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Salmo 145 Estudo: O Que Significa “O Senhor É Bondoso Para Todos”?

Por Diego Nascimento
Em Bíblia de Estudo Online

O Salmo 145 é um cântico de louvor atribuído a Davi, sendo o último salmo que leva seu nome no Saltério. Ele se destaca como o único salmo com o título específico “Um cântico de louvor”. Além disso, é um salmo acróstico, ou seja, cada versículo começa com uma letra do alfabeto hebraico, o que indica uma composição cuidadosamente estruturada para fins de memorização e recitação na adoração pública.

Segundo Hernandes Dias Lopes, esse salmo representa “a joia da coroa do louvor” e ocupa lugar especial na liturgia judaica, sendo recitado três vezes ao dia (LOPES, 2022, p. 1557). Davi encerra aqui sua contribuição ao Saltério exaltando a Deus com intensidade e profundidade. Trata-se de um louvor que vai da experiência pessoal ao clamor universal por adoração.

Calvino observa que “o propósito em declarar que Deus é benigno para com os filhos dos homens é induzi-los a cultivarem gratidão piedosa” (CALVINO, 2009, p. 550). O pano de fundo provável é um período de prosperidade no reinado de Davi, mas seu foco está em algo mais elevado: o reinado eterno e justo de Deus, cujo caráter é o verdadeiro motivo de louvor.

A estrutura poética e teológica do salmo não é acidental. Ela segue um crescendo de louvor que começa com a exaltação pessoal e culmina numa convocação universal. Ao contrário de muitos outros salmos que alternam lamento e adoração, o Salmo 145 é inteiramente positivo, uma celebração contínua das obras e atributos de Deus.

1. Exaltação pessoal e louvor perpétuo (Sl 145:1–3)

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“Eu te exaltarei, meu Deus e meu rei; bendirei o teu nome para todo o sempre!” (v. 1)

Davi começa declarando seu compromisso pessoal com o louvor. A expressão “meu Deus e meu rei” mostra que, mesmo sendo rei de Israel, ele se submete ao verdadeiro Rei. Seu louvor é diário e eterno (v. 2), mostrando constância e devoção. O versículo 3 nos lembra que a grandeza de Deus é insondável. É impossível medi-la. É isso que torna o louvor sempre atual — nunca esgotamos os motivos.

Ao ler essa introdução, eu me vejo desafiado a louvar mais a Deus por quem Ele é, não apenas pelo que faz. Sua grandeza me inspira temor e reverência, mas também confiança. Como vimos em Salmo 8, o Deus grandioso se importa com seres pequenos como nós.

2. Um louvor que atravessa gerações (Sl 145:4–7)

“Uma geração contará à outra a grandiosidade dos teus feitos” (v. 4)

Davi entende que o louvor a Deus deve ser transmitido. Cada geração tem a responsabilidade de contar as obras de Deus à próxima. Isso não é opcional. É parte da aliança. O salmo se torna, aqui, uma convocação pedagógica. É impossível amar a Deus de verdade sem desejar que outros também o conheçam.

Ele fala do “glorioso esplendor” da majestade divina (v. 5), um termo que aponta para algo que não apenas impressiona, mas que exige contemplação. As “obras tremendas” de Deus (v. 6) incluem juízos e milagres. Ao lembrar disso, eu percebo como o louvor deve ser fundamentado em memória. Não é emoção solta, mas resposta a fatos.

3. Bondade universal, misericórdia pessoal (Sl 145:8–10)

“O Senhor é misericordioso e compassivo, paciente e transbordante de amor” (v. 8)

Essa descrição ecoa Êxodo 34:6, onde Deus se revela a Moisés. Davi recorre a esse retrato para afirmar que o caráter de Deus é a base do nosso louvor. Ele é bom para todos, e sua compaixão alcança todas as suas criaturas (v. 9).

Calvino destaca que “Deus se comove de compaixão para com nossas misérias, a ponto de ser mais bondoso conosco, quando nos tornamos mais miseráveis” (CALVINO, 2009, p. 554). Esse é um lembrete precioso: Deus não nos abandona nos nossos momentos de queda. Ele é fiel mesmo quando somos frágeis.

O versículo 10 mostra que todas as criaturas — racionais e irracionais — de algum modo proclamam a glória de Deus. No entanto, os “fiéis” são chamados a fazer isso conscientemente.

4. O reinado eterno de Deus (Sl 145:11–13)

“O teu reino é reino eterno, e o teu domínio permanece de geração em geração” (v. 13)

Davi destaca o poder de Deus sobre todas as coisas. O seu reinado é glorioso, e sua soberania é eterna. Diferente dos reinos humanos, o governo de Deus não conhece interrupções. Ele é Rei para sempre.

A Septuaginta inclui um versículo a mais aqui, que provavelmente existia em manuscritos antigos: “O Senhor é fiel em todas as suas palavras e santo em todas as suas obras”. Hernandes Dias Lopes afirma que “o poder de Deus sustenta o reino e exibe a glória” (LOPES, 2022, p. 1561). Isso significa que não há área da criação que esteja fora do alcance de sua justiça e cuidado.

Esse trecho me lembra que, mesmo quando tudo parece fora de controle, o Senhor continua no trono — como vemos também em Apocalipse 4, onde João vê Deus reinando gloriosamente.

