Ageu 2 contém três mensagens proféticas direcionadas aos líderes e ao povo que estavam trabalhando na reconstrução do templo em Jerusalém. A segunda mensagem, que abrange os versículos 1 a 9, é uma promessa profética da futura glória do templo.
O profeta começa repreendendo o povo por fazer comparações negativas entre o templo atual e o templo de Salomão, que foi destruído décadas antes. Deus encoraja o povo a continuar a reconstrução, prometendo-lhes a Sua presença e habitação no templo. Ele também anuncia a vinda de um futuro glorioso para o templo, incluindo a promessa de que as nações trarão tesouros para sua adornação.
A mensagem termina com a promessa de que o templo restaurado será ainda mais glorioso do que o antigo templo de Salomão, porque seria adornado pela presença do Messias. Esta mensagem de Ageu fala da esperança e do futuro prometido por Deus aos Seus servos, o que nos incentiva a confiar na Sua fidelidade e a permanecer fiéis à Sua obra.
No versículo 15 a 17, o profeta lembra ao povo das consequências da desobediência passada, que resultou em uma economia arruinada e uma colheita pobre. No entanto, Ageu também os lembra da reconstrução do Templo como o início de uma bênção presente.
No versículo 23, há uma profecia messiânica sobre Zorobabel, governador de Judá, que representa o Messias vindouro. O livro de Ageu nos ensina sobre a importância da obediência e fidelidade ao chamado de Deus, confiando em sua promessa de bênçãos futuras.
Esboço de Ageu 2
I. A Admoestação a Reiniciar a Construção do Templo (2:1-9)
A. A chamada a ser forte e corajoso (2:1-4)
B. A promessa de presença divina e de glória (2:5-9)
II. A Promessa de Bênçãos Presentes em Contraste com a Admoestação Anterior (2:10-19)
A. A admoestação a lembrar a desobediência passada (2:10-14)
B. A promessa de bênçãos presentes (2:15-19)
III. A Profecia Messiânica Concernente a Zorobabel (2:20-23)
A. A introdução (2:20-21a)
B. A proclamação da futura queda dos reinos gentios (2:21b-22)
C. A proclamação da restauração do reino davídico (2:23)
I. A Admoestação a Reiniciar a Construção do Templo (2:1-9)
No dia vinte e um do sétimo mês, veio a palavra do Senhor por meio do profeta Ageu: “Pergunte ao governador de Judá, Zorobabel, filho de Sealtiel, ao sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, e ao restante do povo, o seguinte: ‘Quem de vocês viu este templo em seu primeiro esplendor? Comparado com ele, não é como nada o que vocês vêem agora? “Coragem, Zorobabel”, declara o Senhor. “Coragem, sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque. Coragem! Ao trabalho, ó povo da terra! “, declara o Senhor. “Porque eu estou com vocês”, declara o Senhor dos Exércitos. Esta é a aliança que fiz com vocês quando vocês saíram do Egito: “Meu espírito está entre vocês. Não tenham medo”. Assim diz o Senhor dos Exércitos: “Dentro de pouco tempo farei tremer o céu, a terra, o mar e o continente. Farei tremer todas as nações, que trarão para cá os seus tesouros, e encherei este templo de glória”, diz o Senhor dos Exércitos. “Tanto a prata quanto o ouro me pertencem”, declara o Senhor dos Exércitos. “A glória deste novo templo será maior do que a do antigo”, diz o Senhor dos Exércitos. “E neste lugar estabelecerei a paz”, declara o Senhor dos Exércitos. (Ageu 2:1-9)
O segundo capítulo de Ageu começa com uma mensagem dirigida ao governador Zorobabel, ao sumo sacerdote Josué e ao povo em geral. Eles eram desafiados a refletir sobre a glória do templo original em comparação com a aparente simplicidade do templo que estavam reconstruindo. Ageu profetizou que a glória do último templo seria ainda maior do que a do primeiro (versículos 3-9).
O versículo 3 começa com uma pergunta retórica: “Quem há entre vós que viu esta casa na sua primeira glória?” A resposta é que os mais velhos, que tinham vivido durante a época do templo original, ainda estavam vivos. Eles podiam se lembrar do esplendor do templo anterior e lamentavam a simplicidade do novo templo.
