Habacuque 2 Estudo: Confie em Deus em meio à incerteza

Habacuque 2 apresenta uma conversa entre o profeta e Deus, na qual Habacuque busca ouvir a resposta divina sobre suas preocupações com a justiça e a prosperidade dos ímpios. No início do capítulo, o profeta posiciona-se como um sentinela, à espera da resposta de Deus.

Deus instrui Habacuque a escrever a visão de forma clara e legível, para que possa ser lida por todos. Ele também faz uma série de pronunciamentos contra a arrogância, a cobiça e a violência dos povos vizinhos de Judá, anunciando que eles serão punidos por suas más ações. Ao mesmo tempo, Deus garante a Habacuque que o justo viverá pela sua fé.

Habacuque registra essas informações em um cântico de lamentação, anunciando a queda iminente da Babilônia e a vitória dos justos. O capítulo 2 demonstra a soberania de Deus sobre todas as coisas e a certeza de que Sua justiça prevalecerá.

O livro de Habacuque é um pequeno livro profético do Antigo Testamento. Habacuque era um profeta hebreu que testemunhou a invasão dos babilônios e clamou a Deus para saber por que Ele permitiu que isso acontecesse.

O livro é uma série de perguntas e respostas entre Habacuque e Deus. O capítulo 2 é um discurso em que Deus responde às perguntas do profeta. O capítulo apresenta cinco “ais” (pronunciamentos de juízo) contra Babilônia por seus pecados: ganância, intemperança, iniquidade, indignidade e idolatria.

Deus promete julgar Babilônia por seus pecados, mas também promete que a glória do Senhor encherá a Terra. O capítulo 2 é uma meditação profunda sobre o pecado humano e o julgamento divino.

Esboço de Habacuque 2

I. Introdução (2.1-3)
A. Habacuque busca ouvir a resposta de Deus
B. Deus instrui Habacuque a escrever a visão de forma clara e legível

II. Pronunciamentos contra os ímpios (2.4-20)
A. Pronunciamento 1: a arrogância será punida (2.4-5)
B. Pronunciamento 2: a cobiça trará consequências terríveis (2.6-8)
C. Pronunciamento 3: a violência será punida (2.9-11)
D. Pronunciamento 4: a idolatria é fútil e tola (2.12-14)
E. Pronunciamento 5: a justiça divina não tardará (2.15-17)
F. Pronunciamento 6: a idolatria e a violência serão punidas com a mesma moeda (2.18-19)

III. Conclusão (2.20)
A. Deus é glorificado como o único e verdadeiro Deus
B. Habacuque é instruído a permanecer fiel e a esperar pela salvação de Deus.

Estudo de Habacuque 2 em vídeo

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I. Introdução (2.1-3)

Ficarei no meu posto de sentinela e tomarei posição sobre a muralha; aguardarei para ver o que ele me dirá e que resposta terei à minha queixa. Então o Senhor respondeu: “Escreva claramente a visão em tabuinhas, para que se leia facilmente. Pois a visão aguarda um tempo designado; ela fala do fim, e não falhará. Ainda que se demore, espere-a; porque ela certamente virá e não se atrasará”. (Habacuque 2:1-3)

O livro de Habacuque é um dos livros proféticos do Antigo Testamento da Bíblia e tem como tema central a questão do sofrimento do povo de Deus e a justiça divina. O profeta Habacuque viveu durante um período conturbado na história de Israel, em que o povo estava sob a ameaça de invasão pelos babilônios. No capítulo 2, versículos 1 a 3, Habacuque apresenta um diálogo com Deus sobre a justiça divina e a sua vontade para com o povo.

No versículo 1, Habacuque diz: “Vou ficar atento para ver o que o SENHOR vai dizer e como vou responder quando ele me acusar”. Esse versículo mostra a atitude do profeta de estar atento às respostas de Deus às suas perguntas e dúvidas. Habacuque tinha muitas perguntas sobre a justiça de Deus, especialmente em relação ao sofrimento do seu povo, e ele esperava que Deus lhe desse uma resposta clara.

No versículo 2, Deus responde a Habacuque: “Escreva a minha resposta em letras grandes e claras, para que quem passar por ali possa ler facilmente”. Essa resposta de Deus indica a importância do registro das suas palavras, para que não houvesse dúvidas sobre a sua mensagem. Deus pede a Habacuque que escreva a sua resposta em letras grandes e claras, para que todos possam ler facilmente e compreender a sua mensagem.

No versículo 3, Deus declara: “A visão ainda está para acontecer na hora que eu escolher; ela vai acontecer com certeza. Não importa o quanto tenha de esperar; aguarde com paciência, pois ela certamente virá e não demorará”. Esse versículo mostra que Deus tem um plano para o seu povo e que ele cumprirá a sua palavra no tempo certo. Deus incentiva Habacuque a esperar com paciência pela realização da sua visão, mesmo que demore algum tempo. Deus é fiel às suas promessas e Habacuque pode confiar na sua palavra.

Esse diálogo entre Habacuque e Deus mostra a importância da confiança e da paciência em Deus, mesmo diante de situações difíceis. Habacuque questiona a justiça de Deus em relação ao sofrimento do seu povo, mas Deus lhe dá uma resposta clara e incentiva-o a confiar na sua palavra e esperar com paciência. Esse ensinamento é relevante não apenas para o povo de Israel na época de Habacuque, mas também para nós hoje em dia, quando enfrentamos dificuldades e incertezas na nossa vida. Devemos confiar na fidelidade de Deus e aguardar com paciência a realização das suas promessas.

II. Pronunciamentos contra os ímpios (2.4-20)

A. Pronunciamento 1: a arrogância será punida (2.4-5)

Escreva: “O ímpio está envaidecido; seus desejos não são bons; mas o justo viverá pela sua fidelidade. De fato, a riqueza é ilusória, e o ímpio é arrogante e não descansa; ele é voraz como a sepultura e como a morte. Nunca se satisfaz; apanha para si todas as nações e ajunta para si todos os povos. (Habacuque 2:4,5)

O texto de Habacuque 2.4-5 é uma das passagens mais conhecidas do livro, e é frequentemente citado como um exemplo de fé e confiança em Deus. Este texto é composto por duas partes distintas, sendo a primeira um versículo muito curto, que é seguido por um versículo mais longo que explica a primeira parte.

O verso 4 começa com uma afirmação poderosa: “O justo viverá pela fé”. Essa frase é central para a teologia do Novo Testamento, e é citada por Paulo em Romanos 1:17 como prova de que a justificação vem pela fé. É importante notar que Habacuque não está afirmando que o justo será salvo pela sua fé, mas sim que a fé é o que o mantém vivo. A vida do justo é caracterizada pela fé, e essa fé é a fonte de sua força.

No verso 5, Habacuque explica essa afirmação, afirmando que a arrogância é contrária à fé. Ele diz que o arrogante é como o inferno, que nunca está satisfeito. O arrogante sempre quer mais, nunca está contente com o que tem, e sua ganância o leva à destruição. Em contraste, a fé é a base para a vida do justo. É através da fé que ele encontra alegria e satisfação em Deus, e é por isso que ele pode continuar vivendo, mesmo em meio à adversidade.

Há uma grande verdade nesse texto para todos nós hoje. Às vezes, somos tentados a confiar em nossas próprias habilidades e forças para lidar com a vida. Podemos pensar que somos capazes de lidar com tudo, e que não precisamos da ajuda de Deus. Mas, como Habacuque nos lembra, essa arrogância é contrária à fé. A verdadeira força vem de confiar em Deus e em sua capacidade de nos sustentar. Quando colocamos nossa fé em Deus, somos capazes de enfrentar qualquer coisa que a vida nos traga.

Em resumo, Habacuque 2.4-5 é um lembrete poderoso de que a vida do justo é caracterizada pela fé. A arrogância é contrária à fé, e a verdadeira força vem de confiar em Deus. Quando confiamos em Deus, somos capazes de enfrentar qualquer coisa que a vida nos traga.

B. Pronunciamento 2: a cobiça trará consequências terríveis (2.6-8)

“Todos estes povos um dia rirão dele com canções de zombaria e dirão: ” ‘Ai daquele que amontoa bens roubados e se enriquece mediante extorsão! Até quando isto continuará assim?’ Seus credores não se levantarão de repente? Não despertarão os que o fazem tremer? Agora você se tornará vítima deles. Porque você saqueou muitas nações, todos os povos que restaram o saquearão. Pois você derramou muito sangue, e cometeu violência contra terras, cidades e seus habitantes. (Habacuque 2:6-8)

O texto de Habacuque 2.6-8 aborda a questão da ganância e da injustiça econômica. O verso 6 começa com uma afirmação forte: “Ai daquele que acumula o que não é seu”. Isso é uma denúncia direta daqueles que adquirem riqueza de forma desonesta, seja através da exploração de outros, da corrupção ou de qualquer outra forma ilegal. Esses indivíduos serão punidos pela justiça divina.

O verso 7 continua essa ideia, afirmando que os que enriquecem injustamente se tornarão objeto de zombaria e desprezo. Eles serão expostos e humilhados publicamente, pois a verdade sempre vem à tona. Eles pensam que suas riquezas os protegerão, mas, na realidade, essas riquezas serão a fonte de sua queda.

O verso 8 apresenta uma visão geral da atitude desses indivíduos. Eles buscam acumular riquezas e poder a todo custo, e usam meios ilegais para alcançá-los. Eles não se importam com o sofrimento dos outros e não têm escrúpulos em prejudicar os mais fracos para alcançar seus objetivos. No final, tudo o que eles conseguem é um tesouro cheio de pó, que não lhes trará felicidade nem segurança.

Esse texto é um alerta para todos nós sobre a importância de vivermos com integridade e justiça, especialmente em relação às questões financeiras. Devemos ser honestos em nossos negócios e relações financeiras e tratar os outros com justiça e dignidade. Caso contrário, corremos o risco de nos tornarmos vítimas da justiça divina e perdermos o que mais valorizamos. A ganância e a injustiça econômica nunca valem a pena.

C. Pronunciamento 3: a violência será punida (2.9-11)

“Ai daquele que obtém lucros injustos para a sua casa, para pôr seu ninho no alto e escapar das garras do mal! Você tramou a ruína de muitos povos, envergonhando a sua própria casa e pecando contra a sua própria vida. Pois as pedras clamarão da parede, e as vigas responderão do madeiramento contra você. (Habacuque 2:9-11)

Habacuque 2:9-11 é uma continuação da visão que o profeta teve da punição que Deus traria sobre a Babilônia. Nesses versículos, o foco é a ganância e a opressão dos babilônios. Vamos analisar mais de perto o que Habacuque estava dizendo nesses versículos, com base no texto de J. Ronald Blue.

Aqui, Habacuque está denunciando a ganância dos babilônios que acumulavam riquezas ilícitas. Eles acumulavam essas riquezas para se proteger, mas Deus estava ciente de suas ações e estava pronto para julgá-los por elas. O fato de Habacuque usar a imagem de “pôr o seu ninho no alto” indica que os babilônios acreditavam que estavam seguros e intocáveis, mas Deus os derrubaria.

Aqui, Habacuque está apontando para a arrogância dos babilônios que se sentiam superiores a todos, inclusive a Deus. Eles confiavam em sua própria força e sabedoria, mas ignoravam a Deus e suas leis. Como resultado, Deus os julgaria por sua arrogância e vergonha. A “glória dos teus braços” provavelmente se refere às suas conquistas militares e suas armas, que eles usavam para subjugar outras nações.

Habacuque está dizendo que Deus trará justiça mesmo que os babilônios tentem escondê-la. A imagem de “a pedra clamará da parede” e “a trave responderá do madeiramento” significa que mesmo as coisas inanimadas testemunharão contra eles. É uma maneira poética de dizer que Deus vê tudo e que os babilônios não escaparão da punição.

Em resumo, Habacuque 2:9-11 é uma denúncia da ganância, arrogância e injustiça dos babilônios. Habacuque está anunciando que Deus trará justiça sobre eles, não importa o quão alto eles tenham construído seus ninhos ou o quão forte eles sejam. A mensagem de Habacuque é que Deus é justo e fiel em todas as suas ações, e que as nações que se afastam dele acabarão sendo julgadas.

D. Pronunciamento 4: a idolatria é fútil e tola (2.12-14)

“Ai daquele que edifica uma cidade com sangue e a estabelece com crime! Acaso não vem do Senhor dos Exércitos, que o trabalho dos povos seja só para satisfazer o fogo, e que as nações se afadiguem em vão? E a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas enchem o mar. (Habacuque 2:12-14)

O texto de Habacuque 2.12-14 aborda a condenação daqueles que buscam enriquecer através da opressão e exploração de outros. Vamos analisar cada verso separadamente.

No verso 12, o profeta diz: “Ai daquele que edifica a cidade com sangue, e que funda uma cidade com iniquidade!” Esse verso condena aqueles que buscam construir seu império às custas da opressão e derramamento de sangue de outros. A construção da cidade é uma metáfora para a busca pelo sucesso e riqueza, e a palavra “iniquidade” se refere a injustiças, desonestidade e corrupção.

No verso 13, Habacuque continua sua condenação, dizendo: “Porventura não vem do Senhor dos Exércitos que os povos trabalhem pelo fogo, e as nações se cansem em vão?” Esse verso sugere que o Senhor é quem decide o destino dos povos e nações, e que a busca pelo enriquecimento às custas dos outros é fútil e vazia. O “trabalho pelo fogo” se refere a um trabalho árduo, que não traz benefícios duradouros, mas apenas gera destruição e caos.

No verso 14, o profeta faz uma referência à glória da terra, que será preenchida com o conhecimento da glória do Senhor. Esse verso sugere que a verdadeira glória está em conhecer e seguir o Senhor, e não na busca pelo sucesso material através da opressão dos outros. Aqueles que tentam construir seu império com iniquidade e opressão serão, no final das contas, condenados e esquecidos.

Em resumo, os versos de Habacuque 2.12-14 são um chamado à justiça e à honestidade. O profeta condena aqueles que buscam enriquecer através da opressão e exploração de outros, e sugere que a verdadeira glória está em conhecer e seguir o Senhor. Aqueles que escolhem o caminho da iniquidade e da opressão serão condenados, enquanto aqueles que escolhem a justiça e a honestidade serão abençoados e preencherão a terra com a glória do Senhor.

E. Pronunciamento 5: a justiça divina não tardará (2.15-17)

“Ai daquele que dá bebida ao seu próximo, misturando-a com o seu furor, até que ele fique bêbado, para lhe contemplar a nudez. Beba bastante vergonha, em vez de glória! Sim! Beba você também e se exponha! A taça da mão direita do Senhor lhe é dada. Muita vergonha cobrirá a sua glória. A violência que você cometeu contra o Líbano o alcançará, e você ficará apavorado com a destruição de animais, que você fez. Pois você derramou muito sangue, e cometeu violência contra terras, cidades e seus habitantes. (Habacuque 2:15-17)

O texto de Habacuque 2.15-17 trata das consequências da opressão e violência praticadas pelas nações contra outras. O profeta começa dizendo: “Ai daquele que dá bebida ao seu próximo, misturando-a com a sua!” (v.15). Essa frase se refere a uma prática cruel dos babilônios, que forçavam seus cativos a beber uma mistura de vinho e outras substâncias alucinógenas antes de obrigá-los a marchar para a morte. O verso seguinte continua denunciando a crueldade dos opressores: “Tu te fartarás de vergonha em lugar de honra; bebe também tu, e serás como se não fosses circuncidado; sobre ti virá a espada do meu castigo” (v. 16).

Aqui, o profeta revela que as nações opressoras serão punidas por sua violência e opressão. Deus não tolera a injustiça e não deixará que o mal prevaleça para sempre. Habacuque 2.17 reforça essa ideia: “Pois a violência contra o Líbano te cobrirá, e a destruição dos animais te aterrará, por causa do sangue dos homens, e da violência feita à terra, à cidade e a todos os seus habitantes”.

Nesse sentido, o texto de Habacuque 2.15-17 é um alerta para que as nações se arrependam de suas más práticas e se voltem para Deus. A violência e a opressão não ficarão impunes, e aqueles que praticam tais atos serão julgados pelo Senhor. Para os fiéis, a mensagem é uma fonte de esperança, já que Deus é justo e não deixará que a injustiça prevaleça para sempre.

F. Pronunciamento 6: a idolatria e a violência serão punidas com a mesma moeda (2.18-19)

“De que vale uma imagem feita por um escultor? Ou um ídolo de metal que ensina mentiras? Pois aquele que o faz confia em sua própria criação, fazendo ídolos incapazes de falar. Ai daquele que diz à madeira: “Desperte! Ou à pedra sem vida: Acorde! ” Poderá isso dar orientação? Está coberta de ouro e prata, mas não respira. (Habacuque 2:18-19)

O livro de Habacuque é um dos profetas menores do Antigo Testamento. Este livro apresenta uma conversa entre o profeta e Deus sobre a justiça divina, a justiça dos povos e a promessa de salvação. No capítulo 2, versículos 18 a 19, Habacuque aborda a questão da idolatria.

No versículo 18, Habacuque fala da inutilidade dos ídolos e das imagens esculpidas pelos homens. Ele diz que as imagens não têm poder para falar, ouvir, ver ou fazer qualquer coisa, e que aqueles que as adoram são tolos. Essa afirmação mostra a superioridade do Deus de Israel em relação às divindades pagãs.

No versículo 19, Habacuque contrasta a fraqueza dos ídolos com a grandeza e a glória de Deus. Ele diz que o verdadeiro Deus é “o Santo de Israel”, e que ele está no seu santo templo. A referência ao templo de Deus é significativa, pois era ali que os judeus adoravam e ofereciam sacrifícios a Deus. Habacuque está afirmando que a verdadeira adoração a Deus não envolve imagens ou ídolos, mas uma devoção sincera e reverente a Deus em seu próprio santuário.

Esse trecho de Habacuque é um chamado à verdadeira adoração a Deus, sem a intermediação de ídolos ou imagens. O profeta enfatiza que Deus é o único digno de adoração, e que ele é um Deus vivo e poderoso, que está presente em seu próprio santuário. Essa mensagem é importante não apenas para os judeus da época de Habacuque, mas para todos os cristãos ao longo da história, que devem evitar a idolatria e a adoração de qualquer coisa além de Deus.

III. Conclusão (2.20)

Mas o Senhor está em seu santo templo; diante dele fique em silêncio toda a terra”. (Habacuque 2:20)

O versículo 20 do segundo capítulo do livro de Habacuque é uma conclusão impactante e profunda para a mensagem transmitida ao longo desse capítulo. O profeta, depois de anunciar a destruição iminente dos opressores de Judá, conclui sua mensagem com estas palavras: “Mas o Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra”.

Essa declaração enfatiza a soberania e a santidade de Deus, em contraste com a arrogância e o orgulho dos opressores que ele acabou de denunciar. Enquanto os inimigos de Judá se gabavam e se exaltavam, o profeta lembra ao povo que Deus está acima de tudo e de todos. A afirmação de que Deus está no seu santo templo também pode ser entendida como uma indicação de que Deus está presente no meio do seu povo e é capaz de protegê-los.

Além disso, a frase “cale-se diante dele toda a terra” é uma chamada à reverência e à adoração. Ela sugere que diante da grandeza e da santidade de Deus, todos devem ficar em silêncio e reconhecer sua presença. Isso enfatiza a importância da humildade e da submissão diante de Deus, em vez de se exaltar ou confiar em si mesmo.

Esse versículo também é relevante para nós hoje, pois muitas vezes somos tentados a confiar em nossa própria força ou capacidade, em vez de reconhecer a soberania de Deus em nossas vidas. A mensagem de Habacuque nos lembra que Deus está no controle, mesmo quando as circunstâncias parecem estar fora de controle. Devemos confiar nele e adorá-lo em humildade e reverência, sabendo que ele é santo e poderoso o suficiente para cuidar de nós.

Reflexão de Habacuque 2 para os nossos dias

Habacuque foi um profeta que, em meio à confusão e injustiça ao seu redor, clamou ao Senhor em busca de respostas. E, em sua busca por respostas, ele recebeu uma resposta que ecoa até os dias de hoje.

No versículo 4 do capítulo 2, Deus diz a Habacuque: “Eis que a sua alma está orgulhosa, não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé”. Essas palavras são poderosas e profundas, pois nos lembram que, independentemente das circunstâncias ao nosso redor, devemos confiar em Deus e viver pela fé.

Essa mensagem é ainda mais poderosa quando a compreendemos em um contexto cristocêntrico. Jesus Cristo é o justo que viveu pela sua fé e, em sua morte e ressurreição, nos deu a oportunidade de ter vida eterna. Como cristãos, nossa fé não é apenas em Deus em si, mas também em seu filho Jesus, que nos redimiu e nos deu acesso ao Pai.

Além disso, o versículo 14 do capítulo 2 nos diz: “Porque a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar”. Essas palavras nos lembram que, um dia, toda a terra conhecerá a glória de Deus. Como cristãos, temos a responsabilidade de compartilhar o evangelho e levar o conhecimento de Deus a todos os cantos da terra.

Em um mundo cada vez mais caótico e incerto, a mensagem de Habacuque é mais relevante do que nunca. Devemos confiar em Deus e viver pela fé em seu filho Jesus Cristo. Devemos compartilhar a mensagem de salvação com todos ao nosso redor, para que eles também possam conhecer a glória de Deus.

