Você já se pegou, em um dia comum, observando as pequenas ações das pessoas ao seu redor? Um gesto de ceder o lugar no ônibus, alguém ajudando a carregar sacolas, ou simplesmente um sorriso oferecido sem esperar nada em troca. Estas pequenas ações, por mais corriqueiras que pareçam, têm algo em comum: elas representam o serviço desinteressado ao próximo.
Vivemos em um mundo onde a individualidade muitas vezes grita mais alto, onde o “eu” frequentemente ofusca o “nós”. Mas, em meio a essa quantidade de interesses próprios, ainda encontramos ecos da mais pura e bela forma de humanidade: o ato de servir. E não estou falando de grandes feitos heróicos, mas do serviço do dia a dia, que muitas vezes passa despercebido, mas que transforma vidas.
É sobre isso que vamos refletir na sexta mensagem da série: A Arte de Servir. Então, se inscreva no Canal e ative todas as notificações para não perder nenhuma das nossas mensagens, e fique comigo até o final porque: há uma Palavra de Deus para você.
Estudo no formato de vídeo:
>>> Se inscreva no nosso Canal do Youtube
O Chamado é Pessoal
“Mas agora, assim diz o SENHOR que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu.” – Isaías 43:1
Em uma época onde somos frequentemente reduzidos a números, códigos e estatísticas, a mensagem de Isaías 43:1 ecoa como um canção suave e poderosa em nossos corações: Deus nos chama pelo nome. No vasto universo, em meio a bilhões de estrelas e galáxias, o Criador do Céu e da Terra conhece cada um de nós de forma íntima e pessoal. Ele nos chama pelo nome, uma expressão profunda de Seu amor por nós.
A identidade de Israel, representada por Jacó, é mencionada de forma específica neste versículo. Deus não se refere a eles como uma massa indistinta, mas como indivíduos que Ele formou, que Ele criou com propósito e intenção. Tal ênfase em uma identidade individual nos mostra que cada ser humano é único aos olhos de Deus. Não somos apenas uma criação coletiva, mas somos individualmente esculpidos por Suas mãos.
O verbo “remi” nesse versículo não deve ser esquecido. Ele nos fala de um Deus que não apenas nos conhece, mas que também pagou um preço por nós. Fomos resgatados, comprados pelo preço inestimável do sangue de Cristo. Isso não apenas enfatiza o valor que Deus vê em cada um de nós, mas também a extensão de Seu amor. Ele não nos abandonou em nosso estado perdido e quebrado, mas nos chamou de volta para Si, nos chamou pelo nome e disse: “tu és meu”.
Sobre isso, D.L. Moody disse o seguinte: “A medida do amor de um homem é o que ele faz com o poder, e a medida do amor de um homem por Deus é como ele serve aos outros.”
E aqui está a profundidade deste chamado pessoal: não é apenas um reconhecimento de nossa existência, mas uma afirmação de pertencimento. O Senhor diz: “Tu és meu”. É uma declaração de propriedade, de cuidado, de proteção. É uma promessa de que não estamos sozinhos, que pertencemos a Alguém maior que nós mesmos.
Em um mundo que muitas vezes nos faz sentir insignificantes, a verdade revelada em Isaías 43:1 é uma âncora para nossas almas. Deus nos vê, nos conhece e nos chama para um relacionamento profundo e pessoal com Ele. E, neste relacionamento, somos chamados a servir, a desempenhar nosso papel único no grandioso plano divino. Seu chamado não é genérico; é especificamente para você, para mim. E quando entendemos isso, nosso coração se enche de gratidão e amor, prontos para responder a esse chamado pessoal para servir.
O Verdadeiro Valor da Generosidade
“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” – 1 Pedro 4:10
Vivemos em um mundo onde somos constantemente inundados por estatísticas e números. São dados que medem desde nosso desempenho no trabalho até nossa atividade nas redes sociais. Por exemplo, segundo a World Giving Index, em 2019, cerca de 1,3 bilhão de pessoas em todo o mundo ajudaram um estranho. E essa é uma estatística impressionante! Revela que há uma capacidade natural em muitos de nós para servir e ajudar.