No entanto, Deus encorajou o povo a ser forte e trabalhar, pois Ele estava com eles. Ele os lembrou de que Sua presença estava no meio deles, mesmo que o templo não fosse tão grandioso quanto o primeiro (versículo 5). Deus também prometeu que a glória deste templo seria maior do que a do primeiro, pois o Messias estaria presente ali (versículo 9).
Esta mensagem pode ser aplicada a nós hoje. Muitas vezes nos sentimos desanimados com nossas circunstâncias e a aparente simplicidade do que temos. No entanto, Deus nos encoraja a sermos fortes e trabalharmos para o Seu Reino, sabendo que Sua presença está conosco. Ele prometeu que a glória do Seu Reino será maior do que a do passado e isso nos dá esperança e motivação para continuarmos trabalhando para Ele.
Além disso, essa mensagem nos lembra da importância da presença de Deus. Mesmo que as coisas pareçam simples, quando a presença de Deus está conosco, há glória e poder em nossas vidas. O Messias também está presente em nossas vidas, e isso nos dá ainda mais razão para nos alegrarmos e servirmos a Deus com alegria e dedicação.
Em resumo, Ageu 2:1-9 nos lembra da importância da presença de Deus em nossas vidas e da promessa de que Sua glória será ainda maior no futuro. Isso nos encoraja a trabalhar com diligência e dedicação para o Reino de Deus e nos dá esperança em meio às nossas circunstâncias.
II. A Promessa de Bênçãos Presentes em Contraste com a Admoestação Anterior (2:10-19)
No dia vinte e quatro do nono mês, no segundo ano do reinado de Dario, a palavra do Senhor veio ao profeta Ageu: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: ‘Pergunte aos sacerdotes sobre a seguinte questão da Lei: Se alguém levar carne consagrada na borda de suas vestes, e com ela tocar num pão, ou em algo cozido, ou em vinho, ou em azeite ou em qualquer comida, isso ficará consagrado? ’ ” Os sacerdotes responderam: “Não”. Em seguida perguntou Ageu: “Se alguém ficar impuro por tocar num cadáver e depois tocar em alguma dessas coisas, ela ficará impura? “Sim”, responderam os sacerdotes, “ficará impura”. Então disse Ageu: “É o que acontece com este povo e com esta nação”, declara o Senhor. “Tudo o que fazem e tudo o que me oferecem é impuro”. “Agora prestem atenção: de hoje em diante reconsiderem. Como eram as coisas antes que se colocasse pedra sobre pedra no templo do Senhor? Quando alguém chegava a um monte de trigo procurando vinte medidas, havia apenas dez. Quando alguém ia ao depósito de vinho para tirar cinqüenta medidas, só encontrava vinte. Eu destruí todo o trabalho das mãos de vocês, com mofo, ferrugem e granizo, mas vocês não se voltaram para mim”, declara o Senhor. “A partir de hoje, dia vinte e quatro do nono mês, atentem para o dia em que os fundamentos do templo do Senhor foram lançados. Reconsiderem: Ainda há alguma semente no celeiro? Até hoje a videira, a figueira, a romeira e a oliveira não têm dado fruto. Mas, de hoje em diante, abençoarei vocês”. (Ageu 2:10-19)
O segundo discurso de Ageu contém uma promessa de bênçãos presentes em contraste com o castigo anterior. Ageu lembra o povo da importância da santidade e da obediência a Deus. O povo deveria considerar suas ações e arrepender-se de seu pecado anterior, a fim de evitar a ira de Deus e receber suas bênçãos.
Ageu começa por perguntar aos sacerdotes sobre a lei: se alguém carrega carne santa na borda da roupa e depois toca em pão, vinho, azeite ou qualquer outra comida, ela se tornará santa? Os sacerdotes respondem que não. Em outras palavras, a santidade não é transferida automaticamente. Ageu usa essa ilustração para ensinar ao povo que a impureza é facilmente transmitida, mas a santidade deve ser buscada com diligência. O povo precisa se lembrar de que a presença de Deus não é automática, mas deve ser procurada.
Ageu continua lembrando ao povo do seu fracasso anterior em obedecer a Deus. O povo havia negligenciado a construção do templo e, como resultado, Deus havia enviado fome e seca para puni-los. Ageu encoraja o povo a olhar para o futuro com esperança, mas somente se eles obedecerem e se arrependerem. Ele lembra o povo de que, embora o trabalho no templo ainda esteja em andamento, Deus está com eles. A presença de Deus é uma bênção e o povo deve se lembrar disso.
