Ezequiel 19 apresenta uma lamentação pelos príncipes de Israel e um lamento pela decadência da linhagem real de Davi. Neste capítulo, o profeta Ezequiel usa uma metáfora de uma videira para descrever a história de Israel e sua liderança.
Ele lamenta o passado glorioso da nação e os líderes poderosos que ela produziu, mas também descreve sua atual condição de ruína e desesperança. Ezequiel alerta Israel sobre a necessidade de se arrepender e voltar a Deus, antes que seja tarde demais.
O Senhor Deus ordena que o profeta levante um lamento pela monarquia de Judá. Isto porque os príncipes foram todos mortos, dando fim a linhagem do rei Josias, seu avô.
Quando autoridades desobedecem a Deus elas sofrem. E algum momento a força delas é tirada. Por mais inabalável que pareça ser, o Senhor Deus mostra claramente que a glória lhe pertence.
O trono do Senhor não pode ser abalado, portanto, sejamos submissos a Sua vontade e nos sujeitemos a Ele, para que tudo nos vá bem.
Neste estudo, vamos mergulhar nesta mensagem intemporal e descobrir o que podemos aprender sobre a fidelidade de Deus, a importância da liderança justa e a necessidade de permanecermos firmes em nossa fé, mesmo em meio às dificuldades.
Esboço de Ezequiel 19:
Ez 19.1–2: Introdução ao Lamento pelos Príncipes de Israel
Ez 19.3,4: Jeoacaz, o Filho da Leoa, e sua Queda
Ez 19.5–9: Jeoaquim, Outro Filho da Leoa, e a Deportação para Babilônia
Ez 19.10–11: A Videira de Israel e a Falta de Líderes Fortes
Ez 19.12–14: A Queda da Videira de Israel e a Perda da Linhagem Real
Reflexão de Ezequiel 19 para os nossos dias
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Ezequiel 19.1–2: Introdução ao Lamento pelos Príncipes de Israel
“Levante um lamento pelos príncipes de Israel 2 e diga: “Que leoa foi sua mãe entre os leões! Ela se deitava entre os leõezinhos e criava os seus filhotes. (Ez 19.1–2 NVI).
Este capítulo marca o fim da seção sobre a futilidade do falso otimismo, que abrangeu os capítulos 12 a 19. Ezequiel usa o recurso da lamentação para chamar a atenção do povo de Deus e dos seus líderes para a gravidade da situação em que se encontram.
O profeta começa este lamento dirigindo-se aos príncipes de Israel, que eram os reis residentes em Jerusalém. Na época em que Ezequiel escreveu esta lamentação, o rei Zedequias estava no trono. Ezequiel estava adotando uma direção de funeral, ainda que a morte da cidade ainda estivesse no futuro. O profeta tinha a certeza de que a queda de Jerusalém era inevitável, e ele queria que as pessoas se preparassem para o que estava por vir.
Na sua lamentação, Ezequiel relembra com carinho a leoa que havia produzido os leões caídos. A leoa/mãe neste capítulo é a nação de Israel. Foi ela quem montou seus reis, mas os viu destruídos, e foi ela quem entrou em cativeiro. Ezequiel usa essa metáfora para ilustrar a queda dos reis de Judá. O profeta usa imagens fortes e poéticas para descrever a tragédia que aconteceu com a nação de Israel.
Meus amados irmãos e irmãs, assim como a nação de Israel, nós também temos nossas próprias quedas e tragédias. Podemos nos encontrar em situações difíceis, onde parece que não há esperança. Mas Deus é fiel, e Ele nos sustentará mesmo em meio às tempestades da vida. Devemos sempre buscar a Deus em oração e confiar em sua soberania.
Que possamos aprender com a lamentação de Ezequiel para os príncipes de Israel e nos lembrar da fidelidade de Deus em meio aos nossos próprios desafios. Que Ele nos conceda força para perseverar e fé para confiar em sua vontade em todas as circunstâncias.
Ezequiel 19.3,4: Jeoacaz, o Filho da Leoa, e sua Queda
3 Um dos seus filhotes tornou-se um leão forte. Ele aprendeu a despedaçar a presa e devorou homens. 4 As nações ouviram a seu respeito, e ele foi pego na cova delas. Elas o levaram com ganchos para o Egito. (Ez 19.3–4 NVI).
Aqui, Ezequiel fala sobre a leoa de Israel que criou um de seus filhotes, que se tornou um leão forte, um rei. Este leão era Jeoacaz, que assumiu o trono após a morte prematura de Josias.
No entanto, o reinado de Jeoacaz foi curto, durando apenas três meses. Ele foi deposto pelo faraó Neco II, que o levou com ganchos para a terra do Egito. Esses ganchos provavelmente eram literais, presos ao nariz do rei e conectados a uma coleira de corda. No Egito, Jeoacaz morreu em cativeiro.
