Você já parou para refletir sobre a grandiosidade do mundo ao nosso redor: a beleza estonteante das montanhas cobertas de neve, a vastidão do oceano, o canto dos pássaros ao amanhecer e o sussurro dos ventos dançando através das folhas?
Cada um desses elementos é um testemunho vivo do amor inigualável de Deus, um eco vibrante de Sua grandeza e generosidade.
A mente de Cristo é também uma mente que observa e valoriza o meio ambiente. Porque em cada partícula da criação, vemos o sopro divino, e cada elemento natural nos lembra o carinho infinito do Criador.
Hoje, quando o rugido da crise ambiental ecoa como um grito desesperado em nossos ouvidos, quando o precioso tecido da vida na Terra parece estar desgastando-se e rasgando-se diante de nossos olhos, somos chamados a responder.
Deus criou o ser humano para administrar e cuidar da natureza, não destruí-la, isso também faz parte da mente de Cristo.
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A Terra como criação de Deus
E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom. (Gênesis 1:31)
Você já parou pra pensar no dia em que Deus criou todas as coisas? O Universo estava em um estado de expectativa silenciosa, aguardando o próximo ato de Deus. E então, com um sopro divino e amoroso, a Terra surgiu.
Montanhas foram formadas, oceanos preencheram os vales, florestas surgiram e toda sorte de criaturas começaram a explorar esse novo mundo. Deus olhou para tudo isso, essa sinfonia de vida e existência, e viu que era muito bom.
No coração da floresta, no canto de um pássaro, no sussurro do vento, e no balançar das folhas, há uma canção. Uma canção de adoração que a criação canta ao seu Criador.
Cada amanhecer é um hino à Sua misericórdia, cada pôr do sol, um poema de gratidão pelo dia que passou. A Terra, em sua majestosa diversidade, é uma orquestra que toca uma sinfonia de louvor ao nosso Deus.
Mas, como é a nossa Terra hoje?
A Terra está sofrendo. As florestas queimando, o mar sufocado em plástico, animais ameaçados pela extinção… tudo isso não é apenas a dor da Terra, mas também a dor de Deus.
Nossos corações devem doer ao ver a majestosa obra de Deus ser destruída pela ganância humana. Cada espécie perdida, cada rio poluído, é uma agressão a obra-prima do Criador.
Nós somos os guardiões desta grande obra. Nós somos os mordomos desta bela e frágil esfera azul que flutua no vazio.
Com esse papel, vem uma responsabilidade grandiosa. Deus, em Sua infinita sabedoria, escolheu nos confiar esse presente incrível. Ele escolheu a humanidade para cuidar da mais maravilhosa obra de arte da vida.
Sobre isso, Francis Schaeffer, teólogo cristão, disse: “A cristandade é a única visão de mundo que se ajusta à totalidade da realidade, e isto inclui dar valor à natureza simplesmente porque a natureza existe, e nós devemos valorizá-la por si mesma, mesmo que nunca vejamos ou desfrutemos de uma parte dela pessoalmente… De fato, uma das melhores maneiras de nos conscientizarmos da criação de Deus é não só passar algum tempo na natureza, mas também aprender a apreciar a natureza onde quer que estejamos, no meio da cidade ou em nosso próprio quintal.” (Francis Schaeffer)
Hoje, cada um de nós é desafiado a reconhecer a beleza e o valor da Terra e a assumir nosso papel na proteção e preservação de sua beleza. Vamos lembrar do “muito bom” de Deus, da alegria que Ele sentiu ao contemplar a Terra e tudo que nela habita. Que nossa ação em defesa do meio ambiente seja um reflexo desse amor, que toca em cada parte da criação de Deus, isso também é ser cristão.
Nós como mordomos da criação
“Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem…” (Salmos 24:1)
Você já parou pra pensar na responsabilidade que nos foi dada na Criação? Deus, o Senhor do Universo, o Criador de todas as coisas, escolheu nos confiar o cuidado de Sua amada criação. Nós, recebemos a tarefa de sermos os mordomos de um mundo que não é nosso, mas de Deus. Que honra! Que responsabilidade!
Como mordomos da Criação, temos um papel sagrado. Estamos aqui para nutrir, proteger e preservar este mundo maravilhoso que Deus criou. Não somos meramente espectadores passivos da beleza natural. Somos participantes ativos, chamados para interagir e cuidar da Terra com a mesma dedicação e amor com que Deus a criou.
