O mundo em que vivemos é um lugar cada vez mais agitado e frenético. A tecnologia tem se desenvolvido a um ritmo acelerado, e a comunicação instantânea e constante nos mantém conectados a tudo e a todos o tempo todo. A pressão para ter sucesso, ser produtivo e manter-se competitivo no mercado de trabalho é cada vez maior, o que pode levar ao esgotamento físico e emocional. A pandemia do COVID-19 também trouxe uma nova camada de estresse e ansiedade, já que as pessoas tiveram que se adaptar a mudanças abruptas em suas rotinas e lidar com o medo da doença e suas consequências.
Infelizmente, essas mudanças têm efeitos colaterais significativos sobre as pessoas. A agitação constante pode levar a sentimentos de ansiedade e estresse crônicos, o que pode levar a problemas de saúde mental e física. Muitas pessoas relatam dificuldade para dormir e se concentrar, além de sentir-se sempre cansadas e sobrecarregadas. A pressão constante para estar sempre conectado e disponível pode levar a uma sensação de estar sempre “ligado”, nunca desligando completamente e perdendo a capacidade de relaxar.
Além disso, a agitação constante pode levar a um sentimento de falta de propósito e significado na vida. Quando estamos sempre ocupados e focados no próximo passo, pode ser difícil encontrar tempo para refletir e se conectar com nossos valores e objetivos de vida mais profundos. Isso pode levar a um sentimento de vazio ou desconexão com o mundo ao nosso redor.
Sendo assim, é importante reconhecer os efeitos colaterais da agitação e buscar formas de diminuir o ritmo e encontrar um equilíbrio saudável. Isso pode incluir coisas simples, como desconectar-se das redes sociais por alguns minutos por dia, ou encontrar atividades que nos trazem alegria e nos ajudam a relaxar. Também é importante lembrar que cuidar de nossa saúde mental é tão importante quanto cuidar de nossa saúde física, e nesse sentido, a Bíblia Sagrada tem todo o conselho que precisamos.
Diminua o ritmo Cristão (em vídeo)
>>>Inscreva-se em nosso Canal no YouTube
Descanse
Veja o que está escrito em Mateus 11.28:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” (Mateus 11:28)
Em momentos de dificuldade, pode ser fácil ceder ao estresse e à ansiedade. Mas é nesses momentos que precisamos dar um passo atrás e nos lembrar de que somos seres humanos, não máquinas.
Quando desaceleramos, podemos nos cercar de amigos, jogar, sorrir e sobretudo: orar. A oração nos traz clareza. Acalma nossa alma, nos faz sensíveis s voz de Deus. Essas atividades simples, embora possam parecer sem importância, podem fazer uma grande diferença em nossa saúde mental, emocional e espiritual. Em nossa rotina, é importante lembrar que não precisamos dar conta de toda a exigência que o mundo, o sistema, as pessoas e muitas vezes a Igreja, coloca diante de nós. Deus nos criou para viver em comunidade e nos cercar de irmãos e amigos que podem nos ajudar a encontrar conforto e apoio, dentro da vontade de Deus.
Além disso, quando desaceleramos, também podemos aprofundar nosso relacionamento com Jesus. Muitas vezes, em momentos de agitação e estresse, esquecemos de orar, de ler a Bíblia, e investir em tempo a sós com o Senhor. Mas é precisamente nesses momentos que precisamos nos lembrar de que Deus é nosso refúgio e fortaleza. Quando nos sentimos sobrecarregados, podemos buscar refúgio em Sua palavra e encontrar paz em Sua presença.
Sobre isso, autora Ann Voskamp disse o seguinte: “Não se apresse em nada. Quando a pressa domina, a perspectiva some. A pressa cria ansiedade e ansiedade sufoca a vida.”
Desacelerar nem sempre é fácil. Vivemos em uma sociedade que valoriza a produtividade e o sucesso, e muitas vezes sentimos pressão até mesmo na Igreja, para estar sempre ocupados e fazendo algo. Mas é importante lembrar que descansar não é uma perda de tempo. Descansar é fundamental para a nossa saúde física, emocional e espiritual. Quando não descansamos o suficiente, corremos o risco de esgotamento, o que pode levar a problemas de saúde e um sentimento de desesperança, desespero e confusão.
Muitos cristãos não tem mais motivação em seguir a Jesus, porque assim como o Profeta Elias, estão emocionalmente esgotados. E para resolver, tudo o que precisam fazer, é desacelerar.
Domine suas emoções
Veja o que está escrito em Filipenses 4.6:
Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças (Filipenses 4.6).
Muitas vezes, quando estamos enfrentando desafios emocionais, podemos tentar ignorar ou reprimir nossos sentimentos, o que pode levar a uma estresse emocional incontrolável. Mas quando cuidamos bem das nossas emoções, sob a direção da Bíblia Sagrada e do Espírito Santo, reconhecendo que elas são parte de quem somos, podemos aprender a lidar com elas de maneira saudável.
