Hoje, vamos mergulhar em Mateus 23:34-39. Este trecho da Bíblia revela a advertência de Jesus sobre o julgamento que viria, destacando a rejeição contínua dos mensageiros de Deus pelo povo. Jesus lamenta profundamente por Jerusalém, expressando Seu desejo de proteger e cuidar dela. Apesar das rejeições, o amor de Deus permanece constante, oferecendo uma promessa de reconciliação futura.
À medida que estudamos esse texto, entenderemos a seriedade da rejeição e a esperança que há em aceitar Jesus como o Messias. Vamos explorar juntos essas poderosas lições e permitir que Deus fale aos nossos corações.
Estudo de Mateus 23:34-39 em vídeo
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A Advertência de Julgamento (Mateus 23:34-36)
Jesus começa por anunciar que enviará profetas, sábios e mestres ao povo judeu. No entanto, Ele antecipa que muitos desses enviados sofrerão perseguição severa, incluindo morte e crucificação. A reação violenta e a rejeição desses mensageiros não são novidade; são, de fato, um padrão repetido ao longo da história de Israel.
Jesus afirma que tal rejeição acumulará sobre essa geração o “sangue justo”, ou seja, a culpa pelo sangue dos justos derramado, desde Abel até Zacarias. Este é um pronunciamento de julgamento que se espera cair sobre Jerusalém por não ter ouvido aqueles que foram enviados por Deus. Em uma mudança de tom, Jesus expressa um lamento profundo por Jerusalém. Ele usa a metáfora de uma galinha que deseja reunir seus pintinhos sob as asas para ilustrar seu desejo de proteger e cuidar de Jerusalém, que continuamente rejeita Seus cuidados. A frase “eis que a vossa casa vos é deixada deserta” sugere uma consequência direta dessa rejeição contínua: a destruição e desolação de Jerusalém, algo que historicamente se cumpriu com a destruição do Templo em 70 d.C. pelos romanos.
Finalmente, Jesus termina com palavras que combinam julgamento e esperança. Ele diz que não voltará a ser visto até que as pessoas declarem: “Bendito o que vem em nome do Senhor.” Esta é uma referência ao futuro reconhecimento de Jesus como o Messias durante Sua segunda vinda, quando Israel finalmente aceitará a quem eles rejeitaram anteriormente. É uma promessa de reconciliação futura, mas condicionada ao reconhecimento e à aceitação de Jesus como o enviado de Deus.
Devemos ficar atentos aos seguintes pontos: A rejeição dos mensageiros de Deus traz sérias consequências. (2 Crônicas 36:15-16). Cada geração é responsável por como responde aos profetas de Deus (Lucas 11:50) A história é testemunha das consequências da desobediência a Deus (Neemias 9:26)
A Culpa Acumulada (Mateus 23:37-38)
Ignorar os mensageiros de Deus leva à destruição espiritual e física. Há pessoas que são de coração duro e, apesar de todos os avisos e sinais, não se voltam para Deus. Isso é algo que a Bíblia nos alerta repetidamente. Por exemplo, Jeremias 25:4 nos diz: “E o Senhor enviou todos os seus servos, os profetas, a vocês, de novo e de novo, mas vocês não escutaram nem inclinaram os ouvidos para ouvir.”
Deus mostra paciência, mas há um limite para a Sua tolerância. Isso é visto em Gênesis 6:3, onde o Senhor diz: “Meu Espírito não contenderei com o homem para sempre, pois ele é mortal; seus dias serão cento e vinte anos.” Isso demonstra que a paciência de Deus é grande, mas não infinita. Quando o povo de Deus continua a rejeitar os Seus mensageiros e a Sua palavra, chega um momento em que Ele permite que a consequência de suas ações caia sobre eles.
A rejeição repetida de Deus resulta em desolação, tanto física quanto espiritual. Isaías 5:6 ilustra isso claramente: “Eu tornarei Jerusalém uma ruína.” Essa desolação é o resultado direto da rejeição contínua do amor e da proteção de Deus. É um lembrete poderoso de que as ações têm consequências e que a desobediência a Deus leva à ruína.
O Lamento por Jerusalém (Mateus 23:39)
Apesar de toda a rejeição e desobediência, o amor de Deus é constante, mesmo diante de nossa indiferença. Em Oséias 11:8, Deus expressa isso comoventemente: “Como poderia eu desistir de você, Efraim? Como poderia eu entregá-lo, Israel?” Esse versículo nos mostra que, apesar de nossa teimosia e rebeldia, o coração de Deus sempre bate com amor por nós.
A rejeição não pára o amor redentor de Deus. Romanos 5:8 afirma: “Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.” Essa verdade central do Evangelho nos lembra que, mesmo quando estamos afastados de Deus, Ele continua a nos amar e a buscar nossa redenção.
A restauração está disponível quando reconhecemos a autoridade de Deus. Joel 2:13 nos convoca: “Rasguem o coração, e não as vestes. Voltem para o Senhor, o seu Deus.” Esse chamado à humildade e ao arrependimento é um lembrete de que sempre há um caminho de volta para Deus. Quando reconhecemos nossa necessidade de Deus e nos voltamos para Ele com sinceridade, encontramos restauração e renovação.
Em conclusão, Mateus 23:34-39 é um chamado sério e urgente ao arrependimento e à aceitação do amor e da proteção de Deus. Que possamos responder a esse chamado com corações abertos e vidas transformadas pela Sua graça.