5. A providência diária do Senhor (Sl 145:14–16)

“O Senhor ampara todos os que caem e levanta todos os que estão prostrados” (v. 14)

Aqui o foco muda da grandeza transcendente para a compaixão prática. Deus é grandioso, mas também é próximo. Ele sustenta os caídos, alimenta os famintos e satisfaz o desejo das criaturas (vv. 14–16).

Calvino comenta: “Deus estende sua mão para distribuir aos animais o seu alimento” (CALVINO, 2009, p. 559). A imagem é linda: a mão de Deus aberta sobre a criação. Isso me ensina que não existe necessidade minha que Ele ignore. Ele sabe o que cada ser vivo precisa e supre com generosidade.

6. Justiça, proximidade e juízo (Sl 145:17–21)

“O Senhor é justo em todos os seus caminhos e é bondoso em tudo o que faz” (v. 17)

O louvor de Davi agora envolve a justiça de Deus. Mesmo quando não compreendemos seus caminhos, podemos confiar que são justos. Ele está perto dos que o invocam “com sinceridade” (v. 18), ou seja, com fé verdadeira.

Ele atende o clamor dos que o temem, salva, guarda, protege (vv. 19–20). Mas também julga: “a todos os ímpios destruirá” (v. 20b). O louvor não ignora o juízo. Ele reconhece a santidade do Deus que salva e que condena.

O salmo termina com uma doxologia: “Com meus lábios louvarei ao Senhor. Que todo ser vivo bendiga o seu santo nome para todo o sempre!” (v. 21). O louvor pessoal se torna convite universal. A missão da Igreja é essa: transformar a adoração individual num chamado coletivo.

Cumprimento das profecias

Embora o Salmo 145 não traga profecias messiânicas explícitas, ele prepara o caminho para Cristo de várias formas. Jesus é o Rei eterno (Lc 1:32–33), é o Deus que alimenta os famintos (Jo 6:35), que ouve os aflitos (Hb 4:15), que está perto dos que invocam (Rm 10:13) e que destruirá o ímpio no juízo final (Ap 20:11–15).

A bondade universal e a justiça eterna descritas aqui encontram seu clímax em Jesus. Ele é a imagem do Deus invisível, a perfeita revelação daquele que Davi adorava.

Significado dos nomes e simbolismos do Salmo 145

  • Rei – Deus é o soberano absoluto, diferente dos reis humanos, seu domínio é eterno.
  • Exaltarei – Ato consciente e voluntário de reconhecimento da grandeza de Deus.
  • Geração a geração – Tradição da fé. Transmissão da aliança e das obras de Deus.
  • Bondade, misericórdia, compaixão – Atributos relacionais de Deus. Marcas de sua graça.
  • Cair, prostrar-se – Símbolos da fragilidade humana. Deus não rejeita o quebrantado.
  • Invocar com sinceridade – Oração verdadeira, que brota da fé e da reverência.

Lições espirituais e aplicações práticas do Salmo 145

  1. O louvor começa com uma decisão pessoal – Não é automático. Davi diz: “Eu te exaltarei”. Eu também devo escolher louvar, mesmo em dias difíceis.
  2. Adoração verdadeira se baseia no caráter de Deus – Grandeza, bondade, fidelidade, justiça. Conhecer quem Deus é me faz adorá-lo com mais profundidade.
  3. Precisamos ensinar a próxima geração – Os nossos filhos e netos precisam ouvir sobre as obras de Deus. A fé é passada por testemunho.
  4. Deus cuida dos fracos – Quem caiu, quem está prostrado, quem tem fome — todos são alvos do cuidado divino. Ele abre sua mão!
  5. A oração sincera é ouvida – Não basta falar. É preciso invocar em verdade. Deus se agrada da fé viva, não de palavras vazias.
  6. O juízo de Deus é real – Ele é bom, mas também é justo. Os ímpios serão destruídos. Essa realidade deve nos levar a anunciar o evangelho com urgência.
  7. O louvor é eterno – Nossa adoração aqui é ensaio para a eternidade. Um dia, “toda carne bendirá o seu santo nome”. Que privilégio já poder começar agora!

Conclusão

O Salmo 145 é um convite apaixonado à adoração. Ele exalta o caráter de Deus, sua majestade, bondade, fidelidade e justiça. Davi começa sozinho, mas termina convocando toda a criação a louvar. Esse salmo me ensina que adoração não é apenas um dever, mas uma resposta à graça. Louvar a Deus é alinhar minha vida com quem Ele é — Rei eterno, Salvador compassivo, Juiz justo e Provedor fiel. Ao ler e orar esse salmo, eu sou lembrado que o louvor deve ser constante, sincero e transmissível.


Referências

  • CALVINO, João. Salmos, org. Franklin Ferreira, Tiago J. Santos Filho e Francisco Wellington Ferreira; trad. Valter Graciano Martins. 1. ed. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2009. v. 4, p. 550–563.
  • LOPES, Hernandes Dias. Salmos: O Livro das Canções e Orações do Povo de Deus, org. Aldo Menezes. 1. ed. São Paulo: Hagnos, 2022. v. 1 e 2, p. 1557–1567.
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