“Não se preocupe filho. Vai ficar tudo bem. Tudo bem!” Era o que Mike, de apenas onze anos ouvia, pendurado em uma corda a 250 metros do chão. O incidente ocorreu enquanto fazia trilha com os seus pais. Ele escorregou em um barranco, o que só não foi fatal porque ele se segurou às arvores.
Após o resgate, perguntaram-lhe se havia sentido medo. Mike respondeu:
“Um pouco. Me sentia seguro.”
“Como assim?”
“Meu pai faz parte da equipe de resgate; ele me dizia o tempo todo: Vai ficar tudo bem filho. Vai ficar tudo bem.”
Segurança
Não era exatamente o que Jairo sentia aquele dia. Assim que Jesus colocou os pés em terra, grande multidão o cercou.
“E eis que chegou um dos principais da sinagoga, por nome Jairo, e, vendo-o, prostrou-se aos seus pés e rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare e viva. E foi com ele, e seguia-o uma grande multidão, que o apertava.” (Marcos 5.22-24)
Todos corremos de um lado para o outro, tentando dar o nosso melhor. Tentando estar em evidência. Mas há instituições sobre nós. Autoridades. E muitas das coisas que precisamos, necessitam passar por sua aprovação.
Jairo sabia disso e percebeu que Jesus era o único capaz de livrar sua filha.
O problema?
A concorrência. Muitas pessoas desejavam a atenção do Deus-homem.
“E foi com ele, e seguia-o uma grande multidão, que o apertava.”
Tudo teria sido muito mais simples, não fosse a multidão. A mesma multidão que apertava a Jesus, apertava a alma de Jairo, o tempo estava acabando. Enquanto a mulher do fluxo de sangue testemunhava com alegria. Os sentimentos de Jairo eram espancados pela espera.
Até que…
“Estando ele ainda falando, chegaram alguns do principal da sinagoga, a quem disseram: A tua filha está morta; para que enfadas mais o Mestre?” (v.v:35)
“A concorrência venceu. JESUS não pôde chegar a tempo…”
Há situações em nossas vidas que nos colocam exatamente na posição de Jairo. Temos a sensação de que há pessoas mais espirituais que nós, e a estes, Jesus atenderá. Quem sabe até desejamos, como a mulher siro-fenícia, as migalhas que caem da mesa do Senhor.
Suplicamos pelo milagre. Imploramos. “Muda a minha história Jesus”. Mas a multidão aperta a Jesus. Há muitas pessoas à frente na fila. Pessoas melhores, mais dignas… Eles merecem mais.
“Não incomodes mais o Mestre…”
É o sussurro que ouvimos.
O QUE JESUS DIZ?
“E Jesus, tendo ouvido essas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente.” (v.v:36)
Ele garante resultado à nossa fé. Ele nos dá segurança. Jesus é o que diz: “Vai ficar tudo bem meu filho, vai ficar tudo bem.” Ele não apenas joga a corda, Ele é o chefe da equipe de resgate.
Jesus sustentou a fé de Jairo e mostrou que não o havia esquecido. Que o atender às outras pessoas não era questão de merecimento, mas sim de amor.
Jairo era igualmente importante. E sua filha também.
“Por que vos alvoroçais e chorais? A menina não está morta, mas dorme.” Disse Jesus.
Todos caçoam dEle.
Não sabiam que para Jesus a morte é como um cochilo. Um conto ligeiro. Uma partitura curta.
“Talitá cumi… Menina, a ti te digo: levanta-te. E logo a menina se levantou e andava… e assombraram-se com grande espanto.”
A palavra final pertence ao Senhor Jesus. Ele assegura resultados a nossa fé.
O que Ele tem dito acerca da sua situação? Qual o seu parecer? Permanece em silêncio?
Então aguarde, porque a última palavra fará a menina se levantar.
Se tu crê, tudo é possível ao que crê.