3 Motivos de oração em Habacuque 2

  1. Oração por justiça: Habacuque 2:6-8 descreve a ganância e a opressão dos ricos contra os pobres. Nesses versículos, Deus promete julgar aqueles que acumulam riquezas de forma injusta. Isso nos lembra de orar por justiça em nossa sociedade e por aqueles que sofrem opressão e injustiça nas mãos dos ricos e poderosos.
  2. Oração por arrependimento: Habacuque 2:18-20 fala sobre a tolice da idolatria e a insensatez de confiar em ídolos feitos por mãos humanas. Este é um chamado para orar por aqueles que ainda não conhecem a verdade de Deus e estão presos na escuridão da idolatria. Podemos orar para que eles vejam a verdade e se arrependam de seus pecados.
  3. Oração pela glória de Deus: Habacuque 2:14 nos lembra que um dia a glória do Senhor encherá toda a terra. Este é um motivo de oração para que Deus seja glorificado em todas as nações e para que a luz do Evangelho brilhe em todos os cantos do mundo. Podemos orar para que o nome de Deus seja exaltado e para que Sua vontade seja feita na Terra como é no Céu.

 

A versão bíblica utilizada neste estudo é a Nova Versão Internacional (São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001)

Habacuque 1 Estudo: O problema do mal e a busca por justiça divina

Habacuque 1 começa com um diálogo entre o profeta e Deus. Habacuque estava perplexo com a violência e a injustiça que via ao seu redor e levou suas queixas a Deus. Ele queria saber por que Deus parecia tão indiferente e insensível ao sofrimento de seu povo.

Deus respondeu que já estava agindo, e que iria disciplinar Judá por meio de Babilônia. Habacuque ficou ainda mais perplexo com essa resposta e perguntou por que Deus usaria os babilônios para punir Judá, já que eles eram ainda mais ímpios e violentos.

Deus então revelou seus planos específicos de disciplina para Judá e instruiu Habacuque e o povo a olharem para as nações e terem uma visão mais ampla. O capítulo 1 retrata o desespero do profeta e a resposta de Deus a ele, lançando as bases para o restante do livro.

O livro de Habacuque é uma coleção de diálogos entre o profeta e Deus. No capítulo 1, o profeta clama a Deus diante da opressão e injustiça em Judá, e Deus responde que trará disciplina por meio da nação pagã de Babilônia.

A surpresa não era tanto a disciplina em si, mas o fato de que Deus usaria uma nação tão cruel para trazê-la. Este capítulo descreve os babilônios como uma nação impiedosa, violenta e impetuosa, cuja destruição de Judá seria rápida e completa.

Habacuque questiona a justiça e sabedoria de Deus em usar um povo tão ímpio para punir Judá. Mas no final do capítulo, ele encontra conforto na santidade e fidelidade de Deus, e confia que a disciplina de Deus em Judá não resultará em sua destruição total, mas em seu arrependimento e restauração.

Esboço de Habacuque 1

I. Introdução (1:1-4)
A. Apresentação do profeta Habacuque e sua queixa a Deus sobre a injustiça em Judá.
B. Deus responde, anunciando a vinda da disciplina através da nação babilônica.

II. Deus usa a nação babilônica como instrumento de disciplina (1:5-11)
A. Deus responde a Habacuque, revelando que Ele está usando a nação babilônica para disciplinar Judá.
B. Deus descreve a nação babilônica como uma nação cruel e impiedosa, comparando-os a animais selvagens em sua ferocidade e velocidade.
C. A nação babilônica zomba de reis e fortalezas e trata sua própria força como um deus.

III. Habacuque questiona a justiça de Deus em usar uma nação iníqua (1:12-17)
A. Habacuque questiona por que Deus usaria uma nação iníqua para disciplinar Judá.
B. Habacuque expressa sua fé em Deus, lembrando que Ele é santo, eterno e fiel ao seu pacto com Israel.
C. Habacuque pergunta por que Deus permitiria que a nação babilônica continue a destruir nações e a adorar seu próprio poder como um deus.

Estudo de Habacuque 1 em vídeo

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I. Introdução (1:1-4)

Advertência do profeta Habacuque. Até quando, Senhor, clamarei por socorro, sem que tu ouças? Até quando gritarei a ti: “Violência! ” sem que tragas salvação? Por que me fazes ver a injustiça, e contemplar a maldade? A destruição e a violência estão diante de mim; há luta e conflito por todo lado. Por isso a lei se enfraquece e a justiça nunca prevalece. Os ímpios prejudicam os justos, e assim a justiça é pervertida. (Habacuque 1:1-4)

O livro de Habacuque começa com uma expressão de angústia do profeta em relação à injustiça e à violência que prevalecem em Judá. Ele clama a Deus, questionando por que Ele permite que essas coisas aconteçam e aparentemente não faz nada para detê-las. É importante notar que Habacuque não é indiferente à situação, mas está profundamente perturbado e procura respostas.

O profeta inicia com uma pergunta angustiada: “Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei a ti: Violência! E não salvarás?” (v. 2). Ele vê a injustiça prevalecendo em Judá e clama a Deus por justiça, mas parece que Deus não está ouvindo ou não está agindo para corrigir a situação.

Habacuque descreve a corrupção e a violência que prevalecem em Judá: “Por que me mostras a iniquidade e me fazes ver a opressão? Pois a destruição e a violência estão diante de mim; há contendas, e o litígio se suscita” (v. 3). O profeta vê a destruição, a violência e a opressão em todo lugar, e ele se pergunta por que Deus permite isso acontecer.

Em resposta à angústia do profeta, Deus lhe diz que Ele não está ignorando a situação em Judá e que Ele agirá para corrigi-la. Deus diz: “Eis que suscitarei os caldeus, nação feroz e impetuosa, que marcha sobre a largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas” (v. 6). Deus está levantando os babilônios como um instrumento de disciplina para Judá.

A mensagem de Habacuque é relevante para nós hoje, pois vivemos em um mundo cheio de injustiça, violência e sofrimento. Muitas vezes, assim como Habacuque, nos sentimos angustiados e questionamos por que Deus permite que essas coisas aconteçam. É importante lembrar que Deus é justo e fiel, e que Ele tem um plano e um propósito mesmo quando as coisas parecem estar fora de controle.

O livro de Habacuque nos ensina a confiar em Deus, mesmo quando não entendemos o que está acontecendo ao nosso redor. Devemos nos lembrar de que Deus é soberano e tem o controle sobre todas as coisas, e que Ele age para o bem daqueles que O amam. Como Habacuque, podemos encontrar consolo e esperança em Deus, mesmo em meio ao sofrimento e à injustiça.

II. Deus usa a nação babilônica como instrumento de disciplina (1:5-11)

“Olhem as nações e contemplem-nas, fiquem atônitos e pasmem; pois nos dias de vocês farei algo em que não creriam, se lhes fosse contado. Estou trazendo os babilônios, nação cruel e impetuosa, que marcha por toda a extensão da terra para apoderar-se de moradias que não lhe pertencem. É uma nação apavorante e temível, que cria a sua própria justiça e promove a sua própria honra. Seus cavalos são mais velozes que os leopardos, mais ferozes que os lobos no crepúsculo. Sua cavalaria vem de longe. Seus cavalos vêm a galope; vêm voando como ave de rapina que mergulha para devorar; todos vêm prontos para a violência. Suas hordas avançam como o vento do deserto e fazendo tantos prisioneiros como a areia da praia. Menosprezam os reis e zombam dos governantes. Riem de todas as cidades fortificadas, pois constroem rampas de terra e por elas as conquistam. Depois passam como o vento e prosseguem; homens carregados de culpa, e que têm por deus a sua própria força”. (Habacuque 1:5-11)

O livro de Habacuque começa com o profeta questionando Deus sobre a injustiça em Judá e pedindo que Ele faça algo sobre isso. Deus responde que Ele já tem um plano em ação, trazendo destruição e disciplina para Judá através dos babilônios.

No versículo 5, Deus diz a Habacuque para prestar atenção, pois Ele fará algo nos dias do profeta que será difícil de acreditar, algo que Habacuque não esperaria mesmo se lhe dissessem. Deus está se referindo à Sua escolha de usar os babilônios como instrumentos de disciplina.

No versículo 6, Deus revela que Ele está levantando os babilônios, uma nação conhecida por sua violência e crueldade, para punir Judá. Embora Judá tenha pecado, os babilônios são muito piores, tornando difícil para Habacuque entender por que Deus escolheria usar um povo tão impiedoso para disciplinar Seu próprio povo.

Nos versículos 7-11, Deus descreve a natureza dos babilônios e seu modus operandi. Eles são um povo sem lei, promovem seu próprio interesse e são implacáveis e impetuosos. Eles são comparados a animais ferozes, com cavalos mais rápidos que leopardos e mais ferozes que lobos ao anoitecer. Eles são comparados a um abutre voando para devorar sua presa. Eles são tão bem-sucedidos em suas conquistas que parecem invencíveis e zombam dos reis e das cidades fortificadas.

Essa descrição dos babilônios deixa Habacuque ainda mais perplexo. Como pode Deus, que é santo e justo, usar um povo tão ímpio para disciplinar Seu povo escolhido? Essa é a questão que Habacuque levanta em seus próximos questionamentos a Deus.

III. Habacuque questiona a justiça de Deus em usar uma nação iníqua (1:12-17)

Senhor, tu não és desde a eternidade? Meu Deus, meu Santo, tu não morrerás. Senhor, tu designaste essa nação para executar juízo; ó Rocha, determinaste a ela que aplicasse castigo. Teus olhos são tão puros, que não suportam ver o mal; não podes tolerar a maldade. Por que toleras então esses perversos? Por que ficas calado enquanto os ímpios engolem os que são mais justos do que eles? Tornaste os homens como peixes do mar, como animais, que não são governados por ninguém. Esses ímpios puxam a todos com anzóis, apanham-nos em suas redes e nelas os arrastam; então alegram-se e exultam. E por essa razão eles oferecem sacrifício às suas redes e queimam incenso em sua honra, pois, graças às suas redes, vivem em grande conforto e desfrutam iguarias. Mas, continuará ele esvaziando a sua rede, destruindo sem misericórdia as nações? (Habacuque 1:12-17)

Habacuque 1:12-17 marca a transição da queixa de Habacuque sobre a maldade em Judá para sua perplexidade diante da resposta de Deus, que anunciou que ele usaria a nação pagã da Babilônia para disciplinar seu próprio povo. O profeta está confuso porque o uso de um povo ímpio para punir o povo de Deus parece contrário à natureza santa de Deus.

Habacuque começa fazendo uma pergunta a Deus: “O SENHOR não és tu desde a eternidade?”. A pergunta é retórica e sua intenção é afirmar que Deus é eterno e que sempre agiu para o bem de Seu povo. Habacuque expressa sua fé em Deus e em Sua fidelidade em proteger e salvar Seu povo. O profeta também menciona a santidade de Deus e como ela se opõe à injustiça, sugerindo que o uso da Babilônia para punir o pecado em Judá parece contradizer a natureza de Deus.

O profeta passa a questionar a justiça de Deus em usar um povo pior do que o Seu para punir o pecado de Judá. Ele pergunta por que Deus tolera a maldade e permite que os iníquos triunfem sobre os justos. Habacuque está lutando para entender por que Deus permitiria que Seu próprio povo fosse subjugado por um povo tão ímpio e cruel como a Babilônia.

Habacuque então faz uma analogia, comparando o povo de Judá a peixes e o povo da Babilônia a pescadores. Ele afirma que os pescadores têm prazer em capturar peixes e que a Babilônia se deleita em subjugar nações. Habacuque lamenta o fato de que Deus permita que Seu próprio povo seja tratado dessa maneira e questiona o motivo pelo qual Ele permite que isso aconteça.

Por fim, Habacuque acusa a Babilônia de idolatria. Ele diz que os babilônios adoram seus próprios poderes militares e usam seus instrumentos de guerra como objetos de adoração. Habacuque está indignado com a Babilônia por sua adoração a objetos criados por eles mesmos, em vez de adorar o Deus vivo e verdadeiro.

Em resumo, o texto de Habacuque 1:12-17 retrata a confusão do profeta diante do uso de um povo perverso para punir o povo de Deus. Habacuque expressa sua fé em Deus, mas ainda está lutando para entender como a Babilônia pode ser usada para cumprir os propósitos de Deus. O profeta questiona a justiça de Deus e acusa a Babilônia de idolatria.

Reflexão de Habacuque 1 para os nossos dias

Queridos irmãos e irmãs, que a paz de Cristo esteja com vocês. Hoje, gostaria de refletir sobre o capítulo 1 de Habacuque e como ele se aplica aos nossos dias.

Assim como Habacuque, muitos de nós questionamos a Deus sobre a injustiça que vemos ao nosso redor. Vemos o pecado prevalecer e o mal prosperar, e nos perguntamos: “Senhor, onde está a tua justiça?”.

No entanto, assim como Habacuque, precisamos confiar na soberania de Deus. Ele é o Deus que está no controle, mesmo quando não entendemos seus caminhos. Ele é o Deus que usa até mesmo as coisas más para cumprir seu plano e propósito.

E é aqui que vemos a beleza do evangelho de Cristo. Em Habacuque 1:13, o profeta questiona a Deus sobre como Ele pode tolerar o mal. E em resposta, Deus revela que Ele está trazendo julgamento sobre o pecado. Mas não apenas sobre o pecado de Judá, mas também sobre o pecado de toda a humanidade.

Deus enviou seu filho Jesus Cristo para tomar sobre si mesmo o julgamento que merecíamos por nossos pecados. Na cruz, vemos a justiça de Deus sendo satisfeita, e sua graça sendo oferecida a todos que creem em Jesus.

Hoje, em meio às injustiças e sofrimentos deste mundo, podemos nos lembrar de que Cristo é nossa rocha e nosso refúgio. Ele é o único que pode nos dar esperança em meio ao caos e confusão.

Assim como Habacuque, podemos ter confiança em Deus, mesmo quando não entendemos seus caminhos. E em Cristo, podemos ter a certeza de que Ele está trabalhando todas as coisas para o bem daqueles que o amam.

Que o Senhor nos conceda a fé e a confiança para confiar em Sua soberania, e que nossa esperança esteja firmada em Cristo, nosso Salvador e Redentor.

Motivos de oração em Habacuque 1

  1. Arrependimento pessoal e coletivo: Diante da realidade do pecado, da maldade e da injustiça que Habacuque testemunhava em sua época, podemos orar por um profundo senso de arrependimento pessoal e coletivo em nossas vidas e em nossa sociedade. É fácil apontar os erros dos outros, mas precisamos ser sinceros diante de Deus e reconhecer nossas próprias falhas e pecados, clamando por perdão e transformação.
  2. Intercessão pela justiça e pelo fim da opressão: Assim como Habacuque intercedeu pelos justos que estavam sendo oprimidos pelos ímpios, podemos orar pela justiça e pelo fim da opressão em nossa sociedade. Podemos pedir a Deus que levante líderes justos e íntegros em todas as esferas de influência, que combatam a corrupção e as injustiças, e que promovam o bem-estar de todos os cidadãos.
  3. Esperança na soberania de Deus: Habacuque aprendeu a confiar na soberania de Deus mesmo em meio à escuridão e à incerteza. Podemos orar para que tenhamos essa mesma confiança e esperança em Deus em todas as circunstâncias de nossa vida. Podemos pedir a Deus que nos ajude a ver além das dificuldades presentes, e que nos permita enxergar o plano maior de Deus para o mundo. Que nossa fé não desfaleça em meio às tribulações, mas que possamos perseverar confiando na fidelidade de Deus.

 

A versão bíblica utilizada neste estudo é a Nova Versão Internacional (São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001)

Jonas 3 Estudo: Jonas Obedece a Deus

Jonas 3 Estudo: Jonas Obedece a Deus

Jonas 3 é um capítulo importante do livro de Jonas, no qual Deus novamente comissiona o profeta a pregar a mensagem que Ele irá fornecer. A cidade de Nínive é descrita como uma grande cidade, cercada por uma parede interna e uma parede externa, e os habitantes de Nínive respondem positivamente à pregação de Jonas.

O rei de Nínive e seu povo se arrependem e mostram sua contrição por meio do jejum e do uso de saco. Deus, por sua vez, relutantemente se arrepende de sua ameaça de destruição da cidade. Esse capítulo ilustra a disposição de Deus em perdoar os pecadores que se arrependem e destaca a importância do arrependimento genuíno e da obediência aos mandamentos de Deus.

Embora haja dúvidas sobre a autenticidade histórica dos eventos descritos neste capítulo, sua mensagem é clara e atemporal. A história de Jonas nos lembra que Deus é misericordioso e está disposto a perdoar aqueles que se voltam para Ele em arrependimento e obediência, independentemente de sua origem ou história.

Esboço de Jonas 3

I. Jonas é comissionado novamente a pregar a mensagem do Senhor em Nínive (3:1-4)
A. Obediência de Jonas à vontade de Deus (3:3-4)

II. Os habitantes de Nínive se arrependem de seus pecados (3:5-9)
A. A ação dos habitantes de Nínive (3:5)
B. O arrependimento do rei de Nínive (3:6-9)

III. Deus se arrepende de destruir Nínive (3:10)

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I. Jonas é comissionado novamente a pregar a mensagem do Senhor em Nínive (3:1-4)

Jonas 3:1-4 é um dos trechos mais importantes do livro de Jonas. Este capítulo começa com Deus ordenando novamente a Jonas que pregue a mensagem que Ele lhe dará, após ter sido salvo da barriga do grande peixe.

O capítulo começa com Deus comissionando Jonas novamente para ir a Nínive e pregar a mensagem que o Senhor lhe daria. Isso ocorre após Jonas ter sido restaurado pela misericórdia de Deus e ter reconhecido seu erro anterior de desobedecer à ordem de Deus para pregar em Nínive.

É interessante notar que Deus não forneceu novamente a razão pela qual Jonas deveria pregar a mensagem em Nínive. Ele simplesmente ordenou que Jonas fosse e pregasse a mensagem que seria dada a ele. Esse silêncio por parte de Deus pode indicar que a razão para pregar em Nínive era evidente e que Jonas não precisava ser lembrado novamente.

Jonas então obedeceu a Deus e partiu para Nínive. Ele descreveu a cidade como sendo grande e levando três dias para percorrê-la. Isso é importante, pois mostra a magnitude da cidade e a dificuldade de pregar a mensagem em uma cidade tão grande. No entanto, Jonas foi obediente e começou a pregar a mensagem de Deus, que era a ameaça de destruição de Nínive em 40 dias.

Este trecho do livro de Jonas nos ensina sobre a obediência e arrependimento. Através da obediência de Jonas, vemos a importância de seguir a vontade de Deus, mesmo quando ela é difícil ou parece impossível. E através do arrependimento dos habitantes de Nínive, aprendemos que Deus está disposto a perdoar aqueles que se voltam para Ele em arrependimento genuíno. Além disso, essa passagem nos lembra que a mensagem de Deus é sempre importante e deve ser obedecida, independentemente das circunstâncias ou da dificuldade em entregá-la.

II. Os habitantes de Nínive se arrependem de seus pecados (3:5-9)

Jonas 3:5-9 é uma passagem crucial no livro de Jonas, que descreve a resposta dos habitantes de Nínive ao serem confrontados com a mensagem de Deus, pregada por Jonas.

A mensagem de Deus pregada por Jonas foi de que Nínive seria destruída em 40 dias. Esta notícia causou um grande impacto nos habitantes da cidade, que se arrependeram de seus pecados e buscaram o perdão de Deus. Eles mostraram sua contrição por meio do jejum e do uso de saco, como sinal de humilhação e arrependimento.

Jonas descreve como as palavras se espalharam rapidamente pela cidade, e as pessoas, do maior ao menor, responderam ao chamado de Deus. Eles se arrependeram de seus maus caminhos e buscaram a misericórdia de Deus.

O arrependimento dos habitantes de Nínive, bem como a ação do rei da cidade, demonstram a disposição de Deus em perdoar aqueles que se voltam para Ele em arrependimento. Ainda que os habitantes de Nínive fossem pagãos e não fizessem parte do povo de Israel, Deus estava disposto a perdoá-los se eles se arrependessem sinceramente.

Esta passagem do livro de Jonas nos ensina sobre a importância do arrependimento genuíno e da humildade diante de Deus. Mostra-nos que Deus está disposto a perdoar todos aqueles que se arrependem e se voltam para Ele, independentemente de sua origem ou histórico de pecado. Ela também nos ensina que a mensagem de Deus é sempre importante e deve ser proclamada, mesmo que pareça impossível ou pouco provável que as pessoas a aceitem.

III. Deus se arrepende de destruir Nínive (3:10)

Jonas 3:10 é um versículo crucial do livro de Jonas, que descreve a resposta de Deus à mensagem pregada por Jonas em Nínive.

Após a pregação de Jonas, os habitantes de Nínive se arrependeram de seus pecados e buscaram a misericórdia de Deus. Deus, por sua vez, viu o arrependimento genuíno dos ninivitas e se arrependeu de destruir a cidade.

Este versículo é importante porque mostra a disposição de Deus em perdoar aqueles que se voltam para Ele em arrependimento genuíno. Mesmo que Nínive fosse uma cidade pagã e não fizesse parte do povo de Israel, Deus estava disposto a perdoá-los se eles se arrependessem sinceramente.

