Ezequiel 30 enfatiza o julgamento de Deus sobre o Egito e seus aliados, com destaque para a ação de Babilônia na conquista da nação egípcia. Este capítulo possui quatro seções, cada uma iniciada pela expressão “Assim diz o Senhor” ou “Assim diz o Soberano Senhor”.
Na primeira seção, o profeta discute o “dia do Senhor”, um momento de juízo e destruição que afetará não apenas o Egito, mas também as nações ao redor.
Na segunda seção, o foco é nos aliados mercenários do Egito, que serão derrotados juntamente com a nação egípcia.
A terceira seção detalha a ação destrutiva de Babilônia contra o Egito, enfatizando que Deus está no controle de tudo o que acontece.
A última seção do capítulo descreve a dispersão do povo egípcio entre as nações, seguindo o mesmo destino de Judá. Embora esta profecia tenha um contexto histórico específico, ela também pode ser entendida como um exemplo do juízo de Deus sobre as nações que se rebelam contra Ele.
Deus continua emitindo juízo contra o Egito. E o instrumento utilizado para isso é Nabucodonosor, rei da Babilônia. O Senhor diz através de Ezequiel que o braço do rei do Egito será quebrado.
Precisamos ter em mente que o governo de todas coisas está nas mãos do nosso Deus. Em Sua soberania, ele utiliza os mais diversos elementos para que Sua vontade seja estabelecida.
Ele usa justos, ímpios, a natureza, a economia, enfim. A nossa sujeição a Deus fará com que Ele utilize todas estas coisas em favor daqueles que o amam, como está escrito em Romanos 8.28.
Esboço de Ezequiel 30:
Ez 30.1-5: O Dia do Senhor se Aproxima
Ez 30.6-9: A Queda dos Aliados do Egito
Ez 30.10-12: O Julgamento do Egito Pelas Mãos da Babilônia
Ez 30.13-19: A Destruição das Cidades do Egito
Ez 30.20-26: A Quebra dos Braços do Egito e Sua Dispersão entre as Nações
Reflexão de Ezequiel 30 para os nossos dias
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Ezequiel 30.1-5: O Dia do Senhor se Aproxima
Esta palavra do Senhor veio a mim: 2 “Filho do homem, profetize e diga: Assim diz o Soberano, o Senhor: “Clamem e digam: Ai! Aquele dia! 3 Pois o dia está próximo, o dia do Senhor está próximo; será dia de nuvens, uma época de condenação para as nações. 4 A espada virá contra o Egito, e angústia virá sobre a Etiópia. Quando os mortos caírem no Egito, sua riqueza lhe será tirada e os seus alicerces serão despedaçados. 5 “A Etiópia e Fute, Lude e toda a Arábia, a Líbia e o povo da terra da aliança cairão à espada junto com o Egito. (Ez 30.1–5)
Neste trecho da Escritura, o profeta Ezequiel fala sobre o dia do Senhor, um momento de juízo e destruição que afetará as nações ao redor de Israel. Embora alguns interpretem essa profecia como referente a um evento futuro, é importante observar que ela foi dirigida especificamente ao Egito e suas nações aliadas na época do profeta.
Mas o que podemos aprender com essa profecia hoje em dia? Como podemos aplicá-la às nossas vidas e ao nosso mundo?
Em primeiro lugar, devemos reconhecer que Deus é um Deus de justiça e julgamento. Ele não tolera o pecado e a injustiça, e um dia todos os que se rebelam contra Ele terão que prestar contas. Isso pode ser assustador para alguns, mas devemos lembrar que Deus também é um Deus de misericórdia e perdão. Ele deseja que todos se arrependam de seus pecados e encontrem a salvação em Cristo.
Em segundo lugar, devemos estar vigilantes e preparados para o dia do Senhor. Como Ezequiel descreve, esse será um dia de nuvens e trevas, um dia de grande agonia e sofrimento. Embora não saibamos quando esse dia virá, sabemos que ele virá e devemos estar prontos para encontrarmos o Senhor face a face.
Por fim, devemos lembrar que a salvação é encontrada apenas em Cristo. Embora a profecia de Ezequiel fale sobre o julgamento das nações, a boa notícia é que Deus providenciou um caminho de salvação para todos nós através da morte e ressurreição de seu Filho Jesus Cristo. Se colocarmos nossa fé nele, podemos ter a certeza da vida eterna e escapar do juízo que está por vir.
