A Parábola do Construtor da Torre nos mostra um lado do cristianismo que tem sido pouco explorado em nossos dias: a renúncia. Muito se fala sobre tudo o que temos para receber, mas pouco se tem falado sobre as nossas obrigações no relacionamento com Deus.
Sobre isso, Craig Groeschel disse que “A estrada do compromisso de fé é pavimentada com a renúncia pessoal e com o negar-se a si mesmo. Deixamos de ser o centro da vida; Deus é a nova referência”.
EXATAMENTE!
O centro do cristianismo não somos nós, mas Deus e Sua boa vontade. É nosso dever adaptar-nos a ela, não o contrário.
Para isso, precisamos analisar com cuidado as nossas motivações, para se ver o que de fato queremos de Deus.
É Preciso Calcular o Custo
“Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o preço, para ver se tem dinheiro suficiente para completá-la?
Pois, se lançar o alicerce e não for capaz de terminá-la, todos os que a virem rirão dele, dizendo: ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de terminar’. (Lucas 14:28-30)
O capítulo de Lucas 14 é recheado com bons ensinamentos do Senhor Jesus. Aqui, o Mestre narra a Parábola dos Convidados Para a Festa de Casamento e a Grande Festa, agora, Ele conta a Parábola do Construtor da Torre e por fim, a do rei que sai para a guerra.
Lendo as outras ilustrações, percebemos que Jesus já deixou claro que muitos rejeitam o convite da salvação e do Reino de Deus por causa da ganância, das riquezas e dos relacionamentos familiares.
Por isso Ele termina agora, mostrando que para segui-lo é preciso renúncia e abnegação.
Deixando isso bem claro, especialmente nos versículos de 25-27, o Mestre diz que devemos analisar com cuidado suas exigências, ver o custo do discipulado e se estamos dispostos a pagá-lo, e só então, segui-lo.
Isso nos mostra que seguir ao Senhor Jesus é algo sério. Não é simplesmente levantar a mão e PRONTO!
É preciso posicionamento, coragem, renúncia, devoção sincera e sobretudo amor a Deus.
A Parábola do Construtor e a Cruz
“Ou, qual é o rei que, pretendendo sair à guerra contra outro rei, primeiro não se assenta e pensa se com dez mil homens é capaz de enfrentar aquele que vem contra ele com vinte mil?
Se não for capaz, enviará uma delegação, enquanto o outro ainda está longe, e pedirá um acordo de paz. (Lucas 14:31,32)
Jesus narrou esta parábola, logo após ter dito aos seus seguidores que eles precisariam renunciar a muitas coisas para permanecer seguindo o caminho proposto por Ele (v.27).
Muitos cristãos acham que seguir a Jesus é simplesmente ir a Igreja, participar de campanhas e dar bastante dinheiro para elas, mas não é. É amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
A necessidade de empenho, dedicação e foco. O apóstolo Paulo chega a comparar a carreira cristã a mesma disciplina de vida de um atleta de alto nível, onde ele renuncia a muitas coisas para obter os melhores resultados (1 Coríntios 9:25-27).
Muitas pessoas se desviam da fé, exatamente porque não são alertadas sobre esse conselho de Jesus. Elas são convidadas a seguir porque terão suas vidas mudadas, feridas saradas e se tornarão herdeiros de todas as bençãos de Deus em Cristo. TUDO VERDADE!
Em contrapartida, não existe o mesmo empenho em mostra-las o quanto elas precisarão abrir mão, renunciar, se posicionar e desagradar a muita gente, por causa de Jesus.
Neste ponto, muitos ficam enganchados. Não querem abrir mão. Desejam seguir a Jesus e herdar todas as bençãos, sem contudo, perder ou abrir mão, de um estilo de vida contrário a vontade de Deus.
Não Estamos Sozinhos
Sem dúvida, seguir a Jesus é algo difícil, ninguém pode negar. Mas isso não significa que não é prazeroso. Embora haja muitas dificuldades e renúncia, é a melhor escolha que fazemos na vida.
Se com Jesus é difícil, sem Ele é muito pior. Passar a eternidade longe de Deus e em sofrimento sem precedentes no inferno, é algo que não conseguimos nem imaginar, mas é exatamente o que o futuro que aguarda aqueles que morreram sem Cristo.
Para trilhar a difícil estrada da vida cristã, ao receber Jesus como Senhor e Salvador de nossas vidas, passamos a contar com a graciosa ajuda do Espírito Santo, que nos aconselha, fortalece e guia, diante das muitas escolhas e tentações que surgirão à nossa frente.
Conclusão
A Parábola do Construtor da Torre nos mostra que para seguir a Jesus é preciso calcular os custos do discipulado e ver se estamos dispostos a pagá-lo.
Muitos cristãos se desviam por achar que o cristianismo é um grande mar de flores e que a grande função de Deus é nos fazer feliz e dar tudo o que queremos, quando na realidade não é.
O Senhor Jesus deixa bem claro em seu ensino, que qualquer um de nós que quiser ser seu discípulo, precisa renunciar a tudo aquilo que desagrada a Deus, em qualquer área da vida e seguir os desígnios do Espírito Santo, que são inteiramente agradáveis a Deus.
Perfeito.