Além disso, este versículo mostra que a mensagem de Jonas era uma mensagem de julgamento e salvação. Deus ameaçou destruir Nínive, mas também ofereceu uma chance de arrependimento e salvação.

Este versículo nos ensina que o arrependimento sincero e a obediência a Deus podem levar à misericórdia e ao perdão divinos. Ele também nos ensina sobre a natureza da mensagem de Deus, que inclui tanto a advertência do julgamento quanto a oferta de salvação.

Finalmente, este versículo mostra a importância de confiar em Deus, que está sempre disposto a perdoar e a salvar aqueles que se voltam para Ele em arrependimento e fé.

Reflexão de Jonas 3 para os nossos dias

Ao olharmos para o capítulo 3 do livro de Jonas, podemos ver a grande misericórdia e graça de Deus em ação. Mesmo que a mensagem pregada por Jonas tenha sido uma mensagem de julgamento, Deus ofereceu uma chance de arrependimento e salvação aos habitantes de Nínive.

E essa graça divina, tão presente em Jonas 3, é um reflexo do amor de Deus por nós, seus filhos. A mensagem de Deus continua a ser a mesma: a necessidade de arrependimento e salvação. E essa mensagem é ainda mais evidente em Cristo, que veio ao mundo para salvar os pecadores.

Em Cristo, temos a oferta de perdão e vida eterna. E assim como os ninivitas se arrependeram de seus pecados e buscaram a misericórdia de Deus, nós também devemos nos arrepender e confiar em Cristo como nosso Salvador.

Que a mensagem de Jonas 3 seja um lembrete para nós da graça e misericórdia de Deus, e que ela nos inspire a compartilhar a mensagem de salvação com aqueles ao nosso redor. Que possamos seguir o exemplo de Cristo, que veio para buscar e salvar os perdidos, e que possamos ser fiéis em proclamar o evangelho a todos os que precisam ouvir.

Que a graça e a paz de nosso Senhor Jesus Cristo estejam com vocês sempre.

Motivos de oração em Jonas 3

  1. Orar por um coração de arrependimento: Assim como os habitantes de Nínive, precisamos ter um coração quebrantado e arrependido diante de Deus. Ore para que Deus trabalhe em seu coração e o ajude a reconhecer seus pecados e se arrepender deles.
  2. Orar pela salvação de outros: Assim como Jonas pregou a mensagem de Deus em Nínive, também devemos compartilhar o evangelho com aqueles ao nosso redor. Ore para que Deus abra as portas de oportunidade para compartilhar a mensagem de salvação com as pessoas que ainda não conhecem a Cristo.
  3. Orar pela misericórdia de Deus: Assim como Deus demonstrou misericórdia aos habitantes de Nínive, também podemos clamar por sua misericórdia em nossas próprias vidas e nas vidas daqueles que amamos. Ore para que Deus seja misericordioso conosco e com aqueles que precisam de seu amor e graça.

Jonas 1 Estudo: Obediência, desobediência e a soberania de Deus

Jonas 1 Estudo: Obediência, desobediência e a soberania de Deus

O livro de Jonas é um relato sobre um profeta judeu que foi enviado por Deus para pregar em Nínive, a grande cidade na Assíria. A mensagem que ele deveria pregar era de condenação, pois a maldade e a violência dos ninivitas haviam chegado ao conhecimento de Deus. Mas, em vez de obedecer, em Jonas 1 vemos que o Profeta fugiu na direção oposta por mar, embarcando em um navio com destino a Társis.

Uma grande tempestade surgiu e os marinheiros ficaram apavorados. Depois de jogar a carga ao mar, eles descobriram que Jonas era o culpado pelo infortúnio e o lançaram ao mar, onde foi engolido por um grande peixe.

O livro de Jonas é notável por vários motivos. Primeiro, é um dos poucos livros proféticos do Antigo Testamento que não contém profecias. Em vez disso, é um relato histórico e didático. Em segundo lugar, destaca-se pela grande ênfase na soberania de Deus, que controla todas as coisas, até mesmo os peixes e as tempestades.

Além disso, o livro mostra a natureza humana e a falibilidade dos profetas, mesmo aqueles escolhidos por Deus. Por fim, a história de Jonas é lembrada por muitos como um exemplo de arrependimento e perdão, já que mesmo após sua desobediência, ele se arrependeu e foi restaurado.

Esboço de Jonas 1

I. A Desobediência de Jonas (1:1-3)
A. A Comissão de Jonas (1:1-2)
B. A Fuga de Jonas (1:3)

II. As Consequências da Desobediência de Jonas (1:4-17)
A. A Tempestade (1:4-6)
B. A Descoberta do Culpado (1:7-10)
C. O Julgamento e a Confissão de Jonas (1:11-16)
D. O Milagre do Grande Peixe (1:17)

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I. A Desobediência de Jonas (1:1-3)

Jonas 1:1-3 apresenta a comissão dada por Deus ao profeta Jonas para pregar contra a grande cidade de Nínive, a capital do império assírio. O texto destaca que a mensagem de Jonas era uma mensagem de julgamento, que deveria ser pregada para convencer os ninivitas a se arrependerem de seus pecados.

No entanto, em vez de obedecer à voz de Deus, Jonas fugiu na direção oposta para Társis, uma cidade portuária no extremo oeste do Mediterrâneo. A razão para a fuga de Jonas não é dada explicitamente, mas o autor sugere que o profeta não queria pregar contra os assírios, pois desejava vê-los destruídos.

A desobediência de Jonas é uma questão central no livro, e o autor destaca a ironia da situação: um profeta que deveria pregar a Palavra de Deus aos outros, mas que ele próprio desobedeceu a voz de Deus. Além disso, a fuga de Jonas é também uma questão teológica, pois revela que Deus é soberano e pode alcançar o Seu propósito, mesmo quando Seus servos são desobedientes.

Por fim, é importante notar que a mensagem de Jonas não é apenas sobre a cidade de Nínive, mas é uma mensagem para toda a humanidade. O livro de Jonas revela a graça e a misericórdia de Deus, que oferece oportunidades de arrependimento e salvação a todos os que se voltam para Ele. O chamado de Jonas para pregar contra Nínive é um lembrete para todos nós de que devemos obedecer à voz de Deus, proclamar a Sua Palavra e buscar a salvação das pessoas em todos os lugares.

II. As Consequências da Desobediência de Jonas (1:4-17)

Jonas 1:4-17 narra a desobediência de Jonas e as consequências de sua escolha de fugir da vontade de Deus.

A estrutura deste trecho é um quiasmo, um recurso literário comum na Bíblia. A estrutura segue a seguinte ordem: a) o medo dos marinheiros (v.4-5a); b) a oração dos marinheiros aos seus deuses (v.5b); c) a descarga da carga do navio pelos marinheiros (v.5c); d) a fala do capitão a Jonas (v.6); e) a conversa dos marinheiros entre si (v.7a); f) a pergunta dos marinheiros a Jonas, “quem és tu?” (v.7b-8); g) a confissão de Jonas (v.9); f’) a pergunta dos marinheiros a Jonas, “o que fizeste?” (v.10a); e’) a pergunta dos marinheiros a Jonas, “o que faremos?” (v.10b-11); d’) a fala de Jonas aos marinheiros (v.12); c’) o remo dos marinheiros (v.13); b’) a oração dos marinheiros ao Senhor (v.14); a’) o temor dos marinheiros (v.15-16).

Deus, em Sua soberania, enviou um forte vento sobre o mar que causou uma grande tempestade. Os marinheiros, cada um clamando ao seu próprio deus, jogaram a carga ao mar para tentar salvar o navio e suas próprias vidas. Enquanto isso, Jonas dormia profundamente no porão do navio. Quando o capitão acordou Jonas e pediu que ele orasse ao seu Deus, Jonas admitiu que estava fugindo da presença do Senhor e da missão que Deus lhe havia dado de pregar em Nínive.

Os marinheiros ficaram aterrorizados ao ouvir isso e perguntaram a Jonas o que deveriam fazer para acalmar o mar. Jonas disse que eles deveriam jogá-lo no mar e o mar se acalmaria. No entanto, os marinheiros tentaram remar de volta para a costa, mas a tempestade só piorou. Finalmente, eles oraram ao Senhor e jogaram Jonas no mar, que de repente se acalmou.

O episódio da grande tempestade e a salvação miraculosa de Jonas da morte nas profundezas do mar prenunciam a salvação de Deus a toda a humanidade. Assim como Jonas foi salvo da morte, Deus providenciou a salvação através de Seu Filho Jesus Cristo para todos que creem Nele.

Além disso, o trecho também serve como um lembrete de que a desobediência a Deus tem consequências, mas Ele ainda é capaz de usar até mesmo nossas escolhas erradas para cumprir Seus planos soberanos.

A. A Tempestade (1:4-6)

Jonas 1:4-6 descreve a tempestade que Deus enviou ao mar durante a fuga de Jonas do chamado divino. Deus interveio para impedir a fuga de Jonas, e a tempestade foi tão violenta que os experientes marinheiros ficaram com medo de que o navio afundasse.

Em primeiro lugar, devemos notar que a tempestade foi enviada por Deus. Isso mostra que Deus está no controle de todas as coisas, mesmo quando seus servos desobedecem ou fogem de sua vontade. Ele pode usar a natureza como um instrumento de julgamento ou correção, e devemos sempre lembrar que ele tem o poder de intervir em nossas vidas de maneiras que podem parecer assustadoras.

Em segundo lugar, devemos notar que a tempestade foi tão forte que os marinheiros que estavam a bordo ficaram com medo de morrer. Eles tentaram de todas as maneiras possíveis salvar o navio, mas seus esforços foram em vão. Isso nos lembra que, quando enfrentamos problemas que parecem insuperáveis, devemos lembrar que Deus é o único que pode nos salvar. Devemos confiar nele e pedir sua ajuda em todas as circunstâncias.

Em terceiro lugar, devemos notar que Jonas estava dormindo enquanto a tempestade se intensificava. Isso mostra sua indiferença e falta de preocupação com a situação que estava colocando em risco a vida de outras pessoas. Devemos nos lembrar de que nossas ações podem ter um impacto significativo nas vidas das pessoas ao nosso redor. Não podemos ser indiferentes ao sofrimento dos outros e devemos estar sempre dispostos a ajudar e a fazer a diferença.

Em resumo, o capítulo 1 de Jonas nos ensina que Deus está no controle de todas as coisas, mesmo quando desobedecemos sua vontade. Devemos confiar nele em todas as circunstâncias, lembrando que ele é o único que pode nos salvar. Devemos estar atentos ao sofrimento dos outros e estar dispostos a ajudar sempre que possível.

B. A Descoberta do Culpado (1:7-10)

Jonas 1:7-10 relata como os marinheiros, ao perceberem a fúria da tempestade, começam a clamar a seus deuses por ajuda e decidem lançar sortes para determinar qual deles teria provocado a ira dos deuses e, consequentemente, a tempestade. A sorte cai sobre Jonas, que admite ser o culpado e explica que está fugindo da presença do Senhor.

Essa passagem revela algumas verdades importantes sobre a natureza humana. Primeiramente, vemos a tendência do homem de buscar ajuda em tempos de crise. Os marinheiros, que provavelmente não tinham o conhecimento ou poder para acalmar a tempestade, recorrem a seus deuses em busca de socorro. Da mesma forma, em nossos dias, as pessoas muitas vezes buscam soluções em suas próprias capacidades ou em fontes externas, ignorando a possibilidade de recorrer ao Deus Todo-Poderoso.

Em segundo lugar, vemos a tendência do homem de atribuir culpa a alguém ou a algo quando as coisas dão errado. Os marinheiros lançam sortes para determinar o culpado pela tempestade, ignorando a possibilidade de que poderia ser um evento natural ou uma coincidência. Esse comportamento revela uma falta de compreensão da soberania de Deus e de sua capacidade de governar sobre todas as coisas.

Finalmente, vemos a verdadeira natureza do pecado. Jonas admite ser o culpado, mas sua confissão revela sua desobediência e rebelião contra Deus. Ele tentou fugir da presença de Deus em vez de obedecer ao seu chamado. Esse é o mesmo pecado que muitas vezes cometemos quando tentamos seguir nossos próprios caminhos em vez de seguir a vontade de Deus para nossas vidas.

Em resumo, Jonas 1:7-10 nos ensina a importância de buscar ajuda em Deus em tempos de crise, a reconhecer a soberania de Deus sobre todas as coisas e a confessar nosso pecado diante dele.

C. O Julgamento e a Confissão de Jonas (1:11-16)

Jonas 1:11-16 apresenta a resposta dos marinheiros ao conhecimento da tempestade ser causada pela desobediência de Jonas ao chamado de Deus. Essa passagem é rica em ensinamentos sobre a justiça de Deus e a importância da confissão e arrependimento.

Os marinheiros questionam Jonas sobre o que eles deveriam fazer com ele para que a tempestade cessasse. Jonas responde que eles deveriam jogá-lo no mar e a tempestade pararia. Essa resposta revela a sua consciência culpada e o seu desejo de punição pelos seus pecados. A sua resposta também reflete a sua disposição de morrer em vez de cumprir a vontade de Deus.

No entanto, os marinheiros não estão dispostos a simplesmente jogar Jonas no mar e deixá-lo morrer. Eles tentam desesperadamente encontrar uma maneira de salvar a vida de Jonas e acabar com a tempestade. Eles remam com todas as suas forças para tentar alcançar a terra, mas a tempestade continua a aumentar.

Finalmente, os marinheiros reconhecem a futilidade de seus esforços e clamam ao Senhor para que não os culpem pela morte de Jonas. Eles reconhecem a justiça de Deus em punir Jonas e pedem que Deus os salve da destruição. Este momento de arrependimento e confissão é fundamental para a história, pois revela a compreensão dos marinheiros de que o Deus de Jonas é o único Deus verdadeiro e que Ele é poderoso e soberano sobre toda a criação.

A resposta de Deus é imediata. Assim que os marinheiros clamam a Ele, a tempestade cessa imediatamente. Esta é uma prova da misericórdia de Deus e da sua disposição em responder ao arrependimento e à confissão sincera. Deus também utiliza a experiência dos marinheiros para levar a mensagem de salvação a eles.

Em resumo, Jonas 1:11-16 destaca a justiça e a misericórdia de Deus, bem como a importância da confissão e do arrependimento. A resposta dos marinheiros à tempestade serve como um exemplo para nós hoje.

Quando enfrentamos as consequências de nossos próprios pecados, devemos reconhecer a justiça de Deus e clamar a Ele com um coração contrito e arrependido. Deus é misericordioso e está sempre disposto a responder ao clamor dos seus filhos.

D. O Milagre do Grande Peixe (1:17)

Jonas 1:17 conclui o primeiro capítulo do livro de Jonas com uma descrição da reação dos marinheiros quando a tempestade finalmente cessou: “O Senhor, porém, mandou ao mar um grande peixe para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe.”

Este versículo é o clímax do capítulo e deixa o leitor ansioso para descobrir o que acontecerá a seguir com Jonas. No entanto, também fornece uma importante mensagem teológica.

Primeiramente, o fato de Deus ter enviado um grande peixe para engolir Jonas mostra seu poder soberano sobre todas as coisas. Nenhum outro deus ou força natural poderia ter controlado um animal tão grande e feito com que ele cumprisse sua vontade. Deus é capaz de usar a natureza para realizar seus propósitos e, nesse caso, usou o peixe para salvar a vida de Jonas.

Além disso, o versículo destaca a punição de Deus pelo pecado de Jonas. Em vez de deixar Jonas afogar ou ser morto pelos marinheiros, Deus escolheu uma forma mais incomum e assustadora de punição. Jonas passou três dias e três noites dentro do peixe, em uma espécie de “sepultura viva”. Essa experiência foi dolorosa e humilhante para Jonas, mas também foi um tempo de reflexão e arrependimento.

Por fim, a referência a “três dias e três noites” é significativa, pois é a mesma quantidade de tempo que Jesus passou no túmulo após sua crucificação antes de sua ressurreição. Esse paralelo sugere que a história de Jonas pode ter um significado mais profundo e apontar para a morte e ressurreição de Cristo.

Em resumo, Jonas 1:17 nos lembra do poder soberano de Deus, sua disciplina amorosa e seu plano redentor para a humanidade. É uma mensagem de esperança para aqueles que enfrentam dificuldades e provações, lembrando que Deus está no controle e pode usar até mesmo as situações mais difíceis para cumprir sua vontade e propósito.

Reflexão de Jonas 1 para os nossos dias

Ao ler sobre a desobediência de Jonas e as consequências de suas ações, somos lembrados de nossa própria tendência de desobedecer a Deus e fugir de Suas vontades. Mas, acima de tudo, somos lembrados do amor e da graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos salvou mesmo quando éramos rebeldes contra Ele.

Assim como Jonas foi jogado no mar e engolido por um grande peixe, Cristo também foi entregue à morte por nossos pecados e sepultado no túmulo. Mas ao terceiro dia, Ele ressuscitou e nos deu vida eterna.

Ao contrário de Jonas, que fugiu de Deus, Cristo seguiu fielmente a vontade do Pai até a morte na cruz. E assim como os marinheiros temiam pela vida, temos medo de enfrentar as consequências de nossos pecados. Mas Cristo nos assegura que não precisamos temer, pois Ele já levou nossos pecados sobre Si mesmo e nos libertou do poder da morte.

Que possamos aprender com Jonas e confiar em Cristo em todas as situações de nossas vidas. Que possamos seguir fielmente a vontade do Pai, sabendo que Ele nos guiará para a vida eterna em Sua presença. Que possamos glorificar a Cristo em todas as coisas, pois Ele é nosso Salvador e Senhor.

Que o Espírito Santo nos conceda a graça de sermos obedientes a Deus e a fé para confiar em Cristo em todos os momentos de nossas vidas.

Motivos de oração em Jonas 1

  1. Oração pela obediência à vontade de Deus: Como podemos ver em Jonas 1, a desobediência de Jonas às ordens de Deus trouxe graves consequências. Devemos, portanto, orar por coragem e obediência para seguir a vontade de Deus em nossas próprias vidas, mesmo quando isso pode parecer difícil ou desafiador.
  2. Oração pelas consequências de nossas ações: As ações de Jonas tiveram um efeito negativo sobre os outros que estavam com ele no navio, colocando suas vidas em risco. Da mesma forma, nossas próprias ações podem ter consequências para aqueles ao nosso redor. Devemos orar para que nossas ações sejam guiadas pela sabedoria de Deus e não prejudiquem aqueles que estão próximos a nós.
  3. Oração pela salvação dos perdidos: O motivo pelo qual Deus enviou Jonas a Nínive foi para pregar o arrependimento e a salvação para as pessoas lá. Da mesma forma, devemos orar pela salvação daqueles que ainda não conhecem a Cristo, para que eles possam encontrar a paz e a redenção que só Ele pode oferecer.

Obadias 1 Estudo: O Zelo de Deus

Obadias1 - Bíblia de Estudo Onlline

Obadias 1 é um dos livros proféticos do Antigo Testamento da Bíblia e consiste em apenas um capítulo. O profeta Obadias recebeu uma visão do Senhor sobre a destruição de Edom, uma nação que se orgulhava de sua riqueza e localização geográfica quase impenetrável nas montanhas de Seir.

Edom era vizinha de Israel e tinha uma história de conflitos com o povo de Deus. Obadias previu que Edom seria humilhada e saqueada por outras nações, incluindo os romanos. Este julgamento seria uma demonstração da soberania de Deus, que muitas vezes usa nações para cumprir sua vontade na terra.

Além da destruição iminente de Edom, Obadias também denunciou os crimes que os edomitas cometeram contra Judá, incluindo a violência e a cobiça. No entanto, Obadias previu que, no final, Deus libertaria seu povo e destruiria seus inimigos, incluindo Edom.

O livro de Obadias é uma poderosa mensagem sobre a justiça de Deus e como ele cumpre suas promessas e protege seu povo.

Esboço de Obadias 1

I. Introdução (1:1)
A. Visão de Obadias (1:1)
B. Chamado à nação de Edom (1:2-4)

II. Juízo contra Edom (1:5-21)
A. Anúncio do juízo (1:5-9)
B. Motivos do juízo (1:10-14)
C. Dia da destruição de Edom (1:15-18)
D. Restauração de Israel (1:19-21)

Estudo de Obadias 1 em vídeo

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A. Visão de Obadias (1:1)

Obadias 1:1 é o versículo de abertura do livro de Obadias na Bíblia. Neste versículo, Obadias se apresenta como um profeta que recebeu uma mensagem de Deus. A mensagem era para uma nação chamada Edom, que é retratada como inimiga de Israel.

O versículo começa com a afirmação de que esta mensagem veio do próprio Deus: “Visão de Obadias. Assim diz o Senhor Deus a respeito de Edom”. Essa introdução enfatiza que a mensagem que segue não é apenas a opinião de Obadias, mas uma revelação divina. O fato de que Deus está falando a Obadias indica que ele é um profeta – alguém que recebe mensagens de Deus para compartilhar com outras pessoas.

