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Apocalipse 1 Estudo: 7 Fatos Incríveis Sobre a Revelação de Jesus

Por Diego Nascimento
Em Bíblia de Estudo Online

Para muitos, o livro de Apocalipse é sinônimo de mistério, catástrofe e medo. Mas o primeiro capítulo nos revela algo completamente diferente: Apocalipse 1 é, acima de tudo, uma apresentação gloriosa de Jesus Cristo.

Escrito pelo apóstolo João durante seu exílio na ilha de Patmos, este capítulo nos transporta a uma visão celestial repleta de significados profundos. João não estava tentando nos assustar, mas abrir nossos olhos para quem Jesus realmente é — o Senhor exaltado, que reina soberano e está voltando.

Neste estudo de Apocalipse 1, vamos explorar sete verdades poderosas que vão fortalecer sua fé e renovar sua esperança. Você vai entender:

  • O que significa Jesus ser o Alfa e o Ômega?
  • Por que a volta dEle será visível para todos?
  • Qual é o papel da igreja no plano eterno de Deus?
  • E como viver hoje com os olhos fixos na eternidade?

Apocalipse 1 não é apenas uma profecia sobre o fim, mas uma revelação sobre quem governa o presente e o futuro: Jesus. Vamos juntos mergulhar nessa visão e descobrir como ela transforma a forma como vivemos, oramos e esperamos.

📜 Índice de Conteúdo

  • 1. O que é a revelação de Jesus Cristo e por que ela é tão urgente? (Apocalipse 1:1-3)
  • 2. Quem é Jesus e o que Ele já fez por nós? (Apocalipse 1:4-6)
  • 3. Como será a vinda gloriosa de Cristo e quem a verá? (Apocalipse 1:7-8)
  • 4. O que João viu na visão de Cristo glorificado? (Apocalipse 1:9-16)
  • 5. Por que não precisamos ter medo diante da glória de Jesus? (Apocalipse 1:17-18)
  • 6. Qual é o mistério revelado por Jesus às igrejas? (Apocalipse 1:19-20)
  • Conclusão: O que Apocalipse 1 nos ensina para os nossos dias?
  • Perguntas Frequentes sobre Apocalipse 1
  • 📚 Referências Bibliográficas

1. O que é a revelação de Jesus Cristo e por que ela é tão urgente? (Apocalipse 1:1–3)

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João estava exilado. A ilha de Patmos era deserta, fria, cheia de pedras e solidão. Mas foi ali — longe da multidão, longe da igreja, longe de tudo — que o céu se abriu.

“Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos o que em breve há de acontecer” (Apocalipse 1:1).

A palavra grega usada aqui é apokalypsis. Literalmente, “desvelamento”. E o que Deus revela não é uma teoria. É uma Pessoa. Jesus. Glorificado, exaltado, incomparável.

Simon Kistemaker explica que essa revelação não foi descoberta por João, mas concedida por Deus a Jesus, que então a comunicou a João por meio do seu anjo. E o propósito era claro: mostrar aos servos de Cristo o que em breve deve acontecer (KISTEMAKER, 2014, p. 108 / Ver Daniel 2:28–29, Amós 3:7, Romanos 16:25 e Efésios 3:3)

João escreve como alguém que viu. Ele testemunhou. O texto é objetivo ao afirmar:

“João dá testemunho de tudo o que viu, isto é, a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo” (v. 2 / Ver João 21:24 e 1 João 1:1)

Mas o que mais me impressiona é o tom urgente e pastoral com que ele escreve. João não abre com julgamento, mas com uma bem-aventurança:

“Feliz aquele que lê as palavras desta profecia, e felizes aqueles que ouvem e guardam o que nela está escrito, porque o tempo está próximo” (v. 3 / Ver Daniel 12:12–13 e Lucas 11:28)

A palavra “guardar” aqui, no grego, é tereo. Significa vigiar com atenção, cuidar com zelo, como quem protege algo precioso. Hernandes Dias Lopes observa que essa promessa de felicidade não está na curiosidade profética, mas na obediência prática. Ou seja, o foco do Apocalipse não é satisfazer especulações, mas moldar comportamentos (LOPES, 2005, p. 32).