Meus queridos irmãos e irmãs, que possamos ser fiéis ao Senhor e estar preparados para o dia do seu julgamento. Que possamos viver nossas vidas com alegria e confiança em Cristo, sabendo que Ele é o nosso Salvador e Senhor. Que Deus nos abençoe e nos guie em todos os nossos caminhos.
Ezequiel 30.6-9: A Queda dos Aliados do Egito
6 “Assim diz o Senhor: “Os aliados do Egito cairão, e a sua orgulhosa força fracassará. Desde Migdol até Sevene eles cairão à espada. Palavra do Soberano, o Senhor. 7 Serão arrasados no meio de terras devastadas, e as suas cidades jazerão no meio de cidades em ruínas. 8 E eles saberão que eu sou o Senhor, quando eu incendiar o Egito e todos os que o apóiam forem esmagados. 9 “Naquele dia enviarei mensageiros em navios para assustar o povo da Etiópia, que se sente seguro. A angústia se apoderará deles no dia da condenação do Egito, pois é certo que isso acontecerá. (Ez 30.6–9)
No trecho de Ezequiel 30.6-9, o profeta continua a proclamar a mensagem de Deus contra o Egito e seus aliados. Ele fala sobre a destruição que virá sobre as nações que se uniram ao Egito para lutar contra a Babilônia. A mensagem é clara: aqueles que se levantam contra o poder de Deus serão destruídos.
O profeta começa falando sobre a extensão da destruição: “Porque assim diz o Senhor: Também cairão os que sustêm o Egito, e descerá a soberba do seu poder; desde Migdol até Sevené cairão nele à espada, diz o Senhor Deus” (v. 6). O Senhor revela que a destruição não será limitada apenas ao Egito, mas também se estenderá aos seus aliados. Todos aqueles que se levantam contra o Seu poder serão julgados e condenados.
O profeta também enfatiza a inevitabilidade da destruição que virá: “Eles ficarão desolados no meio das terras desoladas; e as suas cidades estarão no meio das cidades destruídas” (v. 7). Não há escapatória para aqueles que se levantam contra o poder de Deus. Eles serão punidos e suas cidades serão destruídas.
No entanto, há uma mensagem de esperança no meio da destruição. O Senhor diz que a destruição virá para que aqueles que a experimentarem saibam que Ele é o Senhor: “E saberão que eu sou o Senhor, quando eu tiver posto fogo no Egito, e forem destruídos todos os seus ajudadores” (v. 8). A destruição virá para que as nações possam reconhecer a soberania e o poder de Deus.
O profeta termina com um apelo para que as nações se arrependam e busquem a Deus: “Assim diz o Senhor Deus: Também eu farei cessar a multidão do Egito pela mão de Nabucodonosor, rei de babilônia” (v. 10). Deus está dando às nações a oportunidade de se arrependerem antes da destruição. Ele está mostrando Sua misericórdia e oferecendo uma saída para aqueles que se voltam para Ele.
Queridos irmãos e irmãs, a mensagem de Ezequiel 30.6-9 é clara e atual para nós. Assim como o Egito e seus aliados se levantaram contra o poder de Deus, muitas vezes também nos levantamos contra Ele em nossas vidas diárias. No entanto, a mensagem de esperança é que Deus está disposto a perdoar e oferecer uma saída. Se nos arrependermos e buscarmos a Deus, Ele nos mostrará Sua misericórdia e amor. Que possamos ser sábios o suficiente para nos arrependermos enquanto ainda há tempo.
Precisamos ter a certeza de que Deus é fiel para cumprir suas promessas de julgamento. A Escritura nos mostra que Deus não é indiferente ao pecado e à rebelião contra Ele, mas Ele sempre age em justiça e misericórdia. Ezequiel 30:6-9 nos lembra que o julgamento de Deus não é apenas sobre o Egito, mas também sobre as nações que se uniram a ela contra a vontade de Deus.
O profeta descreve a destruição dos aliados do Egito, mostrando que ninguém está imune à ira de Deus. Ele declara que, da cidade de Migdol ao extremo sul de Asuã, esses aliados seriam esmagados e suas cidades arrasadas. Eles teriam que reconhecer que Deus é o Senhor e que Ele é o governante soberano do universo.