A mensagem em si é dirigida a Edom, um país que ficava ao sul de Judá e era conhecido por ser um inimigo de longa data do povo de Israel. A mensagem é uma profecia de juízo contra Edom por causa de sua crueldade contra Israel e por se regozijar com sua queda. Obadias afirma que Deus ordenou que as nações se levantassem contra Edom e que seus aliados o traíssem. Edom será completamente destruída e deixada sem nada.

Este versículo tem uma mensagem importante para nós hoje. Ele nos lembra que Deus é um Deus justo que não permite a crueldade impune. Ele também nos ensina que não devemos nos alegrar com a queda de nossos inimigos. Em vez disso, devemos amar nossos inimigos e orar por aqueles que nos perseguem (Mateus 5:44).

Em resumo, Obadias 1:1 apresenta a mensagem de Deus para Edom, que é uma mensagem de juízo por sua crueldade e regozijo com a queda de Israel. Ele também nos ensina a importância de amar nossos inimigos e orar por aqueles que nos perseguem.

B. Chamado à nação de Edom (1:2-4)

Obadias 1:2-4 contém uma mensagem profética de julgamento contra Edom. Nesta passagem, o profeta Obadias declara a mensagem de Deus ao povo de Edom, anunciando a sua iminente destruição. John D. Hannah, em seu texto, fornece algumas informações históricas sobre Edom que podem ajudar a entender o contexto dessa mensagem.

De acordo com Hannah, Edom era um povo que vivia ao sul da Judéia e tinha uma longa história de hostilidade em relação a Israel. Edom era descendente de Esaú, irmão de Jacó, e os dois irmãos tiveram uma relação tensa desde o nascimento. A hostilidade entre os dois povos continuou por séculos, e os edomitas frequentemente atacavam e pilhavam a terra de Israel.

Obadias, portanto, proclama a mensagem de Deus contra Edom em resposta às suas más ações. Ele começa a mensagem com as palavras “Eis que te tornarás pequeno entre as nações; muito desprezado és.” (v. 2), indicando a humilhação que Edom experimentaria como resultado de suas ações. Obadias também descreve a imagem de Edom sendo saqueado e destruído por invasores estrangeiros, que levam seus tesouros e destroem suas fortalezas.

Hannah observa que essa mensagem de julgamento não foi apenas uma questão de vingança, mas também uma questão de justiça. Edom havia agido de forma violenta e opressora contra Israel e outros povos, e agora estava sendo responsabilizado por suas ações. Além disso, a mensagem de Obadias também inclui uma promessa de salvação para o povo de Israel, que havia sido oprimido pelos edomitas. Obadias declara que “na montanha de Sião haverá livramento, e ele será santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades” (v. 17), indicando que Deus traria libertação e restauração ao Seu povo.

Em resumo, Obadias 1:2-4 apresenta uma mensagem de julgamento contra Edom por suas ações opressoras e violentas. Embora essa mensagem possa parecer severa, é importante lembrar que Deus é justo e responsabiliza as nações por suas ações. Além disso, essa mensagem também inclui uma promessa de salvação e restauração para o povo de Israel.

II. Juízo contra Edom (1:5-21)

A. Anúncio do juízo (1:5-9)

No versículo 5 de Obadias 1, a profecia começa a se concentrar na cidade de Edom. A palavra “ladrões” é usada para descrever como Edom foi saqueada, e os invasores de Edom foram tão completos que não deixaram nada para trás. A palavra “noite” sugere que o ataque foi furtivo e não visto pelos habitantes de Edom.

No versículo 6, o profeta descreve como Edom foi traído por seus aliados. O povo de Edom confiou em seus aliados para ajudá-los em tempos de crise, mas esses aliados acabaram se voltando contra Edom. O verso continua a descrever como Edom foi enganado pelos seus amigos, e a palavra “segurança” é usada para indicar que Edom confiava na proteção de seus aliados.

O verso 7 continua a descrever a destruição de Edom, usando uma linguagem de metáfora. A imagem de “sua sabedoria” sendo engolida se refere à sua elite governante e àqueles que eram considerados sábios em Edom. A palavra “murmúrios” sugere que Edom não conseguia entender o que estava acontecendo e estava confuso com a rapidez da sua queda.

No versículo 8, o profeta se concentra na destruição do Templo em Jerusalém. Edom foi acusada de se alegrar com a queda do Templo e de zombar dos judeus que foram levados cativos. A palavra “estrangeiro” é usada para descrever os babilônios que invadiram Jerusalém e destruíram o Templo.

O verso 9 continua a descrever a atitude de Edom em relação à destruição do Templo. A palavra “cruzamento” sugere que Edom permitiu que as forças inimigas cruzassem suas fronteiras para invadir Jerusalém. O verso termina com a acusação de que Edom participou da destruição do Templo e foi recompensada por sua maldade.

Em resumo, os versículos de 5 a 9 de Obadias 1 descrevem a destruição de Edom e sua cumplicidade na destruição do Templo em Jerusalém. Edom confiou em seus aliados, mas eles a traíram, e Edom acabou sendo completamente destruída.

B. Motivos do juízo (1:10-14)

O texto de Obadias 1:10-14 continua com a descrição do juízo de Deus sobre Edom. Aqui, o profeta se concentra na punição que virá sobre Edom por causa de sua crueldade e traição contra Judá. Obadias começa a se referir diretamente a Edom como “meu irmão” (v. 10), sugerindo uma relação próxima entre Judá e Edom, que compartilham uma história e um parentesco comuns.

Obadias denuncia a Edom por sua falta de ação quando Judá foi atacada. Ele lembra que, em vez de ajudar Judá, Edom se juntou aos invasores e até mesmo se aproveitou da situação para saquear e destruir a terra de Judá. O versículo 11 se refere a Edom como “estranho” e “aliado”, destacando a traição de Edom contra seu irmão.

Obadias adverte que Edom não escapará impune, e que a sua maldade será revertida sobre eles mesmos. A punição de Edom será tão completa que não haverá nenhum remanescente de sua terra (v. 14). O profeta está falando da destruição total de Edom como nação.

O texto de Obadias 1:10-14 nos lembra que Deus é um Deus justo e retributivo, que não permitirá que o mal prevaleça. Mesmo que aqueles que se consideram nossos irmãos nos traíam e causem danos, podemos ter a certeza de que Deus julgará a injustiça e fará justiça aos seus escolhidos. Devemos aprender a confiar em Deus e a buscar a sua justiça, mesmo quando somos traídos por aqueles que são próximos de nós.

C. Dia da destruição de Edom (1:15-18)

Obadias 1:15-18 é a parte final do discurso de julgamento de Obadias contra Edom. Nesse trecho, o profeta apresenta a razão pela qual Edom sofreria a ira de Deus.

Em primeiro lugar, Obadias afirma que Edom foi tratado com injustiça e que será retribuído de acordo com suas próprias ações (versículo 15). Esse tema de retribuição justa é comum na literatura profética e indica que Deus é um juiz justo que pune o mal e recompensa o bem.

Em segundo lugar, Obadias fala sobre o “dia do Senhor”, um tema importante na literatura profética, que se refere a um tempo de julgamento em que Deus intervém na história para punir o mal e restaurar a justiça. Obadias afirma que esse dia virá para Edom e que ela experimentará a mesma destruição que infligiu a Judá (versículos 15-16).

Em seguida, o profeta fala sobre a maneira como Edom contribuiu para a queda de Judá. Ele acusa Edom de ter se juntado aos inimigos de Judá para saquear a cidade santa de Jerusalém e de ter se alegrado com a desgraça de seu irmão (versículos 11-14). A resposta de Deus a esse comportamento é a destruição de Edom, que será deixada sozinha e desolada (versículos 17-18).

Esse trecho de Obadias apresenta um tema importante na literatura profética: a retribuição justa de Deus. Mostra também como a maldade de uma nação pode ser punida com a mesma maldade que ela infligiu aos outros. Além disso, destaca a importância de se relacionar com justiça e compaixão com os outros, especialmente com aqueles que são considerados irmãos na fé.

D. Restauração de Israel (1:19-21)

Obadias 1:19-21 é um trecho final de julgamento contra Edom, o inimigo de Judá. Esse trecho enfatiza a ideia de que Deus vai restabelecer a soberania de Israel e que Edom será destruído.

O versículo 19 começa com a afirmação de que aqueles que são da casa de Jacó serão fogo e aqueles que são da casa de José serão chama. Esta é uma metáfora para a restauração da soberania de Israel, que será tão ardente e poderosa que nada poderá detê-la. A casa de Jacó e a casa de José representam a nação de Israel como um todo, e esta imagem sugere que Deus está preparando o povo para uma missão ardente e uma grande conquista.

O versículo 20 continua com a declaração de que a nação de Israel recuperará o território ocupado pelos edomitas. A frase “os do sul possuirão a montanha de Esaú” é uma referência direta à Edom, que ficava ao sul de Judá. Deus está prometendo a Israel que eles serão capazes de tomar posse da terra que pertenceu a Edom, uma vez que os edomitas se tornaram arrogantes e foram julgados pelo Senhor.

O versículo 21 conclui o livro com a declaração de que os libertadores subirão ao monte Sião para governar a terra. Esta é uma referência ao papel que Deus dará a Israel, como restaurador da justiça e governante da terra. Mais uma vez, a metáfora do fogo é usada aqui para transmitir a ideia de que o poder de Deus será irresistível e triunfará sobre todos os seus inimigos.

Em resumo, Obadias 1:19-21 enfatiza a ideia de que Deus restaurará a soberania de Israel e destruirá seus inimigos, especialmente Edom. Este trecho é uma poderosa mensagem de encorajamento para o povo de Deus e um lembrete de que o Senhor é justo e soberano. A imagem do fogo também sugere que Deus está preparando o povo para uma missão ardente e uma grande conquista.

Reflexão de Obadias 1 para os nossos dias

Ao estudarmos o livro de Obadias, é notável a sua mensagem sobre a justiça de Deus diante da soberba e da opressão dos povos. Obadias 1:4 afirma que o orgulho de Edom os levaria à ruína, e essa mensagem é atemporal, pois o orgulho é um pecado que ainda permeia a humanidade.

No entanto, gostaria de enfatizar uma reflexão cristocêntrica a partir do livro de Obadias para os nossos dias. É importante lembrarmos que Obadias é uma das muitas profecias do Antigo Testamento que apontam para a vinda do Messias, que é Cristo.

Jesus Cristo é a encarnação da justiça divina. Ele veio ao mundo para salvar os pecadores e para estabelecer o Reino de Deus. Em sua vida, ministério e morte na cruz, Ele demonstrou que a humildade, a mansidão e a justiça são os caminhos para a verdadeira grandeza e para a reconciliação com Deus.

Em Mateus 5:5, Jesus declarou: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra”. Essa é uma declaração que ressoa com a mensagem de Obadias sobre a queda dos orgulhosos e a exaltação dos humildes. Jesus não veio para estabelecer um Reino terreno baseado na força ou na opressão, mas para estabelecer um Reino eterno baseado no amor, na justiça e na misericórdia.

Como cristãos, devemos seguir o exemplo de Cristo e buscar a humildade em nossas vidas. Devemos reconhecer que a justiça divina é perfeita e que nossa única esperança de salvação é através da fé em Cristo. Devemos também nos lembrar que, assim como Edom foi julgado por sua soberba, todos os que se opõem a Deus e ao Seu Reino serão julgados no final dos tempos.

Portanto, que possamos viver humildemente diante de Deus e dos homens, seguindo o exemplo de Cristo, e confiando na Sua justiça perfeita. Que possamos orar e trabalhar pelo avanço do Reino de Deus, levando a mensagem de salvação a todos os povos e nações.

Que Deus nos abençoe e nos ajude a viver de acordo com a Sua vontade.

Motivos de oração em Obadias 1

  1. Arrependimento: O livro de Obadias mostra que Edom foi condenada por causa de sua soberba e pela violência contra o povo de Judá. Essa condenação nos lembra da necessidade do arrependimento. Devemos orar para que Deus nos revele nossos pecados e nos ajude a nos arrependermos verdadeiramente diante dele.
  2. Justiça: Obadias também mostra que Deus é um Deus justo e que punirá aqueles que praticam a injustiça. Devemos orar para que Deus intervenha em situações de injustiça em nosso mundo e que ele levante líderes justos que trabalhem para promover a justiça.
  3. Restauração: Apesar da condenação de Edom, o livro de Obadias também fala da restauração de Judá. Deus prometeu que restauraria o seu povo e que eles novamente possuiriam a sua terra. Devemos orar para que Deus restaure as áreas de nossa vida que foram danificadas e para que ele restaure as áreas do mundo que foram afetadas pela destruição e pela injustiça.

Joel 3 Estudo: Profecias de Justiça e Esperança para os Dias de Hoje

Joel - Bíblia de Estudo Online

O capítulo 3 do livro de Joel apresenta uma mensagem de julgamento contra as nações. Os versículos 1 a 8 contêm elementos acusatórios e anúncios de julgamento contra essas nações.

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O texto destaca que, em um futuro dia do Senhor, haverá uma distinção cuidadosa entre Judá e seus inimigos. O Senhor restaurará a sorte de Judá e Jerusalém, cumprindo a promessa de Moisés em Deuteronômio 30:3. Ao mesmo tempo, Deus reunirá as nações para o julgamento.

O local do julgamento será o Vale de Josafá, mencionado apenas em Joel 3:2 e 3:12. Embora não seja certo se esse nome se refere a um local geográfico conhecido na antiga Israel, sua importância está no seu significado: “o Senhor julga”.

O motivo do julgamento divino é o tratamento das nações para com o povo da aliança do Senhor. Elas dispersaram o povo do Senhor, venderam-nos como escravos para terras distantes e dividiram a terra do Senhor.

Mesmo que o próprio Senhor tenha designado a terra aos inimigos de Israel, Ele ainda considera essas nações culpadas por não reconhecerem Sua soberania e por tratarem cruelmente o Seu povo.

Os versículos 4 a 8 são uma mensagem direta às cidades de Tiro e Sidom, representando os fenícios e filisteus, respectivamente. Esses grupos se beneficiaram economicamente com a queda de Judá.

Deus anuncia que irá retribuir por suas ofensas, especificamente roubo e comércio de escravos. Embora essas ações possam se referir à riqueza de Israel em geral, não apenas ao templo, o texto destaca a culpa dessas nações pelo seu tratamento injusto e opressivo do povo de Deus.

Em seguida, o texto descreve a convocação para a guerra, a afirmação do Senhor e a descrição do local da batalha. As nações são convocadas para reunir suas forças e se preparar para a batalha. O Senhor ordena que Suas forças destruam Seus inimigos no Vale de Josafá. Esses versículos descrevem a forma como o julgamento divino será executado.

Finalmente, o capítulo conclui com a restauração final de Israel. Depois da demonstração do poder divino, Israel reconhecerá que o Senhor habita verdadeiramente no meio deles. Jerusalém será santificada e nunca mais será invadida por estrangeiros.

A terra será um paraíso, com colheitas abundantes e água em profusão. Enquanto isso, as terras dos inimigos de Israel serão desoladas devido à violência e ao derramamento de sangue. O livro termina com a garantia da presença do Senhor em Sião, assegurando um futuro glorioso para a nação.

Essa visão de julgamento, restauração e bênção final tem implicações tanto históricas quanto escatológicas.

Esboço de Joel 3

I. Julgamento das nações (Jl 3:1-8)
A. Acusação contra as nações (Jl 3:2b-3, 5-6)
B. Restauração de Judá e Jerusalém (Jl 3:1-2a, 4, 7-8)
C. O Vale de Josafá como local de julgamento (Jl 3:2, 12)

II. Chamado para a guerra: descrição do julgamento (Jl 3:9-16)
A. Chamado às nações para se prepararem para a batalha (Jl 3:9-11)
B. Ordem do Senhor para entrar no Vale de Josafá (Jl 3:12-13)
C. Descrição do julgamento divino (Jl 3:14-16)

III. Restauração final de Israel (Jl 3:17-21)
A. Reconhecimento da presença de Deus em Jerusalém (Jl 3:17)
B. Abundância e prosperidade em Judá (Jl 3:18a, 18b)
C. Juízo sobre os inimigos de Judá (Jl 3:19-20)
D. Segurança e habitação eterna em Judá e Jerusalém (Jl 3:21)

Estudo de Joel 2 em vídeo

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I. Julgamento das nações (Jl 3:1-8)

Joel 3:1-8 é um trecho do livro do profeta Joel que apresenta uma mensagem de julgamento contra as nações. De acordo com o texto de Robert B. Chisholm, Jr., esses versículos contêm elementos acusatórios e anúncios de julgamento.

No futuro dia do Senhor, Judá e seus inimigos serão cuidadosamente distinguidos. O Senhor promete restaurar a sorte de Judá e Jerusalém, cumprindo a promessa feita por Moisés em Deuteronômio 30:3. Ao mesmo tempo, Deus reunirá as nações para o julgamento.

O local do julgamento é mencionado como o Vale de Josafá, cuja existência geográfica na antiga Israel não é certa. No entanto, o significado do nome é crucial, pois indica “o Senhor julga”. O motivo do julgamento divino é o tratamento das nações para com o povo da aliança do Senhor. Elas dispersaram o povo de Deus, venderam-nos como escravos para terras distantes e dividiram a terra que pertence ao Senhor.

Embora seja importante reconhecer que o próprio Senhor permitiu que essas nações ocupassem a terra de Israel, Ele as considera culpadas por não reconhecerem Sua soberania e por tratarem cruelmente Seu povo. Esses versículos também se dirigem especificamente às cidades de Tiro e Sidom, representando os fenícios e filisteus, respectivamente, que se beneficiaram economicamente com a queda de Judá.

Deus anuncia que irá retribuir por suas ofensas, condenando suas ações de roubo e comércio de escravos. Embora alguns estudiosos sugiram que o roubo mencionado possa se referir à riqueza de Israel em geral, não apenas ao templo, o texto enfatiza a culpa dessas nações pelo tratamento injusto e opressivo do povo de Deus.

Essa passagem de Joel 3:1-8 nos mostra a justiça divina e a responsabilidade das nações em relação ao povo da aliança de Deus. Ela nos lembra que o Senhor é o juiz supremo e que Ele não tolera a opressão e a injustiça contra o Seu povo. Além disso, ela aponta para a esperança de um futuro em que todas as nações serão julgadas e o povo de Deus será restaurado e abençoado em plenitude.

II. Chamado para a guerra: descrição do julgamento (Jl 3:9-16)

Joel 3:9-16 é um trecho do livro do profeta Joel que descreve o julgamento das nações. Com base no texto de Robert B. Chisholm, Jr., podemos entender melhor essa passagem.

No verso 9, mensageiros não identificados são instruídos a convocar as nações para a guerra. Essas nações são chamadas a transformar suas ferramentas agrícolas em armas e se reunir para o combate. O Senhor é instigado a reunir Suas forças guerreiras.

A partir do verso 12, o próprio Senhor repete o chamado das passagens anteriores, instruindo as nações a entrarem no Vale de Josafá. O texto utiliza imagens agrícolas para descrever o julgamento divino. O primeiro comando, “Lancem a foice, pois a colheita está madura”, compara o julgamento à colheita do trigo. O segundo comando, “Venham, pisem as uvas”, compara a aniquilação dos inimigos ao ato de pisar as uvas em um lagar. A razão subjacente para a destruição das nações é a sua grande maldade.

Esses versículos (Joel 3:12-13) indicam claramente que o julgamento mencionado nesse capítulo tomará a forma de uma guerra divina contra os inimigos de Israel. Portanto, esse evento deve ser equiparado ao Armagedom, em vez do julgamento das nações profetizado em Mateus 25:31-46.

No verso 14, uma multidão inumerável se reunirá no vale da decisão (também chamado de Vale de Josafá). É nesse local que o veredicto do juiz divino será executado sobre as nações. O escurecimento dos corpos celestes serve como um sinal sombrio da chegada iminente do dia do Senhor. O Senhor surgirá do Seu santuário em Jerusalém com esplendor teofânico. Seu clamor de batalha retumbante resultará em desordem cósmica. Ele demonstrará ser o Refúgio e a Fortaleza de Israel.

Essa passagem de Joel 3:9-16 retrata um quadro de julgamento divino sobre as nações. Ela mostra que Deus é o juiz soberano que convoca as nações para o julgamento. Nesse dia, as forças do mal serão destruídas e o Senhor provará ser o refúgio e a fortaleza do Seu povo. Esses versículos nos lembram da soberania de Deus sobre todas as nações e da certeza de que Ele trará justiça e restauração ao Seu povo.

III. Restauração final de Israel (Jl 3:17-21)

Joel 3:17-21 é o desfecho do livro do profeta Joel e retrata a restauração final de Israel. Com base no texto de Robert B. Chisholm, Jr., podemos compreender melhor essa passagem.

No verso 17, após uma poderosa demonstração do poder divino, Israel reconhecerá que o Senhor habita verdadeiramente no meio deles. Jerusalém, o local do santo santuário do Senhor, será considerada santa e não será mais profanada por invasores estrangeiros. Isso traz uma promessa de segurança e santidade duradouras para o povo de Deus.

No verso 18a, é descrito que, naquele tempo, a terra será um paraíso. As bênçãos agrícolas serão abundantes, com colheitas tão férteis que o vinho parecerá escorrer dos montes. O leite também será abundante, representando prosperidade. Os riachos sazonais não secarão mais. Essa abundância de vinho, leite e água representa uma reversão completa dos efeitos da praga de gafanhotos descrita anteriormente no livro.

