Em Zacarias 9, o Deus de Israel faz uma grave advertência contra os inimigos do seu povo. Isso é uma consequência dos danos causados aos filhos do Senhor. Não se preocupe, o Senhor tem cuidado de você nos mínimos detalhes.
As coisas que lhe afligem não estão passando despercebido aos olhos dele.
Se permanecermos na presença do nosso Deus, desfrutaremos da promessa de alegria que Ele tem reservado para todos nós. A graça de Deus é consoladora e protetora. A calamidade não lhe destruirá, desde que você permaneça debaixo de suas asas.
Esboço de Zacarias 9
9.12: Deus contempla toda a Terra
9.3,4: Tudo pertence ao Senhor
9.5-7: Colocaram a esperança no lugar errado
9.8: Deus defende o seu povo
9.9: O Rei montado em um jumento
9.10: O fim das guerras
9.11,12: Deus de aliança
9.13: Deus capacita o Seu povo
9.14,15: Deus faz o seu povo triunfar
9.16,17: Deus abençoa seu povo
Estudo de Zacarias 9 em vídeo
Zacarias 9.1,2 – Deus contempla toda a Terra
A advertência do Senhor é contra a terra de Hadraque e cairá sobre Damasco, porque os olhos do Senhor estão sobre toda a humanidade e sobre todas as tribos de Israel, e também sobre Hamate que faz fronteira com Damasco, e sobre Tiro e Sidom, embora sejam muito sábias. Zacarias 9:1,2
Alexandre, o Grande, foi provavelmente a causa humana da destruição apresentada nestes e nos versículos seguintes, porque a ordem das cidades apresentadas no texto bíblico parece corresponder geralmente à linha de marcha de Alexandre.
Mas seu envolvimento é ignorado nesta profecia para enfatizar a causa divina final do julgamento em certas cidades e países começando ao norte de Israel.
A localização mais ao norte, Hadraque, era provavelmente Hatarikka, uma cidade e país ao norte de Hamate e mencionado em inscrições cuneiformes assírias.
Damasco era a capital de Aram (Síria).
As palavras, “porque os olhos do Senhor estão sobre toda a humanidade e sobre todas as tribos de Israel” indicam o temor de todos os povos pelo julgamento divino trazido sobre suas cidades.
Hamate era uma cidade síria ao norte de Damasco, no rio Orontes.
A oeste, na costa, ficavam as cidades fenícias de Tiro e Sidom.
Zacarias 9.3,4 – Tudo pertence ao Senhor
Tiro construiu para si uma fortaleza; acumulou prata como pó, e ouro como lama das ruas. Mas o Senhor se apossará dela e lançará no mar suas riquezas, e ela será consumida pelo fogo. (Zacarias 9:3,4)
Tiro era uma fortaleza, uma cidadela de defesa que havia resistido a um cerco de 5 anos pelos assírios sob a liderança de Salmaneser V e, anos depois, a um cerco de 13 anos pelo exército babilônico de Nabucodonosor.
Sua força comercial e econômica se reflete em figuras de linguagem que falam da prata sendo tão comum quanto o pó, e o ouro tão comum quanto a sujeira como se vê em Ezequiel 28.4,5.
Seu empobrecimento e destruição pelo relativamente breve cerco de cinco meses de Alexandre são atribuídos à ação final de Deus em destruir seu poder no mar.
Zacarias 9.5-7 – Colocaram a esperança no lugar errado
Ao ver isso Ascalom ficará com medo; Gaza também se contorcerá de agonia, assim como Ecrom, porque a sua esperança fracassou. Gaza perderá o seu rei, e Ascalom ficará deserta. Um povo bastardo ocupará Asdode, e assim eu acabarei com o orgulho dos filisteus. Tirarei o sangue de suas bocas, e a comida proibida dentre os seus dentes. Aquele que restar pertencerá ao nosso Deus e se tornará chefe em Judá, e Ecrom será como os jebuseus. (Zacarias 9:5-7)
Quatro das cinco principais cidades filisteias são as próximas na marcha do julgamento.
