Mateus 27:45-56 nos apresenta momentos intensos e dramáticos da crucificação de Jesus. A escuridão ao meio-dia, o grito de abandono e os eventos sobrenaturais após Sua morte revelam a profundidade do sacrifício de Cristo. Jesus, o Filho de Deus, sofreu em nosso lugar, carregando o peso do pecado de toda a humanidade.
Esses eventos não foram apenas simbólicos, mas tiveram impacto eterno, abrindo o caminho para a nossa reconciliação com Deus. Ao refletirmos sobre esse texto, somos lembrados do preço altíssimo da nossa salvação e do amor incomparável de Jesus por nós.
Estudo de Mateus 27:45-56 em vídeo
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A Escuridão ao Meio-Dia (Mateus 27:45)
Em Mateus 27:45, lemos que, por volta do meio-dia, a escuridão cobriu toda a terra até as três da tarde. Jesus já estava na cruz desde as nove da manhã, e o que deveria ser o momento de maior luz do dia se transformou em trevas profundas. Este não era um simples fenômeno natural. A escuridão que cobriu o céu naquele momento era um sinal sobrenatural que refletia a gravidade do que estava acontecendo.
No Antigo Testamento, a escuridão é frequentemente associada ao julgamento de Deus. Por exemplo, em Êxodo 10:21-23, lemos sobre uma das pragas enviadas sobre o Egito, quando trevas cobriram a terra como sinal do julgamento divino. Assim, a escuridão que ocorreu durante a crucificação de Jesus simboliza o julgamento de Deus sobre o pecado do mundo. Jesus, o Cordeiro de Deus, estava tomando sobre Si o pecado de toda a humanidade.
Isaías 53:5-6 descreve o Servo Sofredor, aquele que seria ferido por nossas transgressões e esmagado por nossas iniquidades. A escuridão que cobriu a terra durante a crucificação de Jesus pode ser vista como a criação respondendo ao sofrimento de seu Criador. O sol, que normalmente brilha forte naquele horário, se recusou a iluminar o cenário em que o Filho de Deus sofria e morria.
Cada momento dessas trevas representa o juízo que nós merecíamos, mas que Jesus suportou em nosso lugar. Como Paulo nos lembra em Romanos 3:23, todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus. Mas, graças ao sacrifício de Jesus, temos a chance de nos reconciliar com Deus. A escuridão ao meio-dia nos lembra que a salvação foi comprada a um preço altíssimo. O sangue de Jesus, como mencionado em 1 Pedro 1:18-19, é mais valioso do que ouro ou prata. O luto da criação naquele momento revela o extremo custo da nossa redenção.
O Grito de Abandono (Mateus 27:46-50)
Depois de horas de silêncio, por volta das três da tarde, Jesus gritou: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mateus 27:46). Este é um dos momentos mais profundos da crucificação. Até aquele instante, Jesus suportou em silêncio. No entanto, quando Ele percebe que o fim está se aproximando, Jesus expressa o profundo desespero humano que tomou sobre Si.
O grito de Jesus ecoa o Salmo 22:1, onde Davi clama a Deus em angústia. O sentimento de abandono que Jesus experimenta é a prova de que Ele estava carregando o peso do pecado de toda a humanidade. Em 2 Coríntios 5:21, Paulo nos diz que Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado. Isso significa que Jesus experimentou a separação de Deus, algo que nós, pecadores, merecíamos. Jesus tomou sobre Si o abandono que deveria ser nosso.
Este grito de abandono, no entanto, nos lembra de que, por causa do sacrifício de Jesus, nós nunca precisaremos experimentar essa separação. Deus prometeu nunca nos deixar nem nos abandonar (Hebreus 13:5). O que Jesus suportou na cruz garante que, mesmo em nossos momentos de maior dor, podemos ter a certeza de que Deus está conosco.
Os Eventos Pós-Crucificação (Mateus 27:51-56)
Logo após Jesus entregar o espírito, eventos dramáticos aconteceram. O véu do templo foi rasgado de alto a baixo, a terra tremeu, e os túmulos se abriram (Mateus 27:51-52). O véu no templo simbolizava a separação entre Deus e a humanidade. Somente o sumo sacerdote tinha acesso à presença de Deus, uma vez por ano, no Santo dos Santos. Mas, com a morte de Jesus, essa separação foi abolida. O véu rasgado simboliza a nova aliança que Jesus inaugurou, dando-nos acesso direto a Deus. Hebreus 10:19-20 nos assegura que, pelo sangue de Jesus, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos.
Além disso, o terremoto e a ressurreição de muitos santos mostram que a morte de Jesus teve um impacto tanto espiritual quanto cósmico. A criação reagiu ao sacrifício do Filho de Deus, e até a morte foi vencida naquele momento. Esses eventos pós-crucificação revelam a magnitude do que aconteceu na cruz. A morte de Jesus não foi um evento comum, mas algo que abalou os céus e a terra.
Finalmente, o centurião romano que estava de guarda reconheceu a identidade de Jesus ao ver tudo o que aconteceu. Ele declarou: “Realmente este homem era o Filho de Deus!” (Marcos 15:39). A confissão do centurião é uma prova do poder transformador do sacrifício de Jesus. Mesmo aquele que O crucificou pôde reconhecer a verdade. Isso nos lembra do impacto que a pregação do Evangelho pode ter nas vidas das pessoas.
Esses eventos finais nos mostram que o sacrifício de Jesus não apenas abriu o caminho para a nossa reconciliação com Deus, mas também revelou o poder e a soberania de Deus sobre toda a criação. O véu rasgado, o terremoto e a ressurreição dos santos são símbolos claros de que a obra de Jesus foi completa e suficiente para nos dar vida eterna.
Conclusão do Estudo de Mateus 27:45-56
Ao meditarmos em Mateus 27:45-56, somos impactados pela profundidade do sacrifício de Jesus. Ele enfrentou escuridão, abandono e morte para nos dar vida e acesso direto a Deus. Esses eventos revelam a magnitude do amor de Cristo e nos convidam a uma resposta de gratidão e entrega.
Que nunca esqueçamos o preço pago pela nossa salvação. Para entender mais sobre os acontecimentos que levaram a esse momento, eu te convido a continuar o estudo de Mateus 27 e mergulhar nos detalhes poderosos desse capítulo. Você vai se surpreender com cada revelação!