A Parábola da Grande Ceia é uma das mais belas ilustrações do amor de Deus e da rejeição do ser humano a ele. Em poucas palavras, Jesus nos mostra que naturalmente o ser humano é egoísta, incrédulo e mal. Mas Deus, é bom, paciente e generoso.
Quando estudamos esta parábola, temos a oportunidade de refletir sobre nossas escolhas e prioridades reais. Se formos sinceros, é possível perceber quem de fato, ocupa o primeiro lugar de nossas vidas.
Então, se você quer deixar bem claro em sua vida, de uma vez por todas, se Deus ocupa ou não o trono do seu coração, leia o estudo até o final!
A “Deixa” Que Jesus Precisava
Ao ouvir isso, um dos que estavam à mesa com Jesus, disse-lhe: “Feliz será aquele que comer no banquete do Reino de Deus”. (Lucas 14:15)
Estando ainda no mesmo banquete em que contou a Parábola dos Primeiros Lugares, um dos ouvintes declarou que grande haveria alegria em participar do banquete realizado no Reino de Deus.
Aproveitando a declaração, que provavelmente foi ouvida por todos, o Mestre começou a narrar a Parábola da Grande Ceia, que é contundente na demonstração de que no Reino, a justiça predomina sobre toda disputa e interesse pessoal.
A lição que Jesus apresenta na ilustração da grande ceia é muito semelhante a narração feita em Mateus 22:1-14, mas há algumas diferenças entre esta e aquela. Observe:
- A primeira foi ministrada para um grande público no Templo. Esta foi contada em um banquete;
- Na primeira a recusa dos convidados foi tratada com violência, aqui não;
- Na primeira tantos os convidados como sua cidade, são destruídos, aqui eles são apenas excluídos da festa;
- Em Mateus, a parábola apresenta intrusos na festa, alguém que está no banquete mas não possui as vestes adequadas, aqui não aparece nenhum convidado com essas características.
Portanto, o que se vê são duas parábolas semelhantes, mas com diferenças significativas, tanto no enredo quanto nas lições.
O Verdadeiro Significado
Jesus respondeu: “Certo homem estava preparando um grande banquete e convidou muitas pessoas. Na hora de começar, enviou seu servo para dizer aos que haviam sido convidados: ‘Venham, pois tudo já está pronto’. “Mas eles começaram, um por um, a apresentar desculpas…” (Lucas 14:16-18)
A questão mais importante da Parábola da Grande Ceia não é a alegria de participar de uma mesa farta, pois como está escrito “O Reino de Deus não é comida, nem bebida, mas justiça, e paz e alegria no Espírito Santo” (Romanos 14:17).
O nosso verdadeiro e mais precioso alimento é Cristo, Ele é o pão que desceu do céu.
O foco está na importância que devemos dar ao convite de Jesus para estar no Reino. As pessoas que foram convidadas já estavam sabendo do banquete, pois havia um convite prévio, a recusa deles só é apresentada quanto o servo do anfitrião foi enviado para lembra-los, pois o banquete estava pronto, mas ninguém havia aparecido.
Mas todos eles deram desculpas medíocres e não se apresentaram para o compromisso que haviam assumido previamente.
Na Parábola da Grande Ceia, fica muito claro que o ser humano peca contra Deus por causa de três áreas principais de sua vida:
- Os bens matérias;
- Trabalho ou negócios;
- Família e casamento.
Todas estas, são boas áreas da vida terrena, mas quando colocadas acima do Reino de Deus, são extremamente nocivas e perigosas, pois se tornam ídolos que tiram a primazia da nossa vida, do Senhor Jesus.
Quem Eram os Convidados?
A princípio muitos acreditam que os convidados que rejeitaram o convite são os fariseus, pois havia muitos deles no banquete, mas a realidade é que o Senhor Jesus estava incluindo neste grupo todos os hipócritas legalistas que consideram superior a outras pessoas.
Para não cancelar a festa, o anfitrião teve uma ideia graciosa: mudar os convidados. Seu plano era enviar o convite a dois grupos que eram extremamente excluídos na sociedade judaica dos dias de Jesus.
- Os que viviam vagando pela cidade: pobres, pessoas como necessidades especiais, sem-teto, pessoas sujas, como fome, desempregadas, analfabetas, doentes, desanimadas.
- Os que estavam foram da cidade, pelas estradas e caminhos: os não judeus, isto é, os gentios como eu e você, provavelmente.
Ao estender o convite a esse tipo de pessoa, Jesus nos mostra que o Reino de Deus é grande e generoso, pois com o primeiro grupo Ele já surpreendeu a todos, mas no segundo grupo ele estende o convite a pessoas de todas as nações, povos e línguas.
A Parábola da Grande Ceia a Inclusão
“Então o senhor disse ao servo: ‘Vá pelos caminhos e valados e obrigue-os a entrar, para que a minha casa fique cheia. Eu lhes digo: nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete’ “. (Lucas 14:23,24)
Jesus encerra a parábola revelando duas verdades acerca do Reino:
- É seu desejo que esteja cheio;
- Só não entra quem rejeita o convite.
Rejeitar o convite para entrar no Reino, hoje em dia, equivale a não receber Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas. Ao rejeitar a fé salvífica no Filho de Deus, automaticamente a pessoa se torna “desqualificado” a participar do grande banquete no Reino de Deus.
É muito importante notar aqui, o princípio de reciprocidade no relacionamento com Deus. O convite foi estendido a todos, os que aceitaram foram bem recebidos, os que não aceitaram, foram excluídos.
Assim como o primeiro grupo de convidados, muitas pessoas hoje, estão apresentando as desculpas mais esfarrapadas possíveis, coisas sem fundamento como: “Deus sabe o que é melhor para mim”, “estou aguardando o dia certo”, “Deus ainda não me tocou”, e por ai vai.
O ser humano sempre coloca a responsabilidade de tudo, sobre Deus, desprezando a capacidade de escolha que Ele mesmo nos deu, tanto para o bem quanto para o mal (Ver Deuteronômio 30).
Conclusão
A Parábola da Grande Ceia é uma ilustração feita por Jesus, para nos mostrar com que empenho Deus tem nos amado e deseja que estejamos com Ele na eternidade.
Perceba, que o convite é emitido a todos. Primeiro aos judeus, depois aos gentios. Mas qualquer um deles, que ouviu creu e veio, foi recebido no banquete.
A entrada no Reino de Deus é com base na graça e de graça, não há absolutamente nada que eu e você possamos fazer para merecê-lo, contudo, é preciso aceitar o convite do evangelho e receber a Jesus como Senhor e Salvador, pois somente Ele pode autorizar a nossa entrada.
Portanto, se ainda fez sua escolha, faça. Há uma mesa e um lugar reservado para você.
Eta Glória! Aleluias.