No verso 18b, é mencionado que uma fonte fluirá da casa do Senhor, do templo em Jerusalém. Essa imagem também é encontrada em outros textos proféticos, como em Ezequiel 47:1-12 e Zacarias 14:8. Essa fonte e o rio que dela brota são símbolos tangíveis de que o Senhor é a Fonte da fertilidade da terra. O vale das acácias, provavelmente localizado na parte do vale do Cedrom que se estende até o Mar Morto, é mencionado como o local dessa fonte.

A partir do verso 19, o foco muda para as terras dos inimigos de Israel, representadas pelo Egito e Edom. Essas terras serão desoladas e se tornarão desertos estéreis.

A razão para esse julgamento severo é a violência e o derramamento de sangue cometidos contra o povo de Judá. Tanto o Egito quanto Edom são mencionados em outras passagens proféticas como inimigos de Israel e responsáveis por atos violentos contra o povo de Deus.

A passagem conclui afirmando que a segurança e a prosperidade retratadas nos versículos anteriores não serão mais interrompidas. Judá e Jerusalém serão habitadas para sempre, conforme outras passagens proféticas também afirmam. Isso traz uma esperança de um futuro glorioso e uma promessa de que o povo de Deus viverá em paz e prosperidade eternas.

Essa passagem de Joel 3:17-21 nos apresenta a visão final de restauração e bênção para o povo de Deus. Ela nos mostra que o Senhor é o verdadeiro protetor e provedor do Seu povo. A presença do Senhor em Sião é a garantia da glória futura da nação.

Esses versículos encerram o livro de Joel com uma mensagem de esperança, lembrando-nos de que, apesar das dificuldades e julgamentos, a fidelidade de Deus trará a restauração e a alegria final para o Seu povo.

Reflexão de Joel 3 para os nossos dias

Assim como o povo de Israel enfrentou o julgamento divino devido ao seu pecado e infidelidade, também vivemos em um tempo em que o pecado e a injustiça parecem prevalecer em nossa sociedade.

Podemos observar a disseminação da violência, da corrupção e da imoralidade, o desrespeito pelos princípios bíblicos e uma crescente rejeição ao Deus vivo. Em meio a essa escuridão, a mensagem de Joel nos traz luz e esperança.

Primeiramente, somos lembrados de que Deus é um Deus justo, que não tolera o mal indefinidamente. Assim como Ele convocou as nações para o julgamento em tempos passados, também podemos ter certeza de que Ele intervirá e trará justiça completa no devido tempo.

Devemos ter confiança de que, mesmo quando as circunstâncias parecem desfavoráveis, Deus está no controle e Sua justiça prevalecerá.

Além disso, a mensagem de Joel nos lembra da importância de buscar arrependimento e voltar para Deus. Assim como Judá e Jerusalém foram chamados à restauração, também somos chamados a nos arrepender de nossos caminhos pecaminosos e a buscar a face do Senhor.

Não importa quão distantes possamos ter nos afastado, a misericórdia e o perdão de Deus estão sempre disponíveis para aqueles que se voltam para Ele de todo o coração.

Por fim, assim como Joel descreve a restauração e a bênção final de Israel, também podemos ter esperança em nossa própria restauração através de Jesus Cristo. Ele é a nossa esperança e redentor, aquele que traz a transformação e a renovação completa em nossas vidas.

Quando colocamos nossa fé e confiança Nele, somos transformados e recebemos a promessa de uma vida eterna em Sua presença.

Portanto, queridos irmãos e irmãs, enquanto vivemos em um mundo cheio de desafios e tribulações, não devemos perder a esperança.

Assim como Joel pregou a mensagem do julgamento e da restauração, temos a responsabilidade de compartilhar o evangelho de salvação e esperança em Cristo com aqueles ao nosso redor.

Que possamos ser testemunhas ousadas do amor de Deus, levando outros a experimentar Sua graça transformadora.

Que o livro de Joel nos lembre de que Deus é soberano, justo e misericordioso. Que possamos responder a Ele com arrependimento sincero e uma entrega total de nossas vidas. E que, em meio aos desafios do presente, possamos encontrar esperança e segurança na promessa da restauração final em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Motivos de oração em Joel 3

  1. Arrependimento e Restauração: Ore para que você e aqueles ao seu redor reconheçam a importância do arrependimento diante de Deus. Peça ao Senhor para trazer um avivamento espiritual, onde corações se voltem para Ele em arrependimento genuíno. Ore pela restauração espiritual individual e coletiva, para que haja renovação e fortalecimento da fé.
  2. Justiça e Paz: Ore pelos problemas de injustiça e violência em nossa sociedade. Peça a Deus que intervenha e traga justiça para aqueles que são oprimidos e afetados pelo pecado e pela maldade humana. Ore por líderes governamentais e autoridades, para que sejam guiados pelo Senhor na busca por justiça e pela promoção da paz.
  3. Testemunho e Evangelização: Ore por oportunidades e coragem para compartilhar o evangelho com os outros. Peça ao Senhor que levante discípulos fiéis que estejam dispostos a proclamar a mensagem de salvação em Cristo Jesus. Ore para que as vidas sejam transformadas pelo poder do evangelho, assim como aconteceu em tempos passados. Que o testemunho cristão seja uma luz brilhante em meio à escuridão, levando outros a conhecerem a verdade e experimentarem a graça de Deus.

Joel 2 Estudo: Oração, Arrependimento e a Manifestação do Reino de Deus

Joel - Bíblia de Estudo Online

O capítulo 2 do livro de Joel aborda a temática do “dia do Senhor”, fornecendo detalhes sobre a aproximação desse evento. Joel retrata o Senhor como um poderoso Rei-Guerreiro liderando seu exército em uma batalha.

Se considerarmos uma data pré-exílica, os assírios ou os babilônios podem ser mencionados, pois ambos são retratados no Antigo Testamento como instrumentos de julgamento do Senhor.

Outros estudiosos bíblicos que defendem uma data pré-exílica afirmam que o exército em Joel 2:1-11 é escatológico, possivelmente equivalente ao exército mencionado no versículo 20, 3:9, 12, Daniel 11:40 e Zacarias 14:2.

Se adotarmos uma data pós-exílica, é incerto a qual nação essa seção alude. O exército assumiria um caráter mais indefinido e apocalíptico, representando possivelmente os inimigos de Israel em geral.

A seção é estruturada em quatro unidades distintas (vv. 1-2, 3-5, 6-9, 10-11), sendo que as últimas três são introduzidas por expressões como “diante deles” (vv. 3, 10) ou “ao verem eles” (v. 6).

Os versículos 1-2 correspondem tematicamente aos versículos 10-11, formando uma moldura em torno da seção. Essas duas unidades destacam a resposta temerosa causada pela aproximação do exército (vv. 1b, 10a), a escuridão que o acompanha (vv. 2a, 10b) e seu tamanho extraordinário (vv. 2b, 11a).

Dois desses motivos aparecem no centro da seção, em ordem inversa. O versículo 5c refere-se ao grande tamanho do exército e o versículo 6 à resposta de medo das pessoas de muitas nações.

Os versículos 3-5a apresentam dois motivos: o exército é comparado a um fogo destrutivo (v. 3) e avança implacavelmente (vv. 4-5a). Ambas as ideias são repetidas nos versículos 5b e 7-9, respectivamente.

No capítulo 2:1-2, Joel começa convocando o povo para se alarmar diante da proximidade do invasor. O som da trombeta (šôp̱ār), um chifre de carneiro, era tocado pelo vigia para alertar o povo sobre um grande perigo. A resposta apropriada era o medo, especialmente nesse caso, pois o dia do Senhor estava chegando. A “montanha santa” refere-se ao monte do templo.

O dia do Senhor é descrito como um dia de escuridão, trevas, nuvens e escuridão densa. A referência à escuridão intensa após a praga de gafanhotos em Joel 1 lembra o Êxodo 10, onde a mesma sequência de eventos ocorre.

Esboço de Joel 2

I. O Exército do Senhor se Aproxima (2:1-11)
A. Aproximação do dia do Senhor (2:1-2)
1. Chamado de alarme (2:1)
2. O dia do Senhor descrito como dia de trevas e nuvens (2:2a)
3. A invasão inumerável (2:2b)
B. O poder destrutivo do exército do Senhor (2:3-5)
1. Comparação com fogo destruidor (2:3)
2. Avanço implacável (2:4-5)
C. O avanço incansável do exército do Senhor (2:6-9)
1. Medo generalizado (2:6)
2. Avanço ordenado (2:7-8)
3. Invasão de cidades e lares (2:9)
D. A invencibilidade do exército do Senhor (2:10-11)
1. Distúrbios cósmicos (2:10)
2. Grito de batalha do comandante divino (2:11)

II. Chamado à Repentância Renovado (2:12-17)
A. Um apelo a uma mudança sincera de coração (2:12-14)
1. O apelo (2:12-13a)
2. A motivação (2:13b-14)
B. Um apelo ao envolvimento nacional (2:15-17)
1. Convocação para uma cerimônia de lamento e oração (2:15)
2. Reunião de todas as pessoas, desde os mais velhos até os mais jovens (2:16)
3. Lamentação e oração lideradas pelos sacerdotes (2:17)

III. Perdão e Restauração (2:18-27)
A. A resposta graciosa do Senhor descrita (2:18)
B. Promessa de bênção agrícola restaurada (2:19-27)
1. Restauração dos produtos agrícolas (2:19-20a)
2. Ações do Senhor em favor do seu povo (2:20b-21b)
3. Reversão dos efeitos da praga dos gafanhotos (2:21c-24)
4. A promessa de restauração completa (2:25-27)

IV. Renovação espiritual e libertação (2:28-32)
1. Derramamento do Espírito do Senhor (2:28-29)
2. Sinais dos tempos (2:30-31)
3. Salvação para aqueles que invocarem o nome do Senhor (2:32)

Estudo de Joel 2 em vídeo

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I. O Exército do Senhor se Aproxima (2:1-11)

Joel 2:1-11 retrata um cenário apocalíptico no qual o profeta convoca o povo de Israel para se preparar diante da iminente chegada do “dia do Senhor”. O capítulo começa com um chamado de alarme, ressoando como uma trombeta no meio do povo. O dia do Senhor é descrito como um dia de trevas e nuvens, um evento terrível e assustador que exige a atenção de todos.

O profeta descreve um exército invasor, inumerável em número e devastador em sua marcha. Essa descrição pintada por Joel é uma metáfora poderosa para transmitir a magnitude e o impacto da destruição que está por vir. O exército é comparado a um fogo destruidor, avançando impiedosamente sobre a terra.

A marcha do exército é implacável, avançando sem desviar-se de seu caminho. Nada parece ser capaz de detê-lo. Cidades são invadidas, casas são saqueadas e destruídas. O terror se espalha entre a população, gerando medo generalizado e desespero.

O profeta descreve ainda distúrbios cósmicos, como o escurecimento do sol e da lua, elementos que ressaltam a magnitude e o impacto dessa invasão. O grito de batalha do comandante divino é ouvido, indicando a autoridade e o poder que ele exerce sobre o exército.

Esse texto impactante de Joel 2:1-11 serve como um chamado à atenção e ao arrependimento do povo. Diante da iminência desse dia do Senhor, o profeta insta o povo a se voltar para Deus, a buscar uma mudança sincera de coração. É um apelo à humildade, ao reconhecimento da própria fragilidade diante do juízo divino.

Essa passagem de Joel nos lembra da importância de estarmos vigilantes e preparados espiritualmente para enfrentar os desafios e crises que podem surgir em nossa vida. Ela nos lembra também da necessidade de nos arrependermos de nossos pecados, buscando uma verdadeira transformação e uma reconciliação com Deus.

Portanto, Joel 2:1-11 é um lembrete poderoso da soberania de Deus, de sua justiça e de sua capacidade de intervir na história humana. Ao mesmo tempo em que nos confronta com a realidade do juízo divino, também nos aponta para a possibilidade de arrependimento e restauração, nos convidando a buscar a misericórdia e o perdão do Senhor.

II. Chamado à Repentância Renovado (2:12-17)

Joel 2:12-17 nos traz uma mensagem de esperança e de convocação ao arrependimento. Nessa passagem, o profeta Joel insta o povo de Israel a voltar-se sinceramente para Deus, a fim de encontrar misericórdia e perdão diante dos desafios que enfrentam.

O texto começa com um chamado à atenção e ao arrependimento, com o profeta conclamando o povo a retornar ao Senhor com todo o coração, em jejum, pranto e lamento. Joel destaca a importância de um arrependimento genuíno, que envolva não apenas ações externas, mas também uma mudança interior profunda.

O profeta ressalta que o verdadeiro arrependimento não é um mero ritual religioso, mas uma entrega total e sincera ao Senhor. Ele exorta o povo a rasgar o coração, em vez de apenas as vestes, demonstrando que a mudança deve vir do âmago de cada indivíduo. O chamado é para uma transformação interior que se manifeste em atitudes e comportamentos renovados.

Joel encoraja o povo a buscar a misericórdia de Deus, confiando em Sua compaixão e amor. Ele ressalta que Deus é gracioso e compassivo, lento para se irar e abundante em misericórdia. O profeta aponta para a possibilidade de restauração e perdão, afirmando que Deus pode voltar-se e ter compaixão do Seu povo, aliviando sua aflição.

Nessa passagem, Joel também convoca o povo a se reunir em assembleia sagrada, a fim de buscar a face do Senhor. Ele enfatiza a importância da união do povo de Deus em busca da reconciliação e da restauração. O profeta destaca que essa reunião deve ser permeada por uma reverência profunda, com jejum e oração.

Essa passagem de Joel nos lembra da disponibilidade de Deus para perdoar e restaurar aqueles que se voltam para Ele com sinceridade e arrependimento. Ela nos encoraja a buscar a face de Deus em momentos de aflição e desafio, confiando em Sua compaixão e amor. Joel nos convida a nos unir como comunidade de fé, em busca da restauração e da renovação do nosso relacionamento com Deus.

Portanto, Joel 2:12-17 nos apresenta um convite para o arrependimento sincero e uma demonstração do caráter gracioso e compassivo de Deus. Essa passagem nos encoraja a buscar uma transformação interior e a nos unir em busca da presença e da restauração divinas. É um lembrete de que, mesmo diante das adversidades, podemos encontrar esperança e perdão ao nos voltarmos para o Senhor.

III. Perdão e Restauração (2:18-27)

Joel 2:18-27 nos revela a resposta graciosa de Deus diante do arrependimento e da busca do Seu povo por restauração. Nessa passagem, o profeta Joel descreve a intervenção divina que trará bênçãos e restauração à nação de Israel.

O texto começa com uma mudança na linguagem e no tom. Depois de convocar o povo ao arrependimento, Joel anuncia uma virada na situação. Deus responde à sinceridade do arrependimento do Seu povo e manifesta Sua compaixão e misericórdia. Ele se volta para o Seu povo, movido por Sua fidelidade e amor, e promete reverter a situação de desolação e aflição.

Joel descreve as bênçãos que Deus trará à terra. Ele menciona a abundância de cereais, vinho e azeite, símbolos de fartura e prosperidade. A terra que antes estava devastada será renovada, e o povo de Israel desfrutará dos frutos da restauração divina.

O profeta também enfatiza a remoção do juízo e a proteção divina sobre o povo. Joel menciona a expulsão do exército invasor do norte, referindo-se àqueles que haviam trazido destruição e sofrimento. Deus promete vingar o Seu povo, restaurar a honra de Israel e impedir que eles sejam motivo de zombaria entre as nações.

Além disso, Joel destaca a presença contínua de Deus no meio do Seu povo. Ele anuncia que o Senhor habitará em Sião, em Jerusalém, e que Sua presença será uma garantia de bênção e proteção. Deus promete que o Seu povo não será envergonhado, mas experimentará a Sua bondade e generosidade.

Essa passagem de Joel nos ensina sobre a fidelidade e a bondade de Deus para com aqueles que se voltam para Ele em arrependimento. Ela nos lembra que Deus é capaz de transformar uma situação de desolação em bênçãos abundantes. Ela nos encoraja a confiar na provisão divina e a buscar a presença contínua do Senhor em nossas vidas.

Portanto, Joel 2:18-27 nos apresenta a resposta graciosa de Deus ao arrependimento do Seu povo. Essa passagem nos inspira a buscar a restauração divina, confiando na fidelidade de Deus para transformar nossas vidas e nos abençoar abundantemente. Ela nos lembra que, mesmo em meio à adversidade, podemos encontrar esperança e renovação ao confiar em Deus e buscar Sua face.

IV. Renovação espiritual e libertação (2:28-32)

Joel 2:28-32 é uma passagem profética que anuncia a promessa do derramamento do Espírito Santo e o dia glorioso do Senhor. Nessa porção do livro de Joel, o profeta revela uma visão do futuro em que Deus manifestará Sua presença de maneira extraordinária e trará salvação ao Seu povo.

No texto, Joel menciona que, nos últimos dias, Deus derramará do Seu Espírito sobre toda a carne. Isso significa que o Espírito Santo será derramado não apenas sobre uma elite espiritual, mas sobre todas as pessoas, independentemente de sua posição social, gênero ou idade. Essa promessa é inclusiva e abrangente, indicando a disponibilidade do Espírito para todos que o buscarem.

O profeta descreve os efeitos desse derramamento do Espírito Santo. Ele menciona que haverá profecias, sonhos e visões. Deus se comunicará diretamente com Seu povo, revelando Sua vontade e Seus propósitos. Essas manifestações espirituais serão um sinal do poder e da presença de Deus entre o Seu povo.

Além disso, Joel profetiza eventos cósmicos que acompanharão esse período. Haverá sinais no céu e na terra, como sangue, fogo e colunas de fumaça. Essas imagens simbólicas representam mudanças significativas na ordem natural das coisas, indicando a grandiosidade e a importância desse momento profético.

O profeta também fala sobre a salvação que ocorrerá durante esses dias. Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Deus demonstrará Sua bondade e misericórdia ao estender a salvação a todos que clamarem por Ele. Essa promessa é uma expressão da graça divina, que oferece a oportunidade de reconciliação e redenção para todos que se voltarem para Deus.

Essa passagem de Joel nos mostra a promessa do derramamento do Espírito Santo e a disponibilidade da salvação para todos. Ela nos ensina que Deus deseja se relacionar de forma íntima com Seu povo e revelar-Se a eles através do Seu Espírito. Ela nos encoraja a buscar a presença do Espírito Santo em nossas vidas e a confiar na promessa de salvação oferecida por Deus.

Portanto, Joel 2:28-32 é uma visão profética que nos revela a promessa do derramamento do Espírito Santo e a disponibilidade da salvação para todos. Essa passagem nos inspira a buscar a presença de Deus em nossas vidas e a confiar na Sua graça e misericórdia. Ela nos lembra que Deus deseja se comunicar conosco e nos oferece a oportunidade de sermos salvos por meio de Jesus Cristo.

Reflexão de Joel 2 para os nossos dias

Joel 2 é um capítulo repleto de advertências, promessas e esperança para os nossos dias. Assim como no tempo de Joel, vivemos em um mundo marcado por desafios, dificuldades e crises. Mas, mesmo em meio às adversidades, podemos encontrar encorajamento e orientação nessa mensagem profética.

No início do capítulo, Joel exorta o povo a se voltar para Deus de todo o coração, a jejuar, lamentar e clamar a Ele. Essa convocação ressoa profundamente nos dias atuais, quando muitas pessoas estão em busca de respostas, consolo e esperança. Joel nos lembra que, em meio aos nossos problemas, nossa primeira atitude deve ser buscar a presença de Deus e buscar Sua orientação.

Além disso, Joel nos traz a promessa do derramamento do Espírito Santo. Essa promessa é atual e relevante para nós hoje. Vivemos em um tempo em que o Espírito Santo está ativo, capacitando, guiando e transformando vidas. Ele está disponível para todos, independentemente de sua origem, status social ou condição espiritual. O Espírito Santo deseja habitar em nós e nos capacitar para enfrentar os desafios do nosso tempo.

Assim como Joel descreve sinais nos céus e na terra, podemos perceber os sinais dos tempos em nossa sociedade. Desastres naturais, conflitos, crises econômicas e sociais são evidências de que vivemos em um mundo caído e necessitado de redenção. Esses sinais devem nos lembrar da urgência de buscarmos a Deus e de nos voltarmos para Ele em arrependimento e fé.

A promessa de salvação também é uma mensagem central em Joel 2. Joel nos assegura que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Essa promessa se estende a todos os que creem em Jesus Cristo como seu Salvador pessoal. Em um mundo cheio de incertezas e desespero, a mensagem da salvação em Jesus é uma fonte de esperança inabalável.

Em nossos dias, somos chamados a compartilhar essa mensagem de salvação com o mundo ao nosso redor. Assim como Joel era um mensageiro de Deus em sua geração, também somos chamados a proclamar as boas-novas da salvação em Cristo. Devemos viver vidas transformadas pelo poder do Espírito Santo, refletindo o amor e a graça de Deus em nossas ações e palavras.

Joel 2 é uma poderosa mensagem que ressoa em nossos dias. Ela nos chama ao arrependimento, à busca de Deus e à confiança em Suas promessas. Que possamos, como o profeta Joel, ser instrumentos de Deus em nosso tempo, levando esperança, salvação e amor a um mundo que tanto precisa.

