Malaquias 2 contém uma série de oráculos que apresentam as acusações contra os sacerdotes e o povo de Israel. O texto mostra que a primeira revelação (versículos 1-2) começa com a advertência aos sacerdotes para honrarem a Deus, caso contrário, seriam amaldiçoados.
A segundo revelação (versículos 3-9) estabelece o padrão para os sacerdotes, apontando que eles devem ensinar a lei e se comportar com integridade. Por fim, a terceiro revelação (versículos 10-16) acusa o povo de Israel de ser infiel em seus relacionamentos uns com os outros e de se casar com pagãos, o que profanava a santidade de Israel.
O estudo desse capítulo é fundamental para entender o contexto histórico e religioso do Antigo Testamento e as implicações para a vida cristã hoje.
Malaquias apresenta duas evidências dessa infidelidade: a corrupção dos sacerdotes (2:1-9) e o divórcio (2:13-16a).
No versículo 13, o profeta fala sobre homens que choram diante do altar do Senhor porque suas ofertas não são mais aceitas. Descobrimos que esses homens haviam divorciado suas esposas israelitas para se casar com pagãs, violando assim o pacto de Deus com seu povo.
Malaquias então explica que Deus é a testemunha do casamento entre um homem e uma mulher e que Ele odeia o divórcio (versículo 16a). O capítulo termina com um apelo à fidelidade (versículo 16b) e com a promessa de que Deus trará justiça (capítulo 3:1-6).
Esboço de Malaquias 2
I. A repreensão aos sacerdotes (2:1-9)
A. A acusação de quebrar a aliança (2:1-2)
B. A ameaça de juízo (2:3-4)
C. O chamado à obediência (2:5-7)
D. A responsabilidade sacerdotal (2:8-9)
II. O pecado do povo: casamentos mistos (2:10-16)
A. A advertência contra a infidelidade à aliança (2:10-12)
B. O divórcio e suas consequências (2:13-16a)
C. O chamado à fidelidade (2:16b)
III. A esperança em Deus (2:17)
A. A acusação de falar palavras vãs (2:17a)
B. A pergunta do povo (2:17b)
C. A prova da acusação: não há esperança na justiça de Deus (2:17c)
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I. A repreensão aos sacerdotes (Malaquias 2:1-9)
“E agora esta advertência é para vocês, ó sacerdotes. Se vocês não derem ouvidos e não se dispuserem a honrar o meu nome”, diz o Senhor dos Exércitos, “lançarei maldição sobre vocês, e até amaldiçoarei as suas bênçãos. Aliás já as amaldiçoei, porque vocês não me honram de coração. “Por causa de vocês eu vou destruir a sua descendência; esfregarei na cara de vocês os excrementos dos animais oferecidos em sacrifício em suas festas e lançarei vocês fora, juntamente com os excrementos. Então vocês saberão que fui eu que lhes dei esta advertência para que a minha aliança com Levi fosse mantida”, diz o Senhor dos Exércitos. “A minha aliança com ele foi uma aliança de vida e de paz, que de fato lhe dei para que me temesse. Ele me temeu, e tremeu diante do meu nome. A verdadeira lei estava em sua boca e nenhuma falsidade achou-se em seus lábios. Ele andou comigo em paz e retidão, e desviou muitos do pecado. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca todos esperam a instrução na lei, porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos. Mas vocês se desviaram do caminho e pelo seu ensino causaram a queda de muita gente; vocês quebraram a aliança de Levi”, diz o Senhor dos Exércitos. “Por isso eu fiz que fossem desprezados e humilhados diante de todo o povo, porque vocês não seguem os meus caminhos, mas são parciais quando ensinam a lei. ” (Malaquias 2:1-9)
O capítulo 2 de Malaquias continua a denúncia do profeta contra o sacerdócio e o povo de Israel. Neste estudo, vamos nos concentrar nos primeiros nove versos do capítulo, onde o profeta dirige sua mensagem diretamente aos sacerdotes.
