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Início » Bíblia de Estudo Online » Mateus 7 Estudo: Sermão da Montanha – Parte 3

Mateus 7 Estudo: Sermão da Montanha – Parte 3

Por Diego Nascimento
Em Bíblia de Estudo Online
Tempo de leitura:8 minutos

Mateus 7 encerra o Sermão do Monte, o discurso mais conhecido e impactante de Jesus. Ele foi pronunciado na Galileia, próximo ao mar, em um monte onde multidões o seguiam. O Evangelho de Mateus foi escrito, provavelmente, entre os anos 50 e 60 d.C., dirigido especialmente a judeus convertidos, para apresentar Jesus como o Messias prometido.

Aqui, Jesus revela o padrão de vida do Reino de Deus, totalmente diferente dos padrões humanos e religiosos da época. No capítulo 7, ele conclui seu ensino abordando o juízo, a oração, o discernimento e o perigo do falso discipulado.

Como destaca William Hendriksen, Jesus encerra o Sermão do Monte com uma série de contrastes que exigem decisão pessoal: “Os que falam versus os que fazem, os que ouvem versus os que praticam, o caminho largo versus o estreito, os falsos profetas versus os verdadeiros discípulos” (HENDRIKSEN, 2001, p. 464).

Mateus também apresenta a autoridade singular de Jesus. Ao contrário dos escribas, que ensinavam baseados em tradições humanas, Jesus fala com autoridade divina, como o próprio Filho de Deus, o Messias prometido.

O que Jesus ensina sobre o julgamento? (Mateus 7.1–6)

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O famoso versículo “Não julguem, para que vocês não sejam julgados” (v. 1) é frequentemente mal interpretado. Não se trata de proibir o discernimento ou a avaliação do certo e do errado, mas sim de condenar o espírito hipócrita e condenatório.

R. C. Sproul explica que o termo “julgar” aqui carrega o sentido jurídico de emitir um veredicto final de condenação. Ou seja, Jesus não proíbe o discernimento, mas sim o julgamento condenatório e arrogante (SPROUL, 2017, p. 163).

Jesus usa uma metáfora forte: “Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?” (v. 3). Ele condena o espírito crítico que vê pequenos defeitos nos outros enquanto ignora os próprios pecados graves.

Por outro lado, no versículo 6, Jesus ensina a necessidade de discernimento espiritual: “Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos”. Aqui, cães e porcos representam pessoas hostis e endurecidas ao Evangelho. Isso exige que o cristão saiba avaliar o coração das pessoas antes de expor verdades profundas da fé.

Esse equilíbrio entre misericórdia e discernimento aparece também em Mateus 10, quando Jesus orienta os discípulos a sacudir o pó dos pés diante dos que rejeitam o Evangelho.

O que Jesus revela sobre a oração? (Mateus 7.7–12)

O convite à oração é um dos pontos altos do capítulo: “Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta” (v. 7). Jesus revela a generosidade do Pai celestial, contrastando-a com as limitações humanas.

Ele usa a imagem familiar do pai terreno: “Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus” (v. 11). Aqui aprendemos que podemos nos aproximar de Deus com confiança, sabendo que Ele cuida de nós.

No entanto, como observa Sproul, esse texto não deve ser interpretado como uma fórmula mágica para receber tudo o que pedimos. O contexto exige que o pedido esteja alinhado com a vontade de Deus (SPROUL, 2017, p. 169).

O ensino culmina com a Regra de Ouro: “Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas” (v. 12). Jesus resume aqui toda a ética relacional do Reino, mostrando que o amor ao próximo concretiza a verdadeira espiritualidade.

Por que Jesus fala sobre a porta estreita? (Mateus 7.13–14)

Jesus faz um alerta solene: “Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela” (v. 13). A imagem das duas portas e dois caminhos mostra que o discipulado autêntico é exigente e impopular.

Hendriksen destaca que a porta estreita representa a fé em Cristo e o caminho apertado representa a vida de obediência, marcada por renúncia e fidelidade (HENDRIKSEN, 2001, p. 467).

Em contraste, o caminho largo e a porta espaçosa são agradáveis à carne, tolerantes com o pecado e atrativos à maioria, mas levam à perdição.

O ensino de Jesus aqui ecoa o que Ele afirma em João 14.6: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim”.

Como identificar os falsos profetas? (Mateus 7.15–20)

Jesus adverte contra os falsos profetas, que se disfarçam de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Eles enganam com aparência de piedade, mas suas intenções são destrutivas.