É interessante notar que a destruição dessas nações é uma consequência direta de sua aliança com o Egito contra a vontade de Deus. Como cristãos, precisamos ter cuidado para não nos unirmos com aqueles que se opõem a Deus e a Seus princípios. Devemos ter cuidado para não seguir nossos próprios caminhos e nossas próprias vontades em vez de confiar em Deus e seguir Seus caminhos.
No entanto, devemos ter em mente que o julgamento de Deus não é o fim da história. Deus julga em justiça, mas também oferece misericórdia e graça aos que se arrependem e voltam para Ele. Como lemos em 2 Pedro 3:9: “O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento”.
Portanto, enquanto contemplamos a destruição dos aliados do Egito, devemos lembrar que Deus ainda está oferecendo uma oportunidade para todos se arrependerem e voltarem para Ele. É nossa responsabilidade compartilhar essa mensagem de esperança com o mundo perdido e orar para que Deus abra os corações das pessoas para receberem Sua graça e misericórdia.
Que possamos sempre lembrar que o julgamento de Deus é uma expressão de Sua justiça, mas também de Sua misericórdia e graça, oferecida a todos que se arrependem e voltam para Ele. Que possamos ser fiéis em compartilhar essa mensagem com aqueles que precisam ouvi-la. Que Deus nos ajude a cumprir a Sua vontade em nossas vidas.
Ezequiel 30.10-12: O Julgamento do Egito Pelas Mãos da Babilônia
10 “Assim diz o Soberano, o Senhor: “Darei fim à população do Egito pelas mãos do rei Nabucodonosor, da Babilônia. 11 Ele e o seu exército, a nação mais impiedosa, serão levados para destruir a terra. Eles empunharão a espada contra o Egito e a terra se encherá de mortos. 12 Eu secarei os regatos do Nilo e venderei a terra a homens maus; pela mão de estrangeiros deixarei arrasada a terra e tudo o que nela há. “Eu, o Senhor, falei. (Ez 30.10–12)
A primeira coisa que devemos notar é que a queda do Egito não foi um acidente ou um resultado fortuito das circunstâncias. Pelo contrário, Deus é o autor por trás da queda do Egito, como podemos ver em versículo 10, onde Ele declara: “Eis que eu sou contra ti, Faraó, rei do Egito, o grande monstro que jaz no meio dos seus rios”. Este é um testemunho claro de que Deus estava pessoalmente envolvido nos eventos que estavam prestes a acontecer.
E não apenas isso, mas também podemos ver que Deus escolheu Babilônia como o instrumento de sua justiça contra o Egito. Deus afirmou que Ele entregaria o Egito nas mãos dos babilônios para que eles o destruíssem, como podemos ver em versículo 11: “E farei que as multidões de gente do Egito sejam destruídas pela mão de Nabucodonosor, rei de Babilônia”.
Isso é um lembrete poderoso para nós, meus irmãos e irmãs, de que Deus está no controle de tudo o que acontece no mundo. Ele é o soberano do universo e nada escapa do seu controle e autoridade. Mesmo quando parece que as nações do mundo estão agindo de acordo com sua própria vontade, na verdade, elas estão cumprindo os propósitos de Deus. É um lembrete para nós de que devemos confiar em Deus em todas as circunstâncias, sabendo que Ele está no controle e que Seus planos para nós são bons.
Além disso, devemos notar que Deus escolheu Babilônia como o instrumento de Sua justiça não apenas por sua força militar, mas também por sua crueldade. Babilônia era conhecida por ser uma nação impiedosa, que tratava seus inimigos com crueldade e sem misericórdia. Eles eram um povo que não mostrava nenhuma piedade ou compaixão. No entanto, Deus escolheu usar essa nação para punir o Egito.
Isso é um testemunho poderoso do fato de que Deus pode usar qualquer meio que Ele desejar para cumprir seus propósitos, mesmo aqueles que consideramos impuros ou cruéis. Devemos lembrar que Deus não está limitado pelos nossos padrões ou pela nossa compreensão limitada. Ele é o Deus todo-poderoso e pode usar tudo o que desejar para cumprir Seus propósitos.