Ser amigo de nossas emoções significa aceitá-las e permitir que elas sejam sentidas. Isso não significa que precisamos permitir que nossas emoções controlem nossas vidas, mas sim que precisamos aprender a lidar com elas de maneira saudável e espiritual. Por exemplo, quando estamos tristes ou com raiva, podemos tentar nos distrair com atividades, com um passeio, com um momento de oração e leitura da Palavra, ao invés de ceder à tentação emocional. Mas isso só adia o problema e pode levar a uma sensação de desconexão com nossos sentimentos e com nós mesmos.
Além disso, quando gerenciamos bem as nossas emoções, podemos buscar ajuda quando necessário. Isso pode incluir conversar com seu Pastor, ou um irmão ou irmão que você considera como referência, ou mesmo procurar ajuda de um profissional. O importante ´que você se sinta à vontade para conversar com alguém sobre como está se sentindo e ter a certeza de que a pessoa não via lhe recriminar. Não há vergonha em pedir ajuda quando estamos passando por um momento difícil, e buscar ajuda pode ser a melhor coisa que podemos fazer por nós mesmos.
Gerenciar bem as nossas emoções é algo desafiador, especialmente em nossos dias. Muitas vezes, as emoções são desconfortáveis e difíceis de enfrentar, por causa dos padrões de sanidade que tem sido estabelecidos em nossos dias, tanto no mundo, quanto na Igreja, muitas vezes. E por causa disso, podemos preferir ignorá-las. Mas quando não lidamos com nossas emoções, elas podem se manifestar de outras maneiras, como doenças físicas, problemas de relacionamento ou até mesmo, o abandono da fé em Jesus.
Sobre isso, a escritora britânica Sheila Walsh disse o seguinte: “Deus não espera que sejamos perfeitos, mas que sejamos autênticos e verdadeiros com Ele e conosco mesmos.”
A boa notícia é que, quando aprendemos a gerenciar nossas emoções, também aprendemos a ter mais paciência com nós mesmos e com os outros. Quando reconhecemos que nossos sentimentos são uma parte importante de quem somos, podemos aprender a ter empatia pelas emoções dos outros e ser mais compreensivos em nossos relacionamentos.
Diminua o ritmo
Veja o que está escrito em Salmos 4.8:
Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança.
Vivemos em um mundo onde a pressa é valorizada e a competição é constante, o que pode levar a um sentimento de ansiedade e estresse crônico. Mas quando desaceleramos, podemos perceber a beleza da natureza, a importância das pequenas coisas e, acima de tudo, a presença de Deus em nossas vidas.
Quando estamos sempre correndo, nunca temos tempo para perceber a beleza da vida ao nosso redor. Podemos passar por paisagens incríveis, mas nunca realmente apreciá-las porque estamos com pressa. Quando diminuímos o ritmo, podemos perceber a beleza da natureza e sentir gratidão pelas coisas simples da vida.
Além disso, quando diminuímos o ritmo, também podemos aprofundar nosso relacionamento com Jesus. Quando estamos constantemente ocupados, podemos esquecer de orar e nos relacionar com Deus. Mas quando desaceleramos, podemos perceber que a vivência do cristianismo saudável, passa por hábitos simples, como oração e leitura bíblica diária, e o serviço ao próximo. Se formos intencionais, tudo isso fará parte do nosso dia a dia. Dessa forma, a presença de Deus fará parte da nossa rotina e teremos vidas dominadas pela paz que excede todo o entendimento.
Eu sei que diminuir o ritmo nem sempre é fácil. Hoje eu posso falar sobre isso com liberdade e franqueza. Como alguém que superou a tentação da super-produtividade. A minha dificuldade até pouco tempo atrás, era trabalhar menos. Na minha família nos crescemos em um ambiente de muita produtividade, começamos a trabalhar cedo. Na minha fase adulta, parar era algo impossível pra mim. Mas com a ajuda de Deus e do Espírito Santo que tem me dado clareza em Sua Palavra, por sua Graça, percebi que era algo que eu realmente tinha que fazer.
Vivemos em uma sociedade que valoriza a produtividade e a realização, e muitas vezes sentimos pressão para estar sempre ocupados e fazendo algo, nunca paramos para ter tempo de qualidade com nossas famílias, cônjuges, com nós mesmos e com o próprio Deus. É importante lembrar que nem sempre precisamos ter razão ou ser o melhor em tudo. Quando diminuímos o ritmo, podemos nos concentrar melhor, no que realmente importa.
Sobre isso, Mark Batterson disse o seguinte: “Quando diminuímos o ritmo, percebemos que estamos sempre correndo para Deus, mas Ele nunca está correndo de nós.”
Outro aspecto importante de diminuir o ritmo é o controle do ego. Quando estamos sempre competindo, tentando ser o melhor, e fazendo algo, podemos esquecer de nos conectar com os valores e objetivos mais profundos da Bíblia Sagrada. Mas, quando diminuímos o ritmo, podemos aprender a ser mais humildes e a reconhecer que não somos perfeitos.