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Início » Bíblia de Estudo Online » Marcos 13: Estamos perto da volta de Cristo? (Descubra aqui)

Marcos 13: Estamos perto da volta de Cristo? (Descubra aqui)

Por Diego Nascimento
Em Bíblia de Estudo Online
Tempo de leitura:9 minutos

Marcos 13 é um dos capítulos mais solenes e intrigantes do Evangelho. Ao ler essas palavras, percebo o cuidado de Jesus em nos preparar para tempos difíceis e, ao mesmo tempo, renovar a esperança do nosso encontro final com Ele. Aqui, o Mestre fala com clareza sobre a destruição do templo, as dores do presente e a certeza gloriosa de Sua volta.

Qual é o contexto histórico e teológico de Marcos 13?

O Evangelho de Marcos foi escrito entre 60 e 70 d.C., em um momento de grande tensão para os primeiros cristãos. Muitos viviam sob perseguição, especialmente em Roma, e o temor pelo futuro era real. Keener (2017) destaca que esse discurso profético de Jesus, registrado por Marcos, tinha o objetivo de preparar os discípulos para tribulações iminentes, mas também apontava para o fim dos tempos.

Jesus faz essa predição enquanto estava no Monte das Oliveiras, com vista direta para o majestoso templo de Jerusalém. Naqueles dias, o templo, ampliado por Herodes, era considerado uma das construções mais impressionantes do mundo antigo. Hendriksen (2014) descreve como suas pedras enormes e detalhes luxuosos geravam admiração.

Teologicamente, o capítulo nos coloca diante do conceito de “escorço profético”, onde Jesus anuncia eventos próximos — como a destruição de Jerusalém — e os conecta a acontecimentos futuros, como Sua segunda vinda. Essa sobreposição de tempos é comum na profecia bíblica, como também acontece em Isaías 61, onde a primeira e a segunda vinda do Messias se misturam.

Como o texto de Marcos 13 se desenvolve?

O capítulo se organiza em cinco momentos marcantes:

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1. O que Jesus revela sobre a destruição do templo? (Marcos 13.1-4)

Ao saírem do templo, um dos discípulos admira a grandeza das construções. Jesus, com seriedade, responde:

“Você está vendo todas estas grandes construções? Aqui não ficará pedra sobre pedra; serão todas derrubadas” (Marcos 13.2).

Essa profecia se cumpriu de forma impressionante no ano 70 d.C., quando o general Tito liderou o cerco a Jerusalém e destruiu o templo. Keener (2017) observa que esse evento marcou o fim do templo como centro da vida religiosa judaica.

Os discípulos, assustados, perguntam sobre o sinal do fim. É nesse contexto que Jesus inicia o discurso conhecido como “Sermão Profético” ou “Discurso do Monte das Oliveiras”.

2. Que sinais antecedem o fim? (Marcos 13.5-23)

Jesus alerta sobre três tipos de sinais: espirituais, naturais e sociais.

Primeiro, Ele fala sobre os falsos messias e enganadores:

“Tomem cuidado para que ninguém os engane. Muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’, e enganarão a muitos” (Marcos 13.5-6).

Depois, sobre guerras, terremotos e fomes:

“Nação se levantará contra nação… essas coisas são o início das dores” (Marcos 13.8).

Esses eventos, como explica Hendriksen (2014), não indicam o fim imediato, mas fazem parte do processo de dores que precedem o retorno de Cristo, como as contrações de uma mulher antes do parto.

Jesus também prepara os discípulos para perseguições. Eles seriam levados diante de tribunais, açoitados e odiados:

“Por minha causa vocês serão levados à presença de governadores e reis, como testemunho a eles” (Marcos 13.9).

Isso se cumpriu em parte no livro de Atos dos Apóstolos, onde vemos Pedro, Paulo e outros discípulos testemunhando diante de autoridades.

Apesar das dificuldades, o evangelho deveria ser proclamado a todas as nações (Marcos 13.10), como Jesus ordena claramente em Mateus 28.19.

O parágrafo de Marcos 13.9–13 faz paralelo com Mateus e Lucas, como segue:
Marcos 13 Mateus 10 Mateus 24 Lucas 21
a. Os discípulos de Cristo comparecem diante de autoridades
Versículo 9 Versículos 17–18 Versículo 9a Versículos 12–13
b. O evangelho é proclamado a todas as nações
Versículo 10 Versículo 14
c. O Espírito Santo fornece aos discípulos palavras de sabedoria
Versículo 11 Versículos 19–20 Versículos 14–15
d. Tensões em família
Versículo 12 Versículo 21 Versículo 16
e. Odiados por todos
Versículo 13a Versículo 22a Versículo 9b Versículo 17
f. Aquele que perseverar até o fim será salvo
Versículo 13b Versículo 22b Versículo 13

Por fim, Jesus descreve o “sacrilégio terrível” (Marcos 13.14), uma referência direta à profanação do lugar santo, algo que remonta às profecias de Daniel. Keener (2017) lembra que, na história, a profanação do templo pelos romanos e, futuramente, a ação do anticristo cumprem esse sinal.