Finalmente, devemos notar que, apesar de toda a destruição que estava prestes a acontecer, Deus ainda deixou uma porta aberta para o arrependimento. Deus ainda estava disposto a perdoar o Egito e mostrar misericórdia se eles se voltassem para ele em arrependimento.
Deus escolheu Babilônia, a nação mais implacável, para cumprir seu julgamento. A Babilônia tratou seus cativos cruelmente e o mesmo aconteceria com o Egito, que seria morto pela espada (cf. Ez 30:4).
Ao descrever o ataque de Babilônia, Ezequiel destacou cuidadosamente a fonte última da destruição. Três vezes nos versículos 10 a 12, Deus disse: “Eu farei isso”. Babilônia era apenas uma ferramenta usada por Deus para realizar seu julgamento. Deus declarou que, pela mão dos estrangeiros, eu devastarei a terra. Pela quinta vez neste livro, Deus chamou os babilônios de “estrangeiros” (7:21; 11:9; 28:7, 10; 30:12).
Embora o Império Babilônico tenha sido um poder opressivo e inimigo de Judá, Deus estava no controle e usou a nação para punir seu povo desobediente e os povos circunvizinhos. Ainda assim, o julgamento de Deus não era apenas para punição, mas também para a restauração. O povo de Deus seria eventualmente restaurado à sua terra e sua bênção nacional seria renovada.
Neste texto, podemos ver a soberania de Deus sobre todas as nações da Terra. Ele usa quem ele quer para cumprir seus propósitos, até mesmo nações ímpias. Podemos confiar que Deus está no controle, mesmo quando parece que tudo está caindo aos pedaços. Também podemos ver que o julgamento de Deus não é apenas para punição, mas também para a restauração. Ele é um Deus misericordioso e gracioso que está sempre trabalhando em nosso favor, mesmo quando merecemos o contrário.
Portanto, devemos temer a Deus e buscar sua vontade em todas as coisas. Devemos confiar nele e confiar em sua sabedoria e poder, sabendo que ele sempre trabalha para o bem daqueles que o amam. Que possamos viver nossas vidas em submissão a ele e buscar sempre a sua glória em tudo o que fazemos.
Ezequiel 30.13-19: A Destruição das Cidades do Egito
13 “Assim diz o Soberano, o Senhor: “Destruirei os ídolos e darei fim às imagens que há em Mênfis. Não haverá mais príncipe no Egito, e espalharei medo por toda a terra. 14 Arrasarei o alto Egito, incendiarei Zoã e infligirei castigo a Tebas. 15 Derramarei a minha ira sobre Pelúsio, a fortaleza do Egito, e acabarei com a população de Tebas. 16 Incendiarei o Egito; Pelúsio se contorcerá de agonia. Tebas será levada pela tempestade; Mênfis estará em constante aflição. 17 Os jovens de Heliópolis e de Bubastis cairão à espada, e a população das cidades irá para o cativeiro. 18 As trevas imperarão em pleno dia em Tafnes quando eu quebrar o jugo do Egito; ali sua força orgulhosa chegará ao fim. Ficará coberta de nuvens, e os moradores dos seus povoados irão para o cativeiro. 19 Assim eu darei castigo ao Egito, e todos ali saberão que eu sou o Senhor”. (Ez 30.13–19)
Em Ezequiel 30.13-19, encontramos uma descrição detalhada da destruição que viria sobre o Egito. As cidades mais importantes, tais como Mênfis, Patros, Zoã, e a capital de longa data, Tebas, seriam todas devastadas. A cidade de Pelúsio, que serviu como uma fortaleza importante, também seria alvo da ira de Deus. Não haveria refúgio para o Egito, nem mesmo para as suas principais cidades. A nação inteira seria destruída e arruinada.
Essa profecia de julgamento do Egito, que começou com a queda de Jerusalém, teve um impacto tremendo no povo de Deus. Ezequiel foi enviado como um profeta para avisar o povo de Deus sobre a sua conduta ímpia, e o resultado foi o julgamento. Deus sempre age com justiça, e a sua paciência é limitada. Quando as nações e os indivíduos se rebelam contra Ele, chega um tempo em que a sua ira é desencadeada.
Devemos tomar cuidado para não subestimar a santidade de Deus. Ele é um Deus justo e santo, e não pode simplesmente ignorar o pecado. A sua ira é desencadeada contra o pecado e a rebelião. Mas devemos também lembrar que Deus é amoroso e misericordioso. Ele sempre estende a sua mão para oferecer perdão e salvação àqueles que se arrependem.
