Você já parou pra pensar nas mãos de Jesus? Marcadas pelas cicatrizes da crucificação, mas antes disso, marcadas pelo trabalho, pela ajuda, pelo toque curativo. Já parou pra pensar nessas mãos servindo, acolhendo, curando.
Essas são as mãos que nos convidam a servir. Ele, o Rei dos Reis, o Príncipe da Paz, se fez servo. Ele, que deu a vida pela humanidade, nos chama a dar de nós mesmos em favor do próximo.
E que honra temos, que privilégio sem tamanho é este, de sermos chamados a seguir os passos do Mestre Jesus!
Não fomos chamados para uma fé passiva, confortável, mas para uma fé ativa, vibrante, que se manifesta em ações, que se doa sem reservas. Fomos chamados a refletir a luz de Jesus no rosto de nossos irmãos e irmãs, a estender as mãos para aqueles que precisam, a amar como Ele nos amou.
>>> Inscreva-se em nosso Canal no YouTube
O Exemplo de Jesus
“Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Pois eu vos dei o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz.” (João 13:14-15)
Refletir sobre o exemplo de Jesus é embarcar numa jornada de humildade, devoção e amor incondicional. É contemplar um mestre que, embora dotado de poderes divinos, escolheu o caminho do servo.
Em uma noite que antecedia os eventos mais dramáticos de sua jornada terrena, Jesus Cristo, o Messias prometido, o Rei dos Reis, se ajoelhou e lavou os pés dos discípulos.
Imagine a cena, amados irmãos e irmãs. Jesus, com uma toalha amarrada à cintura, ajoelhando-se diante de cada discípulo, um a um, lavando seus pés cansados e empoeirados. Aqueles pés que caminharam por muitos quilômetros, que seguiram Jesus por vales e montanhas, por cidades e campos. Aqueles pés que Ele mesmo guiou, agora, estavam sendo limpos por suas próprias mãos.
E por quê? Por que o Mestre faria isso?
Ele mesmo nos deu a resposta: para nos dar o exemplo.
Para nos mostrar que ninguém, absolutamente ninguém, é tão importante ou tão alto que não possa se curvar para servir o outro. E, ainda mais, que no serviço está a verdadeira grandeza, a verdadeira nobreza. A nobreza do céu, que se revela na humildade, na compaixão, na disposição de colocar as necessidades dos outros antes das nossas.
Foi assim, Jesus quebrou todas as barreiras, todas as convenções. Ele, que poderia reivindicar o lugar mais alto, escolheu o mais baixo. Ele, que poderia ser servido, escolheu servir. E, ao fazer isso, Ele nos mostrou o caminho. Ele nos mostrou como é viver o reino de Deus aqui na terra. Ele nos mostrou como amar verdadeiramente.
Sobre isso, C.S Lewis disse o seguinte: “O verdadeiro humilde não se recusa a ser um verme. No verdadeiro humilde, uma disposição divina para passar por verme sempre se encontra ao lado de uma ardente alegria interior em ser um filho de Deus. Ele está feliz por reconhecer-se como herdeiro do universo, pois reconhece que a herança lhe pertence. Ele está feliz por se achar um verme, pois está olhando para Deus.” (C.S. Lewis, ‘Os quatro amores’)
O exemplo de Jesus nos convida a uma revolução do amor, uma revolução que começa no coração e se manifesta em ações. Uma revolução que não busca poder ou prestígio, mas busca servir, amar e dar.
Uma revolução que, ao seguir o exemplo do Mestre, pode transformar o mundo. Pois, como Jesus nos mostrou, o maior entre nós é aquele que serve. E é essa a lição que devemos levar em nossos corações e viver em nossas vidas.
O Chamado ao Serviço Altruísta
“Pois vocês, irmãos, foram chamados à liberdade; porém não usem da liberdade para dar ocasião à carne, mas sim, servindo uns aos outros mediante o amor.” (Gálatas 5:13)
Ah, a liberdade, meus irmãos e irmãs! Como é belo o dom da liberdade que recebemos em Cristo. Fomos libertados das correntes do pecado, da escravidão da lei, para vivermos na gloriosa liberdade dos filhos de Deus.