João está dizendo: a revelação não é para ser temida, mas vivida. É uma chamado para que a igreja esteja desperta, vigilante, alinhada com o plano eterno de Deus.

“O tempo está próximo” — e essa é uma das partes mais importantes da mensagem. Kistemaker esclarece que essa proximidade não se refere necessariamente a dias ou anos, mas ao caráter inevitável e repentino dos acontecimentos futuros (KISTEMAKER, 2014, p. 110). Quando começarem, virão como um rio sem volta.

A introdução de Apocalipse 1 é um sopro de vida sobre uma igreja cansada. É como se Jesus dissesse:

“Eu ainda estou aqui. E estou vindo.”

2. Quem é Jesus e o que Ele já fez por nós? (Apocalipse 1:4–6)

A carta de Apocalipse começa com saudação. Mas não é uma saudação qualquer. É uma mensagem de esperança vinda diretamente do trono de Deus.

“João às sete igrejas da província da Ásia: a vocês, graça e paz da parte daquele que é, que era e que há de vir, dos sete espíritos que estão diante do seu trono” (Apocalipse 1:4).

Graça e paz. Dois dos maiores presentes do céu enviados a uma igreja sob pressão. Não são apenas palavras educadas. São armas espirituais para tempos difíceis.

Hernandes Dias Lopes escreve que João, ao mencionar “graça e paz”, nos lembra que, mesmo diante da perseguição, “a graça é suficiente e a paz é possível” (LOPES, 2005, p. 32). A saudação vem do Deus eterno: “aquele que é, que era e que há de vir”. Uma declaração de que Ele está acima do tempo. Nada escapa ao Seu domínio. (Ver Êxodo 3:14, Salmos 90:2 e Hebreus 13:8)

“… dos sete espíritos que estão diante do seu trono” (v. 4)

Simon Kistemaker nos ajuda a compreender essa expressão: os “sete espíritos” representam a plenitude do Espírito Santo. João está descrevendo a Trindade em ação na saudação: o Pai eterno, o Espírito em sua totalidade, e agora, o Filho — Jesus Cristo (KISTEMAKER, 2014, p. 112).

“… Jesus Cristo, que é a testemunha fiel, o primogênito dentre os mortos e o soberano dos reis da terra” (v. 5)

Três títulos. Três verdades eternas.

Ele é a testemunha fiel — porque viveu a verdade, falou a verdade e morreu por ela.

Ele é o primogênito dentre os mortos — porque foi o primeiro a ressuscitar com um corpo glorificado, abrindo o caminho da vida eterna para todos os que crerem.

Ele é o soberano dos reis da terra — mesmo quando os imperadores o ignoram, Ele governa soberanamente sobre todos. (Ver Colossenses 1:18 e Salmos 89:27)

Mas há algo ainda mais pessoal e transformador:

“Ele nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue” (v. 5b)

O verbo no original grego — louo — significa lavar completamente, como se estivesse limpando o corpo de um morto ou de alguém ferido. É profundo. Jesus não apenas perdoa: Ele purifica. Não é um ato momentâneo, é um amor contínuo. Kistemaker reforça que essa libertação é a base da nossa nova identidade: “Jesus Cristo nos lavou completamente por meio de seu sangue derramado na cruz” (KISTEMAKER, 2014, p. 113 / Ver 1 João 1:7, Hebreus 9:14 e 1 Coríntios 6:11)

E o que Ele fez depois disso?

“… e nos constituiu reino e sacerdotes para servir a seu Deus e Pai. A ele sejam glória e poder para todo o sempre! Amém.” (v. 6)

Não somos apenas salvos. Somos chamados. Fomos feitos um reino — um povo governado por Deus. E sacerdotes — representantes da Sua presença no mundo, chamados a adorar, interceder e servir. (Ver 1 Pedro 2:9, Êxodo 19:6 e Romanos 12:1)

Hernandes conclui com algo poderoso: “Jesus nos ama, nos libertou e nos deu uma nova posição espiritual diante de Deus. Somos agora reino e sacerdotes, não por mérito, mas por graça” (LOPES, 2005, p. 33).

