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Início » Bíblia de Estudo Online » Colossenses 1: Como Cristo sustenta todas as coisas hoje?

Colossenses 1: Como Cristo sustenta todas as coisas hoje?

Por Diego Nascimento
Em Bíblia de Estudo Online
Tempo de leitura:9 minutos

Colossenses 1 é, para mim, um dos textos mais sublimes do Novo Testamento. Cada vez que leio esse capítulo, sou lembrado da grandeza absoluta de Cristo e da suficiência total que Ele representa para a nossa fé. Paulo, com palavras claras e profundas, nos coloca diante do coração do evangelho: Cristo é soberano sobre a criação, supremo na redenção e presente em nós, sua Igreja. Não há espaço para concorrência, sejam tradições humanas, rituais ou especulações espirituais. Tudo converge para Ele.

Qual é o contexto histórico e teológico de Colossenses 1?

A carta aos Colossenses foi escrita por Paulo por volta do ano 60 ou 61 d.C., durante sua primeira prisão em Roma, como também aconteceu com Efésios, Filipenses e Filemom, conhecidas como “cartas da prisão”. Essa informação aparece no final da carta, quando o apóstolo menciona suas algemas e seus companheiros de cela (Colossenses 4.10,18).

A cidade de Colossos ficava na região da Frígia, no vale do rio Lico, atual Turquia. Não era uma cidade importante como Éfeso ou Laodiceia, mas possuía uma comunidade cristã significativa, fundada provavelmente por Epafras, discípulo de Paulo (Colossenses 1.7; 4.12).

A motivação da carta foi pastoral e apologética. Epafras visitou Paulo em Roma e relatou tanto as boas notícias sobre a fé e o amor dos colossenses, quanto as preocupações com ensinos distorcidos que estavam ameaçando a igreja. Esses falsos ensinos misturavam elementos do judaísmo, especulação filosófica e misticismo, incluindo a adoração a anjos e regras humanas rígidas (Colossenses 2.8,16-18,23).

Segundo Craig Keener, o pano de fundo religioso da época favorecia essas influências. Existia uma forte fascinação por seres espirituais intermediários e práticas ascéticas, muito comuns na religiosidade popular greco-romana (KEENER, 2017). Diante disso, Paulo responde exaltando Cristo como o único e supremo mediador, aquele em quem habita toda a plenitude divina.

William Hendriksen destaca que Colossenses 1 apresenta um dos hinos cristológicos mais belos da Bíblia, demonstrando tanto a plena divindade quanto a plena humanidade de Cristo (HENDRIKSEN, 2007).

Como o texto de Colossenses 1 se desenvolve?

1. Saudação e gratidão pastoral (Colossenses 1.1-8)

Paulo inicia apresentando-se como apóstolo pela vontade de Deus, e inclui Timóteo como cooperador. Ele dirige a carta aos “santos e fiéis irmãos em Cristo que estão em Colossos” (Colossenses 1.2), reafirmando sua identidade espiritual.

O apóstolo agradece a Deus ao ouvir sobre a fé dos colossenses, o amor que demonstram por todos os santos e a esperança que possuem, fundamentada no evangelho (Colossenses 1.3-5). Ele destaca que o evangelho não é restrito, mas está “frutificando e crescendo em todo o mundo” (Colossenses 1.6), mostrando o poder universal da mensagem de Cristo.

O papel de Epafras é ressaltado: ele é chamado de “fiel ministro de Cristo” (Colossenses 1.7) e foi quem trouxe tanto o evangelho aos colossenses quanto as notícias sobre o amor deles “no Espírito” (Colossenses 1.8).

2. Oração por sabedoria e crescimento espiritual (Colossenses 1.9-14)

Paulo, como um pastor cuidadoso, intercede pelos colossenses. Seu pedido não é por prosperidade material, mas para que sejam cheios do “pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e entendimento espiritual” (Colossenses 1.9).

Essa oração revela o desejo de que os crentes vivam de modo digno, frutifiquem em boas obras, cresçam no conhecimento de Deus, sejam fortalecidos no poder divino e cultivem a perseverança e alegria (Colossenses 1.10-11).

O apóstolo conclui com uma linda lembrança: Deus nos “tornou dignos de participar da herança dos santos na luz” (Colossenses 1.12). Fomos resgatados do domínio das trevas e transportados para o Reino do Filho amado, onde temos a redenção e o perdão dos pecados (Colossenses 1.13-14).

3. A supremacia de Cristo (Colossenses 1.15-20)

Este trecho, provavelmente baseado em um hino cristão primitivo, é um dos cumes teológicos do Novo Testamento.

Paulo afirma que Cristo é:

  • “A imagem do Deus invisível” (Colossenses 1.15), expressão que remete à revelação perfeita de Deus. Como explica Hendriksen, assim como o homem foi criado à imagem de Deus, o Filho é a imagem plena e eterna de Deus (HENDRIKSEN, 2007).
  • “O primogênito de toda a criação” (Colossenses 1.15). Essa expressão, longe de sugerir que Cristo é um ser criado, indica sua posição de soberania e herança sobre todas as coisas, como ocorre em Salmo 89.27.
  • “Nele foram criadas todas as coisas” (Colossenses 1.16), tanto as visíveis quanto as invisíveis. Isso inclui tronos, soberanias, poderes e autoridades, expressões que podem apontar para seres espirituais, inclusive anjos, objeto de especulação entre os colossenses.
  • “Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste” (Colossenses 1.17). Cristo não apenas criou, mas sustenta o universo, mantendo sua coesão e ordem.