O sangue e o alimento proibido de sacrifícios idólatras, retirados das próprias bocas e dentes cerrados de alguns filisteus indicam sua retirada da idolatria para pertencer ao Deus de Israel e até se tornarem líderes em Judá.
Como os jebuseus, eles serão absorvidos e farão parte povo de Deus.
Uma vez que não há evidência de que isso foi cumprido na invasão de Alexandre, aparentemente aguarda o cumprimento futuro como parte da bênção que resultará do governo do Jesus sonre a Terra.
Zacarias 9.8 – Deus defende o seu povo
Defenderei a minha casa contra os invasores. Nunca mais um opressor passará por cima do meu povo, porque agora eu vejo isso com os meus próprios olhos. (Zacarias 9:8)
Os exércitos macedônios de Alexandre passaram e voltaram a passar pela cidade de Jerusalém sem sitiá-la.
A causa final disso foi a proteção divina da cidade que fica clara na declaração: “Defenderei a minha casa”.
Esta defesa é uma referência a proteção final de Deus sobre Jerusalém no Milênio, quando os inimigos nunca mais a invadirão.
Zacarias 9.9 – O Rei montado em um jumento
Alegre-se muito, cidade de Sião! Exulte, Jerusalém! Eis que o seu rei vem a você, justo e vitorioso, humilde e montado num jumento, um jumentinho, cria de jumenta. (Zacarias 9:9)
Os habitantes de Jerusalém foram personificados como a Filha de Sião e a Filha de Jerusalém que, representando toda a nação de Israel, foram exortados a acolher o Rei vindouro não com medo, mas com alegria, regozijo.
O anúncio de que “seu Rei vem a você” se refere ao tão esperado Rei e Messias anunciado em Isaías 9:5-7 e Miquéias 5:2-4.
O adjetivo “Justo” descreve tanto Seu caráter quanto Seu reinado.
Ele virá como Libertador!
Sua entrada pacífica – montado em um jumento – foi cumprida quando Ele se apresentou a Israel na Entrada Triunfal descrita em Mateus 21:1-5.
No antigo Oriente Próximo, se um rei viesse em paz, ele montava um burro em vez de um garanhão de guerra.
Cristo montou um jumentinho, o potro de uma jumenta.
Como algumas outras profecias do Antigo Testamento, esta combina dois eventos em uma perspectiva – eventos que o Novo Testamento e o Antigo Testamento dividem em dois adventos distintos de Cristo separados pela atual Era da Igreja.
Em Seu Primeiro Advento Ele montou em um jumento e se apresentou à nação de Israel, mas eles O rejeitaram como seu Rei.
Assim, Seu governo universal será estabelecido quando Ele vier novamente.
Zacarias 9.10 – O fim das guerras
Ele destruirá os carros de guerra de Efraim e os cavalos de Jerusalém, e os arcos de batalha serão quebrados. Ele proclamará paz às nações e dominará de um mar a outro, e do Eufrates até aos confins da terra. (Zacarias 9:10)
A destruição dos instrumentos de guerra por Deus – removendo os carros, os cavalos de guerra e o arco de batalha – significa o fim da guerra no Milênio, como lemos em Miquéias 4:3.
Este governo pacífico do vindouro Rei messiânico se estenderá de mar a mar e do Rio até os confins da terra.
Essas expressões indicam claramente a extensão mundial do Reino do Senhor Jesus.
Zacarias 9.11,12 – Deus de aliança
Quanto a você, por causa do sangue da minha aliança com você, libertarei os seus prisioneiros de um poço sem água. Voltem à sua fortaleza, ó prisioneiros da esperança; pois hoje mesmo anuncio que restaurarei tudo em dobro para vocês. (Zacarias 9:11,12)
Aqui vemos fidelidade de Deus às Suas alianças com Israel e que isso é a Sua base para libertá-la da opressão.