No versículo 1, Malaquias começa sua fala com um chamado à atenção dos sacerdotes, ordenando que eles ouçam as palavras do Senhor. O profeta destaca a aliança que Deus fez com Levi, o antepassado dos sacerdotes, e a responsabilidade que eles têm de manter essa aliança (versículo 4).
Malaquias então explica que, se os sacerdotes não se arrependerem de seus pecados e não honrarem o nome do Senhor, Ele trará maldição sobre eles (versículo 2). O profeta acusa os sacerdotes de terem mostrado parcialidade na aplicação da lei, aceitando suborno e distorcendo o julgamento (versículo 9).
O versículo 5 destaca a importância do sacerdote como mensageiro da aliança de Deus, lembrando que a vida e a paz estavam nas mãos de Levi. No entanto, Malaquias argumenta que os sacerdotes de sua época haviam se afastado da vontade de Deus e haviam se tornado uma fonte de tropeço para o povo de Israel (versículo 8).
Malaquias também fala sobre a necessidade de santidade e pureza nos serviços do templo. Ele denuncia a prática de oferecer animais defeituosos como sacrifício e o desrespeito demonstrado pelos sacerdotes em relação à mesa do Senhor (versículos 7 e 8).
O capítulo termina com uma afirmação sobre a unidade de Deus e a importância de honrar Seu nome. Malaquias afirma que Deus é Pai de todos e que Ele não faz acepção de pessoas. Ele conclui seu discurso dizendo que a verdadeira sabedoria é temer o Senhor e viver de acordo com a Sua vontade (versículos 6 e 7).
Malaquias 2 é um alerta para os sacerdotes e para o povo de Israel sobre a importância da obediência e do compromisso com a aliança de Deus. O profeta denuncia a corrupção e a infidelidade que haviam se infiltrado no sacerdócio e no povo de Deus. Ele enfatiza a importância da santidade e da pureza nos serviços do templo e na vida do povo de Deus em geral.
A mensagem de Malaquias continua relevante para os cristãos de hoje, lembrando-nos da importância de viver de acordo com a vontade de Deus e de buscar a santidade em todos os aspectos de nossas vidas.
II. O pecado do povo: casamentos mistos (2:10-16)
Não temos todos o mesmo Pai? Não fomos todos criados pelo mesmo Deus? Por que será então que quebramos a aliança dos nossos antepassados sendo infiéis uns com os outros? Judá tem sido infiel. Uma coisa repugnante foi cometida em Israel e em Jerusalém; Judá desonrou o santuário que o Senhor ama; homens casaram-se com mulheres que adoram deuses estrangeiros. Que o Senhor lance fora das tendas de Jacó o homem que faz isso, seja ele quem for, mesmo que esteja trazendo ofertas ao Senhor dos Exércitos. Há outra coisa que vocês fazem: Enchem de lágrimas o altar do Senhor; choram e gemem porque ele já não dá atenção às suas ofertas nem as aceita com prazer. E vocês ainda perguntam: “Por quê? ” É porque o Senhor é testemunha entre você e a mulher da sua mocidade, pois você não cumpriu a sua promessa de fidelidade, embora ela fosse a sua companheira, a mulher do seu acordo matrimonial. Não foi o Senhor que os fez um só? Em corpo e em espírito eles lhe pertencem. E por que um só? Porque ele desejava uma descendência consagrada. Portanto, tenham cuidado: Ninguém seja infiel à mulher da sua mocidade. “Eu odeio o divórcio”, diz o Senhor, o Deus de Israel, e “o homem que se cobre de violência como se cobre de roupas”, diz o Senhor dos Exércitos. Por isso tenham bom senso; não sejam infiéis. (Malaquias 2:10-16)
Malaquias 2:10-16 aborda a questão do divórcio e sua relação com a infidelidade espiritual. Este texto começa com um apelo à unidade e fidelidade do povo de Deus. Deus pergunta: “Não temos todos nós um só Pai? Não nos criou um só Deus? Por que somos infiéis uns aos outros, profanando a aliança dos nossos antepassados?” (v. 10). O povo de Deus não está cumprindo sua parte no pacto da aliança que Ele fez com eles.