Sinta a humildade e a gravidade desta tarefa. Sinta a conexão profunda e eterna com cada pedra, cada gota de água, cada folha e cada criatura deste mundo. Cada elemento da natureza é uma parte de Deus e, portanto, uma parte de nós. Ao cuidarmos da natureza, cuidamos de nós mesmos e honramos nosso Deus.
Uma das coisas que amo fazer é contemplar a natureza. Nela, eu tenho um vislumbre da grandeza do nosso Deus. A beleza de uma floresta, a vastidão de um oceano, a serenidade de um deserto, a exuberância de uma montanha – todas são expressões do amor e do poder de Deus. E todas estas maravilhas estão sob nosso cuidado.
Mas a Criação está chorando. As florestas estão desaparecendo, os rios estão poluídos, as espécies estão se extinguindo. Este não é o cuidado amoroso que Deus espera de nós. Temos a responsabilidade nisso, a Bíblia deixa claro que nos últimos dias a natureza sofre, como consequência dos nossos pecados, da nossa ganância.
Sobre isso, N.T Wright disse o seguinte: “Muitas vezes pensamos na salvação como uma questão pessoal, esquecendo que a Bíblia fala de um Deus que se preocupa com a restauração de toda a Sua criação.” – N. T. Wright, teólogo e estudioso do Novo Testamento.
Precisamos assumir a responsabilidade de cuidar da Criação. Este tipo de mentalidade também é parte do novo nascimento em Jesus. Deixe que seu amor por Ele se manifeste em seu cuidado pelo meio ambiente. Pois amar a Deus é amar Sua Criação, e ao cuidar da Criação, estamos demonstrando nosso amor por Deus.
A Mente de Cristo no cuidado pela criação
“Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus…” (Filipenses 2:5)
A mente de Cristo se preocupa profundamente com a Criação. Ele, que criou as estrelas e deu forma à Terra, também se tornou parte dessa Criação ao se tornar homem. Diversas vezes ele usou a criação como base de seus ensinamentos eternos.
Jesus caminhou por esta Terra, respirou o mesmo ar que respiramos, bebeu da mesma água que bebemos. Ele sentiu a brisa no rosto, o calor do sol na pele, a frieza da noite. Ele olhou para a mesma lua e as mesmas estrelas que nós olhamos. Coisas que Ele criou.
Jesus valorizava e amava cada parte da Criação. Ele viu Deus em cada flor, em cada pássaro, em cada grão de areia. Ele ensinou seus discípulos a verem Deus na natureza e a valorizarem a beleza e a importância de cada criatura. Ele nos chamou para sermos como Ele, para amarmos a Criação como Ele ama.
Nós, como seguidores de Cristo, somos chamados a refletir Sua mente e Seu coração em nosso cuidado pela Criação. Somos chamados a amar a natureza como Jesus a amou, a valorizá-la como Ele a valorizou, a protegê-la como Ele a protegeria. Cada gesto de amor e cuidado que damos à natureza é um reflexo da mente de Cristo em nós.
Agora, mais do que nunca, o mundo precisa de pessoas que refletem a mente de Cristo em seu cuidado pelo meio ambiente. As previsões bíblicas para o futuro da natureza, é a de que as coisas ficarão muito piores, com escassez de água potável, comida saudável, mas se mudarmos a nossa atitude, os nossos filhos e netos, podem aproveitar um pouco melhor o presente que Deus nos dá, na criação.
Sobre isso, Wendell Berry, escritor, poeta e agricultor cristão disse o seguinte: “O cuidado com a Terra é nosso chamado mais antigo e mais digno, e, afinal, o nosso maior prazer.” – Wendell Berry, escritor, poeta e agricultor cristão.
Meu irmão, minha irmã que a nossa espiritualidade vá além das palavras. Que seja visto em nossas atitudes, em nossa educação, em nossa higiene ao não jogar lixo na rua ou poluir as praias e rios, que as nossas atitudes reflitam a mente de Cristo em nosso cuidado pela Criação. Que o amor de Cristo por toda a Criação ressoe em nossos corações e inspire nossas ações. Que nossa fé em Cristo se traduza em um amor concreto e ativo por pessoas e pelo meio ambiente.