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Mateus 1 Estudo: o que a genealogia revela sobre Jesus?

Por Diego Nascimento
Em Bíblia de Estudo Online
Tempo de leitura:11 minutos

Mateus 1 marca o início do Novo Testamento e apresenta Jesus Cristo como a realização das promessas feitas a Abraão e Davi. Para leitores judeus do primeiro século, a linhagem era fundamental. O autor sabia disso e, inspirado pelo Espírito Santo, começa seu Evangelho com uma genealogia meticulosamente organizada para mostrar que Jesus é o Messias prometido.

Ao escrever “Registro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão” (Mateus 1.1), ele conecta Jesus diretamente à aliança davídica (2 Samuel 7) e à aliança abraâmica (Gênesis 12). Isso não é apenas uma introdução; é uma afirmação messiânica poderosa.

Conforme observa R. C. Sproul, “Mateus escreveu seu Evangelho para provar que Jesus era o Messias, o Rei que Israel esperava, e que cumpria todas as promessas do Antigo Testamento” (SPROUL, 2010, p. 5).

A lista de nomes é dividida em três grupos de catorze gerações: de Abraão até Davi, de Davi até o exílio, e do exílio até Cristo (v. 17). A escolha do número 14 não é aleatória. O nome “Davi” em hebraico tem valor numérico 14 (dalet = 4, vav = 6, dalet = 4). Ou seja, cada seção aponta para Davi, reafirmando que Jesus é seu legítimo herdeiro. O nome “Cristo” significa “ungido” — título messiânico reservado ao rei esperado (Isaías 9.6–7).

William Hendriksen comenta que “a repetição do número quatorze parece ser um dispositivo mnemônico e teológico, destacando a centralidade de Davi na história da redenção” (HENDRIKSEN, 2001, p. 107).

Mateus inclui ainda quatro mulheres na genealogia: Tamar, Raabe, Rute e a mulher de Urias. Todas têm histórias marcadas por escândalos ou eram gentias. Isso mostra que Deus usa pessoas improváveis para cumprir seus propósitos — um tema que também aparece em Lucas 7.

📜 Índice de Conteúdo

  1. Por que Mateus começa com uma genealogia? (Mateus 1.1–17)
  2. Por que José é essencial na história do nascimento de Jesus? (Mateus 1.18–19)
  3. Como foi o nascimento de Jesus segundo Mateus? (Mateus 1.18–23)
  4. O que significa o nome Jesus? (Mateus 1.21)
  5. Como José respondeu à revelação divina? (Mateus 1.24–25)
  6. Como Mateus 1 cumpre as promessas do Antigo Testamento? (Mateus 1.1–25)
  7. O que aprendemos com Mateus 1 hoje? (Mateus 1.1–25)
  8. Conclusão
  9. Referências

Por que Mateus começa com uma genealogia? (Mateus 1.1–17)

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“Registro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.” (Mateus 1.1)

Mateus não inicia seu Evangelho com um milagre ou com o nascimento de Jesus, mas com uma lista de nomes. Para leitores modernos, isso pode parecer anticlimático — mas para um judeu do primeiro século, era uma declaração poderosa e estratégica.

Ao apresentar a genealogia logo de início, Mateus está dizendo, com todas as letras: Jesus é o cumprimento das promessas feitas a Abraão e a Davi. Ele não é apenas mais um mestre ou profeta. Ele é o Messias esperado, o legítimo herdeiro da história redentora de Israel.

1. A genealogia confirma a identidade messiânica de Jesus

Mateus destaca dois nomes antes de qualquer outro: Davi e Abraão (Mateus 1.1). Isso conecta Jesus a:

  • Abraão: o pai da fé e da promessa de bênção às nações (Gênesis 12.3).
  • Davi: o rei a quem Deus prometeu um trono eterno (2 Samuel 7.12–16).