Em seguida, o profeta Malaquias fala sobre a prática do divórcio entre o povo de Deus. Ele acusa os homens de se divorciarem de suas esposas judias para se casarem com mulheres pagãs (v. 11). Este ato viola a aliança que Deus fez com seu povo e coloca em risco a santidade do povo de Deus.
Malaquias continua a falar sobre o divórcio e suas consequências em relação à adoração a Deus. Ele fala sobre como os homens que se divorciaram de suas esposas judias choram diante do altar do Senhor, mas o Senhor não ouve suas orações (v. 13). Malaquias está mostrando como a prática do divórcio não apenas viola a aliança entre marido e esposa, mas também a relação entre Deus e seu povo.
Malaquias continua a descrever a prática do divórcio e seu impacto na aliança com Deus. Ele descreve como Deus é testemunha do pacto de casamento que é feito entre um homem e uma mulher (v. 14). O divórcio quebra este pacto e, portanto, coloca em risco a relação entre o homem e Deus. Malaquias também fala sobre como Deus busca um povo santo e fiel e como o divórcio é uma violação dessa santidade (v. 15).
Finalmente, Malaquias enfatiza a importância da fidelidade e da guarda do espírito. Ele afirma: “Porque eu odeio o divórcio, diz o Senhor, o Deus de Israel, e aquele que cobre de violência o seu vestido, diz o Senhor dos Exércitos; portanto, guardai-vos em vosso espírito, e não sejais infiéis” (v. 16).
Malaquias está mostrando como a prática do divórcio não apenas viola a relação entre marido e esposa, mas também a relação entre Deus e seu povo. Ele está chamando o povo de Deus a ser fiel a Deus e uns aos outros em todas as áreas de suas vidas.
Em resumo, Malaquias 2:10-16 mostra como a prática do divórcio coloca em risco a santidade da relação entre o homem e Deus.
Malaquias está chamando o povo de Deus a ser fiel a Deus e uns aos outros em todas as áreas de suas vidas, incluindo o casamento. Ele está mostrando que a infidelidade no casamento não é apenas uma violação da aliança entre marido e esposa, mas também uma violação da aliança entre Deus e seu povo.
III. A esperança em Deus (Malaquias 2:17)
“Vocês têm cansado o Senhor com as suas palavras. ‘Como o temos cansado? ’, vocês ainda perguntam. Quando dizem: ‘Todos os que fazem o mal são bons aos olhos do Senhor, e ele se agrada deles’ e também quando perguntam: ‘Onde está o Deus da justiça? ’ ” (Malaquias 2:17)
Malaquias 2:17 inicia a quarta e última seção do livro, que aborda a esperança em Deus. Nessa seção, Deus responde àqueles que questionam Sua justiça e reafirma Seu amor e fidelidade para com o Seu povo.
O versículo 17 começa com a acusação de Deus contra o povo de Israel, afirmando que eles O têm cansado com suas palavras. Em outras palavras, Deus está dizendo que o povo está questionando Sua justiça e bondade, e isso está cansando-o. Isso é irônico, já que Deus é Aquele que nunca se cansa nem se enfraquece (Isaías 40:28).
O povo de Israel então pergunta como eles têm cansado a Deus. Esta pergunta revela a sua cegueira espiritual, pois eles não percebem como as suas palavras e ações estão desagradando a Deus.
Deus responde a essa pergunta, afirmando que o povo tem desagradado a Ele com suas palavras. Eles questionam Sua justiça, dizendo que Ele não castiga os maus e não recompensa os justos. Essa era uma questão comum em tempos difíceis, quando os justos pareciam estar sofrendo e os ímpios pareciam estar prosperando.
Deus reafirma Sua justiça e diz que Ele julgará os maus e recompensará os justos. Ele não esqueceu o Seu povo e está atento às suas palavras e ações. Aqueles que O servem com fidelidade serão recompensados, mas aqueles que O desobedecem serão punidos.
