Quatro da tarde. Um sábado. No ponto de ônibus de uma avenida cheia de carros velozes, na maior cidade da América Latina – São Paulo – estava eu. Sentia-me tão a vontade quanto alguém que salta de um avião sem paraquedas.
Após alguns minutos, como se não bastasse, começou a chover. Onde eu estava não havia cobertura, e o resultado vocês já imaginam. Ensopado. Foi assim que fiquei. Olhava adiante e nada via. O ponto em que estava era dentro de uma curva, não sabia o que havia após.
Veio o ônibus. Animado corri, estendi a mão e pedi parada, mas… Ele não parou.
Naquele momento, debaixo de chuva e já perto das cinco da tarde, percebi que havia uma atmosfera espiritual diferente no ar. Eu havia orado e jejuado durante toda a semana em busca de respostas da parte do Senhor Jesus. Meu espírito estava sensível. Não era coincidência que tantas coisas estivessem acontecendo ao mesmo tempo.
Tendo sentido isso me pus a orar: “Pai, o que quer que seja que o Senhor vá permitir, me guarde. Não me deixes cair em tentação.”
Alguns minutos depois, enquanto orava, parou um ônibus. Algumas pessoas desceram, um jovem me perguntou a hora, e todos seguiram seu caminho, e eu continuei ali, sozinho… Aquele jovem, porém, voltou.
De uma forma não amigável e proferindo palavras contra a minha mãe, ele pôs uma pistola no meu peito e disse: “Passa a carteira”!
Sem hesitar, eu o fiz.
Não senti medo. Não fiquei nervoso. Inseguro. Não senti nada. O meu espírito havia sido preparado pelo Senhor para aquele momento.
Foi o que aconteceu com o Senhor Jesus, porém em uma escala infinitamente maior.
“A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome” (Mateus 4.1,2).
A primeira investida é: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães.”(v.3).
Necessidade
O adversário sempre irá nos tentar em cima daquilo que necessitamos. E para suportar toda a pressão, o Senhor Jesus, orou e jejuou.
“O Jejum serve para expressar, aprofundar e confirmar a resolução de que estamos prontos para sacrificar qualquer coisa a fim de conseguir o que buscamos para o Reino de Deus”(André Murray).
Foi essa a mensagem de Jesus para o Pai durante os quarenta dias. É essa a mensagem que passamos quando fazemos o mesmo: “É o Senhor quem me alimenta”.
“Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (v.4).
O jejum da força à oração. Ele eleva as nossas petições para um nível mais alto. De importunação (Ver Lucas 11.5-8). Com o jejum, mostramos para Deus que reconhecemos sua grandeza, que ela é o que nos faz viver. É um sinal de humilhação e dependência.
Lembremo-nos do episódio do jovem lunático. Os discípulos tentaram expulsar os demônios que oprimiam o garoto, mas não puderam.
Por quê?
“Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum” (Marcos 9.29).
O Senhor Jesus não estava dizendo que para a expulsar alguns tipos de espíritos imundos, era necessário período de oração e jejum, específicos. Mas sim que: onde há pouca fé, a pouca oração e jejum. Em contrapartida, onde há muita oração e jejum resultante da dedicação genuína a Deus e à sua Palavra, há abundância de fé.
Mas naqueles dias os discípulos não jejuavam (Ver Mateus 9.15). Se eles tivessem uma vida de oração e jejum dedicada, como Jesus, certamente poderiam tê-lo feito.
Quais os motivos pelos quais devemos jejuar?
O jejum deve fazer parte da nossa vida diária, e não apenas dos momentos de tribulação;
Para buscarmos a Face de Deus e nos humilhar (Esdras 8.21-23; Neemias 9.1-3);
Para que o Senhor Jesus mude a situação (Jonas 3.4,10);
Para soltar os cativos (Isaías 58.6);
Para receber revelação (Daniel 9.2,3,21,22);
Para subjugar o corpo (I Coríntios 9.27)
Estes motivos foram tirados do site Discípulos de Jesus em São Paulo, e são apenas alguns dos motivos pelos quais poderemos apresentar o jejum ao Senhor.
o jejum expressa a nossa saudade de alguém que foi tirado fisicamente de nós ,mas como ter saudade de alguém que nunca tocamos? mas como Jesus disse a Thomé vocês crê porque me viu. felizes aqueles que creem sem ver.