Início de tarde. Sol escaldante. Ao longe da empoeirada estrada, ela vem correndo. “Mas, onde está o cântaro?”. A vila surpresa aguarda enquanto ela se aproxima. Todos a conhecem. Sua reputação é tão limpa quanto a de um trapaceiro.
“O que houve?”
“Vinde e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; porventura, não é este o Cristo? Saíram, pois, da cidade e foram ter com ele” (João 4.29,30).
A pequena vila de samaritanos não compartilhava apenas as longas e imponentes barbas dos anciãos, nem a submissão das mulheres, ou os refrescantes chás da tarde. Parece-me que todos buscavam algo além. Algo que um pouco de água não podia saciar.
Por que para eles era tão importante que alguém os descobrisse? Digo: por que o fato de Jesus descobrir-lhes o coração, e revelar os seus pecados, constituiu-se em que Ele de fato era o Cristo?
Por que o fato de Jesus lhes expor as entranhas do pecado, constituiu-se em algo bom?
O pecado é corrosivo, destrói.
“Enquanto eu me calei, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia” (Salmos 32.3).
Os samaritanos estavam cansados do mortífero tradicionalismo, que afasta Deus do homem. Cansados do descaso. Cansados de preconceito. Eles queriam Deus. Queriam o seu perdão.
O Senhor então vem e fala ao coração daquele povo. As palavras de Jesus são uma espécie de bomba atômica sobre sua religiosidade e como a mão de carícia, sobre suas almas. E então… “Muitos mais creram nele, por causa da sua palavra. E diziam à mulher: Já não é pelo que disseste que nós cremos, porque nós mesmos o temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo” (v.41,42).
Ao entardecer o olhar daquelas pessoas se perdiam em Jesus. Paravam e observavam. Aquele Rabino judeu. Ele é diferente. Ele não é mais um. “Este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo”.
É perdão que você precisa?
Estenda a mão. E o receba de Jesus.