Essa história trágica de Jeoacaz é um exemplo do destino que aguardava a nação de Israel como um todo. Ezequiel está lamentando a queda dos reis de Judá e a destruição da nação. Mas, apesar da tristeza, podemos ver a mão de Deus guiando a história e cumprindo Seus planos.
Quando olhamos para a história de Israel, podemos aprender lições importantes sobre a fidelidade de Deus, mesmo em tempos difíceis. Mesmo quando parece que tudo está perdido, Deus ainda está no controle e trabalhando em nossas vidas para cumprir Seus propósitos.
Que possamos aprender com a história de Jeoacaz e confiar em Deus em todas as circunstâncias. Que Ele nos conceda a força para perseverar e a fé para confiar em Sua vontade, independentemente das dificuldades que possamos enfrentar.
Ezequiel 19.5–9: Jeoaquim, Outro Filho da Leoa, e a Deportação para Babilônia
5 “Quando ela viu que a sua esperança não se cumpria, quando viu que se fora a sua expectativa, escolheu outro de seus filhotes e fez dele um leão forte. 6 Ele vagueou entre os leões, pois agora era um leão forte. Ele aprendeu a despedaçar a presa e devorou homens. 7 Arrebentou suas fortalezas e devastou suas cidades. A terra e todos que nela estavam ficaram aterrorizados com o seu rugido. 8 Então as nações vizinhas o atacaram. Estenderam sua rede para apanhá-lo, e ele foi pego na armadilha que fizeram. 9 Com ganchos elas o puxaram para dentro de uma jaula e o levaram ao rei da Babilônia. Elas o colocaram na prisão, de modo que não se ouviu mais o seu rugido nos montes de Israel. (Ez 19.5–9 NVI).
Aqui, Ezequiel fala sobre outro leão forte de Israel, Jeoaquim, que reinou por apenas três meses antes de ser deposto por Nabucodonosor.
Durante seu breve reinado, Jeoaquim causou estragos em Israel, quebrando fortalezas e cidades. Com sua ferocidade em forma de leão, a terra de Israel e todos os seus habitantes tremiam diante dele. Mas sua governança foi interrompida quando foi destronado e deportado por Nabucodonosor. Ele foi levado para uma gaiola com ganchos e levado ao rei da Babilônia.
Jeoaquim foi preso por causa da revolta que seu pai Jeoaquim havia começado. E assim, Jeoaquim permaneceu na prisão por 37 anos até ser libertado quando Evil-Merodaque sucedeu seu pai em Nabucodonosor no trono em Babilônia. No entanto, Jeoaquim nunca voltou para a terra devastada que deixou para trás.
A história de Jeoaquim é mais uma prova da fidelidade de Deus, mesmo em tempos difíceis. Apesar da destruição e da prisão, Deus ainda estava trabalhando em sua vida e em sua história para cumprir Seus propósitos. E assim como Jeoaquim, podemos confiar em Deus em meio às nossas próprias dificuldades, sabendo que Ele está conosco e que tem um plano para nós.
Que possamos aprender com a história de Jeoaquim e confiar em Deus em todas as circunstâncias. Que Ele nos conceda a força para perseverar e a fé para confiar em Sua vontade, independentemente das dificuldades que possamos enfrentar.
Ezequiel 19.10–11: A Videira de Israel e a Falta de Líderes Fortes
10 “Sua mãe era como uma vide em sua vinha plantada junto à água; era frutífera e cheia de ramos, graças às muitas águas. 11 Seus ramos eram fortes, próprios para o cetro de um governante. Ela cresceu e subiu muito, sobressaindo à folhagem espessa; chamava a atenção por sua altura e por seus muitos ramos. (Ez 19.10–11 NVI).
Aqui, Ezequiel se volta diretamente para o rei Zedequias, que é o assunto do resto da lamentação.
Ezequiel usa a metáfora de uma videira para descrever a nação de Israel e sua glória passada. Como as videiras eram comuns em Israel, os escritores das Escrituras frequentemente se referiam a Israel e outros como videiras. Em sua glória passada, Israel era frutífero e cheio de galhos. Ele prosperou sob a bênção de Deus e produziu muitos governantes poderosos.
Os ramos dessa videira eram fortes e aptos para o cetro do governante. A identificação exata desses governantes pretendidos pela metáfora de Ezequiel é desconhecida. Possivelmente, Ezequiel não estava apontando para governantes específicos no passado de Israel, mas estava apenas mostrando que o passado de Israel era glorioso e que incluía muitos líderes poderosos.
Mas a lamentação de Ezequiel é uma chamada à reflexão para o presente. Ele está alertando Zedequias e todos os líderes de Israel sobre a queda que está por vir, a queda que será resultado da infidelidade e desobediência à Deus. Ezequiel nos lembra que o passado glorioso de Israel não é garantia de sucesso no futuro, especialmente quando a nação se afasta de Deus.