Que o Espírito Santo capacite e guie nossos passos enquanto vivemos em obediência à vontade de Deus. Que possamos perseverar em fé, confiando que Deus está no controle e cumprirá Suas promessas em nossas vidas e em toda a terra.

Motivos de oração em Joel 2

  1. Arrependimento e perdão: Joel 2 nos convoca a jejuar, lamentar e clamar a Deus em arrependimento. Devemos orar para que o Espírito Santo nos revele áreas de pecado em nossas vidas e nos conduza ao arrependimento sincero. Oremos por um coração quebrantado diante de Deus, buscando Seu perdão e restauração.
  2. Derramamento do Espírito Santo: Joel 2 promete o derramamento do Espírito Santo sobre toda a carne. Devemos orar para que o Espírito Santo seja derramado sobre nós, sobre a igreja e sobre a nossa nação. Oremos para sermos cheios do Espírito, capacitados por Ele para cumprir a missão de Deus e testemunhar com poder e amor.
  3. Avivamento e restauração: Joel 2 fala sobre Deus restaurando o que foi devastado e trazendo bênçãos abundantes sobre Seu povo. Devemos orar por avivamento espiritual, tanto em nossas vidas pessoais como na igreja como um todo. Oremos por um despertar espiritual que traga transformação, renovação e restauração em nossas comunidades, nações e no mundo.

Joel 1 Estudo: O chamado à oração e lamentação em tempos de crise

Joel - Bíblia de Estudo Online

O livro de Joel é um dos profetas menores do Antigo Testamento, e Joel 1 inicia com uma descrição da praga de gafanhotos que devastou a terra. Essa praga trouxe uma destruição generalizada das plantações, afetando tanto a subsistência do povo quanto a dos animais. O profeta Joel faz um apelo para que todos os habitantes da terra, especialmente os líderes, considerem a gravidade e a singularidade dessa catástrofe.

Através de uma série de chamados à lamentação, Joel direciona suas palavras aos embriagados, à terra e aos agricultores, além dos sacerdotes. Ele descreve os efeitos desoladores da praga e destaca a interrupção do sistema de adoração formal.

Os embriagados são chamados a chorar a ausência de vinho, enquanto a terra é personificada como uma virgem em luto pela destruição das colheitas. Os agricultores sofrem pela perda de seus grãos e frutas, privando-os da alegria da colheita. Até mesmo os sacerdotes são conclamados a participar do lamento, pois os ingredientes essenciais para as ofertas diárias foram destruídos.

Além de descrever a devastação causada pela praga de gafanhotos, Joel ressalta o significado profético desse evento. Ele o considera um presságio do “dia do Senhor”, um evento futuro de julgamento e destruição. A praga de gafanhotos serve como um aviso da punição iminente que virá sobre o povo, caso não se arrependam e busquem o Senhor.

Essa introdução ao livro de Joel nos oferece um vislumbre das consequências desastrosas da praga de gafanhotos e do apelo de Joel ao arrependimento. O capítulo 1 apresenta uma visão geral das lamentações e das razões para o lamento, preparando o terreno para a mensagem profética que será desenvolvida ao longo do livro.

Esboço de Joel 1

I. A Praga de Gafanhotos (1:2-20)
A. Um apelo inicial (1:2-4)
B. Um chamado à lamentação (1:5-13)
1. Embriagados devem lamentar (1:5-7)
2. A terra deve lamentar (1:8-10)
3. Agricultores devem lamentar (1:11-12)
4. Sacerdotes devem lamentar (1:13)
C. Um chamado ao arrependimento (1:14)
D. O significado da praga (1:15-20)

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I. A Praga de Gafanhotos (1:2-20)

A. Um apelo inicial (1:2-4)

Joel 1:2-4 serve como uma introdução ao livro de Joel, estabelecendo o contexto e o propósito da mensagem do profeta. Nesses versículos, Joel faz um apelo ao povo de Israel, especialmente aos anciãos e líderes, para que prestem atenção à situação em que se encontram.

O profeta começa chamando a atenção de todos os habitantes da terra, desde os mais jovens até os mais idosos, para que ouçam as palavras que ele tem a dizer (Joel 1:2). Ele destaca a importância de transmitir essa mensagem para as gerações futuras, para que todos estejam cientes das consequências do que está acontecendo.

Em seguida, Joel descreve uma calamidade que ocorreu na terra, uma praga de gafanhotos que devastou as plantações e trouxe grande prejuízo para o povo (Joel 1:3). Essa praga é descrita como algo sem precedentes, algo que nunca havia sido visto antes, tanto pelos habitantes daquela geração quanto por seus ancestrais (Joel 1:2-3).

Joel chama a atenção para a necessidade de compartilhar essa experiência com as gerações futuras, para que todos possam aprender com ela. Ele enfatiza que essa praga é um evento único, que será lembrado e relatado às gerações seguintes, como um aviso do que pode acontecer quando o povo se afasta de Deus.

Portanto, Joel 1:2-4 estabelece o tom para o restante do livro, destacando a importância de prestar atenção aos eventos atuais e reconhecer a mão de Deus em meio às circunstâncias. O apelo de Joel é para que o povo se arrependa e busque o Senhor, reconhecendo a sua soberania e a necessidade de uma mudança de coração.

B. Um chamado à lamentação (1:5-13)

1. Embriagados devem lamentar (1:5-7)

Joel 1:5-7 descreve a devastação causada pela praga de gafanhotos e destaca a necessidade de lamentação por parte dos embriagados. Nesses versículos, o profeta Joel utiliza uma linguagem poética e simbólica para transmitir a gravidade da situação.

No verso 5, Joel se dirige aos embriagados, chamando-os a chorar e lamentar. Ele enfatiza que a praga de gafanhotos resultou na escassez de vinho, uma vez que as vinhas foram destruídas pelos insetos vorazes. A perda das colheitas de uva impactou diretamente a produção de vinho, afetando a vida e as festividades dos embriagados.

O verso 6 compara a invasão dos gafanhotos a um exército poderoso e inumerável. Assim como um exército, os gafanhotos possuíam uma capacidade de destruição avassaladora. Joel usa a imagem de um leão para descrever sua ferocidade, destacando como os gafanhotos foram capazes de devorar e destruir completamente as vinhas, deixando as árvores figueiras sem casca e suas galhas brancas.

No verso 7, Joel continua enfatizando a tristeza dos embriagados pela falta de vinho. Ele os convoca a lamentar e se vestir de luto, pois a ausência de vinho representa uma quebra em suas festividades e prazeres. Essa imagem simbólica serve para ilustrar a magnitude da devastação causada pela praga de gafanhotos e o impacto direto na vida cotidiana e nas celebrações do povo.

Em resumo, Joel 1:5-7 apresenta um apelo à lamentação por parte dos embriagados, enfatizando a perda das colheitas de uva e a escassez de vinho devido à praga de gafanhotos. Esses versículos destacam a importância de reconhecer as consequências da calamidade e a necessidade de buscar a restauração e a renovação através do arrependimento.

2. A terra deve lamentar (1:8-10)

Joel 1:8-10 descreve a lamentação da terra diante da devastação causada pela praga de gafanhotos. Nesses versículos, o profeta Joel personifica a terra como uma virgem em luto pela perda das colheitas.

No verso 8, Joel dirige sua mensagem à própria terra, convocando-a a lamentar amargamente. A terra é descrita como uma virgem, um símbolo de pureza e inocência. Essa imagem poética destaca a conexão entre a terra e o povo de Israel, ambos afetados pela destruição das colheitas. Assim como uma noiva em luto pela morte de seu noivo, a terra é chamada a lamentar pela perda das plantações e pela interrupção da vida abundante que antes existia.

O verso 9 ressalta a importância das ofertas diárias no templo, que foram interrompidas devido à falta de colheitas. Joel destaca que as ofertas de grãos e libações, que incluíam vinho, não poderiam mais ser apresentadas pelos sacerdotes no templo. Essas ofertas eram fundamentais para o culto e a adoração a Deus, e sua interrupção era um sinal claro da situação desoladora enfrentada pelo povo.

No verso 10, Joel continua descrevendo a devastação causada pela praga de gafanhotos. Ele menciona a destruição das vinhas, figueiras, romãzeiras e oliveiras, que são importantes fontes de alimento e sustento. A praga afeta não apenas as plantações de grãos, mas também as árvores frutíferas, resultando em escassez generalizada de alimentos e privação da alegria da colheita.

Em resumo, Joel 1:8-10 retrata a lamentação da terra pela perda das colheitas e pela interrupção das ofertas no templo. Esses versículos destacam a conexão entre a terra e o povo de Israel, ambos afetados pela devastação causada pela praga de gafanhotos. A interrupção das ofertas no templo é um sinal claro da gravidade da situação e da necessidade de arrependimento e restauração.

3. Agricultores devem lamentar (1:11-12)

Joel 1:11-12 retrata a lamentação dos agricultores diante da destruição causada pela praga de gafanhotos. Nesses versículos, o profeta Joel destaca a perda das colheitas de grãos e frutas, resultando na ausência da alegria da colheita.

No verso 11, Joel dirige sua mensagem aos agricultores e cultivadores de vinhas, convocando-os a lamentar pela perda das colheitas. Ele descreve a destruição dos campos cultivados, incluindo cereais como trigo e cevada, bem como diferentes tipos de frutas, como uvas, figos, romãs, tâmaras e maçãs. Essa lista abrangente representa a perda generalizada e abrangente dos recursos alimentares e econômicos do povo.

O verso 12 destaca a importância da colheita na vida dos agricultores. Joel descreve como a alegria da colheita foi transformada em lamento e tristeza devido à destruição causada pela praga de gafanhotos. A ausência das colheitas afeta diretamente o sustento e o bem-estar dos agricultores, privando-os dos frutos de seu trabalho e causando angústia e desespero.

Esses versículos ilustram a magnitude da devastação causada pela praga de gafanhotos. As perdas nas colheitas não apenas afetam a subsistência do povo, mas também impactam profundamente a economia e a vida cotidiana. Joel usa a imagem da colheita perdida como um chamado à lamentação, ressaltando a necessidade de reconhecer a gravidade da situação e buscar a restauração.

Em resumo, Joel 1:11-12 retrata a lamentação dos agricultores diante da perda das colheitas de grãos e frutas. Esses versículos enfatizam a devastação generalizada e suas consequências econômicas e sociais. Eles destacam a importância da colheita na vida dos agricultores e a necessidade de lamentar e buscar a restauração diante da devastação causada pela praga de gafanhotos.

4. Sacerdotes devem lamentar (1:13)

Joel 1:13 aborda o chamado à lamentação dos sacerdotes diante da destruição causada pela praga de gafanhotos. Nesse verso, o profeta Joel convoca os sacerdotes a se unirem ao lamento, pois a praga afetou diretamente as ofertas diárias no templo.

Joel chama os sacerdotes para se juntarem ao clamor e chorarem diante da devastação. A praga de gafanhotos causou a destruição das colheitas, incluindo os grãos e as frutas, que eram fundamentais para as ofertas de cereal e libações apresentadas no templo. Essas ofertas eram parte essencial do culto e da adoração a Deus.

Ao convocar os sacerdotes para se lamentarem, Joel destaca a interrupção das práticas religiosas e o impacto direto na vida espiritual do povo. As ofertas diárias eram uma expressão tangível de devoção e dependência de Deus. A ausência dessas ofertas no templo reflete a desolação e a quebra na comunhão com Deus.

A participação dos sacerdotes no lamento demonstra a necessidade de buscar a restauração e a reconciliação com Deus diante da calamidade. A sua lamentação não é apenas uma resposta emocional à perda material, mas também uma expressão de arrependimento e busca por misericórdia divina.

Em resumo, Joel 1:13 destaca o chamado à lamentação dos sacerdotes diante da destruição causada pela praga de gafanhotos. O verso ressalta a interrupção das ofertas diárias no templo e a importância dessas práticas religiosas na vida espiritual do povo. A participação dos sacerdotes no lamento representa a busca pela restauração e reconciliação com Deus em meio à calamidade.

C. Um chamado ao arrependimento (1:14)

Joel 1:14 descreve o chamado à penitência e à convocação de uma assembleia sagrada diante da devastação causada pela praga de gafanhotos. Nesse verso, o profeta Joel insta os sacerdotes a reunir o povo para um tempo de jejum, oração e busca ao Senhor.

O verso começa com a instrução para que os sacerdotes se vistam de luto e chorem. Eles são chamados a liderar o povo no ato de lamentação, demonstrando assim a seriedade da situação e a urgência de buscar a intervenção divina. O luto é uma expressão externa de tristeza e arrependimento.

Além disso, Joel instrui os sacerdotes a convocarem uma assembleia sagrada no templo. Essa reunião é caracterizada por um jejum coletivo, onde o povo se abstém de comida como um sinal de humildade, arrependimento e busca espiritual. O jejum é frequentemente associado à penitência e à busca do favor e da orientação de Deus.

Nessa assembleia sagrada, o povo é chamado a clamar ao Senhor. Eles são instados a levantar suas vozes em oração, reconhecendo sua necessidade de Deus e buscando Sua misericórdia diante da calamidade. Esse chamado à oração revela a fé do profeta Joel no poder e na bondade de Deus, mesmo em meio à adversidade.

Em resumo, Joel 1:14 enfatiza o chamado à penitência, ao jejum e à oração diante da devastação causada pela praga de gafanhotos. O verso destaca a importância de buscar a Deus em tempos de crise, reconhecendo a necessidade de Sua intervenção e misericórdia. O ato de se vestir de luto, convocar uma assembleia sagrada e jejuar demonstra a disposição do povo em buscar a Deus e encontrar esperança em meio à desolação.

D. O significado da praga (1:15-20)

Joel 1:15-20 aborda a significância da praga de gafanhotos como um prenúncio do “dia do Senhor” e descreve a devastação resultante. Nesses versículos, o profeta Joel destaca a conexão entre a praga e o juízo de Deus, bem como a resposta apropriada do povo diante dessa situação.

No verso 15, Joel anuncia que o dia do Senhor está próximo. Ele usa a destruição causada pela praga de gafanhotos como um sinal da vinda do juízo divino. Assim como a praga arrasou as plantações e devastou a terra, o dia do Senhor trará destruição e julgamento sobre o povo.

Joel descreve a praga como uma devastação completa, onde as colheitas foram arruinadas e destruídas (verso 17). Ele compara a invasão dos gafanhotos a um fogo que consome tudo em seu caminho, trazendo desolação e desespero. A praga afeta não apenas as plantações, mas também os animais, resultando em fome e sede generalizadas.

No verso 18, Joel retrata a tristeza e o lamento dos animais diante da escassez de alimentos e água. A falta de recursos naturais leva os animais a sofrer e a buscar desesperadamente alívio.

Os versículos finais (19-20) enfatizam a angústia do próprio profeta. Joel se identifica com o sofrimento do povo e clama ao Senhor em busca de misericórdia. Ele retrata os riachos secos, simbolizando a falta de provisão divina e a desolação da terra.

Em resumo, Joel 1:15-20 destaca a conexão entre a praga de gafanhotos e o juízo iminente de Deus. Esses versículos retratam a devastação completa e suas consequências, tanto para as colheitas quanto para os animais. Joel chama o povo a reconhecer a seriedade da situação, lamentar e buscar a misericórdia de Deus. Essa passagem ressalta a importância de estar preparado para o dia do Senhor, bem como a esperança em meio à desolação, encontrada na busca sincera e arrependida ao Senhor.

Reflexão Joel 1 para os nossos dias

Assim como o povo de Israel enfrentou a devastação causada pela praga de gafanhotos, enfrentamos desafios e provações em nossas vidas. Vivemos em um mundo caído, onde o pecado e suas consequências podem nos atingir de maneiras diferentes. Podemos enfrentar dificuldades financeiras, doenças, perdas, relacionamentos quebrados e incertezas em várias áreas da vida.

No entanto, assim como Joel chamou o povo à lamentação, ao arrependimento e à busca de Deus, também somos chamados a fazer o mesmo. Em vez de nos entregarmos à ansiedade, ao desespero ou à amargura, devemos nos voltar para Jesus, o nosso Salvador e Redentor.

Em Jesus, encontramos a resposta para todas as nossas aflições. Ele é aquele que nos dá a esperança verdadeira e duradoura, mesmo em meio às dificuldades. Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e em Sua morte e ressurreição, Ele nos oferece o perdão e a reconciliação com Deus.

Quando enfrentamos adversidades, Jesus nos convida a lançar sobre Ele todas as nossas preocupações, pois Ele cuida de nós. Ele nos chama a buscar o Seu reino e Sua justiça em primeiro lugar, confiando que Ele suprirá todas as nossas necessidades.

Além disso, assim como Joel apontou para o “dia do Senhor” como um dia de juízo, também sabemos que haverá um dia em que Jesus retornará para julgar o mundo. No entanto, para aqueles que estão em Cristo, esse dia será de esperança e redenção. Através da fé em Jesus, temos a garantia da vida eterna e da vitória sobre o pecado e a morte.

Portanto, queridos irmãos e irmãs, assim como o livro de Joel nos chama a lamentar, a nos arrepender e a buscar a Deus, que possamos fazer o mesmo hoje. Que possamos reconhecer nossas fraquezas e limitações, e depositar nossa confiança em Jesus, nosso Salvador e Senhor. Ele é o único que pode trazer consolo, esperança e restauração em meio às nossas adversidades.

Que a mensagem do livro de Joel nos inspire a uma fé profunda e a uma entrega total a Jesus Cristo, sabendo que Nele encontramos a verdadeira paz e segurança. Que Ele seja o centro de nossas vidas, o nosso refúgio nas tempestades e o nosso guia em todos os momentos.

3 Motivos de oração em Joel 1

No livro de Joel, encontramos três motivos de oração que podemos aplicar em nossas vidas hoje:

  1. Arrependimento e busca por perdão: A praga de gafanhotos descrita em Joel 1 é um sinal do juízo de Deus sobre o povo de Israel devido à sua desobediência e afastamento Dele. Assim como o povo de Israel foi chamado a se arrepender e buscar o perdão de Deus, também somos chamados a reconhecer nossos pecados e buscar a purificação em Cristo. Podemos orar para que Deus revele quaisquer áreas de nossa vida que precisam de arrependimento, e que Ele nos capacite a buscar Sua graça e perdão.
  2. Restauração e renovação espiritual: Joel chama o povo a lamentar e buscar a Deus em tempos de calamidade. Podemos orar para que Deus restaure e renove nossos corações espiritualmente. Que Ele nos dê um senso renovado de Sua presença, um desejo mais profundo de conhecê-Lo e amá-Lo, e um compromisso renovado com uma vida de obediência e santidade. Podemos pedir a Ele que nos revigore espiritualmente e nos dê forças para perseverar diante das provações.
  3. Intercessão pela necessidade dos outros: O livro de Joel descreve a devastação causada pela praga de gafanhotos, afetando tanto a terra quanto o povo. Podemos orar em intercessão pelas necessidades dos outros ao nosso redor. Podemos orar pelos necessitados, pelos doentes, pelos que enfrentam dificuldades financeiras, pelos que estão em situações de opressão e pelos que ainda não conhecem a salvação em Cristo. Podemos pedir a Deus que intervenha em suas vidas, trazendo consolo, provisão e libertação.

Daniel 12 Estudo: Este será um TEMPO de ANGÚSTIA

Daniel 12 Estudo: Este será um TEMPO de ANGÚSTIA

Em Daniel 12, vemos o fim do período das revelações feitas a Daniel. Agora ele já previu o tempo do cativeiro na Babilônia, o futuro dos principais impérios da Terra em sua época, o surgimento de Antíoco Epifânio e a profanação do Templo em Jerusalém, a Segunda vinda de Jesus e o Julgamento final.

A grandeza das revelações deixa Daniel curioso sobre seu cumprimento. O anjo Gabriel lhe aponta que em alguns anos, algumas delas se cumprirão. Outras não!

Então o anjo ordena que ele siga a vida, descanse e depois ele tomará conhecimento de tudo.

É muito importante ter em mente que não saberemos de tudo, em um único momento. Paciência, perseverança e fé são fundamentais para uma vida cristã equilibrada e sadia.

Aquilo que Daniel podia saber naquele momento, lhe foi revelado. O que não podia, foi guardado. Assim é conosco. Há muitas coisas na vida que precisam de resposta de Deus. Ele as dará, no tempo determinado. Enquanto isso, siga sua vida e descanse.

Esboço de Daniel 12:

Dn 12.1: Um tempo de angústia

Dn 12.2,3: A ressurreição dos mortos

Dn 12.4,5: O tempo do fim

Dn 12.7: O tempo do cumprimento

Dn 12.8-10: Palavras seladas

Dn 12.11-13: O recebimento da herança dos santos

 

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Daniel 12.1: Um tempo de angústia

Naquela ocasião Miguel, o grande príncipe que protege o seu povo, se levantará. Haverá um tempo de angústia como nunca houve desde o início das nações até então. Mas naquela ocasião o seu povo, todo aquele cujo nome está escrito no livro, será liberto. (Dn 12.1)

Sem dúvida, quando a revelação contida no capítulo 12 foi dada a Daniel, ele estava preocupado com o destino de seu povo.