Essas duas alianças são os pilares da esperança messiânica do Antigo Testamento. Começar com a genealogia é o modo de Mateus dizer: “O Rei prometido chegou.”

2. A estrutura em três grupos de 14 destaca Davi como figura central

Mateus organiza a genealogia em três blocos de 14 gerações (v. 17), e isso não é acidental. O nome “Davi” em hebraico (דוד) tem valor numérico 14 (Dalet = 4, Vav = 6, Dalet = 4). Ou seja, a repetição do número 14 é um recurso teológico e mnemônico para enfatizar que Jesus é o “filho de Davi” por excelência.

Como comenta William Hendriksen:

“A repetição do número quatorze parece ser um dispositivo mnemônico e teológico, destacando a centralidade de Davi na história da redenção.” (HENDRIKSEN, 2001, p. 107)

3. Mateus mostra que Deus usa pessoas improváveis para cumprir seu plano

Na genealogia aparecem quatro mulheres: Tamar, Raabe, Rute e a mulher de Urias (Bate-Seba). Todas têm histórias de escândalo, marginalização ou origem gentílica. Isso mostra que a linhagem do Messias inclui:

  • Uma mulher que se disfarçou de prostituta (Tamar – Gênesis 38)
  • Uma prostituta gentia de Jericó (Raabe – Josué 2)
  • Uma moabita (Rute – Rute 1)
  • Um adultério e assassinato encoberto (Bate-Seba – 2 Samuel 11)

Ao incluir esses nomes, Mateus demonstra que a graça de Deus transcende as falhas humanas e as barreiras culturais. O Messias veio de uma linhagem marcada pela misericórdia — não pela perfeição.

4. A genealogia prepara o leitor para o nascimento virginal

Mateus termina a lista com uma ruptura proposital na fórmula usada até então:

“Jacó gerou José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo.” (Mateus 1.16)

A expressão “da qual nasceu” está no feminino singular, enfatizando que Jesus nasceu de Maria, e não de José. Isso preserva o mistério da concepção virginal, que será explicada a seguir (Mateus 1.18–23), mas já é antecipada aqui de maneira sutil.

5. A genealogia mostra que Deus controla a história

Ao olhar para os nomes — reis, pecadores, estrangeiras, exilados — vemos que Deus conduz a história, mesmo por caminhos quebrados e obscuros, até o cumprimento perfeito em Cristo. Ele é o clímax de uma narrativa que começou em Gênesis e termina em Apocalipse.

Por que José é essencial na história do nascimento de Jesus? (Mateus 1.18–19)

José, embora não seja o pai biológico de Jesus, é seu pai legal. A genealogia é feita por meio dele (Mateus 1.16). Ao assumir Jesus como filho, ele legitima sua linhagem real.

A NVI diz: “Jacó gerou José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo”. O texto é cuidadoso ao afirmar que Jesus nasceu de Maria, não de José, preservando a concepção virginal. Isso aponta para o nascimento sobrenatural, profetizado em Isaías 7.14 e retomado por Mateus logo à frente.

Mateus destaca que José era justo (v. 19) e, ao ser informado pelo anjo em sonho, obedece sem hesitar. Isso o torna um exemplo de fé e submissão, como outros servos de Deus, inclusive Abraão, que também respondeu prontamente a revelações divinas (Gênesis 22).

Como foi o nascimento de Jesus segundo Mateus? (Mateus 1.18–23)

“Foi assim o nascimento de Jesus Cristo…” (v. 18). Com essa frase, Mateus descreve o momento central da história da humanidade. Maria estava prometida a José, mas antes de viverem juntos, foi encontrada grávida pelo Espírito Santo.

Essa gravidez sobrenatural cumpre a profecia de Isaías 7.14, citada em Mateus 1.23: “A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe chamarão Emanuel”. Emanuel significa Deus conosco — um tema que será reafirmado no final do Evangelho em Mateus 28.20: “E estarei sempre com vocês…”

R. C. Sproul explica: “Ao nascer de uma virgem, Jesus escapa da herança adâmica de pecado, permanecendo plenamente Deus e plenamente homem, sem mácula” (SPROUL, 2010, p. 12).