Os destinatários imediatos nesses versículos podem ter sido exilados judeus ainda na Babilônia, mas o tema do cumprimento da aliança sugere uma referência final ao reagrupamento de Israel no fim dos tempos.
Pelo menos a esperança futura da nação, por intermédio do Messias, foi a base para o encorajamento contemporâneo nos dias de Zacarias.
O sangue da Minha aliança com você pode se referir aos sacrifícios da Aliança Mosaica, mas também pode estar relacionado à Aliança Abraâmica fundamental que foi confirmada com um sacrifício de sangue.
O poço sem água, que aparece aqui é provavelmente uma figura para o local de exílio.
A fortaleza refere-se a Jerusalém.
Os exilados na Babilônia foram chamados de prisioneiros da esperança porque tinham a promessa de Deus de serem reunidos.
Deus restaurará o dobro, isto é, Suas bênçãos no Milênio excederão em muito qualquer coisa que Israel já conheceu.
Zacarias 9.13 – Deus capacita o Seu povo
Quando eu curvar Judá como se curva um arco e usar Efraim como flecha, levantarei os filhos de Sião contra os filhos da Grécia, e farei você semelhante à espada de um guerreiro. Zacarias 9:13
Pelo menos este versículo, e talvez o resto do capítulo, referem-se ao conflito dos Macabeus (169-135 a.C.) com Antíoco IV Epífanes , Antíoco V Eupator, Antíoco VI e Antíoco VII Sidetes, que eram governantes gregos da Síria.
Essa vitória judaica prenunciou o conflito final e a vitória de Israel quando Deus os trouxer para o Reino milenar.
Assim como o arco e a flecha são essenciais um ao outro, assim Judá e Efraim (Efraim representa as 10 tribos do norte de Israel) serão reunidos.
A referência a essas armas de guerra, incluindo a espada do guerreiro, indica que Deus capacitará Seu povo para derrotar o inimigo, os filhos da Grécia.
Zacarias 9.14,15 – Deus faz o seu povo triunfar
Então o Senhor aparecerá sobre eles; sua flecha brilhará como o relâmpago. O Soberano Senhor tocará a trombeta e marchará em meio às tempestades do sul; o Senhor dos Exércitos os protegerá. Eles pisotearão e destruirão as pedras das atiradeiras. Eles beberão o sangue do inimigo como se fosse vinho; estarão cheios como a bacia usada para aspergir água nos cantos do altar. (Zacarias 9:14,15)
A descrição de uma tempestade controlada por Deus retrata poeticamente o poder de Israel para a vitória sobre seus inimigos.
A aparição divina foi por meios providenciais no período Macabeu, mas será literal e visível quando Cristo aparecer vitorioso em Seu Segundo Advento.
A última parte do versículo 15 retrata a alegria incontida de Israel e a plenitude do regozijo por causa do poderoso livramento de Deus.
Zacarias 9.16,17 – Deus abençoa seu povo
Naquele dia o Senhor, o seu Deus, os salvará como rebanho do seu povo, e como joias de uma coroa brilharão em sua terra. Ah! Como serão belos! Como serão formosos! O trigo dará vigor aos rapazes, e o vinho novo às moças. (Zacarias 9:16,17)
A libertação divina predita aqui virá naquele dia, uma referência ao fim dos tempos.
Deus cuidará deles como um pastor cuida de seu rebanho.
Então Israel brilhará em Sua terra como joias em uma coroa.
Esta é uma bela aparição das promessas cumpridas referentes ao povo da terra.
Serão símbolos atraentes e belos de tudo o que Deus fez por eles.
A bênção divina sobre a natureza produzirá condições de abundância, como lemos em Joel 2:21-27, para que a saúde física também seja assegurada.
Motivos de oração em Zacarias 9
Oro pare que:
- Creiamos e dependamos da soberania de Deus;
- Que coloquemos a nossa esperança e fé, no Senhor;
- Tenhamos um coração sensível às manifestações simples, do Senhor Jesus;
- Que Deus nos abençoe, ajude e fortaleça.
Ameii
Ameii mesmo sempre bem explicado?