Ageu enfatiza novamente a importância da obediência, afirmando que Deus está procurando a santidade do povo. A obediência resultará em bênçãos materiais e espirituais. Ageu aponta para a ação divina em trazer a seca e a fome e afirma que Deus também pode trazer bênçãos abundantes. O povo precisa se arrepender e voltar para Deus, e então Deus será fiel em suas promessas.
Ageu também apresenta uma profecia de que Deus irá abalar os reinos e nações da terra, e que o Messias, representado por Zorobabel será o governante escolhido por Deus. Zorobabel não governaria como um rei terreno, mas como um servo de Deus que apontaria para a chegada do Messias. Esta profecia aponta para o papel salvífico e redentor de Jesus Cristo.
Em resumo, Ageu 2:10-19 destaca a importância da obediência e do arrependimento. O povo deve buscar a santidade e a presença de Deus com diligência. Ageu lembra o povo de que a presença de Deus é uma bênção, mas que a desobediência traz castigo. Ageu encoraja o povo a se arrepender e buscar a obediência, prometendo que Deus abençoará aqueles que o fazem.
III. A Profecia Messiânica Concernente a Zorobabel (2:20-23)
A palavra do Senhor veio a Ageu pela segunda vez, no dia vinte e quatro do nono mês: “Diga a Zorobabel, governador de Judá, que eu farei tremer o céu e a terra. Derrubarei tronos e destruirei o poder dos reinos estrangeiros. Virarei os carros e os seus condutores; os cavalos e os seus cavaleiros cairão, cada um pela espada do seu companheiro”. “Naquele dia”, declara o Senhor dos Exércitos, “eu o tomarei, meu servo Zorobabel, filho de Sealtiel”, declara o Senhor, “e farei de você um anel de selar, porque o tenho escolhido”, declara o Senhor dos Exércitos. (Ageu 2:20-23)
Ageu 2:20-23 é a última mensagem de Ageu registrada na Bíblia. Esta mensagem é uma profecia messiânica sobre Zorobabel, governador de Judá, que estava liderando a reconstrução do templo de Deus em Jerusalém. A mensagem contém três seções: a superscrição (versículos 20-21a), uma proclamação da queda dos reinos gentios (versículos 21b-22) e uma proclamação da restauração do reino davídico (versículo 23).
A superscrição (versículos 20-21a) começa com a menção do profeta, a data e o destinatário. Ageu se apresenta novamente como um mensageiro do Senhor, trazendo a Palavra de Deus. A mensagem é datada de 24 de dezembro de 520 a.C., no mesmo dia da terceira mensagem. No entanto, desta vez, a mensagem é endereçada apenas a Zorobabel, governador de Judá. Zorobabel precisava de encorajamento para liderar este pequeno grupo de judeus que viviam em um canto do vasto Império Persa.
A segunda seção (versículos 21b-22) é uma proclamação da queda dos reinos gentios. Deus disse a Ageu para dizer a Zorobabel que Ele iria abalar os céus e a terra. Como na segunda mensagem de Ageu, o motivo do terremoto destaca o julgamento divino e introduz o assunto do julgamento de Deus sobre os poderes mundiais gentios. Zorobabel ficou sabendo que Deus iria derrubar tronos reais e destruir o poder dos reinos estrangeiros. Isso é semelhante à destruição dos poderes mundiais gentios representados na grande imagem em Daniel 2. Lá, o reino messiânico mundial substituirá os reinos gentios (Daniel 2:34-35, 44-45). A queda de carruagens e a queda de cavalos e seus cavaleiros indicam que essa mudança no governo mundial será militar, bem como política. Na confusão da grande Batalha do Armagedom (Apocalipse 16:16-18) na segunda vinda do Senhor (Apocalipse 19:11-21), muitos homens voltarão suas espadas contra seus próprios irmãos.
A terceira seção (versículo 23) é uma proclamação da restauração do reino davídico. Há três fatos proeminentes neste versículo: (1) o Senhor cumprirá esta profecia no futuro dia do julgamento gentio (compare com versículos 21-22); (2) o Senhor fará de Zorobabel uma espécie de “anel” de selar; e (3) o Senhor havia escolhido Zorobabel como canal da linhagem davídica e, portanto, representante ou tipo do Messias.