O que significa o nome Jesus? (Mateus 1.21)

O anjo orienta José: “Você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados”. O nome Jesus, forma grega do hebraico Yeshua, significa “O Senhor é salvação”. Esse nome revela a missão de Cristo com clareza e poder.

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Essa ênfase aparece também em João 3.16–17, onde o propósito da vinda de Jesus é claramente declarado: salvar, não condenar.

Como José respondeu à revelação divina? (Mateus 1.24–25)

A postura de José contrasta com a de Zacarias (Lucas 1), que duvidou do anjo. José, ao acordar, “fez o que o anjo do Senhor lhe tinha ordenado” (v. 24). Recebe Maria como esposa, mas não tem relações com ela até o nascimento de Jesus (v. 25).

Essa atitude mostra reverência e fé. José não aparece muito nos Evangelhos, mas seu papel no plano de Deus é marcante: ele protege, honra e sustenta a missão divina em silêncio e obediência.

Como Mateus 1 cumpre as promessas do Antigo Testamento? (Mateus 1.1–25)

Mateus 1 é uma tapeçaria teológica de promessas cumpridas. Ele conecta o nascimento de Jesus a alianças fundamentais:

  • Aliança com Abraão (Gênesis 12.3): Jesus traria bênção às nações.
  • Aliança com Davi (2 Samuel 7.12–16): Jesus seria o rei eterno da linhagem de Davi.
  • Nascimento virginal (Isaías 7.14): a profecia é citada e aplicada a Maria.
  • Emanuel — Deus conosco: tema que ecoa até Mateus 28.

Essas promessas não são apenas cumpridas — são destacadas com precisão. Isso nos ajuda a confiar que o plano de Deus segue firme, como vemos também em Apocalipse 21.

O que aprendemos com Mateus 1 hoje? (Mateus 1.1–25)

Deus cumpre Suas promessas. A genealogia mostra que o Senhor age na história, mesmo por meio de pessoas falhas. Jesus é o centro da história.

Ele é o cumprimento das alianças, o Rei prometido, o Salvador do mundo. A graça inclui os improváveis. Tamar, Raabe e Rute mostram que o evangelho não se limita aos “certinhos”.

A misericórdia de Deus alcança os rejeitados. A obediência gera frutos. José poderia ter abandonado Maria. Em vez disso, seguiu a direção de Deus.

Isso me desafia a confiar mesmo quando não entendo tudo. Deus está conosco. Emanuel não é só um nome, é uma realidade. Em tempos difíceis, essa verdade sustenta a fé.

Jesus salva do pecado. O maior problema humano não é externo, é interno. Jesus veio para tratar a raiz do mal. A Bíblia é uma só história.

De Gênesis a Mateus, vemos uma linha vermelha: Deus prometendo, preparando e cumprindo a salvação por meio de Cristo.

Conclusão

Mateus 1 não é apenas uma introdução — é uma proclamação: Jesus é o Messias, o Rei prometido, o Salvador que veio ao mundo para nos redimir. Sua genealogia, seu nascimento sobrenatural, seu nome e sua missão revelam que ele é o cumprimento de tudo que os profetas anunciaram.

Ao ler este capítulo, percebo que a história de Jesus é também a história da fidelidade de Deus. Ele não falha, não se atrasa, e cumpre tudo o que prometeu. Como em Apocalipse 3, Ele ainda bate à porta. E quando abrimos, Ele entra — para ficar.

Referências

  • HENDRIKSEN, William. O Comentário do Novo Testamento: Mateus. São Paulo: Cultura Cristã, 2001.
  • SPROUL, R. C. Estudos Bíblicos Expositivos em Mateus. São Paulo: Cultura Cristã, 2010.
  • Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001.
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