Agora, na conclusão desta visão, o anjo consolou Daniel revelando dois fatos. Primeiro, o povo de Israel será libertado pela intervenção de Miguel, o príncipe dos anjos, que é o protetor de Israel.

Na Grande Tribulação Satanás tentará exterminar todos os descendentes de Abraão (ver Apocalipse 12:15). Este será um tempo de grande angústia sem precedentes para Israel (ver Mateus 24:21).

O ataque de Satanás contra o povo do reino será parte de seu esforço para impedir o retorno e o reinado de Cristo.

A libertação de Israel, o “povo” de Daniel, não se refere à salvação individual, embora um remanescente seja salvo, mas sim à libertação nacional da subjugação aos gentios.

Daniel 12.2,3: A ressurreição dos mortos

2 Multidões que dormem no pó da terra acordarão: uns para a vida eterna, outros para a vergonha, para o desprezo eterno. 3 Aqueles que são sábios reluzirão como o fulgor do céu, e aqueles que conduzem muitos à justiça serão como as estrelas, para todo o sempre. (Dn 12.2–3)

O segundo fato que consolou Daniel é a promessa de que os que dormem ressuscitarão. Muitos judeus perderão suas vidas nas mãos dos gentios nos eventos revelados no capítulo 11.

Dormir no pó da terra não significa existência inconsciente na morte. Significa simplesmente que uma pessoa morta parece estar dormindo.

O corpo está “adormecido”, não a alma (ver 1 Tessalonicenses 4:13). Os judeus incrédulos serão ressuscitados para vergonha e desprezo eterno e não participarão das bênçãos da aliança.

Judeus, porém, que acreditam que o Messias será ressuscitado corporalmente para a vida eterna e para posições de honra no reino milenar de Cristo. Sendo glorificados no reino, eles resplandecerão como o resplendor dos céus.

Eles serão sábios, pois confiarão no Messias mesmo que isso resulte em seu sofrimento.

Esta mensagem de que Deus se lembrará de Sua aliança e cumprirá tudo o que prometeu a Israel – apesar de seus sofrimentos nas mãos dos gentios – será um consolo que, por sua vez, fará com que eles conduzam outros à justiça.

Nenhuma justiça do povo de Deus fica sem recompensa, então aqueles que são fiéis sob perseguição brilharão como as estrelas para todo o sempre.

A ressurreição dos crentes mortos na Tribulação ocorrerá na segunda volta de Jesus (ver Apocalipse 20:4). Os mortos incrédulos, no entanto, serão ressuscitados para “desprezo eterno” e tormento no final do reinado de 1.000 anos de Cristo.

Daniel 12.4-6: O tempo do fim

4 Mas você, Daniel, feche com um selo as palavras do livro até o tempo do fim. Muitos irão por todo lado em busca de maior conhecimento”. 5 Então eu, Daniel, olhei, e diante de mim estavam dois outros anjos, um na margem de cá do rio e outro na margem de lá. 6 Um deles disse ao homem vestido de linho, que estava acima das águas do rio: “Quanto tempo decorrerá antes que se cumpram essas coisas extraordinárias?” (Dn 12.4–6)

Compreensivelmente, Daniel e seus leitores imediatos não poderiam ter compreendido todos os detalhes das profecias dadas neste livro. Até que a história continuasse a se desenrolar, muitos seriam capazes de entender essas revelações proféticas.

Mas Deus indicou que haveria um maior entendimento do que Daniel havia escrito. As pessoas hoje, olhando para trás na história, podem ver o significado de muito do que Daniel previu.

E no tempo do fim as palavras deste livro que foram seladas, isto é, mantidas intactas, serão entendidas por muitos que procurarão obter conhecimento dela.

Isso será na Tribulação.

Mesmo que o povo de Daniel não tenha entendido completamente as profecias deste livro, as previsões os confortaram. Eles foram assegurados de que Deus acabará por libertar Israel dos gentios e trazê-la para as Suas promessas da aliança.

A Grande Tribulação

Esta seção inclui dois pedidos (um de um anjo e outro de Daniel) e duas respostas angélicas. O primeiro pedido está nos versículos 5–6, e a primeira resposta está no versículo 7.

A segunda pergunta está no versículo 8, e a segunda resposta está nos versículos 9–13. Evidentemente, dois anjos atenderam o mensageiro angélico, que provavelmente era Gabriel.

Um dos anjos do outro lado do rio (o Tigre) chamou um anjo que estava ao lado de Gabriel e perguntou: Quanto tempo levará até que essas coisas surpreendentes sejam realizada?

“Essas coisas extraordinárias” provavelmente se referem aos eventos registrados em Daniel 11:36-45, que dizem respeito à ocupação final de Israel pelo vindouro governante gentio.

Daniel 12.7: O tempo do cumprimento

7 O homem vestido de linho, que estava acima das águas do rio, ergueu para o céu a mão direita e a mão esquerda, e eu o ouvi jurar por aquele que vive para sempre, dizendo: “Haverá um tempo, tempos e meio tempo. Quando o poder do povo santo for finalmente quebrado, todas essas coisas se cumprirão”. (Dn 12.7)

Gabriel respondeu ao anjo inquiridor que esses eventos se cumprirão em um tempo, tempos e meio tempo, isto é, em três anos e meio. Embora esse governante final reine por sete anos, a primeira metade será um tempo de relativa paz para Israel.

Eles estarão desfrutando dos benefícios da aliança que este rei fará com eles (9:27). Israel será “uma terra de aldeias não muradas”, uma terra em que o povo estará “sem muros, sem portões e sem ferrolhos” (Ezequiel 38:11).

Mas o Anticristo quebrará essa aliança (Daniel 9:27) perto da metade das 70 “semanas” (anos). Então o rei do Sul e o rei do Norte invadirão Israel (Daniel 11:40).

Depois de destruir esses dois exércitos, esse rei gentio (o Anticristo) se mudará para Israel, ocupará a terra e estabelecerá sua sede política e religiosa em Jerusalém.

Ele reinará em Jerusalém como rei e deus e se tornará o maior perseguidor que Israel já conheceu (Apocalipse 13:5-7). O poder de Israel será quebrado por seu poder implacável, e então no final da Tribulação todas essas coisas serão completadas.

Daniel 12.8-10: Palavras seladas

8 Eu ouvi, mas não compreendi. Por isso perguntei: “Meu senhor, qual será o resultado disso tudo?” 9 Ele respondeu: “Siga o seu caminho, Daniel, pois as palavras estão seladas e lacradas até o tempo do fim. 10 Muitos serão purificados, alvejados e refinados, mas os ímpios continuarão ímpios. Nenhum dos ímpios levará isto em consideração, mas os sábios sim. (Dn 12.8–10)

Então Daniel dirigiu uma pergunta a Gabriel, a quem chamou de meu senhor. Daniel perguntou: Qual será o resultado de tudo isso? Ele queria conhecer o programa de Deus para Israel além do período da Tribulação.

Poucas informações sobre as bênçãos de Israel no reinado milenar após o Segundo Advento de Cristo foram dadas a Daniel, embora ele soubesse que o reino eterno de Deus será estabelecido e os santos possuirão (governar) esse reino.

Muitas dessas profecias foram dadas por meio dos profetas e mais seriam dadas por meio de profetas que ainda estavam por vir (Ageu, Zacarias, Malaquias).

Como o anjo já declarou, as palavras devem ser fechadas e seladas até o tempo do fim (a segunda metade da 70º “semana”). Nesse período de tempo muitos judeus se voltarão para o Salvador, e como resultado serão purificados espiritualmente, imaculados e refinados.

Mas os ímpios continuarão em seus caminhos, seguindo e adorando o Anticristo, o governante mundial. O que Deus revelou a Daniel continuará sendo obscuro para eles, mas os sábios entenderão .

Daniel 12.11-13: O recebimento da herança dos santos

11 “Depois de abolido o sacrifício diário e colocado o sacrilégio terrível, haverá mil e duzentos e noventa dias. 12 Feliz aquele que esperar e alcançar o fim dos mil trezentos e trinta e cinco dias. 13 “Quanto a você, siga o seu caminho até o fim. Você descansará e, então, no final dos dias, você se levantará para receber a herança que lhe cabe”. (Dn 12.11–13)

O anjo disse que 1.290 dias serão contados a partir do momento em que o sacrifício diário for abolido e a abominação que causa desolação se estabelecer.

A última metade das 70 “semanas” (anos) é “um tempo, tempos e metade de um tempo” (ver Daniel 7:25 e Apocalipse 12:14), que são três anos e meio. Também é designado como 42 meses (ver Apocalipse 11:2,3) ou 1.260 dias.

Como então pode ser explicada a variação de 30 dias (1.290 em comparação com 1.260)?

Alguns sugerem que os 30 dias se estenderão além do fim da Tribulação, permitindo o julgamento de Israel e o julgamento das nações. Outra possibilidade é que os 1.290 dias comecem 30 dias antes da metade das 70 “semanas”, quando o governante mundial estabelecerá “a abominação que causa desolação” (Mateus 24:15).

Os 1.290 dias podem começar com um anúncio sobre a abominação, feito 30 dias antes da abominação ser introduzida. Esta abominação, como dito anteriormente, será uma imagem dele mesmo (ver Apocalipse 13:14-15) e será o símbolo deste sistema religioso.

A bênção é pronunciada sobre aquele que espera e vive para ver o fim dos 1.335 dias. São 45 dias adicionais além dos 1.290 dias. Quarenta e cinco dias após o fim da Tribulação, as tão esperadas bênçãos de Israel serão derramadas

Isso pode marcar a bênção do Milênio; ou pode ser quando Cristo, que terá aparecido nos céus (Mateus 24:30) 45 dias antes, realmente descerá à terra, Seus pés tocando o Monte das Oliveiras (ver Atos 1:11).

Para os crentes, a vinda de Cristo é uma bênção e uma esperança gloriosa.

Daniel não viveu para ver muitas de suas profecias cumpridas. Ele, disse o anjo, descansaria, isto é, na morte. Mas ele será ressuscitado para receber sua herança no Milênio.

Por causa da fé de Daniel em Deus, ele levou uma vida de serviço fiel a Ele, e por essa fé e obediência ele receberá uma gloriosa recompensa.

Todos os que como Daniel confiam no Senhor compartilharão as bênçãos de Seu reino milenar.

Motivos de oração em Daniel 12

Oro para que:

  • Deus fortalece seu povo;
  • Nos ajude a suportar as tribulações por amor ao seu nome;
  • Sejamos fieis até o fim, como Daniel.

Daniel 11 Estudo: A derrota do Anticristo

Daniel 11 Estudo: A derrota do Anticristo

Em Daniel 11, o anjo Gabriel revela a Daniel o futuro dos impérios da Pérsia e da Grécia, como havia prometido em Daniel 10. Uma declaração de Gabriel deve chamar a nossa atenção: “sendo que, no primeiro ano de Dario, rei dos medos, ajudei-o e dei-lhe apoio”.

Dario embora ímpio, foi instrumento nas mãos de Deus para libertação do povo de Deus do cativeiro babilônico. E Gabriel diz que foi grande apoio neste projeto.

Precisamos orar a Deus que envie anjos sobre a nossa nação. Anjos que nos ajudem a tornar o país menos corrupto, mau, perverso e prostituído.

Um dos destaques desta profecia é a maldade de Antíoco Epifânio contra o povo de Deus e contra Jerusalém, a cidade santa.

Além disso, há profecias sobre o estabelecimento da monarquia grega, que se instalava sobre o que restou do império persa.

Antíoco Epifânio recebeu muita atenção neste capítulo, devido ao grande mal que iria causar.

Um homem extremamente corrupto e profano. Não temia a Deus ou a qualquer divindade. Completamente avesso a religião.

Ele perde o trono e a glória quando está no maior período de perseguição aos judeus, isso para deixar bem claro que não há outro senhor senão o Deus de Israel.

Esboço de Daniel 11:

Dn 11.2 – 4: Gabriel ajuda Dario

Dn 11.5 – 8: Fortalecimento do reino do sul

Dn 11.9,10: Rebelião contra o Sul

Dn 11.21 – 26: Um sucessor desprezível

Dn 11.27 – 29: Os dois reis

Dn 11.29-31: A profanação do Templo

Dn 11.33-35: “Cairão à espada”

Dn 11.36-39: “Ele terá sucesso”

Dn 11.40-43: A batalha no tempo do fim

Dn 11.44,45: A derrota do Anticristo

 

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Daniel 11.2-4: Gabriel ajuda Dario

2 “Agora, pois, vou dar-lhe a conhecer a verdade: Outros três reis aparecerão na Pérsia, e depois virá um quarto rei, que será bem mais rico do que os anteriores. Depois de conquistar o poder com sua riqueza, instigará todos contra o reino da Grécia. 3 Então surgirá um rei guerreiro, que governará com grande poder e fará o que quiser. 4 Logo depois de estabelecido, o seu império se desfará e será repartido para os quatro ventos do céu. Não passará para os seus descendentes, e o império não será poderoso como antes, pois será desarraigado e entregue a outros. (Dn 11.2–4)

O anjo informou a Daniel que a atual liderança no Império Persa seria sucedida por quatro governantes. O primeiro foi Cambises, filho de Ciro, que subiu ao trono em 530 a.C.

Ele foi seguido por Pseudo-Esmerdis, que reinou por um curto período em 522 a.C. Ele foi sucedido por Dario I Histaspes que governou de 521 a 486 a.C.

Ele, por sua vez, foi sucedido por Xerxes, conhecido no Livro de Ester como Assuero, que governou de 485 a 465 a.C. Xerxes era o mais poderoso, influente e rico dos quatro. Durante seu reinado, ele lutou em guerras contra a Grécia.

O poderoso rei foi Alexandre, cuja ascensão foi profetizada:

  1. Ele era o ventre e as coxas de bronze da imagem de Nabucodonosor;
  2. Depois aparece como o leopardo alado;
  3. Por fim, como o chifre que surge do bode.

Entre 334 e 330 a.C. Alexandre conquistou a Ásia Menor, a Síria, o Egito e a terra do Império Medo-Persa. Suas conquistas se estenderam até a Índia antes da morte de Alexandre aos 32 anos em 323 a.C.

💡 Poucos anos após a morte de Alexandre, seu reino foi dividido entre seus quatro generais: Seleuco (sobre a Síria e a Mesopotâmia), Ptolomeu (sobre o Egito), Lisímaco (sobre a Trácia e partes da Ásia Menor) e Cassandro (sobre a Macedônia e a Grécia).

Essa divisão foi antecipada pelas quatro cabeças do leopardo e pelos quatro chifres que surgiram no bode.

Alexandre não fundou nenhuma dinastia de governantes; como ele não tinha herdeiros, seu reino foi dividido e o império foi marcado pela divisão e fraqueza.

O conflito entre os Ptolomeus e os Selêucidas

Os Ptolomeus que governavam o Egito eram chamados de reis “do Sul”. Os selêucidas, que governavam a Síria, ao norte de Israel, eram chamados de reis “do norte”.

Os versículos de 5-20 fornecem muitos detalhes do conflito contínuo entre os Ptolomeus e os selêucidas durante o qual a terra de Israel foi invadida primeiro por um poder e depois pelo outro.

Daniel 11.5-8: Fortalecimento do reino do sul

5 “O rei do sul se tornará forte, mas um dos seus príncipes se tornará ainda mais forte que ele e governará o seu próprio reino com grande poder. 6 Depois de alguns anos, eles se tornarão aliados. A filha do rei do sul fará um tratado com o rei do norte, mas ela não manterá o seu poder, nem ele conservará o dele. Naqueles dias ela será entregue à morte, com sua escolta real e com seu pai e com aquele que a apoiou. 7 “Alguém da linhagem dela se levantará para tomar-lhe o lugar. Ele atacará as forças do rei do norte e invadirá a sua fortaleza; lutará contra elas e será vitorioso. 8 Também tomará os deuses deles, as suas imagens de metal e os seus utensílios valiosos de prata e de ouro, e os levará para o Egito. Por alguns anos ele deixará o rei do norte em paz. (Dn 11.5–8)

O forte rei do Sul era Ptolomeu I Sóter, um general que serviu sob o comando de Alexandre. Ele recebeu autoridade sobre o Egito em 323 a.C. e proclamado rei do Egito em 304 a.C.

O comandante mencionado no versículo 5 foi Seleuco I Nicátor, também general sob Alexandre, que recebeu autoridade para governar a Babilônia em 321.

Mas em 316 a.C., quando a Babilônia foi atacada por Antígono, outro general , Seleuco procurou ajuda de Ptolomeu I Sóter no Egito.

Após a derrota de Antígono em 312, Seleuco voltou para a Babilônia muito fortalecido.

Ele governou a Babilônia, a Média e a Síria, e assumiu o título de rei em 305 a.C. Assim, o governo de Seleuco I Nicátor era muito mais territorial do que o de Ptolomeu I Sóter.

Ptolomeu I Sóter morreu em 285 a.C. e Ptolomeu II Filadelfo, filho de Ptolomeu, governou no Egito (285-246 a.C.). Enquanto isso, Seleuco foi assassinado em 281 e seu filho Antíoco I Sóter governou até 262 a.C.

Então, o neto de Seleuco, Antíoco II Teos, governou na Síria (262-246 a.C.). Ptolomeu II e Antíoco II eram inimigos ferrenhos, mas finalmente (depois de alguns anos) eles entraram em uma aliança por volta de 250 a.C.

💡 Esta aliança foi selada pelo casamento da filha de Ptolomeu II, Berenice, com Antíoco II. Este casamento, no entanto, não durou, pois Laódice, de quem Antíoco se divorciou para se casar com Berenice, mandou matar Berenice (ela foi entregue).

Laódice então envenenou Antíoco II e fez seu filho, Seleuco II Calínico, rei (246-227).

O irmão de Berenice, Ptolomeu III Evérgeta (246-221), sucedeu seu pai e partiu para vingar a morte de sua irmã Berenice. Ele foi vitorioso sobre o exército sírio (o rei do Norte), matou Laódice e retornou ao Egito com muitos despojos.

Daniel 11.9,10: Rebelião contra o Sul

9 Então o rei do norte invadirá as terras do rei do sul, mas terá que se retirar para a sua própria terra. 10 Seus filhos se prepararão para a guerra e reunirão um grande exército, que avançará como uma inundação irresistível e levará os combates até a fortaleza do rei do sul. (Dn 11.9–10)

Após esta derrota humilhante, Seleuco II Calínico (o rei do Norte) tentou invadir o Egito, mas não teve sucesso. Após sua morte (por uma queda de seu cavalo), ele foi sucedido por seu filho, Seleuco II Sóter (227-223 a.C.), que foi morto por conspiradores durante uma campanha militar na Ásia Menor.

O irmão de Seleuco III, Antíoco III, o Grande, tornou-se o governante em 223 a.C. aos 18 anos de idade e reinou por 36 anos (até 187 a.C.).

💡 Os dois filhos (Seleuco III e Antíoco III) procuraram restaurar o prestígio perdido da Síria pela conquista militar, o filho mais velho invadindo a Ásia Menor e o filho mais novo atacando o Egito.

O Egito controlava todo o território ao norte até as fronteiras da Síria, que incluía a terra de Israel. Antíoco III conseguiu levar os egípcios de volta às fronteiras do sul de Israel em sua campanha em 219-217 a.C.

Daniel 11.13-17: A violência do norte contra o sul

13 Pois o rei do norte reunirá outro exército, maior que o primeiro; depois de alguns anos voltará a atacá-lo com um exército enorme e bem equipado. 14 “Naquela época muitos se rebelarão contra o rei do sul. E os homens violentos do povo a que você pertence se revoltarão para cumprirem esta visão, mas não terão sucesso. 15 Então o rei do norte virá, construirá rampas de cerco e conquistará uma cidade fortificada. As forças do sul serão incapazes de resistir; mesmo as suas melhores tropas não terão forças para resistir. 16 O invasor fará o que bem entender; ninguém conseguirá detê-lo. Ele se instalará na Terra Magnífica e terá poder para destruí-la. 17 Virá com o poder de todo o seu reino e fará uma aliança com o rei do sul. Ele lhe dará uma filha em casamento a fim de derrubar o reino, mas o seu plano não terá sucesso e em nada o ajudará. (Dn 11.13–17)

O rei do Sul neste versículo foi Ptolemeu IV Filópator (221–204 a.C.). Foi ele quem foi expulso por Antíoco III, o Grande. Ptolomeu IV veio ao encontro de Antíoco III na fronteira sul de Israel.

Ptolomeu IV foi inicialmente bem sucedido em retardar a invasão de Antíoco (Ptolomeu massacrou muitos milhares). Mas, após uma breve interrupção, Antíoco voltou com outro exército (muito maior) e fez recuar o rei do Sul.

A Síria não era o único inimigo do Egito, pois Filipe V da Macedônia juntou-se a Antíoco III contra o Egito. Muitos judeus também se uniram a Antíoco contra o Egito.

Talvez os judeus esperassem obter independência tanto do Egito quanto da Síria juntando-se ao conflito, mas suas esperanças não foram realizadas.

Antíoco então procurou consolidar o controle sobre Israel, do qual havia expulsado os egípcios. A cidade fortificada parece referir-se a Sidom que Antíoco capturou em 203 a.C.