O versículo 17 é uma introdução à seção final do livro de Malaquias, que trata da esperança em Deus. Deus está lembrando ao Seu povo que Ele é justo e fiel, e que Ele não os abandonou. Eles podem confiar nEle e esperar por Sua justiça e salvação.
Reflexão de Malaquias 2 para os nossos dias
A falta de temor e reverência a Deus, a infidelidade, a injustiça e a falta de compromisso com a palavra do Senhor são evidentes em nossa sociedade.
No entanto, devemos lembrar que a mensagem de Malaquias não é apenas um chamado à correção moral, mas um chamado ao arrependimento e à volta para Deus. E essa volta para Deus só pode ser realizada através de Cristo Jesus, que é o caminho, a verdade e a vida.
Ao ler Malaquias 2, podemos ver que o Senhor está chamando o povo a um compromisso com a verdade e a um amor inabalável pela justiça. O próprio Senhor Jesus Cristo é a personificação da verdade e da justiça. Ele veio a este mundo para buscar e salvar o que estava perdido e para nos mostrar o caminho da vida eterna.
Assim como o povo de Israel precisava se arrepender e voltar para o Senhor, nós também precisamos fazer o mesmo. Precisamos confessar nossos pecados e nos arrepender de nossas falhas e infidelidades. E, acima de tudo, precisamos nos voltar para Cristo Jesus e aceitá-lo como nosso Senhor e Salvador.
Em Malaquias 2:17, Deus diz: “Estais cansados de mim e dissestes: Em que te cansamos?” É fácil para nós também ficarmos cansados e desanimados diante das provações e dificuldades da vida. Mas devemos lembrar que Cristo Jesus é a nossa esperança e nossa força. Nele, podemos encontrar descanso para nossas almas e paz para nossos corações.
Assim como o povo de Israel precisava de um redentor para salvá-los de seus pecados, nós também precisamos de um Salvador. E esse Salvador é Cristo Jesus, que nos amou e se entregou por nós na cruz do Calvário. Nele, temos perdão e vida eterna.
Que possamos, então, olhar para Cristo Jesus, o autor e consumador de nossa fé, e nos esforçar para viver uma vida de fidelidade e amor ao Senhor. Que possamos nos lembrar sempre de que somos salvos pela graça, através da fé em Jesus Cristo, e que é Ele quem nos sustenta em todas as coisas.
Que Deus nos abençoe e nos ajude a viver uma vida de santidade e compromisso com a sua palavra. Que possamos sempre nos lembrar de que, em Cristo Jesus, somos mais que vencedores.
Motivos de oração em Malaquias 2
- Arrependimento pessoal e coletivo: Um dos principais temas de Malaquias 2 é a necessidade de arrependimento pessoal e coletivo. O livro começa com Deus expressando seu amor por Israel e, em seguida, confrontando o povo com seus pecados. Isso nos leva a orar por arrependimento pessoal e coletivo em nossas vidas e em nossas igrejas. Ore para que o Espírito Santo revele nossos pecados e nos dê a graça para confessá-los e nos voltarmos para Deus.
- Fidelidade matrimonial: Outro tema importante em Malaquias 2 é a fidelidade matrimonial. Deus condena a prática de divórcio e infidelidade conjugal, lembrando aos Israelitas da aliança que fizeram com Ele e com seus cônjuges. Ore para que o Espírito Santo fortaleça nossos relacionamentos e nos ajude a manter nossos votos matrimoniais. Ore também pelas famílias que enfrentam desafios em seus relacionamentos.
- Esperança em Deus: O livro de Malaquias também fala sobre a justiça de Deus, que é evidente em sua condenação do pecado e em seu amor pelos justos. Isso nos leva a orar por esperança em Deus, sabendo que ele é um Deus justo e fiel que cumpre suas promessas. Ore para que o Espírito Santo nos ajude a confiar em Deus mesmo em tempos difíceis e a ter a esperança da glória eterna que ele prometeu.
A versão bíblica utilizada neste estudo é a Nova Versão Internacional (São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001)
Eu gosto de estudar a Palavra de Deus é praticar,sei que não é fácil, mas Jesus Cristo não falou que seria fácil.Amém.