A destruição do Egito é um lembrete para nós de que Deus é soberano sobre todas as nações e governantes. Ele tem o poder de levantar e destruir impérios. Mas, acima de tudo, Ele é um Deus de amor e misericórdia, que oferece a salvação a todos os que se voltam para Ele.
Que possamos aprender com essa profecia e nos voltar para Deus em arrependimento, sabendo que Ele é capaz de perdoar e de nos salvar. Que possamos também orar pelas nações ao nosso redor, para que elas também possam se voltar para Deus e experimentar a sua graça e misericórdia.
Ezequiel 30.20-26: A Quebra dos Braços do Egito e Sua Dispersão entre as Nações
20 No sétimo dia do primeiro mês do décimo primeiro ano, a palavra do Senhor veio a mim: 21 “Filho do homem, quebrei o braço do faraó, rei do Egito. Não foi enfaixado para sarar, nem lhe foi posta uma tala para fortalecê-lo o bastante para poder manejar a espada. 22 Portanto, assim diz o Soberano, o Senhor: Estou contra o faraó, rei do Egito. Quebrarei os seus dois braços, o bom e o que já foi quebrado, e farei a espada cair da sua mão. 23 Dispersarei os egípcios entre as nações e os espalharei entre os povos. 24 Fortalecerei os braços do rei da Babilônia e porei a minha espada nas mãos dele, mas quebrarei os braços do faraó, e este gemerá diante dele como um homem mortalmente ferido. 25 Fortalecerei os braços do rei da Babilônia, mas os braços do faraó penderão sem firmeza. Quando eu puser minha espada na mão do rei da Babilônia e ele a brandir contra o Egito, eles saberão que eu sou o Senhor. 26 Eu dispersarei os egípcios no meio das nações e os espalharei entre os povos. Então eles saberão que eu sou o Senhor”. (Ez 30.20–26)
Neste trecho, encontramos a quarta das sete profecias de Ezequiel contra o Egito. Essa profecia foi dada no ano 587 a.C, alguns meses depois da primeira profecia, que foi proferida quando o exército egípcio tentou ajudar o rei Zedequias contra Nabucodonosor. Agora, Ezequiel profetiza a queda do Egito, que seria derrotado pelos babilônios.
O Egito havia tentado, sem sucesso, proteger a si mesmo e aos outros de seus inimigos, mas agora enfrentaria a ira de Deus. Ezequiel descreve a derrota do Egito como o quebra de ambos os braços da nação. O braço bom e o quebrado, que representam a força e a fraqueza da nação, seriam quebrados. O Egito seria totalmente destruído e ficaria impotente diante de seus inimigos.
No entanto, Deus não apenas permitiria a queda do Egito, mas também fortaleceria o poder de Babilônia. Ezequiel profetiza que Deus fortaleceria os braços do rei Nabucodonosor, que seria usado como um instrumento de julgamento divino contra o Egito. Isso mostra que Deus tem o controle absoluto sobre todas as nações e que Ele pode usar quem quiser para cumprir Seus propósitos.
Além disso, Ezequiel profetiza que o Egito seria disperso entre as nações, assim como Israel foi disperso depois da queda de Jerusalém. Isso é uma clara indicação de que o Egito seria punido pelo seu pecado, assim como Israel foi punido pelo seu. Deus não tolera a rebelião contra Ele, seja de uma nação ou de um indivíduo, e a justiça divina sempre prevalecerá.
Meus amados irmãos e irmãs, essa profecia nos ensina que a soberania de Deus não pode ser desafiada. Ele é o governante de todas as nações e tem o poder de exaltá-las ou derrubá-las de acordo com Sua vontade. É importante que nós, como cristãos, entendamos que Deus é o único que tem o controle absoluto sobre todas as coisas e que devemos confiar Nele em todas as situações.
Além disso, essa profecia nos lembra que o pecado nunca passa despercebido diante de Deus e que a justiça divina sempre prevalecerá. Como cristãos, devemos nos arrepender de nossos pecados e buscar a santidade em nossas vidas, sabendo que Deus nos julgará de acordo com nossas ações.