Jesus não é apenas Aquele que virá. Ele já veio. Já nos amou. Já nos lavou. E já nos colocou de pé como servos do Rei.

3. Como será a vinda gloriosa de Cristo e quem a verá? (Apocalipse 1:7–8)

Imagine olhar para o céu e vê-lo se abrir. Nuvens brilhantes cobrem o horizonte, e, no centro delas, Jesus aparece — glorioso, majestoso, irresistível.

“Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todos os povos da terra se lamentarão por causa dele. Assim será! Amém.” (Apocalipse 1:7)

Não é apenas uma imagem bonita. É uma promessa segura.

Simon Kistemaker ensina que a expressão “Eis que ele vem” carrega o peso profético do Antigo Testamento. Ele aponta para Daniel 7:13 e Zacarias 12:10, mostrando que a vinda de Cristo será pública, visível e universal (KISTEMAKER, 2014, p. 114)

“Até mesmo aqueles que o traspassaram…”

Essa frase nos transporta para o Gólgota. Aqueles que perfuraram Suas mãos e pés, que O rejeitaram, verão Aquele que crucificaram. Hernandes Dias Lopes comenta que esse lamento universal será um choro de desespero e arrependimento tardio por parte dos que não creram (LOPES, 2005, p. 33).

A palavra grega usada para “lamentar” é kopto, que descreve o ato de bater no peito em dor profunda. É mais que tristeza — é angústia. Uma reação inevitável diante da majestade do Juiz.

“Assim será! Amém.”

Uma palavra grega: nai — “sim, com certeza”.

Uma palavra hebraica: amém — “assim seja”.

É como se João dissesse: “Nada poderá impedir isso. Está decidido no céu.”

“Eu sou o Alfa e o Ômega”, diz o Senhor Deus, “o que é, o que era e o que há de vir, o Todo-poderoso.” (v. 8)

Kistemaker destaca que o uso das primeiras e últimas letras do alfabeto grego mostra que Deus é o início, o meio e o fim de tudo (KISTEMAKER, 2014, p. 116). Ele tem a palavra final sobre a história, sobre as nações, sobre nossas vidas. (Ver Isaías 44:6 e Apocalipse 22:13)

Ele é eterno. Imutável. Todo-poderoso.

Quando Cristo voltar, o mundo verá que Ele não é apenas o carpinteiro de Nazaré, mas o Rei glorioso que governa com justiça.

Essa visão nos chama a viver com os olhos no céu e o coração em alerta. Porque a qualquer momento, as nuvens podem se abrir.

4. O que João viu na visão de Cristo glorificado? (Apocalipse 1:9–16)

João estava exilado. Sozinho numa ilha chamada Patmos, por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus.

Aos olhos humanos, parecia esquecido. Mas foi justamente ali, no silêncio de um lugar deserto, que Deus escolheu se revelar de forma gloriosa.

“Achei-me no Espírito, no dia do Senhor, e ouvi por trás de mim uma voz forte, como de trombeta…” (Apocalipse 1:10)

Uma voz irrompe no silêncio. Forte. Clara. Como uma trombeta anunciando algo grandioso.

João se volta e o que ele vê muda tudo:

“… sete candelabros de ouro e, entre eles, alguém semelhante a um filho de homem.” (v. 12–13)

Essa figura “semelhante a um filho de homem” é o próprio Cristo glorificado. Hernandes Dias Lopes e Simon Kistemaker concordam: não é mais o Jesus humilde e sofredor dos evangelhos. Agora, Ele resplandece em glória (LOPES, 2005, p. 33; KISTEMAKER, 2014, p. 117).