O critério para discerni-los é simples: “Vocês os reconhecerão por seus frutos” (v. 16). O caráter e as obras revelam a verdadeira natureza das pessoas. Como nas árvores, bons frutos vêm de árvores boas; frutos ruins, de árvores corruptas.

Sproul ressalta que, muitas vezes, os falsos mestres podem pregar verdades parciais e até realizar sinais, mas o fruto final é divisão, imoralidade e afastamento da sã doutrina (SPROUL, 2017, p. 174).

Isso reforça a importância de julgar com discernimento, não com condenação, como Jesus ensinou nos primeiros versículos do capítulo.

Por que nem todo religioso entrará no Reino? (Mateus 7.21–23)

Talvez o trecho mais assustador de Mateus 7 seja este: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai” (v. 21).

Jesus revela que haverá pessoas que, no dia do juízo, se apresentarão diante dele com um currículo impressionante de obras religiosas, incluindo profecias, expulsão de demônios e milagres. No entanto, ouvirão: “Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!” (v. 23).

Hendriksen destaca que o problema desses indivíduos não está em suas palavras ou obras externas, mas na falta de uma vida de obediência e submissão a Deus (HENDRIKSEN, 2001, p. 469).

Sproul acrescenta que o perigo da falsa segurança religiosa é real. Muitos se iludem com atividades externas, mas nunca se renderam ao senhorio de Cristo em seu coração (SPROUL, 2017, p. 178).

Esse ensino ecoa o que Jesus diz em João 10, sobre conhecer suas ovelhas pelo relacionamento íntimo, e não por aparência.

Qual o significado da parábola dos dois construtores? (Mateus 7.24–27)

Jesus conclui o Sermão do Monte com uma parábola prática e profunda: dois homens constroem casas, mas um sobre a rocha, outro sobre a areia. As tempestades vêm, e só a casa sobre a rocha permanece.

A rocha representa Cristo e seus ensinamentos. Quem ouve e pratica as palavras de Jesus constrói sua vida sobre fundamento firme. Quem ouve, mas não pratica, constrói sobre base frágil.

Sproul lembra que as tempestades representam tanto as dificuldades da vida quanto o juízo final. Somente quem edifica sobre Cristo permanecerá (SPROUL, 2017, p. 183).

Essa imagem se conecta ao que Paulo ensina em 1 Coríntios 3.11: “Ninguém pode colocar outro alicerce além do que já está posto, que é Jesus Cristo”.

Como as multidões reagiram ao ensino de Jesus? (Mateus 7.28–29)

O capítulo termina revelando o impacto das palavras de Jesus: “As multidões estavam maravilhadas com o seu ensino, porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os mestres da lei” (v. 28–29).

Hendriksen destaca que essa autoridade não vinha apenas do tom ou da retórica, mas da própria identidade de Jesus como o Filho de Deus, o cumprimento das promessas messiânicas (HENDRIKSEN, 2001, p. 473).

Sproul complementa que a autoridade de Jesus ainda hoje confronta o ser humano, exigindo decisão entre o caminho estreito e o largo, entre o falso discipulado e o genuíno (SPROUL, 2017, p. 186).

Conclusão

Mateus 7 é um chamado à autenticidade espiritual. Jesus confronta a religiosidade superficial, o julgamento hipócrita e o falso discipulado. Ele nos convida a construir a vida sobre a rocha firme da obediência a Ele, a buscar a Deus com confiança, a exercer discernimento e a trilhar o caminho estreito da salvação.

Ao ler esse capítulo, eu sou desafiado a examinar meu coração. Não basta chamar Jesus de Senhor; é preciso segui-lo de verdade. A verdadeira segurança está em conhecê-lo e ser conhecido por Ele.

Assim como Jesus encerrou o sermão com autoridade, hoje Ele ainda nos chama a escolher o caminho da vida. Essa escolha determina não apenas o presente, mas o destino eterno.


Referências

  • HENDRIKSEN, William. O Comentário do Novo Testamento: Mateus. São Paulo: Cultura Cristã, 2001.
  • SPROUL, R. C. Estudos Bíblicos Expositivos em Mateus. São Paulo: Cultura Cristã, 2017.
  • Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001.
Diego Nascimento

Sou Diego Nascimento e o Jesus e a Bíblia não é apenas um projeto, é um chamado. Deus deu essa missão a mim e a Carol (esposa) por meio do Espírito Santo. Amamos a Palavra de Deus e acreditamos que ela pode mudar a sua vida, assim como mudou a nossa.

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