Você já parou pra prestar atenção em seus irmãos e irmãs sentados ao seu lado, na igreja? Cada rosto tem uma história única, um testemunho único. Alguns enfrentaram tempestades que outros nem podem imaginar.
Alguns têm lutado contra mares turbulentos, enquanto outros têm vivido no conforto de águas calmas. Mas, independentemente da jornada, todos nós compartilhamos um destino comum. Somos chamados para servir, para amar, para fazer a diferença no mundo.
Nossos corações devem ser atraídos pela justiça social e o amor ao próximo porque Cristo nos mostrou que estas são as marcas de seu reino.
Ele tocou leprosos, acolheu pecadores, alimentou os famintos e levantou os caídos. Ele atravessou barreiras sociais e culturais para demonstrar o amor de Deus que não faz distinção de pessoas. E a mensagem de hoje é um convite para seguir o Seu exemplo.
Na quinta mensagem da série: A Mente de Cristo, vamos refletir como a mentalidade de Jesus, nos atrai para o cuidado com as pessoas.
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Olhar além de si
“O Rei responderá: ‘Digo-lhes a verdade: o que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram’.” (Mateus 25:40)
Este versículo não é apenas uma instrução; é um desafio. Desafia-nos a ver o rosto de Cristo em cada pessoa que encontramos. O mendigo que pede esmola na rua, a criança desamparada que chora por alimento, o idoso que é esquecido em sua solidão – todos eles carregam em si a imagem do nosso Salvador. Cada gesto de bondade e amor que estendemos a eles, estendemos a Cristo.
Cristo não está apenas nos belos templos ou nas melodiosas canções de adoração. Ele está presente naquele que sofre e clama por ajuda. Ele está nos rostos cansados dos que lutam para sobreviver. Ele está naquele que, embora oprimido pelo peso da injustiça, ainda sonha com liberdade e dignidade.
É verdade que não vamos conseguir acabar com o sofrimento e necessidade de todas as pessoas do mundo, mas nós podemos dar alívio a alguns, só precisamos querer.
É tempo de olhar além de nossas próprias necessidades e confortos. É hora de sentir o coração de Deus pulsando dentro de nós, um coração que se entristece com a opressão e a injustiça, mas que também se enche de alegria quando o amor e a bondade prevalecem.
Deus nos chamou para ser Suas mãos e pés neste mundo. Chamou-nos para sermos portadores de Sua luz, mensageiros de Sua graça. E este chamado é muito mais do que palavras; é um compromisso de vida, um compromisso de amor ao próximo.
Sobre isso, Shane Claiborne, disse: “O grande problema não é as pessoas serem educadas na má escola, é as pessoas serem educadas na melhor das escolas e não fazerem nada com isso. Isso é o que rompe o coração de Deus.” – Shane Claiborne
Estas palavras enfatizam a responsabilidade que temos, como seguidores de Jesus, de usar o que aprendemos e os recursos que temos para fazer uma diferença positiva e prática no mundo, lutando por justiça social e amando o nosso próximo.
Levante sua voz
“Erga a voz em favor dos que não podem defender-se, seja o defensor de todos os desamparados. Erga a voz e julgue com justiça; defenda os direitos dos pobres e dos necessitados”. (Provérbios 31:8,9)
Este é um chamado poderoso, uma convocação para sermos os defensores daqueles que são negligenciados, esquecidos, marginalizados. Não basta simplesmente reconhecer a existência da injustiça, somos convocados a levantar nossas vozes contra ela. Somos chamados a ecoar o grito dos desamparados, a amplificar a voz dos que são silenciados.
Imagine por um momento, como seria o mundo se cada um de nós respondesse a esse chamado. Se cada um de nós ousasse falar quando o mundo manda calar, se cada um de nós lutasse por justiça quando o mundo pede quietude. Imagine o poder de uma comunidade unida, não apenas pelo amor de Cristo, mas também por sua paixão pela justiça.
Nossa fé, amados, não se limita às paredes da igreja. Ela deve ecoar além, nas ruas, nos corredores do poder, nos lugares onde as decisões que afetam os mais vulneráveis são tomadas. Somos desafiados a nos tornar profetas de justiça, portadores de mudança, iluminando os cantos escuros do mundo com a luz do amor de Jesus.
A tarefa não é fácil. Há resistência certamente. Críticas. Há aqueles que dirão que devemos nos manter em silêncio, que devemos nos contentar com o sistema.
Mas o chamado de Deus é maior que qualquer obstáculo que possamos enfrentar. É um chamado que ressoa em nossos corações com a força de um rugido do leão, impossível de ser ignorado.
Neste sentido, temos a celebre frase de Martin Luther King Jr, que tem ecoado através das gerações: “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.” – Martin Luther King Jr.
Somos desafiados a se tornar a voz dos sem voz. A pregar e lutar pela justiça onde há injustiça. A fazer o bem, mesmo que o mundo diga que é inútil. Porque é nessa luta, nesse amor pelo próximo, que nós realmente refletimos a imagem do nosso Salvador. É nesta coragem, neste compromisso, que nós verdadeiramente abraçamos o nosso chamado como seguidores de Cristo.
Amor ativo
Ele respondeu: ” ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento’ e ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’”. (Lucas 10:27)
Este versículo nos leva ao coração do nosso chamado cristão. Mais do que palavras, é uma convocação à ação, um chamado para incorporar a essência do amor de Deus em nosso dia a dia. E como esse amor se manifesta? No serviço ao próximo, na luta por justiça, na compaixão pelos vulneráveis.
Martin Luther King Jr. é um exemplo excepcional de amor ao próximo por sua dedicação incansável na luta pelos direitos civis e pela igualdade racial nos Estados Unidos. Ele liderou o movimento pelos direitos civis através de ações pacíficas e não violentas, inspirando milhões de pessoas a se levantarem contra a discriminação e a opressão racial.
King demonstrou amor ao próximo ao enfrentar a injustiça e a segregação racial, buscando uma sociedade mais justa e equitativa. Ele pregou e praticou o amor incondicional, exortando seus seguidores a responderem ao ódio com amor. King acreditava que o amor poderia superar o preconceito e a discriminação, e ele exemplificou isso em suas palavras e ações.
Ele trabalhou incansavelmente para unir as pessoas, independentemente de sua raça, cor ou origem étnica, promovendo a igualdade de direitos para todos os cidadãos americanos. King enfrentou a violência e a perseguição, mas nunca retaliou com ódio ou violência. Ao contrário, de alguns pastores brasileiros que estimulam o ódio, ele continuou a defender os direitos dos oprimidos, pregando a não violência como meio de transformação social.
O amor ao próximo de Martin Luther King Jr. também se estendia além das fronteiras raciais. Ele reconhecia a interconexão de todas as formas de opressão e trabalhou em solidariedade com outros movimentos sociais, incluindo a luta pelos direitos das mulheres, dos trabalhadores e dos pobres. Ele acreditava que a justiça não poderia ser alcançada apenas para um grupo específico, mas para toda a humanidade.
Através de sua liderança e sacrifício, Martin Luther King Jr. nos deixou um legado de amor, compaixão e justiça. Seu exemplo nos lembra da importância de defendermos os direitos e a dignidade de todos os seres humanos, independentemente de sua raça, religião ou origem. Ele nos inspira a continuar lutando contra a injustiça e a trabalhar pelo amor e igualdade em nossa sociedade.
Sobre isso, ele disse: “A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar.” – Martin Luther King Jr.
Nossa responsabilidade como seguidores de Cristo é combater todas as formas de opressão e trabalhar pela justiça social, sabendo que nosso compromisso é com o bem-estar de toda a humanidade.