João descreve o indescritível:

  • Uma túnica longa e um cinto de ouro ao redor do peito — símbolo de realeza e sacerdócio.
  • Cabelos brancos como a lã — pureza, eternidade, sabedoria.
  • Olhos como chama de fogo — penetram até o mais íntimo, revelando tudo.
  • Pés como bronze numa fornalha ardente — firmeza, julgamento justo.
  • Voz como o som de muitas águas — majestosa, impossível de ignorar.
  • Na mão direita, sete estrelas — autoridade sobre os líderes das igrejas.
  • Da boca, uma espada afiada de dois gumes — a Palavra que julga e salva.
  • Rosto brilhando como o sol em todo o seu fulgor — glória absoluta.

“Sua cabeça e seus cabelos eram brancos como a lã, tão brancos quanto a neve, e seus olhos eram como chama de fogo” (v. 14).

“Seus pés eram como o bronze numa fornalha ardente e sua voz como o som de muitas águas” (v. 15).

“Tinha em sua mão direita sete estrelas, e da sua boca saía uma espada afiada de dois gumes. Sua face era como o sol quando brilha em todo o seu fulgor” (v. 16 / Ver Daniel 7:9, Ezequiel 1:7 e Hebreus 4:12)

Kistemaker observa que cada detalhe da visão de Cristo comunica um aspecto da sua autoridade divina: Ele é sacerdote, rei, juiz e Senhor de todas as coisas (KISTEMAKER, 2014, p. 118–120). Não há como ignorar Sua presença.

E João? Como reage diante dessa visão?

“Quando o vi, caí aos seus pés como morto.” (v. 17)

Ele, que andou com Jesus na terra, agora não suporta a glória do Cristo ressurreto. É como se o corpo não conseguisse suportar o peso da glória celestial.

Hernandes comenta que “essa reação mostra a santidade de Cristo e a total impotência do homem diante da Sua majestade” (LOPES, 2005, p. 33).

Mas Jesus não o deixa ali no chão. Ele se aproxima. Toca. Fala com amor:

“Não tenha medo. Eu sou o Primeiro e o Último.” (v. 17b)

A mesma voz que sacode os céus, também consola.

Jesus é o Eterno que governa tudo, mas também o Pastor que acalma o coração dos seus.

Essa visão importa para nós porque mostra quem realmente está no centro da história: não os imperadores, não os políticos, não os poderosos — mas o Cristo glorificado.

E Ele caminha entre os candelabros, ou seja, entre as igrejas. Ele está presente. Ele vê. Ele sustenta. Ele governa.

E isso muda tudo.

5. Por que não precisamos ter medo diante da glória de Jesus? (Apocalipse 1:17–18)

João estava prostrado, imóvel, como se estivesse morto. A visão de Cristo glorificado foi tão intensa que ele não conseguiu permanecer de pé.

Mas a reação de Jesus é surpreendente:

“Então ele colocou sua mão direita sobre mim e disse: ‘Não tenha medo. Eu sou o Primeiro e o Último. Sou aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do Hades.’” (Apocalipse 1:17–18)

Nesse gesto — uma mão sobre o ombro e uma voz que traz paz — Jesus revela quem Ele é e por que não precisamos temer.

Simon Kistemaker destaca que Cristo não apenas acalma João, mas se identifica com títulos que afirmam sua soberania total sobre o tempo e a eternidade (KISTEMAKER, 2014, p. 121).

“O Primeiro e o Último” pode ser visto em Isaías 44:6, onde o próprio Deus afirma seu domínio absoluto.

“Assim diz o Senhor, o Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: ‘Eu sou o primeiro e o último, e além de mim não há Deus.’” (Isaías 44:6)

Jesus está dizendo: “João, eu estava lá no início de tudo, e estarei lá no fim. Eu nunca perdi o controle.”

A seguir, Ele faz uma das afirmações mais poderosas do Novo Testamento:

“Sou aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para todo o sempre!” (v. 18a)

Essa declaração contrasta com a frase anterior: “Estive morto.” Jesus experimentou a morte, mas ela não pôde detê-lo. Ele venceu. Ressuscitou. E agora vive para sempre.

“Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus trará, mediante Jesus e com ele, aqueles que nele dormiram.” (1 Tessalonicenses 4:14)

Hernandes Dias Lopes comenta que Jesus se apresenta como o Senhor da vida e da morte, com as chaves em suas mãos — símbolo de autoridade definitiva (LOPES, 2005, p. 33).

“Tenho as chaves da morte e do Hades.” (v. 18b)

Ele tem o poder de abrir e fechar, libertar e julgar. A morte e o Hades (o mundo invisível dos mortos) não têm mais domínio sobre os que pertencem a Cristo.

Essa verdade nos liberta do medo do futuro.

O mundo pode parecer incerto. O amanhã pode assustar. Mas Aquele que venceu a morte e vive para sempre segura as chaves de tudo o que está por vir.

Você não está sozinho. Cristo está com você. E quando Ele diz “não tenha medo”, podemos acreditar.

6. Qual é o mistério revelado por Jesus às igrejas? (Apocalipse 1:19–20)

Depois de consolar João e reafirmar sua autoridade eterna, Jesus dá uma ordem clara:

“Escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as presentes como as que acontecerão.” (Apocalipse 1:19)

Essa frase é como um resumo de tudo o que vai acontecer no livro. Simon Kistemaker explica que aqui Jesus organiza o conteúdo do Apocalipse em três partes: o que João já viu (a visão gloriosa de Cristo), o que está acontecendo (a situação das igrejas) e o que ainda vai acontecer (os eventos futuros do fim) (KISTEMAKER, 2014, p. 122 / Ver Apocalipse 2:1–3:22 e Apocalipse 4:1–22:21)

Logo em seguida, Jesus revela o significado de dois símbolos que haviam sido mostrados a João:

“Este é o mistério das sete estrelas que você viu em minha mão direita e dos sete candelabros: as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candelabros são as sete igrejas.” (Apocalipse 1:20)

Na Bíblia, “mistério” não é algo indecifrável, mas uma verdade que estava oculta e agora foi revelada por Deus. (Ver Mateus 13:11)

E o que Jesus revela aqui é profundo.

As sete estrelas representam os “anjos” das igrejas. Hernandes Dias Lopes interpreta esses anjos como os mensageiros — provavelmente os líderes espirituais responsáveis por levar a Palavra à igreja local (LOPES, 2005, p. 33).

“Pois os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca os homens devem buscar a instrução, porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” (Malaquias 2:7)

Eles estão na mão direita de Jesus — sinal de autoridade, cuidado e proteção.

Já os sete candelabros simbolizam as igrejas em si. Cada uma delas é um ponto de luz, e Cristo anda no meio delas.

“Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte.” (Mateus 5:14)

Ele não está distante. Ele caminha entre nós. Presente. Atento. Vivo.

Kistemaker observa que isso mostra o zelo de Jesus pela Sua igreja: Ele a sustenta, a conhece e a julga com justiça (KISTEMAKER, 2014, p. 123). Nenhuma igreja passa despercebida aos seus olhos.

Isso é um alerta e um consolo ao mesmo tempo:

  • Alerta, porque Ele vê nossas obras, motivações e prioridades.
  • Consolo, porque Ele está conosco, mesmo quando nos sentimos fracos, pequenos ou invisíveis.

Apocalipse 1 termina com um lembrete poderoso:

A igreja tem valor eterno porque pertence ao Senhor da história. E Ele a conduz com mãos firmes e um coração cheio de graça.

Conclusão: O que Apocalipse 1 nos ensina para os nossos dias?

O primeiro capítulo do Apocalipse não é uma ameaça sombria sobre o fim do mundo. É uma janela para vermos Jesus como Ele realmente é: glorioso, vivo e no controle de todas as coisas.

João estava sozinho, exilado, numa ilha deserta. Mas foi justamente ali que ele recebeu uma das revelações mais grandiosas da história. Isso nos mostra que o lugar da dor pode se tornar o palco da revelação.