Meus amados irmãos e irmãs, que possamos aprender com a metáfora da videira e a lamentação de Ezequiel. Que possamos nos lembrar de que nossa vida e sucesso não são garantidos pelo passado glorioso, mas sim pela nossa fidelidade e obediência a Deus. Que Ele nos conceda a força para perseverar e a fé para confiar em Sua vontade, independentemente das dificuldades que possamos enfrentar.
Ezequiel 19.12–14: A Queda da Videira de Israel e a Perda da Linhagem Real
12 Mas foi desarraigada com fúria e atirada ao chão. O vento oriental a fez murchar, seus frutos foram arrancados, seus fortes galhos secaram e o fogo os consumiu. 13 Agora está plantada no deserto, numa terra seca e sedenta. 14 O fogo espalhou-se de um dos seus ramos principais e consumiu toda a ramagem. Nela não resta nenhum ramo forte que seja próprio para o cetro de um governante. Esse é um lamento e como lamento deverá ser empregado”. (Ez 19.12–14 NVI).
Aqui, Ezequiel descreve a triste condição da videira que representava Israel. A nação, que outrora prosperou sob a bênção de Deus, agora estava enrugada, com seus galhos queimados e arrancada em fúria.
Ezequiel não explicou a causa desse julgamento, mas nos capítulos anteriores já havia declarado que Israel havia se esquecido de que Deus era sua fonte de bênção. Por isso, Deus “arrancou” a nação, deportando-a da terra. O vento leste, pode murchar a vegetação e causar sofrimento grave, e também pode simbolizar a opressão da Babilônia, que estava a leste de Israel e acabaria por destruí-la.
A queda de Israel também afetaria a linha real. Nenhum ramo forte seria deixado para assumir o cetro do governante. A nação que produziu poderosos governantes no passado não teria mais rei. Mas Ezequiel nos lembra que, até que Cristo retorne, um cetro do governante surgirá novamente na linha de Davi e reinará como o rei de Israel.
Meus amados irmãos e irmãs, que possamos aprender com a história de Israel e sua videira. Que possamos nos lembrar de que Deus é nossa fonte de bênção e que devemos sempre colocá-Lo em primeiro lugar.
Que possamos confiar em Sua vontade e aprender a perseverar, mesmo quando enfrentamos dificuldades e julgamentos. E que possamos esperar com esperança a volta do nosso Rei, Jesus Cristo, que reinará para sempre em glória e justiça.
Reflexão de Ezequiel 19 para os nossos dias
A mensagem de Ezequiel 19 é atemporal e pode ser aplicada a nossos dias. Assim como Israel esqueceu de Deus como sua fonte de bênção, muitos de nós hoje em dia também esquecemos de colocar Deus em primeiro lugar em nossas vidas.
Vivemos em um mundo onde a busca pelo sucesso e pelo poder muitas vezes ofusca nossa relação com Deus. Como Israel, podemos nos perder na busca por coisas materiais e nos esquecermos de que somos dependentes de Deus.
Além disso, assim como a Babilônia causou sofrimento e destruição em Israel, muitas vezes somos oprimidos por forças externas, como a injustiça, a corrupção e a violência. É importante lembrar que Deus é um Deus de justiça e que, mesmo quando enfrentamos dificuldades, podemos confiar em Sua vontade e em Sua proteção.
Finalmente, assim como Israel perdeu sua linhagem real, muitas vezes nos esquecemos da importância de nossa herança espiritual e do legado que deixaremos para as próximas gerações. É importante lembrar que a fé em Deus é algo que deve ser passado de geração em geração e que é nossa responsabilidade manter essa tradição viva.
Portanto, meus amados irmãos e irmãs, que possamos aprender com a mensagem de Ezequiel 19 e buscar colocar Deus em primeiro lugar em nossas vidas, confiar em Sua vontade em meio às dificuldades e manter viva a tradição da fé em Deus para as próximas gerações. Que Deus nos abençoe e nos guie em nossa jornada.
3 Motivos de oração em Ezequiel 19
- O primeiro motivo de oração em Ezequiel 19 é a necessidade de se arrepender e voltar para Deus. Assim como Israel se afastou de Deus e sofreu as consequências de seus pecados, também podemos nos perder no caminho e nos afastarmos da vontade de Deus. Ore para que você e aqueles ao seu redor sejam fortalecidos em sua fé e permaneçam firmes na presença de Deus.
- O segundo motivo de oração em Ezequiel 19 é a proteção contra forças externas. Assim como Israel foi oprimido pela Babilônia, também podemos enfrentar forças externas que nos oprimem e causam sofrimento. Ore para que Deus proteja você e sua comunidade contra essas forças e que possa haver justiça para aqueles que sofrem injustiças.
- O terceiro motivo de oração em Ezequiel 19 é pela preservação da nossa herança espiritual. Assim como a linhagem real de Israel foi perdida, podemos facilmente perder a tradição da fé em Deus se não cuidarmos dela. Ore para que Deus preserve a fé em Sua igreja e que possamos ser fiéis em passar essa tradição para as próximas gerações.
A versão bíblica utilizada neste estudo é a Nova Versão Internacional (São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001)