começo nas mãos do Senhor. Por isso, siga confiando, mesmo em meio às perdas. Deus continua escrevendo sua história, e o final será bom. Ele ainda transforma ruínas em esperança. Você não está só. Ele está com você.