Que Deus nos ajude a confiar Nele em todas as circunstâncias e a buscar a santidade em nossas vidas. Que possamos lembrar que Ele é o soberano governante de todas as nações e que Sua justiça sempre prevalecerá.
Mas a destruição de um país não significa que Deus tenha abandonado seu povo. No versículo 26, ele declara que, depois de dispersar o Egito entre as nações, ele os reunirá novamente e os trará de volta à sua terra. Isso é uma lembrança de que, mesmo quando o julgamento de Deus cai sobre uma nação, ele ainda tem um plano para seu povo fiel.
Devemos também notar que, assim como no Egito, Deus julgará todas as nações que se rebelarem contra ele e se voltarem para o mal. Essas profecias não devem ser vistas apenas como uma advertência para as nações do passado, mas também como um aviso para as nações de hoje. Devemos estar cientes do julgamento de Deus e buscar viver uma vida piedosa diante dele.
Que possamos aprender com a mensagem de Ezequiel e reconhecer a santidade e o poder de Deus. Que possamos ter um coração contrito e humilde diante dele, buscando sempre viver em obediência e temor. E, acima de tudo, que possamos confiar na graça e na misericórdia de Deus, sabendo que, mesmo quando seu julgamento cai sobre as nações, ele ainda tem um plano para seu povo fiel.
Reflexão de Ezequiel 30 para os nossos dias
Embora o capítulo 30 de Ezequiel trate especificamente do julgamento de Deus sobre o Egito e seus aliados, há algumas lições que podemos extrair para nossos dias.
Em primeiro lugar, o julgamento de Deus é real e inevitável. Assim como Deus julgou o Egito por sua arrogância e injustiça, ele julgará todas as nações que se rebelam contra ele. Devemos lembrar que Deus é santo e justo, e que Ele não tolerará o pecado para sempre. É importante que reconheçamos nossa própria necessidade de arrependimento e perdão, e busquemos viver de acordo com a vontade de Deus.
Em segundo lugar, devemos lembrar que Deus é soberano sobre as nações e os governantes. O fato de que Deus usou a Babilônia para julgar o Egito não significa que Ele endosse a maldade ou a opressão. Pelo contrário, Deus tem o controle sobre todas as coisas e usa mesmo a maldade dos homens para cumprir seus propósitos. Devemos confiar em Deus mesmo em meio às circunstâncias difíceis, sabendo que Ele está no controle.
Em terceiro lugar, devemos lembrar que a justiça de Deus inclui tanto o julgamento quanto a restauração. Embora o Egito tenha sido julgado por seus pecados, Deus também prometeu restaurar o povo egípcio (Ezequiel 29:12-14). Da mesma forma, embora o julgamento de Deus seja uma realidade, Ele também oferece a todos a oportunidade de arrependimento e perdão. Deus deseja que todos venham a conhecer a verdade e serem salvos.
Em resumo, o capítulo 30 de Ezequiel nos lembra da santidade, justiça e soberania de Deus, bem como da necessidade de arrependimento e perdão. Que possamos buscar viver de acordo com a vontade de Deus, confiando em sua providência e esperando pela justiça e misericórdia divinas.
Motivos de oração em Ezequiel 30
- Oremos pelos governantes e líderes das nações: O juízo de Deus sobre o Egito foi principalmente sobre seus líderes. Eles tinham poder e influência, mas usaram esses recursos para o mal. Devemos orar para que os líderes das nações usem sua posição para promover a justiça e a paz, em vez de buscar seus próprios interesses egoístas.
- Oremos pela justiça de Deus: Deus prometeu julgar o Egito por causa de sua maldade e injustiça. Devemos orar para que Deus julgue o mal e a opressão em nossa sociedade e em todo o mundo. Ore para que aqueles que sofrem injustiça sejam libertados e que aqueles que praticam a opressão sejam responsabilizados por suas ações.
- Oremos pela salvação dos perdidos: No final do capítulo, vemos que Deus promete espalhar os egípcios entre as nações. Devemos orar para que as pessoas que não conhecem a Deus ou que estão em oposição a ele sejam alcançadas com o evangelho e encontrem salvação em Jesus Cristo. Oremos para que a luz do evangelho brilhe nas trevas e que os corações dos perdidos sejam transformados pelo poder de Deus.
A versão bíblica utilizada neste estudo é a Nova Versão Internacional (São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001)