No relato de Mateus 17:1-9, somos transportados a um dos momentos mais misteriosos e reveladores da vida de Jesus: a Transfiguração. Este evento, marcado pela transformação da aparência de Jesus e pela presença de Moisés e Elias, é uma janela aberta para a divindade de Cristo.
A voz de Deus Pai, proclamando a filiação e a autoridade de Jesus, é ouvida, reforçando a importância de Seus ensinamentos. Neste estudo de Mateus 17:1-9, exploraremos as camadas de significado por trás dessa passagem, buscando compreender como ela reafirma a missão de Jesus e fortalece nossa fé na Sua supremacia divina.
Estudo de Mateus 17:1-9 em vídeo
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A Transfiguração de Jesus (Mateus 17:1-2)
A Transfiguração de Jesus é considerada um evento de grande significado dentro do cristianismo por várias razões. Primeiramente, esse acontecimento serve como uma manifestação poderosa da divindade de Jesus. A alteração em sua aparência e a voz do Pai, que proclama “Este é o meu Filho amado, de quem me agrado” (Mateus 17:5), confirmam a identidade e a missão celestial de Jesus. Essa ocasião ajuda a consolidar a crença de que Jesus não é apenas um líder religioso ou um profeta; ele é, verdadeiramente, o Filho de Deus.
Durante este evento, a presença de Moisés e Elias, representando a Lei e os Profetas respectivamente, simboliza que Jesus é o cumprimento de toda a tradição profética e da lei mosaica do Antigo Testamento. Esse aspecto fortalece a unidade e a continuidade das Escrituras no cristianismo, evidenciando que Jesus não veio para abolir a Lei e os Profetas, mas para completá-los (Mateus 5:17).
Ademais, a Transfiguração oferece aos discípulos (e, por extensão, aos cristãos) um vislumbre do Reino de Deus e da ressurreição futura, mostrando que Jesus reinará em glória, o que é uma promessa central da esperança cristã. Este evento reforça a crença na vida eterna e na glorificação que aguarda os seguidores de Jesus.
O mandamento divino para “ouvir” Jesus enfatiza a suprema autoridade de seus ensinamentos. Esta faceta da Transfiguração reforça a importância de submetermo-nos aos ensinos de Jesus, reconhecendo sua natureza divina e seguindo suas instruções como a palavra final e autoridade de Deus.
- Este evento fortalece a fé dos discípulos em sua missão. (2 Pedro 1:16-18 – “Não seguimos fábulas engenhosamente inventadas quando lhes falamos sobre o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, mas fomos testemunhas oculares de sua majestade.”)
- A transfiguração revela a divindade de Jesus aos seus discípulos escolhidos. (Hebreus 1:3 – “Ele é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser…”)
A Aparição de Moisés e Elias (Mateus 17:3)
A presença de Moisés e Elias durante a Transfiguração de Jesus é extremamente simbólica e significativa no contexto do cristianismo. Ambos são figuras centrais do Antigo Testamento e representam aspectos fundamentais da fé judaica que são completados em Jesus. Aqui estão as principais razões e significados por trás da presença deles:
- Representação da Lei e dos Profetas:
- Moisés é tradicionalmente visto como o grande legislador de Israel, a quem Deus deu a Lei no Monte Sinai. Ele simboliza a Torá, a base da vida religiosa e ética do povo judeu.
- Elias é um dos maiores profetas de Israel, conhecido por sua pregação poderosa contra a idolatria e por sua dramática ascensão ao céu em um carro de fogo. Ele representa os profetas, que chamaram Israel ao arrependimento e previram a vinda do Messias.
- A presença conjunta dessas duas figuras com Jesus durante a Transfiguração simboliza que Jesus é o cumprimento da Lei e dos Profetas. Ele é apresentado como a figura central que une e completa as principais correntes da tradição religiosa judaica.
- A conversa deles com Jesus sobre sua partida iminente, que Lucas descreve como sua “exodose” (saída, partida), revela uma preparação para o evento da crucificação e ressurreição. Assim, Moisés e Elias estão não apenas validando a missão de Jesus, mas também o preparando e aos discípulos para os eventos dolorosos que estão por vir.
- A presença deles sublinha a integração da missão de Jesus com a tradição judaica. (Romanos 3:21 – “Mas agora se manifestou uma justiça que provém de Deus, independente da Lei, da qual testemunham a Lei e os Profetas.”)
- Mostra que Jesus é o centro da fé e das promessas divinas. (Gálatas 3:24 – “Assim, a Lei foi o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé.”)
A Voz do Pai (Mateus 17:4-9)
A voz do Pai durante a Transfiguração não apenas serve como confirmação da missão e identidade de Jesus, mas também como um selo divino de autoridade sobre seus ensinamentos e ações. Quando Deus declara, “Este é meu Filho amado, em quem me agrado; ouçam-no”, Ele não está apenas reafirmando o amor e a aprovação divina para com Jesus, mas também está destacando a necessidade de seguirmos seus ensinamentos.
O mandamento para “ouvi-lo” enfatiza a importância crítica de aderir aos ensinamentos de Jesus como a palavra final em matéria de fé e conduta. Este é um chamado claro para todos os cristãos a colocarem os ensinamentos de Jesus no centro de suas vidas, reconhecendo-O como a autoridade máxima dada por Deus.
- Este anúncio divino serve como um selo de autoridade sobre os ensinamentos e ações de Jesus. (João 12:49-50 – “Pois não falei por mim mesmo, mas o Pai que me enviou ordenou-me o que dizer e como falar.”)
- O mandamento para “ouvi-lo” destaca a importância de seguir os ensinos de Jesus. (Hebreus 1:2 – “Mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho…”)
Ao finalizar nosso estudo sobre Mateus 17:1-9, somos convidados a refletir sobre a magnífica Transfiguração de Jesus e seu significado profundo para nossa fé. Esse evento não apenas reforça a identidade divina de Jesus, mas também nos exorta a ouvir atentamente e seguir seus ensinamentos.
Encorajo cada um de vocês a se aprofundar ainda mais na leitura e meditação de Mateus 17, explorando como essa passagem pode impactar e transformar nossa caminhada espiritual diária. Que esse estudo inspire vocês a buscar uma conexão mais íntima e obediente com nosso Salvador.