Reflexão de Ageu 2 para os nossos dias
Ao estudarmos o livro de Ageu, percebemos claramente a mensagem de Deus para o seu povo: Ele quer que o seu templo seja construído e que o seu povo se volte para Ele. Mas, ao olharmos para o capítulo 2 deste livro, encontramos uma mensagem ainda mais profunda e significativa para os nossos dias.
Assim como o povo de Israel, muitas vezes nos desviamos do caminho de Deus. Nós colocamos nossos próprios interesses e desejos acima dos planos e vontade do Senhor. Isso nos leva a enfrentar as consequências do nosso pecado, assim como o povo de Israel enfrentou a escassez e a dificuldade econômica.
Mas, assim como Deus falou ao povo de Israel através do profeta Ageu, Ele também fala conosco hoje. Deus nos chama para nos arrependermos dos nossos pecados e nos voltarmos para Ele. Ele nos chama para construir o seu templo em nossas vidas, para que Ele possa habitar em nós e nos abençoar.
No entanto, a mensagem de Ageu não é apenas sobre arrependimento e construção do templo. É também sobre a promessa de bênçãos presentes e futuras que Deus tem para nós. Ele nos diz para termos coragem e sermos fortes, porque Ele está conosco. Ele promete que as coisas serão melhores do que eram antes, assim como prometeu ao povo de Israel que a glória do segundo templo seria maior do que a do primeiro.
Mas a mensagem de Ageu vai além disso. Ela aponta para o Messias que viria para trazer a salvação a todas as nações. Em Ageu 2:7, Deus diz: “Farei tremer todas as nações, e as riquezas de todas as nações virão para cá. Encherei este templo de glória, diz o Senhor dos Exércitos.” Essa promessa aponta para o futuro reino de Deus, onde todas as nações virão e adorarão a Ele, e onde a glória de Deus encherá todo o lugar.
Queridos irmãos e irmãs, a mensagem de Ageu é uma mensagem para os nossos dias. Deus nos chama para nos arrependermos, construirmos o seu templo em nossas vidas e confiarmos em suas promessas de bênção presente e futura. Ele nos lembra que o Messias já veio e nos deu a salvação, e que um dia Ele voltará para reinar em glória.
Que possamos ser como o povo de Israel que, ao ouvir as palavras de Ageu, se voltou para Deus e reconstruiu o templo. Que possamos nos arrepender, construir o templo em nossas vidas e confiar nas promessas de Deus. Que possamos esperar com alegria o retorno do nosso Senhor Jesus Cristo e o estabelecimento de seu reino em toda a terra.
Motivos de oração em Ageu 2
- Pela presença da glória de Deus em nossas vidas e em nossas comunidades – No versículo 7, Deus promete encher o novo templo com a sua glória. Como cristãos, devemos orar para que a presença de Deus seja manifesta em nossas vidas e em nossas igrejas. Que a nossa adoração seja centrada em Deus e que a sua glória seja visível em tudo o que fazemos.
- Pelo arrependimento e pela santidade – No versículo 11, Deus questiona os sacerdotes se algo que é santo pode contaminar o que é impuro. Isso nos lembra da importância de buscarmos a santidade em nossas vidas e de nos arrependermos dos nossos pecados. Devemos orar para que o Espírito Santo nos conduza ao arrependimento e nos ajude a viver de acordo com a vontade de Deus.
- Pela bênção de Deus em nossas vidas – No versículo 19, Deus promete abençoar o povo de Judá por causa da sua obediência em reconstruir o templo. Devemos orar para que Deus nos abençoe em todas as áreas de nossas vidas, não apenas materialmente, mas também espiritualmente. Que possamos experimentar a alegria da presença de Deus em nossas vidas e que as nossas vidas sejam um testemunho do seu amor e da sua graça.
A versão bíblica utilizada neste estudo é a Nova Versão Internacional (São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001)
muito boa palavra
Deus É maravilhoso. Uma pregação muito intensa. Coloquemos ela em prática na nossa vida. Amém?
otimo
bemçao valeo
Amei o estudo obrigada!