💡 Antíoco III continuou sua ocupação e em 199 a.C. já havia se estabelecido na Bela Terra. Antíoco procurou trazer a paz entre o Egito e a Síria, dando sua filha para se casar com Ptolomeu V Epifânio do Egito. Mas esta tentativa de trazer uma aliança pacífica entre as duas nações não teve sucesso.

Em resumo

Dos versículos de 2-17, Gabriel revela importantes eventos históricos que acontecem a partir da mudança nos governos humanos e suas implicações para o povo de Deus.

Mas a mais importante delas, é a revelação sobre o “Comandante Arrogante”, que hoje sabemos que é Antíoco IV Epifânio e sua crueldade para com os judeus.

Daniel 11.18-20: Um comandante arrogante

18 Então ele voltará a atenção para as regiões costeiras e se apossará de muitas delas, mas um comandante reagirá com arrogância à arrogância dele e lhe dará fim. 19 Depois disso ele se dirigirá para as fortalezas de sua própria terra, mas tropeçará e cairá, para nunca mais aparecer. 20 “Seu sucessor enviará um cobrador de impostos para manter o esplendor real. Contudo, em poucos anos ele será destruído, sem necessidade de ira nem de combate. (Dn 11.18–20)

Ao chegar neste ponto, a revelação de Gabriel a Daniel, fala sobre algo que aconteceu durante o governo de Antíoco III, quando ele voltou sua atenção para a Ásia Menor em 197 a.C. e Grécia em 192 a.C.

Nesta campanha ele não teve sucesso porque Cornélio Cipião (um de seus comandantes) foi enviado por Roma para trazer Antíoco de volta.

Antíoco retornou ao seu país em 188 a.C. e morreu um ano depois.

Antíoco III, o Grande, havia realizado as campanhas militares mais vigorosas de qualquer um dos sucessores de Alexandre (o Grande), mas seu sonho de reunir o império de Alexandre sob sua autoridade nunca foi realizado.

O filho de Antíoco III, Seleuco IV Filopátor (187–176 a.C.) impôs pesados encargos ao seu povo para pagar Roma, e como consequência foi envenenado por seu tesoureiro Heliodoro.

A Invasão por Antíoco IV Epifânio

Após essa sucessão de eventos, Antíoco IV Epifânio, filho de Antíoco III, o Grande, assume o poder e os versículos de Daniel 11.18-20, são referentes a ele.

Este selêucida que governou de 175 a 163 a.C. recebe considerável atenção por parte da profecia, por ser ele o chifre pequeno que aparece em Daniel 8:9–12, 23–25.

Uma longa seção é dedicada a ele não apenas por causa dos efeitos de sua invasão na terra de Israel, mas mais ainda porque ele é um tipo do chifre pequeno ou o Anticristo mencionado em Daniel 7:8 que em um dia futuro profanará e destruirá a terra de Israel.

Daniel 11.21-24: Um sucessor desprezível

21 “Ele será sucedido por um ser desprezível, a quem não tinha sido dada a honra da realeza. Este invadirá o reino quando o povo se sentir seguro, e se apoderará do reino por meio de intrigas. 22 Então um exército avassalador será arrasado diante dele; tanto o exército como um príncipe da aliança serão destruídos. 23 Depois de um acordo feito com ele, agirá traiçoeiramente, e com apenas um pequeno grupo chegará ao poder. 24 Quando as províncias mais ricas se sentirem seguras, ele as invadirá e realizará o que nem seus pais nem seus antepassados conseguiram: distribuirá despojos, saques e riquezas entre seus seguidores. Ele tramará a tomada de fortalezas, mas só por algum tempo. (Dn 11.21–24)

Antíoco IV é apresentado como uma pessoa desprezível. Ele tomou para si o nome de Epifânio, que significa “o Ilustre”. Mas ele foi considerado tão indigno de confiança que foi apelidado de Epimanes, que significa “o louco”.

O trono pertencia a Demétrio Sóter, filho de Seleuco IV Filópator, quando Antíoco IV Epifânio tomou o trono e se proclamou rei.

Assim, ele não chegou ao trono por sucessão legítima; ele o obteve por meio de intriga, exatamente como Gabriel profetizou.

Ele foi aceito como governante porque conseguiu afastar um exército invasor, provavelmente os egípcios. Ele também depôs Onias III, o sumo sacerdote, na profecia de Gabriel ele é chamado de príncipe da aliança.

Após suas vitórias militares, o prestígio e o poder de Antíoco Epifânio aumentaram com a ajuda de um número comparativamente pequeno de pessoas. Ele evidentemente procurou trazer paz ao seu reino redistribuindo a riqueza, tirando dos ricos e dando aos seus seguidores.

Daniel 11.25-28: Os dois reis

25 “Com um grande exército juntará suas forças e sua coragem contra o rei do sul. O rei do sul guerreará mobilizando um exército grande e poderoso, mas não conseguirá resistir por causa dos golpes tramados contra ele. 26 Mesmo os que estiverem sendo alimentados pelo rei tentarão destruí-lo; seu exército será arrasado, e muitos cairão em combate. 27 Os dois reis, com seu coração inclinado para o mal, sentarão à mesma mesa e mentirão um para o outro, mas sem resultado, pois o fim só virá no tempo determinado. 28 O rei do norte voltará para a sua terra com grande riqueza, mas o seu coração estará voltado contra a santa aliança. Ele empreenderá ação contra ela e depois voltará para a sua terra. (Dn 11.25–28)

Depois que Antíoco consolidou seu reino, ele se moveu contra o Egito, o rei do Sul, em 170 a.C. Ele conseguiu mover seu exército de sua terra natal para a fronteira do Egito antes de ser recebido pelo exército egípcio em Pelúsio, perto do delta do Nilo.

Nesta batalha os egípcios tinham um grande exército, mas foram derrotados e Antíoco fez aliança com o Egito.

O vencedor e o vencido sentaram-se à mesa juntos como se a amizade tivesse sido estabelecida, mas o objetivo de ambos de estabelecer a paz nunca foi realizado, porque dos dois eram mentirosos.

Antíoco trouxe grande riqueza de volta para sua terra natal de sua conquista.

Em seu retorno, ele passou pela terra de Israel. Depois de sua decepção (ele esperava tomar todo o Egito, mas falhou), sendo assim, descarregou suas frustrações sobre os judeus profanando o templo em Jerusalém.

Ele se opôs abertamente contra todos os símbolos da aliança estabelecida entre Deus e o seu povo. Depois de profanar o templo, ele retornou ao seu próprio país.

Daniel 11.29-32: A profanação do Templo

29 “No tempo determinado ele invadirá de novo o sul, mas desta vez o resultado será diferente do anterior. 30 Navios das regiões da costa ocidental se oporão a ele, e ele perderá o ânimo. Então despejará sua fúria contra a santa aliança e, voltando, tratará com bondade aqueles que abandonarem a santa aliança. 31 “Suas forças armadas se levantarão para profanar a fortaleza e o templo, acabarão com o sacrifício diário e colocarão no templo o sacrilégio terrível. 32 Com lisonjas corromperá aqueles que tiverem violado a aliança, mas o povo que conhece o seu Deus resistirá com firmeza. (Dn 11.29–32)

Dois anos depois (em 168 a.C.) Antíoco moveu-se contra o Egito (o Sul) novamente. Ao se mudar para o Egito, ele sofreu a oposição dos romanos que haviam chegado ao Egito em navios das costas ocidentais.

Do senado romano, Popílio Lenas levou a Antíoco uma carta proibindo-o de entrar em guerra com o Egito. Quando Antíoco pediu um tempo para considerar, o emissário desenhou um círculo na areia ao redor de Antíoco e exigiu que ele desse sua resposta antes de sair do círculo.

Antíoco submetido às exigências de Roma para resistir seria declarar guerra a Roma. Esta foi uma derrota humilhante para Antíoco Epifânio (ele vai desanimar), mas ele não teve outra alternativa senão retornar à sua própria terra.

Pela segunda vez Antíoco descarregou sua frustração sobre os judeus, a cidade de Jerusalém e seu templo. Descarregou sua fúria contra a santa aliança, todo o sistema mosaico, favorecendo qualquer judeu renegado que se voltasse para ajudá-lo.

Ele profanou o templo e aboliu o sacrifício diário. Antíoco enviou seu general Apolônio com 22.000 soldados a Jerusalém no que se pretendia ser uma missão de paz.

Mas eles atacaram Jerusalém no sábado, mataram muitas pessoas, levaram muitas mulheres e crianças como escravos, saquearam e queimaram a cidade.

Promessa aos profanos

Ao procurar exterminar o judaísmo ele proibiu os judeus de seguir suas práticas religiosas (incluindo suas festas e circuncisão), e ordenou que cópias da Lei fossem queimadas.

Então ele estabeleceu a abominação que causa desolação.

Neste ato culminante ele erigiu em 16 de dezembro de 167 a.C. um altar a Zeus no altar de holocausto fora do templo, e tinha um porco oferecido no altar.

Os judeus eram obrigados a oferecer um porco no dia 25 de cada mês para comemorar o aniversário de Antíoco Epifânio.

Antíoco prometeu aos judeus apóstatas – aqueles que violaram a aliança – grande recompensa se eles deixassem de lado o Deus de Israel e adorassem Zeus, o deus da Grécia.

Muitos em Israel foram persuadidos por suas promessas e adoraram o falso deus. No entanto, um pequeno remanescente permaneceu fiel a Deus, recusando-se a se envolver nessas práticas abomináveis.

Antíoco IV morreu louco, na Pérsia em 163 a.C.

Daniel 11.33-35: “Cairão à espada”

33 “Aqueles que são sábios instruirão a muitos, mas por certo período cairão à espada e serão queimados, capturados e saqueados. 34 Quando caírem, receberão uma pequena ajuda, e muitos que não são sinceros se juntarão a eles. 35 Alguns dos sábios tropeçarão para que sejam refinados, purificados e alvejados até a época do fim, pois isso só acontecerá no tempo determinado. (Dn 11.33–35)

💡 Os judeus que se recusaram a se submeter ao falso sistema religioso de Antíoco foram perseguidos e martirizados por sua fé. A palavra “cairão”, que significa literalmente “tropeçar”, refere-se a sofrimento severo por parte de muitos e morte para outros.

Isso tem em vista o surgimento da revolta dos Macabeus.

Matatias, um sacerdote, era pai de cinco filhos. Um deles, Judas, tornou-se conhecido por reformar e restaurar o templo no final de 164 a.C.

Ele foi chamado de Judas Macabeu, “o Martelo”.

Em 166 a.C., Matatias recusou-se a se submeter a esse falso sistema religioso. Ele e seus filhos fugiram de Jerusalém para as montanhas e começaram a revolta dos Macabeus.

No início, apenas alguns judeus se juntaram a eles. Mas à medida que seu movimento se tornou popular, muitos se juntaram a eles, alguns por motivos sinceros e outros por motivos falsos.

O sofrimento que os fiéis suportaram serviu para refiná-los e purificá-los. Este tempo de perseguição foi de curta duração.

Já havia sido revelado a Daniel que o templo seria profanado por 1.150 dias, em Daniel 8:14,23–25. Aqui foi assegurado a Daniel que esta perseguição seguiria seu curso e então seria suspensa, pois seu fim ainda virá no tempo determinado.

Daniel 11.36-39: “Ele terá sucesso”

36 “O rei fará o que bem entender. Ele se exaltará e se engrandecerá acima de todos os deuses e dirá coisas jamais ouvidas contra o Deus dos deuses. Ele terá sucesso até que o tempo da ira se complete, pois o que foi decidido irá acontecer. 37 Ele não terá consideração pelos deuses dos seus antepassados nem pelo deus preferido das mulheres, nem por deus algum, mas se exaltará acima deles todos. 38 Em seu lugar adorará um deus das fortalezas; um deus desconhecido de seus antepassados ele honrará com ouro e prata, com pedras preciosas e presentes caros. 39 Atacará as fortalezas mais poderosas com a ajuda de um deus estrangeiro e dará grande honra àqueles que o reconhecerem. Ele os fará governantes sobre muitos e distribuirá a terra, mas a um preço elevado. (Dn 11.36–39)

Todos os eventos descritos até agora no capítulo 11 são passados. Os intrincados detalhes dos conflitos entre os selêucidas e os Ptolomeus foram cumpridos literalmente, exatamente como Daniel havia previsto.

Tão detalhados são os fatos que os céticos negam que o livro tenha sido escrito por Daniel no século VI a.C. Eles concluem que o livro deve ter sido escrito durante o tempo dos Macabeus (168-134 a.C.) depois que os eventos ocorreram.

No entanto, o Deus que conhece o fim desde o princípio, foi capaz de revelar detalhes da história futura a Daniel.

Nos versículos 36–45 é descrito um líder que é apresentado simplesmente como “o rei”. Alguns sugerem que este é Antíoco IV Epifânio e que os versos descrevem incursões adicionais dele em Israel.

💡 No entanto, os detalhes dados nesses versículos não foram cumpridos por Antíoco. É verdade que Antíoco era um prenúncio de um rei que viria. Mas os dois não são iguais. Um é passado e o outro é futuro.

O profano rei vindouro

O rei vindouro será o governante final no mundo romano. Sua ascensão à proeminência pelo poder satânico é descrita em Apocalipse 13:1-8, onde ele é chamado de “besta”.

De acordo com João em Apocalipse 17:12-13, ele ganhará autoridade não pela conquista militar, mas pelo consentimento dos 10 reis que se submeterão a ele.

Começando com Daniel 11:36, a profecia se move do “próximo” para o “longe”. Os eventos registrados nos versículos 36–45 ocorrerão durante os sete anos finais das 70 semanas.

Este rei vindouro será independente de qualquer autoridade além de si mesmo, ou seja, ele fará o que quiser.

No meio do seu reinado de sete anos, ele exercerá o poder político que lhe foi dado pelos 10 reis que o elegeram (ver Apocalipse 17:12-13).

Ele também tomará para si o poder absoluto no reino religioso, engrandecendo-se acima de todos os deuses e desafiando e falando blasfêmias contra o Deus dos deuses. “Ele se opõe e se exalta sobre tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, e até se estabelece no templo de Deus, proclamando-se Deus” (2Ts 2:4).

“Ele falará contra o Altíssimo” (Daniel 7:25)

O mundo será persuadido a adorá-lo como deus pelos milagres que o falso profeta realizará em seu nome (Apocalipse 13:11-15). Ele conseguirá espalhar sua influência pelo mundo, tanto política quanto religiosamente (Apocalipse 13:7-8).

A duração do governo deste rei foi determinada por Deus. Ele será bem sucedido como o governante mundial durante o tempo da ira, os três anos e meio da Grande Tribulação, mas no final desse período o julgamento determinado por Deus será aplicado a ele.

Por causa da referência aos deuses (ou Deus, ‘ělōhîm) de seus pais, alguns concluíram que este governante será um judeu, uma vez que o Antigo Testamento frequentemente usa a frase “o Deus de seus pais” para se referir ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó (ver Êxodo 3:15).

No entanto, visto que esse indivíduo será o governante final do mundo romano, o chifre pequeno do quarto animal (Daniel 7:8,24b), ele deve ser um gentio.

Sua falta de consideração pelos deuses de seus pais significa que, para obter poder absoluto no reino religioso, esse rei não terá respeito por sua herança religiosa.

Ele deixará de lado toda religião organizada e não considerará nenhum deus. Além disso, se estabelecerá como o único objeto de adoração. Em vez de depender de deuses, ele dependerá de seu próprio poder recebido de Satanás (ver Apocalipse 13.2) e por esse poder ele exigirá adoração a si mesmo.

O fato de não ter consideração pelos deuses preferidos pelas mulheres sugere que ele repudia a esperança messiânica de Israel. Talvez muitas mulheres israelitas tenham se perguntado ansiosamente quem delas se tornaria a mãe do Messias vindouro, o Salvador e Rei da nação.

Pelo poder de Satanás

O Anticristo honrará um deus das fortalezas, ou seja, promoverá a força militar. E por causa de seu poder político e religioso ele poderá acumular vastas riquezas.

O deus desconhecido de seus pais, que lhe dará força, pode ser Satanás. Embora este rei chegue ao poder oferecendo paz por meio de uma aliança com Israel, ele não hesitará em usar o poder militar para expandir seu domínio.

E ele será ajudado por um deus estrangeiro.

Aqueles que se submetem à sua autoridade serão colocados em posições de poder, e sua capacidade de dispensar favores lhe renderá muitos seguidores.

Daniel 11.40-43: A batalha no tempo do fim

40 “No tempo do fim o rei do sul se envolverá em combate, e o rei do norte o atacará com carros e cavaleiros e uma grande frota de navios. Ele invadirá muitos países e avançará por eles como uma inundação. 41 Também invadirá a Terra Magnífica. Muitos países cairão, mas Edom, Moabe e os líderes de Amom ficarão livres da sua mão. 42 Ele estenderá o seu poder sobre muitos países; o Egito não escapará, 43 pois esse rei terá o controle dos tesouros de ouro e de prata e de todas as riquezas do Egito; os líbios e os núbios a ele se submeterão. (Dn 11.40–43)

Os eventos nos versículos 40–45 acontecerão no tempo do fim, ou seja, ocorrerão na segunda metade das 70 “semanas” ou anos. Ele se refere ao rei apresentado no versículo 36.

Ele terá feito uma aliança com o povo de Israel, vinculando aquela nação como parte de seu domínio. Qualquer ataque, então, contra a terra de Israel será um ataque contra aquele com quem Israel se unirá por aliança.

O ataque do Sul a Israel

Alguns sugerem que isso ocorrerá na metade das 70 “semanas” (anos). Contudo, é mais provável que ocorra no final da segunda metade desse período de sete anos.

Visto que “o rei do Sul” em Daniel 11:5-35 se referia a um rei do Egito, parece não haver razão para relacionar este rei do Sul (v. 40) a alguma outra nação.

De fato, o Egito é mencionado duas vezes nos versículos 42–43.

Nesta invasão o Egito não virá sozinho, mas será acompanhado pelos líbios e núbios (v. 43). Essas nações, referidas em outros lugares como Pérsia e Cuxe, podem ser nações da África.

No entanto, é mais provável que Pérsia se refira a nações árabes na área do Sinai e Cuxe a nações na região do Golfo Pérsico.

Simultaneamente com a invasão de Israel pelo rei do Sul (Egito) haverá uma invasão pelo rei do Norte. Alguns estudiosos da Bíblia igualam essa invasão com a de Gogue e Magogue, pois Gogue “virá do extremo norte” (Ezequiel 38:15).

Outros dizem que a batalha de Gogue e Magogue ocorrerá na primeira metade da 70º “semana” e, portanto, antes desta invasão em duas frentes em Daniel 11:40.

Eles sugerem que a batalha de Gogue e Magogue ocorrerá quando Israel estiver em paz (ver Ezequiel 38:11, 14. De acordo com essa visão, é feita uma diferença entre Gogue que virá do “extremo norte” (ver Ezequiel 38:15) e uma invasão posterior que será chefiada pelo “rei do Norte” (Dan. 11:40).

De qualquer forma, o rei do Norte no versículo 40 certamente não é um dos reis selêucidas do Norte nos versículos 5-35. Essa invasão não tem correspondência com fatos históricos; ainda é futuro.

O rei do Sul e o rei do Norte lutarão contra o Anticristo.

Israel será ocupado e muitos judeus fugirão, buscando refúgio entre as nações gentias (ver Apocalipse 12:14–16).

Quando o Anticristo souber dessa invasão, ele moverá seu exército da Europa para o Oriente Médio, varrendo muitos países como uma inundação (v. 40).

Ele se moverá rapidamente para a terra de Israel, a Bela Terra. Seu primeiro ataque será contra o Egito, pois o Egito e seus aliados árabes são os que iniciarão a invasão a Israel.

Nesta ocasião o rei não conquistará o território de Edom, Moabe e Amom, agora incluído no atual reino do Jordão. Mas ele ganhará controle sobre “muitos países”.

Daniel 11.44,45: A derrota do Anticristo

44 Mas, informações provenientes do leste e do norte o deixarão alarmado, e irado partirá para destruir e aniquilar muito povo. 45 Armará suas tendas reais entre os mares, no belo e santo monte. No entanto, ele chegará ao seu fim, e ninguém o socorrerá. (Dn 11.44,45)

Então o Anticristo ouvirá relatos alarmantes do leste e do norte. Enfurecido, o Anticristo partirá para destruir muitos dos invasores. Então ele ocupará Israel e armará suas tendas reais entre os mares, isto é, entre o Mar Morto e o Mar Mediterrâneo, no belo monte santo, provavelmente Jerusalém.

Posando como Cristo, o Anticristo estabelecerá sua sede em Jerusalém, a mesma cidade da qual Cristo governará o mundo no Milênio (ver Zacarias 14:4, 17).

O Anticristo também se passará por Cristo ao introduzir um governo mundial com ele mesmo como governante e uma religião mundial na qual ele é adorado como deus.

Mas Deus destruirá o reino deste rei no aparecimento pessoal de Jesus Cristo a esta terra (ver Apocalipse 19:19-20).

Motivos de oração em Daniel 11

Oro para que:

  • Deus revele seu poder às nações;
  • Sejamos cada dia mais sensíveis a vontade de Deus;
  • Observemos os acontecimentos no mundo e possamos discernir o cumprimento das profecias.
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