No entanto, tão importante quanto celebrar esses grandes números, é lembrar que, por trás de cada estatística, existe uma pessoa, uma história, um ato de sacrifício ou generosidade. O serviço genuíno não pode ser simplesmente reduzido a números ou percentuais. Ele é feito de momentos de bondade, de mãos estendidas, de palavras de conforto e atos de amor.
O apóstolo Pedro nos lembra em sua carta que cada um de nós recebeu dons específicos. Não somos todos iguais, nem fomos chamados para servir da mesma maneira. A beleza da igreja e da comunidade cristã é que ela é composta por pessoas com habilidades, talentos e paixões variadas. Juntas, essas individualidades criam um ambiente rico e diversificado de serviço.
E, ainda assim, mesmo que cada um sirva de maneira diferente, todos nós compartilhamos uma coisa em comum: somos despenseiros da multiforme graça de Deus. Isso significa que a graça que recebemos não foi dada para que a guardemos para nós mesmos. Como despenseiros, somos chamados a administrar essa graça, a distribuí-la, a compartilhá-la.
Sobre isso, Ronald Reagan disse o seguinte: “Não podemos ajudar a todos, mas todos podem ajudar alguém.” — Ronald Reagan.
Servir é um privilégio, não uma obrigação. Quando entendemos isso, nosso serviço deixa de ser uma tarefa ou algo a ser feito com resistência e se torna uma expressão genuína de nossa gratidão a Deus. Segundo uma pesquisa do Pew Research Center em 2018, 55% dos adultos nos Estados Unidos disseram que já haviam servido voluntariamente em um grupo religioso. Este número é uma prova prática do desejo humano de fazer a diferença e de servir em comunidade.
Os números e estatísticas podem nos fornecer uma visão geral de como o mundo está respondendo ao chamado para servir. Mas, nunca devemos nos esquecer do coração por trás de cada ato de serviço, da multiforme graça de Deus que nos capacita a dar e do imenso privilégio que é ser usado por Ele. Porque, no final das contas, não são os números que importam, mas as vidas tocadas, as histórias transformadas e a glória dada a Deus através de nosso serviço.
A Paixão por Trás da Missão
“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.” – Gálatas 5:13
Já parou para pensar sobre a liberdade que temos em Cristo? Muitas vezes, falamos de nossa liberdade como um direito adquirido, algo pelo qual somos gratos. Mas raramente refletimos sobre o chamado que vem com essa liberdade. Paulo nos desafia: não usemos nossa liberdade como desculpa para viver de maneira egoísta, mas como oportunidade de amar e servir.
Mas, você pode perguntar: “Por que servir? Por que dar de mim mesmo quando, às vezes, sinto que mal tenho energia para enfrentar o dia?” E a resposta está em uma única palavra: amor. Foi pelo amor que Cristo nos serviu, entregando-se por nós. E é pelo amor que somos chamados a servir os outros.
Se há uma coisa que a vida me ensinou, é que o serviço sem amor é vazio. Pode até ser útil, mas não é transformador. Mas, quando servimos movidos pelo amor, mesmo o menor dos gestos pode ter um impacto eterno.
Quero lhe fazer um convite. Pense em alguém que precisa de um gesto de amor hoje. Pode ser um amigo, um vizinho, ou até mesmo um estranho. Não precisa ser algo grandioso. Um simples telefonema, uma mensagem, um prato de comida ou um ouvido atento pode fazer toda a diferença.
Sobre isto, Lottie Moon disse o seguinte: O pequeno é grande quando Deus está nele.”
Lembre-se: cada um de nós, à sua maneira, foi chamado para servir. Não como uma obrigação, mas como um privilégio. E cada vez que respondemos a esse chamado com entusiasmo e paixão, trazemos um pouco mais do céu para a terra.
Então, amado irmão e amada irmã, ao refletirmos sobre esse chamado divino, que nossos corações se encham de gratidão e zelo. Que possamos ver além das tarefas e enxergar as oportunidades. E que o amor seja sempre a nossa motivação, a força propulsora que nos move em direção ao outro, cumprindo nosso chamado divino de servir com paixão e propósito.