Hernandes Dias Lopes resume bem: “Apocalipse não é um livro para nos apavorar, mas para nos consolar. É a revelação da vitória de Cristo e da segurança da igreja em meio ao caos.” (LOPES, 2005, p. 33).

Simon Kistemaker nos lembra que a imagem de Jesus glorificado andando entre os candelabros significa que Cristo não abandonou Sua igreja. Ele caminha entre nós, nos guia e nos sustenta com autoridade e graça. (KISTEMAKER, 2014, p. 124)

Nosso mundo vive em tensão: guerras, crises, incertezas. Mas Apocalipse 1 nos ensina três verdades essenciais para hoje:

  1. Jesus é soberano – Ele é o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último.
  2. Jesus está vivo – Ele venceu a morte e vive para sempre.
  3. Jesus está presente – Ele caminha no meio da igreja, cuidando de cada detalhe.

Portanto, não tenha medo. Mesmo quando tudo parece incerto, a igreja pertence ao Cristo ressurreto. E Ele prometeu: “Eis que estou com vocês todos os dias…” (Mateus 28:20)

Essa é a revelação que transforma nosso modo de viver. Não olhamos o mundo como quem está à deriva, mas como quem já sabe o fim da história: Jesus venceu — e nós, com Ele.

Perguntas Frequentes sobre Apocalipse 1

1. O que fala em Ap 1?

O capítulo 1 de Apocalipse apresenta a revelação de Jesus Cristo glorificado. Ele mostra que Jesus está vivo, reina sobre a história e está presente entre as igrejas. João é chamado para registrar tudo o que vê e ouvir diretamente do Senhor.

2. O que o livro de Ap 1 nos ensina?

Ensina que a história não está fora de controle: Cristo reina. Ele ama, perdoa, purifica e caminha entre seu povo. Mostra também que a Palavra de Deus precisa ser lida, ouvida e obedecida, porque o tempo está próximo (Ap 1.3).

3. Como explicar Ap 1 versículo 3?

Esse versículo é uma promessa de bênção para quem lê, ouve e guarda as palavras do Apocalipse. O termo grego tereo (guardar) significa “cuidar com atenção”, como quem guarda um tesouro. É um chamado à fidelidade prática.

4. O que Ap 1:1-20 revela?

Revela que Jesus está no centro da revelação. Ele é o Alfa e o Ômega, aquele que venceu a morte e caminha entre os candelabros (igrejas). O capítulo mostra também o papel de João como mensageiro e o início de um tempo profético urgente.

5. Qual a mensagem de Ap 1?

A mensagem principal é: Jesus reina soberano e glorificado. Ele conhece sua igreja, dirige sua história e voltará. Esse capítulo consola os fiéis e exorta os que se desviaram.

6. O que o Ap 1 revela?

Revela a glória, a autoridade e o cuidado de Jesus. Ele tem as chaves da morte e do inferno, está presente entre seu povo e nos chama à perseverança, mesmo em meio à perseguição.

7. Qual o sentido principal do Apocalipse?

Embora Apocalipse trate de juízos e eventos futuros, seu objetivo central é revelar Jesus Cristo. Ele vence, protege os seus e estabelecerá o Reino eterno. O capítulo 1 antecipa essa mensagem: a vitória de Cristo já começou.

📚 Referências Bibliográficas

  • KISTEMAKER, Simon. Apocalipse. Tradução de Jonathan Hack, Markus Hediger e Mary Lane. 2. ed. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2014. (Comentário do Novo Testamento).
  • LOPES, Hernandes Dias. Apocalipse: o futuro chegou, as coisas que em breve devem acontecer. 1. ed. São Paulo: Hagnos, 2005. (Comentários Expositivos Hagnos).
  • SOCIEDADE BÍBLICA INTERNACIONAL. Bíblia Sagrada: Nova Versão Internacional. São Paulo: Editora Vida, 2001.

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