Além disso, Cristo é:

  • “A cabeça do corpo, que é a igreja” (Colossenses 1.18). Ele é a fonte, líder e autoridade suprema da comunidade dos salvos.
  • “O princípio e o primogênito dentre os mortos” (Colossenses 1.18). Sua ressurreição inaugura uma nova criação e garante a nossa esperança.
  • “Nele habitou toda a plenitude” (Colossenses 1.19), ou seja, toda a plenitude de Deus está presente em Cristo.
  • Por meio dele, Deus reconciliou todas as coisas, estabelecendo a paz pelo sangue da cruz (Colossenses 1.20).

Essa reconciliação é universal em extensão, mas não no sentido de salvação automática de todos, como destaca Hendriksen. A ideia é que o sacrifício de Cristo restaura a harmonia entre as criaturas e o Criador (HENDRIKSEN, 2007).

4. A reconciliação pessoal dos colossenses (Colossenses 1.21-23)

Paulo traz o assunto para perto: “Antes vocês estavam separados de Deus… mas agora ele os reconciliou” (Colossenses 1.21-22).

Isso aconteceu por meio do corpo físico de Cristo e sua morte. O objetivo é apresentar os crentes “santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação” diante de Deus.

Contudo, há uma condição: permanecer firmes na fé e na esperança do evangelho (Colossenses 1.23). A perseverança é a prova da fé genuína.

5. O ministério e o sofrimento de Paulo (Colossenses 1.24-29)

O apóstolo compartilha sua alegria em sofrer pelos colossenses, pois entende que suas aflições complementam o que falta nas aflições de Cristo, não em sentido redentor, mas no que diz respeito à oposição e perseguição que o corpo de Cristo ainda enfrenta (Colossenses 1.24).

Paulo se vê como ministro da igreja e despenseiro do “mistério”, agora revelado: “Cristo em vocês, a esperança da glória” (Colossenses 1.27).

Ele proclama Cristo, admoestando e ensinando a cada pessoa, visando apresentá-las perfeitas em Cristo (Colossenses 1.28).

A missão de Paulo é árdua, mas ele conta com a força divina que atua poderosamente nele (Colossenses 1.29).

Que conexões proféticas encontramos em Colossenses 1?

Todo o capítulo ecoa promessas messiânicas do Antigo Testamento.

A supremacia de Cristo sobre a criação e sua imagem perfeita de Deus remetem a textos como Salmo 8, onde o domínio do Filho do Homem é anunciado, e a Isaías 9.6-7, onde o Messias é chamado de “Deus Forte” e “Príncipe da Paz”.

A reconciliação universal pela cruz conecta-se a Isaías 53, onde o Servo Sofredor carrega as iniquidades do povo e estabelece a paz.

O “mistério” revelado, Cristo entre os gentios, cumpre o anúncio de que as nações seriam alcançadas pela salvação, como em Gênesis 12.3 e Isaías 49.6.

Keener ressalta que o conceito de “mistério” revelado a todos contrasta com os sistemas místicos e elitistas da época, reforçando a universalidade da salvação em Cristo (KEENER, 2017).

O que Colossenses 1 me ensina para a vida hoje?

Esse capítulo me confronta e encoraja.

Aprendo que:

  • Minha esperança não está em filosofias humanas ou rituais religiosos, mas em Cristo, suficiente e supremo.
  • Ele é o Senhor da criação. Quando olho para o caos do mundo, lembro que “nele tudo subsiste” (Colossenses 1.17).
  • Ele é o cabeça da Igreja. A igreja não pertence a líderes humanos, mas a Cristo, que a sustenta e guia.
  • A cruz não foi apenas um ato histórico, mas um evento cósmico de reconciliação.
  • Em Cristo, Deus me tornou parte da sua família. Fui tirado das trevas para a luz.
  • A presença de Cristo em mim é garantia da glória futura. Não dependo de sentimentos ou méritos, mas da obra consumada dele.
  • Perseverar na fé é essencial. Cada dia, preciso permanecer firme no evangelho.
  • O sofrimento, quando vivido em Cristo, tem propósito. Assim como Paulo, posso me alegrar mesmo nas dificuldades.
  • Tenho uma missão: proclamar Cristo, ensinar e encorajar outros, com o objetivo de vê-los maduros na fé.

Colossenses 1 me mostra que Cristo não é apenas uma parte da minha vida espiritual. Ele é o centro de tudo: da criação, da redenção e do meu dia a dia. Tudo converge para Ele.

Que, assim como Paulo, eu e você possamos viver e proclamar essa verdade com ousadia e alegria.


Referências

  • HENDRIKSEN, William. 1 e 2 Tessalonicenses, Colossenses e Filemom. Tradução: Hope Gordon Silva, Valter Graciano Martins, Ézia Cunha Mullins. 2. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2007.
  • KEENER, Craig S. Comentário Histórico-Cultural da Bíblia: Novo Testamento. Tradução: José Gabriel Said. Edição Ampliada. São Paulo: Vida Nova, 2017.
  • Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001.
Diego Nascimento

Sou Diego Nascimento e o Jesus e a Bíblia não é apenas um projeto, é um chamado. Deus deu essa missão a mim e a Carol (esposa) por meio do Espírito Santo. Amamos a Palavra de Deus e acreditamos que ela pode mudar a sua vida, assim como mudou a nossa.

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