3. Como será o clímax da grande tribulação? (Marcos 13.24-27)

Após o período de tribulação, Jesus anuncia eventos cósmicos impressionantes:

“O sol se escurecerá, a lua não dará sua luz, as estrelas cairão do céu” (Marcos 13.24-25).

Essas imagens remetem aos escritos proféticos do Antigo Testamento, como Isaías 13.10.

Então, o maior de todos os sinais ocorrerá:

“Eles verão o Filho do homem vindo nas nuvens com grande poder e glória” (Marcos 13.26).

Esse é o grande dia da volta de Cristo, como também está em Apocalipse 19.11-16.

Naquele momento, Jesus reunirá os seus eleitos dos quatro cantos da terra. Essa promessa renova minha esperança de que, independentemente de onde estivermos, o Senhor nos chamará para junto dEle.

4. O que significa a parábola da figueira? (Marcos 13.28-31)

Jesus usa o exemplo da figueira para ensinar discernimento espiritual. Quando os ramos se tornam tenros e as folhas aparecem, o verão está próximo.

Da mesma forma, quando virmos os sinais mencionados, devemos reconhecer que o retorno de Cristo está às portas.

Ele conclui com uma afirmação solene:

“O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão” (Marcos 13.31).

Isso me mostra a confiança que posso ter nas promessas de Jesus. Tudo ao meu redor pode ruir, mas a Palavra dEle permanece para sempre, como diz Isaías 40.8.

5. Por que Jesus nos chama à vigilância? (Marcos 13.32-37)

Encerrando o discurso, Jesus reforça o chamado à vigilância. Ele afirma que ninguém sabe o dia e a hora de Sua vinda, nem os anjos, nem o próprio Filho, apenas o Pai.

Essa afirmação revela o mistério e, ao mesmo tempo, o convite: viver atentos, preparados.

Jesus compara a situação a um homem que viaja e deixa seus servos responsáveis. Eles não sabem quando o dono voltará, por isso devem permanecer vigilantes.

A ordem de Jesus é clara:

“O que lhes digo, digo a todos: Vigiem!” (Marcos 13.37).

Esse alerta ecoa em meu coração. Não posso viver acomodado, distraído ou desatento às coisas de Deus.

Como esse texto se conecta com o cumprimento das profecias?

Marcos 13 revela o cumprimento progressivo de várias profecias:

  • A destruição do templo em 70 d.C. cumpre a palavra de Jesus e antecipa o juízo final.
  • A pregação do evangelho a todas as nações já começou em Atos e segue acontecendo hoje.
  • O surgimento de falsos cristos e profetas é algo que a Igreja testemunha em todas as gerações.
  • O sacrilégio terrível conecta-se com Daniel e com o futuro papel do anticristo, como vemos em 2 Tessalonicenses 2.
  • Os sinais cósmicos e a vinda do Filho do homem apontam para o desfecho da história, como descrito em Apocalipse 21.

Hendriksen (2014) explica que o discurso de Jesus mistura o juízo sobre Jerusalém com os eventos finais, num padrão profético comum, onde picos de acontecimentos são vistos de forma sobreposta.

Que lições práticas esse capítulo traz para minha vida?

Ao refletir sobre Marcos 13, algumas verdades ficam claras para mim:

  • O mundo, por mais grandioso que pareça, é passageiro. Só a Palavra de Deus permanece.
  • As crises, guerras e tragédias não devem me assustar, mas me lembrar que o Reino de Deus está avançando.
  • O evangelho precisa ser prioridade. Antes da volta de Jesus, ele deve alcançar todas as nações.
  • Mesmo em meio à perseguição, posso confiar no Espírito Santo, que me capacita e sustenta.
  • O retorno de Cristo é certo, mas o dia é desconhecido. Por isso, devo viver vigilante, com o coração preparado.
  • Não posso perder o foco. A distração espiritual pode me deixar vulnerável e despreparado.

Esse texto me confronta, mas também me consola. Sei que o Senhor é soberano e que, no fim, Ele virá com poder e glória.


Referências

  • HENDRIKSEN, William. Marcos. Tradução: Lucas Ribeiro. 2. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2014.
  • KEENER, Craig S. Comentário Histórico-Cultural da Bíblia: Novo Testamento. Tradução: José Gabriel Said. Edição Ampliada. São Paulo: Vida Nova, 2017.
  • Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001.

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