Mas, que uso faremos desta liberdade? Com que propósito a empregaremos?
O apóstolo Paulo nos dá a resposta em sua carta aos Gálatas: devemos usar nossa liberdade para servir uns aos outros em amor.
Este, é o nosso chamado. Não fomos libertados para nos entregarmos aos desejos da carne, para vivermos para nós mesmos. Fomos libertados para servir, para amar, para dar de nós mesmos como Cristo deu. Este é o chamado ao serviço altruísta.
E que chamado glorioso é este! Que honra incomparável é poder seguir os passos do Mestre, poder refletir o Seu amor em nosso próximo, poder ser Suas mãos e pés neste mundo necessitado. Fomos chamados a ser sal e luz, chamados a fazer a diferença, chamados a amar como Jesus amou.
O chamado ao serviço de amor ao próximo não é um chamado a uma vida fácil. Não é um chamado ao conforto. É um chamado à ação, um chamado à entrega, um chamado a ir além da comodidade. Mas é também um chamado à alegria, à satisfação, à plenitude que só pode ser encontrada quando damos de nós mesmos em amor.
Porque, no final das contas, o que realmente importa não é o que temos, mas o que damos. Não é o que conseguimos, mas o que compartilhamos. Não é o que acumulamos, mas o que doamos.
Sobre isso, Martin Luter King Jr, disse: “Cada um de nós pode trabalhar para criar uma consciência que veja o serviço como uma responsabilidade, não como uma oportunidade cívica. Você não precisa ter um diploma universitário para servir. Não precisa saber sobre Platão e Aristóteles para servir. Não precisa saber a teoria do cálculo de Einstein para servir. Você só precisa de um coração cheio de graça. Uma alma gerada pelo amor.” (Martin Luther King Jr.)
Esta é a verdadeira liberdade. A liberdade de amar sem medidas, de servir sem reservas, de dar sem esperar nada em troca.
Viver o Serviço Altruísta
“E o Rei responderá: ‘Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo que ao menor deles, a mim o fizestes.'” (Mateus 25:40)
Para entendermos o serviço de generosidade, vamos olhar para a vida de uma mulher que viveu essa mensagem de uma maneira profunda. Amy Carmichael, uma missionária irlandesa que deixou a segurança e o conforto de sua casa para servir em terras estrangeiras, na Índia.
Ela não foi para a Índia por busca de aventura ou glória, mas sim por amor a Cristo e ao próximo. Amy dedicou sua vida a resgatar crianças que eram exploradas e maltratadas. Ela as acolhia, as amava, as educava. Ela lhes dava uma casa, uma família, uma esperança. Ela lhes mostrava o amor de Jesus de uma maneira concreta e tangível.
Amy Carmichael era uma mulher de fé extraordinária.
Ela acreditava no poder do amor de Deus e estava disposta a dar tudo de si para compartilhar esse amor com os que estavam ao seu redor. Ela viveu o versículo de Mateus 25:40, entendendo que, ao servir ao próximo, estava servindo a Cristo.
E o que podemos aprender com a vida de Amy Carmichael?
Que o serviço altruísta não é uma teoria, não é uma ideia bonita para ser admirada à distância. É uma prática, é uma vida vivida em amor e doação. É uma vida que reflete Jesus no próximo.
Ela nos mostra que não precisamos de grandes realizações ou talentos extraordinários para servir. Precisamos apenas de um coração disposto a amar, a se doar, a se gastar pelo próximo. Precisamos de um coração que entenda que cada pessoa é um irmão, uma irmã, amada por Deus, e que merece ser amada e cuidada por nós.
Sobre isso, ela disse: “Você pode não ter nada a oferecer, exceto sua capacidade de sofrer. Não minimize isso. Nós seguimos um Senhor que foi o maior sofredor que já viveu. Um sofredor é alguém que pode ajudar outro sofredor.” (Amy Carmichael)
Como Amy Carmichael nos mostrou, o serviço generoso não é apenas sobre o que fazemos. É sobre quem somos. É sobre o que amamos. E, acima de tudo, é sobre a Quem servimos. Porque, ao servir ao próximo, estamos servindo a Cristo. E não há maior honra, maior alegria, maior privilégio do que isso.